sexta-feira, 1 de agosto de 2025

 



 

COMO ARMAZENAR CILINDROS DE ARGÔNIO CORRETAMENTE PARA GARANTIR A SEGURANÇA?

 


A manipulação de cilindros de gases pode ser uma tarefa perigosa se não for realizada com o devido cuidado e atenção aos protocolos de segurança, sendo um tema de extrema importância, tanto para a integridade física dos trabalhadores quanto para a preservação do ambiente de trabalho.

Neste texto, vamos apresentar informações essenciais para garantir práticas seguras em todas as etapas, desde o armazenamento adequado até as precauções durante o transporte e uso.

 

Identificação e classificação dos gases

Para compreender plenamente os riscos associados aos cilindros de gases, é fundamental entender os diferentes tipos de gases e suas classificações. Os gases podem ser categorizados de várias maneiras, incluindo sua reatividade, inflamabilidade e toxicidade.

 

Gases inertes:

Não reagem facilmente com outras substâncias e são frequentemente utilizados em processos onde a presença de oxigênio pode ser prejudicial, como soldagem e armazenamento de materiais sensíveis à oxidação;

 

Gases inflamáveis

Inclui gases que podem entrar em combustão em presença de uma fonte de ignição. Eles representam um risco significativo de incêndio e explosão se não forem manuseados corretamente;

 

Gases tóxicos:

Podem representar um perigo para a saúde se inalados em concentrações suficientemente elevadas. Eles variam em termos de toxicidade, com alguns podendo causar danos graves em casos de exposição prolongada

 

Riscos associados aos gases

O manuseio de cilindros de gases apresenta uma série de riscos potenciais que devem ser compreendidos e combatidos para garantir a segurança de todos os envolvidos. Alguns dos principais riscos incluem:

 

Explosões:

Cilindros de gases inflamáveis representam um risco significativo de explosão se expostos a fontes de ignição. O vazamento de um gás inflamável em uma área confinada pode criar uma atmosfera explosiva que pode ser detonada por uma faísca ou chama;

 

Vazamentos:

Mesmo pequenos vazamentos de gases tóxicos podem representar um perigo para a saúde se não forem detectados e tratados rapidamente. Identificar sinais de vazamento, como odores distintos ou sintomas físicos, é essencial para evitar exposições prejudiciais;

 

Asfixia:

A presença de gases inertes, como nitrogênio ou argônio, pode reduzir os níveis de oxigênio em um ambiente a níveis perigosos, levando à asfixia se não forem tomadas precauções adequadas.

 

Armazenagem segura

A armazenagem dos cilindros deve ser feita em locais bem ventilados, longe de materiais inflamáveis, e os cilindros devem ser separados por tipo de gás. É fundamental manter os cilindros na posição vertical e com as tampas de proteção no lugar. Além disso, é importante manter os cilindros cheios separados dos vazios e nunca remover os sinais de identificação dos cilindros.

Neste contexto, as etiquetas de identificação fornecem informações essenciais sobre o conteúdo de cada cilindro, incluindo o nome do gás contido, sua fórmula química e outras informações relevantes, como a pressão de trabalho e a data de validade.

Essas informações são importantes para garantir que os gases sejam manuseados e armazenados corretamente e de acordo com os protocolos de segurança estabelecidos. Sem etiquetas claras e legíveis, os trabalhadores correm o risco de confundir os cilindros ou de não reconhecer os perigos associados a um gás específico.

 

Como e quando realizar verificações nos cilindros de gases e nos equipamentos associados?

É recomendável realizar verificações visuais antes de cada uso dos cilindros, sendo fundamental estabelecer um planejamento de manutenção preventiva para realizar verificações mais detalhadas em intervalos regulares, que podem variar de acordo com as condições de armazenamento.

Para realizar uma inspeção visual detalhada, procure por sinais de danos físicos, como amassados, arranhões ou corrosão. Certifique-se de que as etiquetas de identificação estão legíveis.

