quinta-feira, 3 de fevereiro de 2022

 




 

O FIM DA COMISSÃO TRIPARTITE

 


O que é Comissão Tripartite

 

Nesse artigo você vai entender o que é a Comissão Tripartite de Saúde e Segurança no Trabalho, qual a finalidade dessa comissão e como o novo Decreto pode afetar e impactar as normas de Segurança e Saúde do Trabalho.

 

Entendendo o que é a Comissão Tripartite

 

A Comissão Tripartite é o órgão responsável por criar e revisar as Normas Regulamentadoras no país. Com o propósito de criar e manter uma política nacional com foco na prevenção de acidentes, em 13 de maio de 2008 foi instituída a Comissão Tripartite de Saúde e Segurança no Trabalho.

 

A comissão é constituída por representantes dos trabalhadores, membros do governo e empresários, tendo como foco principal – garantir a eficiência da execução das políticas ambientais, além de ser um fórum que busca evitar conflitos no licenciamento ambiental e otimizar ações de fiscalização no combate aos crimes ambientais.

 

Qual a finalidade da Comissão Tripartite?

 

A Comissão Tripartite possui atribuições importantes, como por exemplo:

 

ü Prezar e sugerir adequações sobre a harmonização dos regulamentos técnicos com as normas aplicáveis;

ü Acompanhar o Programa de Avaliação da Conformidade dos Equipamentos de Proteção Individual no âmbito do SINMETRO;

ü Avaliar as solicitações para que os produtos e equipamentos que não estejam no Anexo I da NR 6 possam ser considerados EPI;

ü Elaborar propostas para o aperfeiçoamento e atualização da NR-6;

ü Avaliar as propostas de reexame dos EPI constantes no Anexo I da NR 6;

ü Ponderar e emitir parecer sobre as dúvidas referentes à aplicação da NR 6;

 

A OIT (Organização Internacional do Trabalho) determinou o desenvolvimento de políticas nacionais de Saúde e Segurança no Trabalho na Convenção 187. Além da criação de sistemas de SST, da formação de tripartites e de programas relacionados ao desenvolvimento e progresso de costumes e hábito em relação à prevenção de acidentes e doenças do trabalho.

 

Na 60ª Assembleia Mundial de Saúde, realizada pela Organização Mundial de Saúde (OMS), foi definido que é preciso desenvolver e implementar normas no que se refere à saúde do trabalhador, mais especificamente com relação ao local de trabalho e políticas governamentais.

 

Umas das principais justificativas para a criação da Comissão Tripartite foi a elaboração e efetivação de mecanismos que despertassem o interesse público, da sociedade, em relação à saúde e segurança do trabalhador no ambiente de trabalho.

 

O Decreto

 

No dia 11 de abril de 2019, o presidente Jair Bolsonaro assinou o Decreto Nº 9.759, que tem como objetivo restringir o número de conselhos de participação social, como por exemplo:

 

ü Conselho da diversidade sexual;

ü Combate à corrupção;

ü Erradicação do trabalho escravo;

ü Relações de Trabalho;

ü Tráfico de Pessoas;

ü Biodiversidade, entre outros.

 

Além de tudo isso, a política de desenvolvimento urbano também será afetada pelo Decreto, pois serão extintos o Fundo Gestor de Habitação para Interesse Social.

 

De acordo com o Decreto, além de reduzir a quantidade de conselhos de 700 para 50, também devem ser excluídos comissões, comitês, juntas, equipes, grupos, fóruns, entre outros.

 

O governo deu o prazo de 60 dias para que cada órgão justifique a sua existência, e a partir de 28 de junho os colegiados com participação social serão extintos.

 

A justificativa dos governantes que apoiaram o Decreto é que esses conselhos resultam apenas em gastos dos recursos públicos do país, além de a longo prazo reduzir os impostos pagos pelos cidadãos e otimizar os recursos do país.

 

Críticas x Democracia

 

O Decreto 9.759, de 2019, impede a democracia direta ao impor regras que contrariam a participação social, cometendo violação dos princípios da democracia – cujo poder emana do povo, que o exerce de forma representativa ou direta.

 

E é exatamente por isso que tem recebido tantas críticas, inclusive de especialistas em direito, organização não governamentais e cientistas políticos. Enquanto o governo declara que o Decreto é necessários para a redução de custos, gerando uma enorme economia nos cofres públicos.

 

A Comissão Tripartite de Saúde e Segurança no trabalho, tem como objetivo analisar e desenvolver a proposta de Política Nacional de Segurança e Saúde do Trabalhador e, implementar um plano de segurança e saúde no trabalho que estabeleça ações de proteção, prevenção, assistência, melhoria e recuperação da saúde do trabalhador.

 

Além dessas, a Comissão possui outras metas, como por exemplo:

 

ü Compor uma rede de informações integradas e unificadas, em relação à saúde do trabalhador

ü Incentivar a implantação de programas e sistemas de gestão de saúde e segurança no local de trabalho.

