segunda-feira, 10 de julho de 2023

 





DIFERENÇAS ENTRE ABSENTEÍSMO E PRESENTEÍSMO?

 


Alguns indicadores são fundamentais para entender o cenário organizacional e a relação com os colaboradores. O absenteísmo e presenteísmo podem ser parecidos, mas existem diferenças cruciais em seus indicadores.

Imagine a seguinte situação: você chega na empresa e se depara com um funcionário olhando pela janela, distraído, e vê que ele fica ali por muito tempo. Repara também que isso tem ocorrido com frequência. Ou você recebe pela terceira vez em menos de um mês, a mensagem de um colaborador informando que vai faltar ao trabalho naquele dia.

Situações complicadas e desafiadoras, não é? Mas são bem corriqueiras no ambiente profissional. Estamos falando de casos de absenteísmo e presenteísmo corporativos. Já ouviu falar nesses termos, mas não sabe exatamente o que significam? Continue acompanhando esse artigo que suas dúvidas serão respondidas.

 

O que é absenteísmo?

Este termo significa a ausência do colaborador. Ele pode faltar por motivos de saúde e psicológicos, problemas pessoais, insatisfação com o trabalho, advertência ou mesmo faltas injustificadas. Os atrasos constantes também são exemplos de absenteísmo. 

Dentre os fatores que mais influenciam a alta taxa de absenteísmo estão a desmotivação e o estresse com o trabalho, o assédio moral ou físico sofrido dentro da empresa, a depressão, a síndrome do pânico, os problemas de saúde e a dependência química. 

Como as causas podem ser diversas, mesmo que não tenha uma relação direta com a companhia, esse indicativo não é um bom sinal para ambas as partes. Além de o colaborador estar passando por um momento complicado, a empresa também tem seus prejuízos.

 

O que é presenteísmo?

O presenteísmo indica a presença do colaborador, mesmo estando mal de saúde ou passando por problemas pessoais. Pode-se entender, a priori, que ele é um profissional exemplar pelo fato de não faltar mesmo em condições adversas, mas esse também é um indicador negativo para a empresa e o funcionário. 

Isso acontece porque, muitas vezes, há indícios de um clima organizacional ruim, desmotivação, relacionamentos não saudáveis, falta de ergonomia adequada ou riscos de acidente, por exemplo. Tudo isso reflete na postura do colaborador.

Está presente, mas a cabeça está ausente do trabalho. Ou seja, funcionário não falta, mas também não produz como deveria, não tem ânimo para dialogar com a equipe e gestores, é desatento com as tarefas e acaba prejudicando os processos internos. 

 

Como esses indicadores afetam a empresa?

Tanto o absenteísmo quanto o presenteísmo são prejuízos para a empresa e cada um afeta de uma forma diferente. Entenda alguns aspectos principais:

 

Impacto financeiro

Dentre as piores consequências do absenteísmo está a financeira, pois a produtividade da empresa cai com a falta de alguém. Além disso, a companhia tem de arcar com o dia de atestado médico e com as despesas de saúde do ausente. E, muitas vezes, há a necessidade de contratar ou alocar outra pessoa para reposição do trabalho.

Já no caso do presenteísmo, o impacto pode parecer menor, mas ainda assim há queda na produtividade, pois o funcionário não entrega o que se espera dele. Outro que pode gerar grandes prejuízos é quando o colaborador, desatento, envia informações ou documentos da empresa errados aos clientes. Em muitos casos, a situação é difícil de ser revertida.

 

Alta rotatividade

O turnover de uma empresa está relacionado a elevadas taxas de presenteísmo e absenteísmo, pois com esses problemas recorrentes, há necessidade de novas admissões, o que causa mais desgaste ao treinar e inserir uma nova pessoa. Sem contar o custo envolvido em rescisões e contratações, fator relacionado à dica anterior. 

 

Imagem da instituição

Quando o índice de faltas e atrasos é muito alto, a empresa perde credibilidade perante aos clientes. Pode passar a impressão de que a qualidade de vida dos colaboradores é pouco importante, afastando também parceiros e possíveis interessados em trabalhar na companhia.

