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COMPORTAMENTOS DE RISCO NO TRABALHO
Comportamentos de risco no trabalho podem
resultar em acidentes, lesões ou até mortes. Portanto, compreender essas
condutas é fundamental para implementar estratégias eficazes de prevenção e
garantir a segurança do trabalhador e a de seus colegas.
O conhecimento é necessário para promover ambientes
laborais mais seguros, proteger os colaboradores e a integridade da empresa.
Neste artigo, vamos abordar alguns exemplos comuns de comportamentos de
risco em diferentes setores de trabalho e suas implicações.
O
que é um comportamento de risco no trabalho?
Comportamento de risco no trabalho nada mais é do
que qualquer ação ou atitude que aumente as probabilidades de ocorrência
de acidentes ou incidentes. Esses comportamentos são prejudiciais
à saúde física ou mental dos trabalhadores e tendem a surgir por
negligência, desinformação ou falta de treinamento adequado.
Qual
a importância da identificação para a prevenção de acidentes?
O reconhecimento e a compreensão dos comportamentos de
risco são essenciais para a criação de um ambiente de trabalho seguro.
Quando essas ações são prevenidas ou corrigidas, é possível reduzir
drasticamente as probabilidades de acidentes e de doenças
ocupacionais.
A correção de atitudes de risco contribui para
a diminuição dos custos com seguros, afastamentos e indenizações. A
prevenção melhora o clima organizacional e a produtividade da empresa.
Quais
os comportamentos de risco mais comuns em ambientes de trabalho?
Os comportamentos de risco variam de acordo com o
tipo de trabalho, mas há alguns que são corriqueiros e que representam sérios
riscos à integridade física dos trabalhadores. A seguir, separamos alguns
exemplos típicos.
1.
Uso inadequado de equipamentos de proteção individual (EPI’s)
Um dos exemplos mais conhecidos é a recusa de
utilizar EPI’s como capacete de segurança em um ambiente de
construção ou de colocar os óculos de proteção em laboratórios. A exposição a
quedas de objetos, produtos químicos ou outros perigos pode causar lesões
graves, tais como contusões, queimaduras e perda de visão.
As possíveis consequências de não utilizar os equipamentos de segurança vão
de lesões sérias até o óbito, bem como multas para a empresa e o aumento dos
custos com seguros e indenizações.
2.
Desrespeito a procedimentos de segurança
Ignorar ou modificar Procedimentos Operacionais Padronizados - POP’s no no uso de
máquinas ou equipamentos pesados, como operar uma empilhadeira sem seguir as
instruções de segurança, também é um exemplo típico. Quem age dessa maneira pode sofrer as seguintes consequências:
· comprometimento
da produção;
· esmagamentos;
· quedas;
· incêndio;
· ferimentos
causados por falhas nos processos;
· penalidades
legais.
3.
Fatores psicossociais
Esses perigos estão associados a estresse,
pressão psicológica, conflitos interpessoais e fadiga excessiva. Eles podem
reduzir a concentração e aumentar a probabilidade de erros e acidentes ou
oferecer comportamentos impulsivos.
Os impactos psicossociais afetam diretamente a saúde
mental dos trabalhadores, sendo responsáveis por afastamentos, redução da qualidade
do trabalho e aumento de doenças relacionadas ao estresse.
4.
Trabalho sob efeitos de álcool ou outras drogas
Existem trabalhadores que consomem substâncias que
alteram o comportamento, como álcool ou outras drogas, durante ou antes de suas
jornadas de trabalho. Isso pode gerar redução da atenção, reflexos mais
lentos e julgamento comprometido. Confira
outros riscos:
· aumento
de acidentes;
· risco
de mortes ou lesões graves;
· impactos
negativos na performance organizacional;
· potenciais
processos legais.
5.
Excesso de carga ou levantamento de peso de forma inadequada
Um trabalhador que tenta levantar um objeto pesado sem
a técnica correta ou sem o auxílio de equipamento apropriado, como um carrinho
de transporte ou guindaste, pode ser impactado por vários danos:
· lesões
musculares;
· distensões;
· hérnias;
· fraturas.
Em trabalhos que exigem esforço físico intenso, como
em depósitos ou na área da
construção civil, os colaboradores afetados podem necessitar
de afastamentos temporários ou permanentes, assistência médica e
psicológica.
6.
Falta de atenção ao ambiente de trabalho
Deixar ferramentas espalhadas pelo chão, não sinalizar
áreas com risco de quedas ou não fazer a manutenção preventiva de máquinas são
comportamentos com potencial de causar acidentes por tropeços, quedas ou
choques elétricos.
As lesões podem ser simples ou graves e, em casos mais
complexos, interromper as atividades e elevar as despesas operacionais.
7.
Comportamento impulsivo ou imprudente
Outro exemplo é quando um trabalhador tenta completar uma
tarefa rapidamente, pulando etapas essenciais ou ignorando uma verificação
de segurança, porque está com pressa para terminar o serviço.
Esses erros podem comprometer a segurança, gerar
falhas em sistemas de controle ou montagem, dando origem a incidentes. Os
resultados são danos à integridade do trabalhador, estragos em materiais da
empresa, entre outros.
8.
Exposição excessiva a condições perigosas
Trabalhar em ambientes com níveis elevados de ruído
sem o uso adequado de proteção auditiva ou em locais quentes sem pausas
adequadas também é considerado comportamento de risco. Afinal, pode causar:
· perda
auditiva;
· lesões
térmicas;
· problemas
respiratórios;
· doenças
relacionadas à exposição prolongada a substâncias ou ambientes tóxicos.
Nesses casos, podem ocorrer afastamentos por
doenças ocupacionais, gastos com tratamentos médicos e prejuízos à saúde dos
profissionais.
9.
Negligência com a manutenção de equipamentos
Utilizar máquinas ou ferramentas sem realizar a devida
manutenção preventiva ou trabalhar com equipamentos visivelmente danificados
também são práticas com potencial de ocasionar quebras inesperadas,
incêndios, explosões ou ferimentos.
10.
Falta de treinamento ou capacitação
Esse comportamento se efetiva quando um trabalhador
executa uma tarefa complexa sem ter recebido o treinamento adequado. A
capacitação é fundamental para trabalhar com equipamento pesado ou lidar com
substâncias perigosas, evitar falhas no manuseio, intoxicações e outros
riscos.
Qual
a relevância da conscientização, do treinamento e da cultura de segurança?
Os trabalhadores devem entender a relação direta entre
suas atitudes e o seu bem-estar, além de serem capacitados para agir de maneira
segura em diversas situações. A conscientização sobre a segurança no trabalho e
a realização de treinamentos constantes são indispensáveis para reduzir
comportamentos de risco.
A cultura
de segurança, que deve ser promovida por todos os níveis da empresa, desde
a alta direção até os operários, é essencial para garantir que todos
compartilhem da responsabilidade no ambiente de trabalho. Promover ambientes
seguros é essencial para o sucesso organizacional.
Então, agora que você já entendeu um pouco mais sobre
o comportamento de risco no trabalho, não deixe de programar treinamentos
para todas as equipes da sua empresa. Com isso, os times poderão trabalhar
juntos para corrigir eventuais comportamentos inseguros, criando um ambiente
mais seguro e produtivo para todos.
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