sexta-feira, 6 de dezembro de 2024

 




 

ANÁLISE DE RISCOS AGREGA MAIS INTEGRIDADE AOS COLABORADORES, PRODUTIVIDADE E SUSTENTABILIDADE NAS EMPRESAS

 


 

A explosão de uma caldeira metalúrgica em uma empresa localizada em Cabreúva, no interior de São Paulo, deixou cinco pessoas mortas e 30 feridas, além de um prédio destruído. Considerando o cenário preocupante de acidentes e perdas de vidas, a segurança do trabalho no Brasil é uma questão de extrema urgência.

Neste contexto, soluções são apontadas para que episódios como esse sejam evitados, e, vidas, preservadas. Dessa forma, empresas podem recorrer a ‘Gestão de Riscos de Segurança do Trabalho’ ou, o chamado, ‘Gerenciamento de Riscos Ocupacionais’ - GRO. Esta ferramenta tem se mostrado fundamental na hora de dar respaldo a integridade física dos colaboradores, além de garantir a saúde mental, bem como a sustentabilidade e a produtividade das empresas.

Em 1970, antes da criação das normas regulamentadoras, o Brasil era campeão em acidentes de trabalho. Atualmente, o país ocupa o 4º lugar no ranking mundial. Isso porque, as medidas preventivas adotadas ao longo dos anos foram cruciais para diminuir o número de acidentes nestes ambientes. No entanto, mesmo com os avanços, ainda há muito a ser feito.

De acordo com o Observatório de Segurança e Saúde no Trabalho, realizado entre 2012 e 2020, houve mais de cinco milhões de acidentes no ambiente de trabalho notificados no país. Isso reflete que o Brasil enfrenta um cenário alarmante no que diz respeito à segurança do trabalho.

Ainda conforme o mesmo levantamento, em 2020, fora registrados 446.881 acidentes de trabalho notificados e 1.866 pessoas perderam a vida durante o exercício da função.  No ano seguinte, o número de notificações dos acidentes subiu 37%, alcançando 612.920. Já no ano passado, foram 2.538 mortes, registrando um aumento de 36%.

Além dos custos humanos e sociais, os acidentes de trabalho geraram impactos significativos aos cofres públicos. Em 2022, foram concedidos mais de 148 mil benefícios a vítimas de acidente e 6,5 mil aposentadorias por invalidez. Além disso, os acidentes tratados no sistema de saúde público totalizaram 392 mil notificações e os custos associados a esses benefícios foram de cerca de R$ 17,7 bilhões.

 

Análise de Riscos

Analisando estes números, é fácil concluir que o cenário exige ações proativas das empresas e governos na promoção de ambientes laborais mais seguros. A GRO trata de um conjunto de medidas e procedimentos técnicos e administrativos que visam prevenir, reduzir e controlar os riscos presentes nos ambientes laborais. O objetivo dessa iniciativa é manter uma instalação operando dentro de padrões de segurança considerados toleráveis ao longo do tempo nas empresas.

Essa abordagem tem sido amplamente utilizada em alguns países, estes considerados os mais seguros do mundo, como Islândia, Dinamarca, Irlanda, entre outros. Os quais tiverem resultados positivos, tanto para a proteção dos trabalhadores quanto para a preservação dos ativos e do patrimônio das empresas. A incorporação das práticas dessa gestão é uma forma eficaz de prevenir e reduzir acidentes, beneficiando o colaborador, as empresas e a produtividade do país.

Entre os padrões fundamentais no conjunto de medidas, está a análise de riscos. A ação consiste na identificação sistemática dos perigos existentes no ambiente laboral, bem como na avaliação das consequências potenciais desses riscos. Dessa forma, é possível estabelecer medidas preventivas e corretivas para mitigar os perigos identificados.

Em relação aos riscos presentes nos locais de trabalho, eles podem ser classificados como ambientais, ergonômicos e de acidentes. O primeiro, por exemplo, inclui fatores físicos, químicos e biológicos que podem afetar a saúde dos colaboradores. Já os riscos ergonômicos estão relacionados às condições de trabalho, como esforço físico intenso, posturas espontâneas e jornadas prolongadas. Por fim, a parte de acidentes engloba diversas situações de perigo que podem resultar em graves ocorrências.