 

Repercussão na equipe

No presenteísmo, um funcionário que vai trabalhar infectado por doenças transmissíveis é capaz de contaminar uma equipe inteira. Já nos casos de absenteísmo, as pessoas podem ficar sobrecarregadas pela falta de alguém para executar sua parte. 

Além do estresse causado pelo alto volume de demandas, há também a insatisfação dos outros colaboradores que passam a reivindicar aumento salarial por desempenhar atividades extras. 

 

Quais a diferenças entre absenteísmo e presenteísmo?

Ambos, geralmente, são indicativos de que algo não vai bem no relacionamento entre empresa e colaborador. A principal diferença está na forma como o funcionário reage a esses conflitos: ou ele falta com frequência ou está lá, mas só vai por medo da consequência da sua ausência, como ser demitido.

O absenteísmo é muito conhecido pelas instituições e pelo fato de ser de fácil detecção — afinal colaborador não está lá há muitos estudos que permitem identificar, investir na prevenção e solucionar o problema. 

O presenteísmo é mais difícil de ser diagnosticado e é pouco entendido por ambas as partes. Dentre os sinais estão a queda de produtividade, distanciamento das outras pessoas, cronometragem do tempo a todo momento, falta de interesse no próprio crescimento e descuido com a aparência.

 



Qual é o papel do RH nesses casos?

Ressaltamos que nem sempre o presenteísmo e o absenteísmo são problemas diretamente relacionados à empresa. O colaborador pode estar passando por uma má fase pessoal e isso está refletindo em suas atividades. Contudo, o setor de Recursos Humanos é essencial ao desempenhar o papel de solucionador desses conflitos e ainda buscar alternativas para preveni-los.

 

Ofereça ajuda

Entender o motivo que leva a pessoa a faltar com frequência ou estar disperso de suas atividades é o primeiro passo. Mostre que a empresa pode ajudá-lo, tanto para resolver o conflito se for profissional ou que dará o tempo necessário para que ele possa solucionar o que o aflige pessoalmente.

Conversas com o gestor podem contribuir para saber se há questões mal resolvidas relacionadas às suas atividades. Um bate-papo com os profissionais de RH ajudam a entender se é possível encaminhá-lo ao psicólogo ou terapeuta.

 

Adeque o perfil às atividades 

É importante que o colaborador desempenhe atividades de acordo com o seu perfil. Tarefas muito complexas podem não ser bem recebidas por alguém que ainda não se sente preparado. O mesmo acontece quando o profissional se sente pouco estimulado, executando tarefas muito mecânicas e pouco desafiadoras.

 

Invista em um bom clima organizacional

Essa dica vai beneficiar a todos e evitar que esses problemas aconteçam. Um ambiente de trabalho acolhedor contribui muito para a saúde mental e física dos colaboradores e desperta o sentimento de pertencimento àquela empresa.

Outro fator é promover a inclusão do funcionário caso perceba que ele é excluído do grupo e que isso impacta em suas atividades. As empresas contam com perfis diferentes de pessoas e, muitas vezes, pode haver aquelas que não se encaixam no restante da turma. Aí entra a intervenção da equipe de RH.

 

Seja justo

Ao final, lembre-se de que, se as medidas acima já foram tomadas e não solucionaram o problema, ter um colaborador improdutivo e isolado pode prejudicar muito a equipe e a empresa. Uma atitude decisiva deve ser tomada após analisado o que realmente está acontecendo com o funcionário.

Acompanhar de perto é papel fundamental, especialmente da área que verdadeiramente gere os recursos humanos. Afinal, todos passamos por problemas e o colaborador deve saber que pode contar com a empresa para chegarem a uma boa solução.

 

 



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CONDIÇÃO INSEGURA OU DE RISCO X COMPORTAMENTOS DE RISCOS

 

 

Condição insegura ou de risco

 


(Condições do ambiente demonstra uma condição insegura ou de risco)

 

A condição insegura ou de risco está relacionada às condições do ambiente, condições climáticas, condições das máquinas e das ferramentas de trabalho.

Quando falamos em condição insegura ou de risco, nos referimos a uma situação do ambiente em que estamos a promover um acidente.

Uma condição insegura ou de risco pode ser gerada pelo tempo de uso de um equipamento ou pelo comportamento de uma ou mais pessoas, que devida atitude em fazer ou não fazer algo gerou tal condição.