Em alguns casos, é possível verificar o conteúdo do cilindro pesando-o. Isso pode ajudar a determinar se houve vazamentos ou se o cilindro está vazio.

 

Para realizar verificações no equipamento, atente-se a essas dicas:

·       Certifique-se de que não haja vazamentos ao redor das conexões e que a pressão de saída esteja ajustada conforme necessário;

·       Inspecione a tubulação e as conexões para garantir que estejam em boas condições e livres de vazamentos, verificando se as conexões estão apertadas e se não há danos visíveis;

·       Verifique os Equipamentos de Proteção Individual - EPI’s regularmente para garantir que estejam em boas condições de funcionamento, incluindo óculos de proteção, luvas, máscaras respiratórias e outros equipamentos necessários para o manuseio seguro de gases;

·       Nunca utilize um cilindro sem o equipamento de proteção individual adequado e nunca exceda a pressão de trabalho recomendada para o cilindro;

·       Lembre-se de utilizar reguladores de pressão apropriados para controlar o fluxo de gás adequado.

 

10 precauções essenciais ao manusear cilindros de gás

·       Evite rolar ou arrastar o cilindro. Use sempre um carrinho adequado para transportá-lo;

·       Não tente mover ou levantar um cilindro sozinho se ele for muito pesado;

·       Não armazene cilindros em áreas fechadas ou sem ventilação adequada;

·       Não armazene cilindros perto de fontes de calor, chamas abertas ou materiais combustíveis;

·       Não utilize cilindros que estejam danificados, enferrujados ou com etiquetas ilegíveis;

·       Não danifique as válvulas dos cilindros e mantenha-as protegidas contra impactos;

·       Não exponha os cilindros a choques mecânicos, quedas ou outros danos físicos;

·       Não fume ou use chamas abertas perto de cilindros de gases inflamáveis;

·       Não tente desmontar ou reparar as válvulas dos cilindros, a menos que seja treinado e autorizado para fazê-lo;

·       Evite armazenar cilindros vazios junto com cilindros cheios, a menos que sejam segregados adequadamente.

 

Como prosseguir em casos de emergência?

Em caso de vazamento ou outro tipo de emergência envolvendo um cilindro de gás, é importante agir rapidamente e seguir os procedimentos de segurança estabelecidos. Isso pode incluir evacuar a área afetada, fechar as válvulas dos cilindros se for seguro fazê-lo e notificar imediatamente às autoridades competentes.

Nunca tente conter um vazamento se não estiver treinado para isso, deixe essa tarefa para profissionais qualificados.

 

A importância do treinamento e capacitação

É importante que os trabalhadores que manipulam recebam o treinamento adequado sobre como interpretar as informações das etiquetas e como agir de forma segura em diferentes situações.

O treinamento deve abranger tópicos como reconhecimento de gases, procedimentos de emergência em caso de vazamento ou exposição e uso adequado de equipamentos de proteção individual. Ao capacitar os trabalhadores com o conhecimento necessário, é possível reduzir significativamente o risco de acidentes e lesões relacionadas ao manuseio dos cilindros.

 

Ficha de Informações de Segurança de Produtos Químicos

Para mais informações, acesse a nossa Ficha de Informações de Segurança de Produtos Químicos - FISPQ e conheça os riscos associados ao manuseio dos produtos para saber como tomar medidas preventivas adequadas.

 

 


 

 

 

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EPI PARA TRABALHO EM ALTURA: SAIBA OS EPI’s MAIS UTILIZADOS!

 


O Equipamento de Proteção Individual - EPI é todo dispositivo ou produto de uso individual utilizado pelo trabalhador, destinado à proteção de riscos suscetíveis de ameaçar a segurança e a saúde no trabalho.

 

O que diz a NR-35 sobre trabalho em altura?

Conforme a NR-35, o trabalho em altura é toda atividade executada acima de 2,00 m (dois metros) do nível inferior, onde haja risco de queda.

