segunda-feira, 15 de agosto de 2022

 



 

INVENTÁRIO DE RISCOS: DESCUBRA O QUE É E COMO ESTRUTURÁ-LO

 



O inventário de riscos é uma das exigências previstas pelas normas regulamentadoras - NR’s, fazendo parte das medidas de saúde e segurança do trabalho - SST. Ele integra a Gestão de Riscos Ocupacionais - GRO, que visa prevenir e gerenciar os riscos existentes no ambiente de trabalho.

Assim, seria possível identificar situações de insalubridade ou periculosidade e medidas para reduzi-los ou eliminá-los, além de permitir a determinação do pagamento dos respectivos adicionais aos colaboradores.

No entanto, no momento de elaborar o inventário de riscos, podem surgir dúvidas sobre como ele deve ser estruturado. Se você também tem esse questionamento, continue a leitura e esclareça o assunto!

 

O que é o inventário de riscos?

 

A NR1 foi alterada em 2020 para incluir o Programa de Gerenciamento de Riscos - PGR entre as obrigações das empresas. Assim, existem diversos procedimentos que a empresa deve seguir para criar e implementar o PGR.

Uma dessas medidas é a elaboração do inventário de riscos, que consiste na consolidação dos dados sobre perigos e avaliações de riscos ocupacionais identificados, incluindo o nível de exposição. A elaboração é de total responsabilidade da empresa, devendo ser datada e assinada pelos responsáveis.

Vale ressaltar que o descumprimento dessa obrigação pode gerar penalidades, que vão desde multas até a interdição do estabelecimento. Além disso, em caso de acidentes de trabalho, a empresa ainda pode ser responsabilizada e ter que arcar com indenizações para as vítimas. Logo, deixar de observar a norma traz diversos riscos para o negócio, além de prejudicar os trabalhadores. 

 

O que o inventário deve conter?

 

Para que o inventário atenda aos requisitos legais e a empresa garanta o cumprimento de suas obrigações, ele deve seguir os parâmetros indicados na NR1.


De acordo com a norma, o documento deve apresentar, no mínimo, estes dados: 

 

·       caracterização dos processos da empresa, do ambiente de trabalho e das atividades que são exercidas;

·       descrição de perigos e possíveis lesões ou danos à saúde — aqui, é preciso identificar também as fontes dos riscos ou circunstâncias envolvidas, os riscos gerados pela ameaça, os grupos de colaboradores afetados;

·       descrição das medidas de prevenção implementadas — questões como uso de equipamentos de proteção individual (EPI) ou coletiva (EPC), treinamentos, e outras práticas preventivas devem compor o documento;

·       dados da análise preliminar ou do monitoramento aos agentes físicos, químicos e biológicos, além da avaliação de riscos ergonômicos.

·       avaliação dos riscos e sua classificação para a elaboração de um plano de ação;

·       critérios adotados para avaliar os riscos identificados e na tomada de decisão.

 

Saiba, também, que todos os processos de identificação de perigos e avaliação de riscos devem se basear nos critérios e regras estabelecidos em outras normas regulamentadoras e exigências legais vigentes. 

 

O que fazer após concluir o inventário de riscos?

 

Não basta elaborar o inventário de riscos para que a empresa cumpra todos os seus deveres. Também existem outros passos que devem ser implementados.

 

Veja só: 

 

·       é preciso consultar os colaboradores sobre a percepção dos riscos;

·       a empresa deve comunicá-los sobre os riscos consolidados e as medidas de prevenção;

·       ter um plano de ação para cada um dos perigos identificados e classificados como riscos que necessitam de controle;

·       adotar medidas que permitam melhorar o desempenho em SST;

·       atualizar o inventário com frequência, a fim de garantir o melhor gerenciamento de riscos;

·       manter o histórico das atualizações por, no mínimo, 20 anos — exceto caso exista norma específica em contrário. 

 

Embora pareça desafiador, é possível contar com o suporte da tecnologia para auxiliar na criação e na atualização do inventário de riscos da empresa.

Conhecendo o inventário de riscos e as regras sobre a sua estruturação, fica mais fácil para a empresa implementar a medida. Assim, também é possível otimizar o GRO e buscar melhorias no ambiente de trabalho, reduzindo os riscos de acidentes de trabalho e garantindo o cumprimento da legislação trabalhista. 


 

 



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CONHEÇA AS 5 DOENÇAS OCUPACIONAIS MAIS COMUNS NO BRASIL

 



O Brasil conta com diversas normas referentes à segurança e saúde no trabalho, visando proteger o bem-estar e integridade física do trabalhador. Contudo, a incidência de doenças ocupacionais no Brasil ainda é elevada, o que demanda maior atenção dos empregadores.

Segundo dados divulgados, em 2018 foram mais de 9 mil Comunicados de Acidente de Trabalho - CAT emitidos em decorrência de doenças ocupacionais, sendo que há indícios de que ocorreram mais de 99 mil casos não registrados. Sem dúvidas, os números exigem atitudes da empresa para prevenir ocorrências.