ü Elaborar um cronograma de estudos sobre o tema, com a finalidade de reestruturar a formação em segurança no trabalho e saúde do trabalhador, incentivando assim a capacitação contínua dos profissionais.

 

Como o fim da Comissão Tripartite afeta as normas de SST?

 

Além da Comissão Tripartite, o Decreto vai excluir a Comissão Nacional Temática Tripartite (CNTT) – implementou as Normas Regulamentadores 35 e 37; Comitê Permanente Nacional (CPN NR-18) – responsável pelas Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção; E o CTN – Comissão Tripartite Nacional: órgão responsável por desenvolver e implementar as NR’s de uma forma geral.

 

Essas normas têm como objetivo regulamentar o processo de segurança e saúde do trabalho, e o risco do fim da Comissão Tripartite é a sociedade não ser mais ouvida pelo governo, prejudicando e comprometendo a saúde e segurança do trabalhador.

 

As NR’s que tratam das condições de saúde e segurança do trabalhador, regulamentadas na CLT (Consolidação das Leis de Trabalho) completaram 40 anos em junho de 2018. Essas normas regulamentadoras atuam em uma série de medidas de proteção e preservação da saúde do trabalhador brasileiro.

 

Cláudio Secchin – secretário de Inspeção do Trabalho, considera que as NR’s são recursos de grande importância para a prevenção de acidentes e de doenças ocupacionais dos trabalhadores.

 

“A atividade de normatização em Saúde e Segurança do Trabalho é uma das principais atribuições da Secretaria de Inspeção do Trabalho pela sua grande contribuição em manter o ambiente laboral saudável e seguro, colaborando inclusive para a redução dos gastos da previdência social”.

 

A Comissão Tripartite tem se desenvolvido de forma constante, alterando as NR’s sempre que necessário, focando em melhorar o ambiente de trabalho, os sistemas de prevenção e com foco da saúde e segurança dos trabalhadores.

 

A Comissão e a NR-12

 

O Governo anunciou os preparativos para um decreto onde estabeleceria que as normas regulamentadoras poderiam ser editadas no máximo duas vezes por mês pelos órgãos federais e, também seria discutido a revisão da NR-12 que vem sendo duramente criticada pelos empresários do setor industrial.

 

A NR-12 que visa garantir a segurança do trabalhador ao operar máquinas e equipamentos, está seriamente comprometida e vulnerável, visto que as empresas querem derrubá-la desde que foi criada. Enquanto isso, os trabalhadores estarão sem representantes, ficando na incerteza e insegurança.

 

Essa medida, chamada de “Janela Regulatória” prever a redução de custos empresariais e consequentemente uma significativa melhora na economia do país. No entanto, essa justificativa preocupa o Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais do Trabalho (Sinait), que vê com problema “essa ansiedade de desburocratizar e reduzi o tamanho das normas” – Aida Becker, ex-coordenador da Comissão Tripartite.

 

Ainda ressalta que as regras não foram colocadas criadas e implementadas de forma “leviana” e é preciso cuidar para não prejudicar a saúde e segurança do trabalhador.

 

Resumindo, decreto exclui vários conselhos e comissões que permitem a participação do cidadão na gestão pública. Com isso, muitas pessoas acreditam que essa medida vai limitar a participação do cidadão nas decisões que vão impactar a sociedade como um todo.

 


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COMO PREVENIR ACIDENTES CAUSADOS PELO GÁS DE COZINHA



Como Prevenir Acidentes Causados Pelo Gás de Cozinha, o fogão é provavelmente um dos eletrodomésticos mais úteis em uma cozinha, mas pode ser muito perigoso se as precauções de segurança forem ignoradas.

 

Neste artigo eu vou explicar como prevenir acidentes decorrentes do uso do gás de cozinha – tanto na empresa como em residências – e o que fazer em caso de vazamento de gás ou explosão.

 



O que você deve saber sobre o Gás de Cozinha

 

Fogões sujos, sem manutenção e que ficam armazenados em um ambiente fechado e sem ventilação, têm um risco maior de vazamento.

 

O cheiro após algum tempo, torna-se praticamente imperceptível, e por esse motivo pode demorar muito até a pessoa perceber que está intoxicada, podendo inalar uma grande quantidade, levando à morte.

 

Assim como o Gás Natural, o GLP é considerado perigoso e, como tal, deve ser manipulado corretamente, para evitar imprevistos. Quando usado de forma correta não produz fuligem, fumaça ou cheiro durante a combustão, deixando o ambiente menos suscetível a acidentes.

 

Por ser rápido e não aquecer o ambiente, o GLP acaba sendo confortável para quem usa, já que ele aquece o local tanto quanto a lenha ou o carvão, por exemplo, mas sem tanto trabalho.

 

Por esse motivo é usado nas mais diferentes áreas, tais como:

 

Ø Doméstica

Ø Comercial

Ø Industrial

Ø Agrícola

Ø Riscos associados

 

O GLP ou GÁS DE COZINHA possui certo grau de perigo, assim como qualquer tipo de combustível. Os perigos mais comuns associados ao seu uso incluem explosões, fogo e inalação do gás.

