quarta-feira, 17 de julho de 2024

 





 

DESAFIOS DA EXPOSIÇÃO A NANOPARTÍCULAS E A SAÚDE OCUPACIONAL

 

 


 

A exposição ocupacional a nanopartículas representa um risco emergente, simultaneamente novo e em ascensão. As nanopartículas entram no corpo humano por diversas vias, desconhecendo-se ainda a total dimensão dos danos que podem causar à saúde dos trabalhadores expostos. Embora a informação sobre a exposição dos trabalhadores e seus respectivos efeitos na saúde seja muito limitada, é crucial implementar os princípios básicos de prevenção desde já.   

Os métodos tradicionais de amostragem de partículas podem ser utilizados para medir as nanopartículas; no entanto, esses métodos apresentam limitações e requerem uma interpretação cuidadosa. A pesquisa sobre técnicas de amostragem mais específicas e sensíveis está em franco desenvolvimento, visando uma avaliação mais precisa da exposição ocupacional a nanopartículas.  

 

O que são nanopartículas?  

Conforme a norma ISO/TS:2008, um nano-objeto é definido como um material com uma, duas ou três dimensões externas variando de aproximadamente 1 a 100 nanômetros (nm). Para ilustrar, imagine um fio de cabelo com cerca de 1 metro de comprimento. Agora, divida esse fio em 1 bilhão de partes. O resultado é que você terá 1 bilhão de segmentos de um único fio de cabelo.    

Existem três principais categorias de nano-objetos: nanotubos, nanofibras e nanopartículas. Tanto as nanopartículas quanto as partículas ultrafinas são tridimensionais e têm um diâmetro nominal inferior a 100 nm. Embora esses termos sejam frequentemente usados como sinônimos, “nanopartícula” geralmente se refere a partículas produzidas intencionalmente para aplicações industriais. Em contraste, “partículas ultrafinas” descreve aquelas que são geradas como subprodutos ou resíduos de processos industriais. Muitos processos industriais geram partículas que possuem dimensões de nanopartículas, mas que são classificadas como partículas ultrafinas. 

 

Vias de Exposição e Impactos na Saúde 

A exposição a nanopartículas e nanomateriais apresenta riscos significativos, associados principalmente a três vias potenciais de exposição: inalação, ingestão e contato dérmico. O sistema respiratório é a principal via de entrada para nanopartículas no corpo humano, sendo essa via especialmente relevante para indivíduos que praticam atividades físicas ou têm função pulmonar comprometida. Uma vez inaladas, as nanopartículas podem se depositar em diferentes regiões do sistema respiratório, com a distribuição variando conforme o diâmetro, grau de agregação e comportamento das partículas no ar.   

Atualmente, as pesquisas sobre os efeitos das nanopartículas na saúde e segurança são insuficientes. As nanopartículas podem apresentar propriedades muito diferentes em comparação com os mesmos materiais em escala macro, o que requer uma nova abordagem na avaliação de riscos. Estudos indicam que, uma vez dentro do corpo, as nanopartículas podem migrar para órgãos ou tecidos distantes do local de entrada. Devido à sua biopersistência e capacidade de bioacumulação, especialmente nos pulmões, cérebro e fígado, as nanopartículas representam um desafio significativo. Embora a base da toxicidade não esteja completamente estabelecida, parece que a capacidade de causar inflamação é um dos principais mecanismos de impacto. 

 

Medidas de prevenção 

No ambiente industrial, a perturbação de nanopartículas e partículas ultrafinas depositadas, especialmente durante operações de limpeza e manutenção, é uma fonte típica de dispersão e inalação dessas partículas. Dado que a informação sobre os riscos para a saúde ainda é limitada, é prudente adotar medidas para minimizar a exposição dos trabalhadores, conforme previsto na Diretiva Quadro, seguindo os princípios gerais de prevenção. 