 

Exemplos de condição insegura ou de risco:

 


(Policorte sem proteção nas correias é uma condição de risco ou insegura para o trabalhador)

 

Uma máquina a qual tenha polias, engrenagens ou outro tipo de força motriz e que não possua proteções fixas e resistentes que impeça contato acidental do trabalhador com estas partes é uma condição insegura ou de risco.

O risco neste caso é de o trabalhador ter parte de seu corpo (Membros Superiores) ou vestes (roupas) puxados pela máquina e isso pode gerar acidentes graves, podendo até ser fatal.

Outra condição insegura ou de riscos que encontramos em alguns locais de trabalho ou não, é a falta de organização. Um local desorganizado e sujo aumenta em grande quantidade os riscos, aumentando da mesma forma o “azar” de quem está no local.

 

Outros exemplos de condição insegura ou de risco

 


(Na imagem acima podemos ver que o andaime são possui guarda-corpo nem roda pé)

 

Podemos citar também como condição insegura ou de risco os andaimes sem guarda-corpo, sem rodapé, não estar estaiada em estrutura fixa, sem as sapatas de nivelamento, aberturas no piso sem estar devidamente sinalizada, execução de atividades em altura sem isolamento inferior, maçaricos sem as válvulas corta-chama, painéis elétricos abertos, fios desencapados, isolamentos mal feitos, armazenamento de gás irregular, extintores de incêndios vencidos ou falta de extintores, cadeiras sem regulagens, empilhadeiras ou outros meios de transportes sem freio, execução de solda em área de fluxo de pessoas sem biombo, etc…

Para melhor entendimento do texto, segue algumas imagens abaixo demonstrando exemplos de condição insegura ou de risco




Na imagem podemos visualizar uma passagem sobre uma vala, feita com um pedaço de tábua muito curta, o que gerou uma condição insegura ou de risco para qualquer um que for passar por ali, principalmente se estiver transportando material. Nesta situação, temos uma condição insegura ou de risco, mas que foi gerada pelo comportamento de alguém, que pode ser chamado de “comportamento profissional de risco” e que falaremos mais a frente sobre o termo.

 



Segundo a Norma Regulamentadora nº 10 (NR – 10), todos os painéis elétricos energizados devem permanecer fechados e só podem ser acessados por profissional legalmente habilitado, que seria o profissional eletricista, com curso de NR -10.

Na imagem, podemos ver um painel elétrico energizado e totalmente aberto. Isso gera uma condição insegura ou de risco.

 



Nesta outra imagem visualizamos ferros fixados em concreto e que estão sem proteções nas pontas gerando condição insegura ou de risco, podendo provocar acidentes graves e ate mesmo fatal.

Segundo as Normas, estas pontas de vergalhão (ferros) devem estar protegidas.

As imagens acima ilustram apenas algumas condições inseguras ou de riscos. Há muitas outras.

 

Comportamento de risco

 



Ao contrário das condições de riscos ou insegura, o comportamento de risco está relacionado às atitudes individuais de cada trabalhador, e pode estar relacionado a diversos motivos, entre eles, cultura, falta de equipamentos de proteção, falta de conhecimento sobre os riscos existentes no local de trabalho ou em uma atividade específica.

Bom, o comportamento se refere em como cada pessoa se comporta diante de uma situação de risco. Enquanto umas adotam comportamentos seguros, prevenindo os imprevistos indesejados, outras se expõem aos riscos sem as devidas medidas preventivas.

 

Tipos de comportamentos de riscos

 



Podemos dizer que há dois tipos de comportamentos de risco. O comportamento de risco consciente e o inconsciente.

No comportamento de risco consciente, o trabalhador conhece os riscos, é treinado e orientado quanto as medidas preventivas, há procedimentos para execução segura da atividade e estes procedimentos são de seu conhecimento, tem equipamento adequado ao risco para evitar a lesão, sabe as consequências de um acidente ou doença, mas mesmo assim se expõe.

Ao contrário, no comportamento de risco inconsciente o trabalhador não conhece os riscos, não tem percepção dos riscos que o cercam, não consegue perceber e/ou identificar os perigos e riscos no local de trabalho ou de uma atividade específica.