De acordo com a NR-35, todo trabalho em altura deve ser precedido de Análise de Risco - AR e, quando aplicável, da emissão da Permissão de Trabalho - PT.

Dessa forma, estabelecendo um procedimento operacional padrão para todos os trabalhos em altura, bem como garantindo a segurança e a saúde dos trabalhadores envolvidos direta ou indiretamente na atividade.

Atividades em altura devem ser iniciadas após uma avaliação prévia do local de trabalho para que assim possam verificar as possíveis condições de riscos e planejar com antecedência as medidas de segurança necessárias.

 

Análise de Risco - AR

É a avaliação dos riscos potenciais, suas causas, consequências, as etapas operacionais e as medidas de proteção a serem adotadas antes, durante e no fim de qualquer atividade, sobretudo, no trabalho em altura.

Além dos riscos típicos desse tipo de atividade, a análise de risco deve considerar o local em que a atividade será realizada, devendo ser feito o isolamento e a sinalização do local, bem como estabelecer os sistemas e os pontos de ancoragem, considerando as condições meteorológicas adversas (ventos fortes, chuvas, etc), o risco de queda de materiais, as ferramentas e a forma de resgate, entre outros.

Para fazer uma boa análise de risco, primeiro você precisa listar todas as etapas da atividade, conversar com o responsável e verificar como as etapas de trabalho serão realizadas. A partir disso, identificar os riscos envolvidos em cada etapa de trabalho, bem como as medidas para controlar, minimizar ou neutralizar tais riscos.

Para elaborar uma boa análise de risco precisamos garantir que o trabalhador compreenda bem a metodologia, os riscos envolvidos, as atividades e as medidas de proteção adotadas. Por isso é importante não deixar vago e nem subtendido as medidas preventivas a serem empregadas, bem como os equipamentos ou materiais a serem utilizados na atividade, por exemplo, se será utilizado andaime ou plataforma elevatória, entre outros.

Além disso, deve estabelecer os responsáveis pela execução de cada etapa da atividade, verificar se possuem treinamento adequado e se estão aptos para executar a atividade.

Posteriormente, antes de iniciar os trabalhos, deve informar a todos os trabalhadores envolvidos dos riscos e das medidas de prevenção descritas na análise de risco.

Deve coletar a assinatura dos trabalhadores, uma forma de garantir que estão cientes dos procedimentos e das medidas a serem adotadas, bem como evitar possíveis ações judiciais.

 

O que é Permissão de Trabalho - PT?

Conforme a NR-35, a Permissão de Trabalho é o documento escrito contendo conjunto de medidas de controle, visando ao desenvolvimento de trabalho seguro, além de medidas de emergência e resgate.

 

De acordo com o subitem 35.4.8 da NR-35, temos que:

“35.4.8 A Permissão de Trabalho deve ser emitida, aprovada pelo responsável pela autorização da permissão, disponibilizada no local de execução da atividade e, ao final, encerrada e arquivada de forma a permitir sua rastreabilidade. ”

 

Portanto, antes de realizar a atividade em altura devemos ter a permissão de trabalho, que deve ter a validade de tempo restrita ao turno de trabalho, podendo ser revalidada pelo responsável pela aprovação em determinadas situações.

A permissão de trabalho é um importante documento e deve conter os requisitos mínimos a serem atendidos para a execução da atividade, as medidas estabelecidas na análise de risco, a relação de todos os envolvidos e suas autorizações.

 

Quais os EPI’s utilizados para o trabalho em altura?

Uma parte fundamental do trabalho em altura é a proteção dos trabalhadores, para que essa proteção seja realmente eficaz, é essencial a utilização dos Equipamentos de Proteção Individual - EPI adequados.

É de responsabilidade do empregador fornecer aos empregados os EPI’s adequados ao risco de cada atividade, dentro da validade e treiná-los sobre o uso e a conservação dos mesmos.

Assim como, é de responsabilidade do trabalhador a guarda, a conservação e a utilização dos EPIs corretamente, conforme lhe foi ensinado.