Por isso, preparamos uma lista com as 5 doenças ocupacionais mais comuns no Brasil, citando sintomas, causas e formas de prevenção. Continue a leitura e confira!

 

1. Ansiedade e depressão

 

Quando se fala em doenças ocupacionais, muitos se esquecem de considerar aquelas que surgem por motivos psicológicos.


Porém, são recorrentes os casos de ansiedade e depressão entre trabalhadores transtornos mentais que podem apresentar sintomas como:


·       tristeza;

·       ausência de prazer nas atividades;

·       preocupação excessiva;

·       irritabilidade;

·       taquicardia;

·       falta de motivação.

 

Quando relacionadas ao trabalho, elas costumam ser geradas por problemas no ambiente laboral, como falta de reconhecimento, situações de assédio, excesso de trabalho, entre outros motivos.


No âmbito das medidas de prevenção, vale citar:

 

·       investimento em boas lideranças;

·       incentivo às boas relações;

·       melhorias na comunicação interna;

·       criação de metas adequadas;

·       implementação de programas de reconhecimento profissional.

 

2. Burnout

 

Também conhecida como síndrome do esgotamento profissional, ele é causado pela exaustão e de situações de tensão e acúmulo de estresse.

Na prática, ela pode apresentar diferentes sintomas que variam conforme o estágio da doença.


Veja só: 


·       cansaço físico e mental;

·       dificuldades de concentração;

·       sensação de incompetência;

·       alterações frequentes de humor;

·       falta de cuidados com as próprias necessidades;

·       isolamento;

·       apatia e desânimo.

 

Como ela tem bastante relação com o próprio ambiente de trabalho, envolvendo metas, pressão, clima organizacional e outras características que afetam o estado emocional, as medidas de prevenção são amplas.


Alguma delas são: 


·       ter metas realistas na empresa;

·       evitar o excesso de trabalho e horas extras;

·       trabalhar em melhorias no clima organizacional;

·       oferecer uma estrutura adequada ao trabalho. 

 

3. LER e DORT

 

As Lesões por Esforço Repetitivo - LER e os Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho – DORT’s são dois problemas bastante comuns quando se trata de doença ocupacional. 

A principal diferença nesses casos é que a segunda sempre terá relação com o trabalho, enquanto a primeira pode ter causas externas.


Os principais sintomas são: 


·       dor intensa em articulações e músculos;

·       formigamento;

·       tendinite;

·       bursite;

·       síndrome do Túnel do Carpo.

 

As causas costumam se relacionar com a postura inadequada, movimentos repetitivos e esforços excessivos.


Então, é importante adotar algumas medidas, como: 


·       investir em ergonomia;

·       implementar pausas regulares;

·       incentivo aos exercícios e alongamentos;

·       reavaliação das cargas de trabalho. 

 

4. Perda auditiva

 

Os transtornos auditivos também são recorrentes quando se fala em doenças ocupacionais. As principais causas são a exposição a ruídos excessivos e/ou de maneira contínua.


Entre os principais sintomas, vale destacar: 


·       dores de cabeça;

·       irritabilidade;

·       zumbido nos ouvidos;

·       tonturas;

·       intolerância ou desconforto diante de sons intensos;

·       necessidade de aumentar o volume ou solicitar que pessoas falem mais alto. 

 

Em relação à prevenção, é importante reavaliar os ambientes e buscar meios de isolar os ruídos, sempre que necessário. Ainda, vale investir em melhores equipamentos de proteção e implementar revezamentos, evitando a exposição excessiva dos trabalhadores aos agentes de risco.

 

5. Doenças respiratórias

 

Existem diversos tipos de doenças respiratórias que podem ser desenvolvidas em decorrência das condições de trabalho, como a asma ocupacional e a antracose pulmonar. 


Seus sintomas são parecidos, tais como: 


·       falta de ar;

·       cansaço excessivo;

·       tosse;

·       reações alérgicas;

·       chiado no peito.

 

As causas costumam ser a exposição a agentes de riscos, como elementos químicos, poeiras e outras partículas expelidas no ar.


Assim, algumas práticas de prevenção são: 


·       uso de exaustores e climatizadores;

·       melhora nos equipamentos de proteção individual e coletiva;

·       considerar a substituição de agentes de risco;

·       trabalhar formas de reduzir a emissão de gases e partículas prejudiciais.

 

Vale destacar que a Covid-19 também pode ser caracterizada como doença de trabalho. Nesse caso, o risco está na exposição ao vírus, geralmente diante da ausência de medidas de prevenção eficazes, como uso de máscaras, distanciamento social e afastamento de colaboradores diante de suspeitas da doença. 


Além das 5 doenças ocupacionais citadas, existem outros problemas que podem atingir os trabalhadores, além dos próprios acidentes de trabalho. Portanto, é essencial que a empresa adote medidas de segurança previstas na legislação e tenha uma boa gestão de riscos.

 

 




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