Outro fator fundamental incluso na Gestão de Riscos Ocupacionais é a análise de processos. Esse item visa identificar possíveis falhas nos procedimentos operacionais e estabelecer medidas para melhorar a eficiência e a segurança das atividades exercidas pelos trabalhadores. A combinação da análise de riscos com a análise de processos permite uma abordagem mais abrangente e eficaz na prevenção dos acidentes e das doenças ocupacionais.

A segurança do trabalho no Brasil é uma questão que exige atenção e ação imediata. A GRO aliada à análise de riscos e de processos nestes espaços é uma estratégia essencial para promover ambientes laborais mais seguros e saudáveis. Tanto a adoção de práticas preventivas, quanto o uso adequado de Equipamentos de Proteção Individual - EPI, são medidas fundamentais para reduzir acidentes e preservar a saúde e o bem-estar dos colaboradores.

Cabe às empresas, governo e profissionais da área de segurança garantir o cumprimento das normas regulamentadoras - NR’s e promover a conscientização sobre a importância da prevenção.

 

Fonte: Cipa & Incêndio; Por Paulo Musa

 

 


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RISCOS NA COMBINAÇÃO DE EPI’s -COMO A ESCOLHA INADEQUADA PODE INTENSIFICAR ACIDENTES DE TRABALHO

 


A utilização incorreta de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) em situações de risco combinado não só pode falhar em proteger, mas também agravar as lesões em casos de acidentes de trabalho. A escolha inadequada ou improvisada de EPI’s é uma prática comum nas indústrias, trazendo consequências potencialmente graves para a segurança dos trabalhadores.

De maneira ampla, segundo dados do sistema eSocial do Ministério do Trabalho e Emprego - MTe, o Brasil registrou em 2023 um total de 499.955 acidentes de trabalho, sendo 2.888 acidentes fatais.

 

Riscos e orientações

Os riscos combinados, que envolvem mais de um tipo de ameaça ao trabalhador, exigem soluções de proteção específicas. No entanto, muitos profissionais da indústria ainda carecem do conhecimento necessário para identificar esses riscos, o que pode resultar no uso inadequado de EPIs. É fundamental que, em situações de risco combinado, sejam utilizados EPIs específicos para garantir a proteção adequada.

A sobreposição incorreta pode ter efeitos perigosos. Por exemplo, quando uma vestimenta de proteção química é usada sobre uma térmica, o EPI químico pode derreter e se impregnar no tecido da vestimenta térmica e o fogo não se apagar. Em outra situação, quando o EPI químico está por baixo do térmico, a transferência de calor pode derreter o EPI químico, aumentando o risco de queimaduras.

Evitar esses cenários de risco depende de uma preparação adequada dos trabalhadores e dos gestores de segurança. Compreender as nuances de cada situação é essencial para garantir a proteção adequada. Investir em conhecimento e na implementação correta de medidas de segurança é o caminho mais eficaz para proteger vidas e prevenir acidentes.

 

Manutenção preventiva

Um exemplo ilustrativo dos perigos associados aos riscos combinados pode ser encontrado em uma manutenção preventiva de esteiras de produção que envolve o uso de produtos como óleo e graxa. Nesses casos, o trabalhador enfrenta tanto o risco térmico, pelas faíscas do equipamento, quanto o risco químico, devido aos óleos ou graxas utilizadas. Se a vestimenta de proteção térmica for usada inadequadamente sobre uma proteção química e uma faísca atingir o trabalhador, a vestimenta química pode derreter em contato com a pele, causando danos ainda mais graves.

Entre os EP’Is desenvolvidos para riscos combinados, o Tychem® 2000 SFR e o ProShield® 20 SFR se destacam. Ambos recebem um tratamento antichamas que garante a segurança do usuário em situações de fogo repentino. Além da proteção contra chamas, o Tychem® 2000 SFR oferece proteção química, enquanto o ProShield® 20 SFR é eficaz na prevenção de sujidade e respingos leves.

A segurança no ambiente de trabalho exige mais do que a simples utilização de EPIs. É necessário que esses equipamentos sejam adequados e utilizados de forma correta, considerando todos os riscos envolvidos. A improvisação, nesse contexto, pode resultar em consequências sérias.




Fonte: Cipa & Incêndio; Por Priscila Akiti*




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