 

A fonte desses riscos geralmente são:

 

§  Conexões de mangueira deficientes;

§  Cilindros danificados ou corroídos, além de manutenção inadequada;

§  Armazenamento incorreto do botijão, como, próximo a fontes de calor.

 

Quando o gás não queima corretamente ou é usado em uma área sem ventilação adequada, produz monóxido de carbono (CO) em excesso – um gás incolor e inodoro, que ao ser inalado se liga à hemoglobina no sangue.

 

Esse processo reduz a capacidade do sangue de transportar oxigênio, privando o corpo de oxigênio e envenenando quem estiver no local, inclusive animais.

 

Alguns dos sintomas mais comuns causados pelo envenenamento por monóxido de carbono são:

 

ü Cansaço e sonolência;

ü Falta de ar;

ü Dores de cabeça;

ü Náuseas e dores no peito e no estômago;

ü Tontura;

ü Colapso e perda de consciência.

 

Manutenção e Cuidados

 

Utilize aparelhos e eletrodomésticos apenas para o uso a que se destinam – nunca use o fogão ou o forno para qualquer outra coisa que não seja cozinhar, como por exemplo, usar o forno a gás para aquecer a casa ou secar roupas.

 

Sempre armazene o botijão ou cilindro na posição vertical e certifique-se de que haja pelo menos um extintor de incêndio em casa e local de trabalho.

 

Tentou acender o fogão, mas não conseguiu? Desligue o suprimento de gás e deixe ventilar por pelo menos três minutos, para permitir que qualquer gás se disperse antes de tentar reacender.

 

Evitando explosões – 3 dicas que podem salvar sua vida

 

Acredite ou não, as explosões causadas por gás são mais comuns do que vemos nos noticiários. Então, o que fazer se ouvir um som similar ao do assobio ou sentir o cheiro de gás dentro da sua casa ou no local de trabalho?

 

·       Desligar a mangueira ou o fluxo de gás imediatamente;

·       Abrir todas as portas e janelas do local, para que ventile;

·       Chamar o corpo de bombeiro o mais rápido possível, para que seja feita uma inspeção.

 

Trabalhando com segurança

 

Garantir a segurança dos trabalhadores no local de trabalho requer algumas medidas necessárias, como por exemplo:

 

ü Comprar e instalar equipamentos a gás com um fornecedor registrado e em conformidade com as instruções do fabricante;

ü Manter registros detalhados de qualquer trabalho de manutenção realizado em tubulações de gás e eletrodomésticos;

ü Garantir ventilação e fluxo de ar adequados e verificar as conexões de gás regularmente.

 

É de extrema importância que os trabalhadores estejam envolvidos no protocolo de segurança, fazendo sugestões e levantando questionamentos pertinentes.

 

Procedimentos de emergência

 

§  Ao sentir o cheiro de gás, não tente acender o fogão para testar o vazamento;

§  Não ligue ou desligue interruptores de luz;

§  Desligue a válvula do botijão, se possível leve-o para o lado de fora e espere a chegada dos bombeiros.

 

Se houver um incêndio / Em casos de incêndio

 

O primeiro de tudo é não entrar em pânico! Tente conter o fogo com o uso de um extintor, mas se não tiver um extintor ao seu alcance use uma toalha molhada para apagar as chamas.

 

Ligue para o Corpo de Bombeiros e diga que houve um incidente com o gás de cozinha. Abra as portas e janelas, deixe ventilar e saia imediatamente do local.

 

Outras sugestões gerais de segurança na cozinha

 

Tenha cuidado redobrado ao cozinhar com óleo ou gordura, porque podem inflamar ao atingir altas temperaturas e, mantenha o fogão sempre limpo.

 

Nunca use água para apagar incêndios causados por gorduras ou óleo. A água pode fazer com que o fogo se espalhe rapidamente e cause queimaduras terríveis.

 

 

 

Ao cozinhar, fique de olho nas chamas do fogão para que não apaguem – o gás escapar de forma silenciosa, sem que você perceba.

 

Legislação

 

No Brasil não existem leis federais relacionadas ao uso de botijões ou cilindro de gás GLP, mas existem normas técnicas que fiscalizam e regulamentam instalações e mecanismos de segurança.

 

Em 2007, a ABNT criou a norma NBR 15526 – corrigida em 2016 – que estabelece os requisitos básico para que sejam executados projetos de canais de distribuição interna para gases, tanto em comércios quanto em residências, abastecidos por uma central de gás ou por gás encanado.

 

Quando se trata de leis estaduais ou municipais, pode-se dizer que em alguns lugares do país existem legislações específicas sobre o local de armazenamento dos botijões, portanto, procure saber se o seu estado ou município possui legislação específica relacionada a este assunto.

 

Compartilhe essas dicas de segurança com a sua família, colegas de trabalho e com os seus amigos.

 

 

 

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