 

Para a maioria dos processos e tarefas, o controle da exposição a nanopartículas e partículas ultrafinas dispersas no ar pode ser alcançado através de várias medidas: 

·      Encapsulamento da fonte; 

·      Ventilação exaustora localizada, dimensionada adequadamente para evitar super aspiração; 

·      Adoção de boas práticas de trabalho para evitar a dispersão das partículas; 

·      Proteção individual (máscaras com vedação e filtros adequados, luvas, óculos, trajes de proteção, tampões de ouvido), complementada por medidas de controle de engenharia e/ou administrativas (como rotatividade de trabalhadores); 

·      Vigilância da saúde, apesar das limitações de conhecimento sobre como realizá-la efetivamente; 

·      Substituição de produtos perigosos por alternativas menos perigosas; 

·      Manuseio apenas da quantidade indispensável ao processo; 

·      Limpeza por aspiração com filtros adequados ao tamanho das partículas presentes ou por métodos líquidos, evitando o uso de pistolas de ar comprimido para limpeza. 

 

Esses princípios devem estar integrados em um programa de controle de riscos, incluindo medidas de informação e formação dos trabalhadores, com destaque para as informações fornecidas por meio de rótulos e fichas de dados de segurança. 

 

 

 

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POR QUE INVESTIR EM CAPACITAÇÃO TÉCNICA, MAS NÃO EM GERENCIAL?

 


 

Quantos cursos você já fez para elaborar laudos, entender atualizações de normas regulamentadoras, ou aprender a utilizar um novo equipamento? Agora, reflita: quantos cursos você realizou focados em gestão de equipe, comunicação ou liderança? Muitos empresários no setor de Saúde e Segurança no Trabalho (SST) subestimam a importância desses cursos gerenciais. Em um mercado cada vez mais competitivo, onde apenas os mais preparados se destacam, desenvolver habilidades de liderança e gestão é essencial.   

O papel de um empresário de SST não é ter o maior conhecimento técnico, mas sim a liderar e capacitar uma equipe de forma que ela seja a mais qualificada possível. Isso eleva não só o desempenho das equipes, mas também o potencial do negócio como um todo. Quer saber mais sobre como aprimorar suas competências gerenciais? Continue lendo.  

 

O que é Capacitação Gerencial? 

Capacitação gerencial envolve um conjunto de treinamentos destinados a aprimorar as habilidades e conhecimentos que um empresário necessita para liderar sua empresa de maneira eficiente e eficaz. Esse processo abrange desde técnicas avançadas de gestão até planejamento estratégico, passando por liderança de equipes, gestão financeira, marketing e outras áreas vitais para o sucesso empresarial. 

  

Para os empresários, especialmente no dinâmico setor de Saúde e Segurança no Trabalho, essa capacitação é crucial. Ela os prepara para enfrentar os desafios do mercado, antecipar tendências, gerenciar riscos e capitalizar oportunidades. Adicionalmente, promove melhorias na comunicação interna, na otimização de processos e no aumento da eficiência operacional. 

  

Quais são as Competências Gerenciais Essenciais para um Empresário de SST? 

Um empresário no setor de SST deve possuir um conjunto de competências gerenciais que abrangem habilidades, conhecimentos e atitudes essenciais para liderar eficazmente sua equipe e atingir os objetivos organizacionais. 

  

Habilidades, incluem comunicação clara, solução criativa de problemas, tomada de decisões assertiva e gestão de conflitos. Estas habilidades permitem ao líder coordenar as operações diárias e navegar pelos desafios com sua equipe. 

  

Conhecimentos, devem cobrir as melhores práticas do setor, regulamentos relevantes e tendências de mercado, capacitando o líder a orientar sua equipe de maneira informada e eficaz. 

  

Atitudes, como ética de trabalho, integridade e resiliência, são cruciais. Um líder eficaz inspira e motiva, promove um ambiente de trabalho colaborativo e produtivo, e cultiva um senso de propósito comum entre seus colaboradores. 

  

Como aprimorar as Competências Gerenciais? 

Estude constantemente: O campo de SST, como qualquer outro setor, está em constante evolução. Manter-se atualizado através de cursos, seminários e literatura especializada é fundamental para uma gestão eficaz e informada. 

Esteja Presente: A presença física e ativa nas atividades diárias é crucial. Isso não só oferece um entendimento profundo da dinâmica de trabalho, como também demonstra seu comprometimento com o negócio e com a equipe. 

Forneça e Receba Feedbacks: Estabelecer um diálogo aberto sobre desempenho e expectativas é vital. Feedbacks construtivos e uma abertura para receber críticas e sugestões promovem a melhoria contínua e fortalecem o ambiente de trabalho. 

 

 

 

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