 


Um exemplo simples e claro de comportamento de risco inconsciente é quando uma criança coloca algum abjeto dentro da tomada. Ou seja, ela está se colocando em perigo, porém, inconscientemente, por falta de percepção do perigo e dos riscos.

 

Inexistência de cultura preventiva

 

O fato de que nem todos cresceram ouvindo falar em segurança do trabalho, principalmente os mais velhos que na época inicial de suas vidas profissional não se falava em segurança do trabalho, aliás nem se sabia o que era segurança do trabalho.

Estes iniciaram a vida no trabalho sem nenhuma informação sobre prevenção de acidentes e/ou doenças do trabalho. Eram apenas orientados e treinados a produzir com qualidade e em quantidade, sem nenhum cuidado com o bem maior (Vida).

E é justamente por terem passado boa parte da vida, ou toda a vida profissional trabalhando nestas condições que não tem a cultura de prevenção e na maioria das vezes impõem resistência às medidas preventivas, ao uso de equipamentos de segurança, a participação em treinamentos, etc.

 

Gerando uma cultura preventiva

 



Uma forma de gerar trabalhadores conscientes sobre a importância da prevenção dos acidentes do trabalho e mudar esta cultura atual é incluir segurança do trabalho como matéria nas escolas e preparar profissionais com visão e atitudes seguras no futuro.

 

Consequências dos comportamentos de riscos

 

O comportamento de riscos além de expor o trabalhador a uma probabilidade maior de sofrer o acidente, também pode gerar uma condição insegura e/ou de risco e que irá expor outros trabalhadores que direta ou indiretamente estão ligados aos trabalhos ou ao local de trabalho.

Um trabalhador pode ter um comportamento de risco e gerar uma ou mais condições inseguras ou de risco no local de trabalho.

Exemplo: Se o operador de uma máquina de produção retirar a proteção da polia da mesma para fazer limpeza ou facilitar o trabalho, este trabalhador está tendo um comportamento de risco e ao mesmo tempo gerando uma condição insegura.

E nesse caso não podemos dizer que é falta de conhecimento, pois se o trabalhador é o operador, obrigatoriamente deve conhecer o equipamento que opera e para que serve cada dispositivo.

Concordo e entendo que existem proteções em determinadas máquinas que atrapalham realmente a operação e que em alguns casos até provocam acidentes com pequenas lesões.

Mas mesmo assim não podemos ou devemos retirar as proteções. O que podemos e devemos é em conjunto com a manutenção e engenharia se necessário, desenvolver outra proteção que facilite os trabalhos e ao mesmo tempo previna os acidentes.

Para melhor entendimento do que é comportamento de risco, segue abaixo algumas imagens ilustrando a informação.




Na imagem percebemos um trabalhador realizando solda à uma altura de aproximadamente de 10 metros do piso, sem fazer uso dos EPI’s necessários (cinto de segurança, avental e luvas de raspa), isso é o comportamento do trabalhador. Também temos condição de risco na mesma foto, pois o andaime não atende requisitos de segurança como guarda corpo e roda pé.

 



Nesta outra imagem à direita podemos ver outro exemplo de comportamento de risco, onde dois trabalhadores expõem suas vidas ao risco de queda sem nenhuma proteção.

 

O que dizer da imagem abaixo? Imagina você ter que subir na escada ilustrada.

 



Qual seria seu comportamento? Você teria comportamento de risco ou comportamento seguro? Subiria ou não? Se a resposta for sim, você precisa reavaliar seus conceitos quanto à sua segurança do trabalho.




Aqui, além das condições em que a escada foi posicionada para a execução da atividade, outra coisa que também me chamou atenção foi a sinalização.

Não sei o que é pior…o posicionamento da escada ou a sinalização. Sinceramente, fazer uma sinalização dessa forma, melhor não sinalizar.

 

Conclusão

 

Podemos concluir que os acidentes do trabalho ocorrem em duas situações:

Quando ocorre as condições inseguras e/ou de risco ou quando trabalhadores têm comportamentos de riscos.

Sendo assim precisamos corrigir as condições, instalando e/ou mantendo as proteções em máquinas e equipamentos e treinar, orientar e cobrar dos trabalhadores a execução de suas atividades com segurança, sem subestimar os riscos existentes.

 

 



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