 

Os principais tipos de EPI para o trabalho em altura são:

1. Capacete com jugular

O capacete de segurança com jugular é utilizado para a melhor fixação deste à cabeça, bem como proteger a cabeça ou parte dela, contra impactos e penetrações provenientes de quedas ou choques de objetos sobre o crânio, da ação de raios solares, choques elétricos, entre outros.

2. Calçado de segurança

Calçado de segurança para proteção dos pés e tornozelos contra escoriações provocadas contra queda de objetos sobre os pés e impactos frontais. Por exemplo: Botina com biqueira de aço.

3. Óculos de segurança

Os óculos de segurança são importantes para evitar que os olhos do trabalhador sejam atingidos por sujeiras e qualquer outra partícula, bem como luminosidade intensa, radiação ultravioleta e infravermelha.

4. Luvas de segurança

As luvas são essenciais para fornecer uma maior segurança durante o manuseio de materiais, equipamentos e ferramentas no ambiente de trabalho, bem como proteger as mãos do trabalhador de possíveis riscos físicos, químicos, mecânicos, entre outros.

5. Cinturão de segurança tipo paraquedista

O cinturão de segurança tipo paraquedista é um equipamento de proteção destinado a retenção do trabalhador em caso de queda.

Conforme a NR-35, o cinturão de segurança tipo paraquedista é um EPI utilizado para trabalhos em altura onde haja risco de queda, constituído de sustentação na parte inferior do peitoral, acima dos ombros e envolta nas coxas.

A publicação da Portaria SIT nº 292/2011, ocorreu a alteração da redação da NR-6 em relação à lista de EPI para proteção contra quedas com diferença de nível, passando a ser considerado como EPI contra quedas com diferença de nível, o cinturão de segurança com o dispositivo travaquedas e/ou talabarte.

Consequentemente, passou-se a emitir o Certificado de Aprovação (CA) somente para o conjunto: cinturão com talabarte, cinturão com travaquedas ou cinturão com talabarte e o travaquedas.

Talabarte

O talabarte é o dispositivo de conexão entre o cinturão de segurança tipo paraquedista e o ponto de ancoragem.

Conforme a NR-35, o talabarte é um dispositivo de conexão de um sistema de segurança, regulável ou não, para sustentar, posicionar e/ou limitar a movimentação do trabalhador.

Os talabartes dividem-se em três modelos com relação à sua estrutura: os simples, os ajustáveis/reguláveis e os duplos (Talabarte em “Y”), que devem ser ancorados em local adequado e definido na análise de risco.

Travaquedas

O travaqueda é um dispositivo de bloqueio automático em caso de queda do trabalhador.

A cartilha de trabalho em altura do Ministério do Trabalho, define o travaquedas como o “dispositivo de segurança para proteção do usuário contra quedas em operações com movimentação vertical ou horizontal, quando conectado com cinturão de segurança para proteção contra quedas. ”

O subitem 35.5.11.1 da NR-35, dispõe que o travaquedas deve ser posicionado acima da altura do elemento de engate do equipamento de proteção individual, a fim de restringir a distância de queda livre. Além disso, assegurar que em caso de ocorrência, as chances de o trabalhador colidir com estrutura inferior sejam menores.

Existem três tipos de travaquedas, sendo o travaqueda para uso em linha flexível e linha rígida, bem como o travaquedas retrátil.

 

Equipamentos auxiliares

Os equipamentos auxiliares não são classificados como EPI, como exemplo, temos:

·       Ascensor;

·       Descensor;

·       Polia simples;

·       Placa de ancoragem;

·       Cordas e cabos de aço.

 

É recomendado sempre realizar uma inspeção visual antes do uso dos EPIs e dos equipamentos auxiliares para o trabalho em altura, podendo ser utilizado um checklist, principalmente, quando são utilizados em locais de trabalho agressivos capazes de gerar um desgaste mais rápido dos equipamentos.

 

 

 



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