segunda-feira, 12 de agosto de 2024

 





 

COMO AVALIAR POEIRA DE FARINHA PARA O PGR?

 


 

A exposição ocupacional ao pó de farinha é uma preocupação significativa em diversos ambientes de trabalho, especialmente em indústrias de panificação e moagem. Devido ao seu tamanho reduzido, as partículas de pó de farinha não apenas se dispersam facilmente pelo ar, mas também podem ser inaladas, representando um sério risco respiratório para os trabalhadores. Esta realidade destaca a necessidade de uma identificação e avaliação cuidadosas por parte dos higienistas ocupacionais dentro do seu Programa de Gerenciamento de Riscos (PGR). 

 

Riscos da Poeira de Farinha 

A exposição à poeira de farinha pode acarretar uma série de efeitos adversos à saúde, particularmente relacionados ao sistema respiratório. A inalação frequente dessas partículas, devido ao seu tamanho reduzido, pode provocar sintomas respiratórios severos. Estes incluem tosse, respiração ofegante e desconforto respiratório, muitas vezes similares aos sintomas de asma e bronquite. A preocupação se intensifica ao considerarmos o potencial deste pó em contribuir para o desenvolvimento de condições crônicas, como a doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) e outras complicações respiratórias a longo prazo.   

Além dos riscos respiratórios, o pó de farinha também apresenta perigos para outras partes do corpo. Ele pode irritar significativamente os olhos, causando vermelhidão, lacrimejamento e coceira, e em casos de exposição prolongada, pode levar ao desenvolvimento de conjuntivite e outras condições oculares. A pele também é suscetível aos efeitos do pó, com a exposição prolongada podendo causar irritação e ressecamento, resultando em dermatites e outros problemas cutâneos. 

 

Limite de Exposição da Poeira de Farinha

A avaliação correta da exposição à poeira de farinha no ambiente de trabalho exige a identificação precisa de seu limite de exposição conforme estabelecido pela ACGIH (American Conference of Governmental Industrial Hygienists). Importante destacar, na classificação da ACGIH existe um limite específico denominado “Farinha (Poeiras) ”. No entanto, este limite aplica-se exclusivamente a farinhas de trigo, centeio, milhete, cevada, aveia, milho, ou a qualquer combinação destes. É fundamental compreender que nem todas as variedades de farinha se enquadram neste critério específico. Em situações em que a farinha em questão não se ajusta a estas categorias, pode ser necessária a classificação sob a categoria de PNOS (Particulate Not Otherwise Specified), desde que cumpra as três regras definidas para esse limite de exposição. Esta distinção é essencial para garantir a avaliação e o gerenciamento apropriados dos riscos associados à exposição à poeira de farinha no ambiente de trabalho. 

 

Como avaliar a poeira de farinha?

A avaliação da exposição à poeira de farinha, seja enquadrada sob o limite de “Farinha (Poeiras) ” ou como PNOS (Particulate Not Otherwise Specified), é realizada predominantemente através da gravimetria. Este método envolve a coleta de amostras de ar utilizando um cassete, e a concentração de farinha é determinada subtraindo o peso inicial do cassete vazio do peso após a coleta. Embora este método seja eficaz e econômico, ele apresenta uma limitação significativa: a falta de especificidade. Isso significa que outras partículas presentes no ambiente podem interferir na medição, potencialmente levando a uma superestimação dos resultados.  

Adicionalmente, é importante notar que o método de coleta varia conforme o limite de exposição aplicável. Para o limite de “Farinha (Poeiras) ”, a coleta deve ser feita na fração inalável das partículas. Em contraste, quando o limite de PNOS é aplicado, é necessário coletar duas frações distintas: uma respirável e outra inalável.  




Gostou do conteúdo? Conte para gente nos comentários e não deixe de compartilhar nas redes sociais. 

Siga o Blog e Deixe seu comentário e compartilhe este artigo em suas redes sociais para que mais pessoas se informem sobre o tema.


 





 

O QUE SÃO OS IMPACTADORES PARALELOS DE PARTÍCULAS

(PPI)?

 


 

 

Embora diversas técnicas e equipamentos desenvolvidos há anos ainda sejam utilizados nas avaliações de agentes químicos para higiene ocupacional, isso não significa que novos métodos de medição não tenham sido desenvolvidos ao longo do tempo. Um dos métodos mais recentes é o PPI (Parallel Particle Impactor), conhecido em português como Impactadores Paralelos de Partículas. Esta abordagem revolucionária está se tornando fundamental em setores como o da mineração, entre outras atividades industriais. 


O que é o PPI?

Os Impactadores Paralelos de Partículas (PPI’s) são amostradores de alto desempenho para coleta de partículas torácicas e respiráveis, e estão disponíveis tanto em formatos descartáveis quanto reutilizáveis. Seu design patenteado une a eficiência de quatro impactadores em apenas um amostrador compacto de alumínio condutor, assegurando uma correspondência precisa com os padrões internacionais estabelecidos para partículas torácicas e respiráveis.   

Os substratos de impactação plásticos porosos e pré-lubrificados usados nos PPI’s, que são descartáveis, minimizam os efeitos negativos do acúmulo e do ressalto de partículas. Isso aumenta a precisão da amostragem ao reter eficientemente partículas maiores e ao diminuir a possibilidade de saturação do amostrador. Diferentemente de outros amostradores, o PPI mantém sua eficácia de amostragem independentemente do tipo de partícula coletada. 

 

Quais os modelos existentes?

Conforme mencionado, esses amostradores estão disponíveis em formatos descartáveis e reutilizáveis, sendo notavelmente leves, pesando apenas 93g. São oferecidas quatro opções distintas:   

O modelo respirável de vazão de 8 L/min proporciona uma sensibilidade elevada na amostragem de sílica e outros compostos com baixas concentrações alvo. É ideal para monitorar tarefas de curto prazo.   

O modelo respirável de vazão de 4 L/min oferece uma opção de fluxo mais alto e é compatível com bombas de amostragem pessoal intrinsecamente seguras.   

O modelo respirável de vazão de 2 L/min é ideal para amostragem TWA padrão.   

O modelo torácico de vazão de 2 L/min é indicado para a amostragem de fluidos de usinagem de metais ou para monitorar TWA em relação a ácido sulfúrico e outros compostos com limite torácico.  

  

Funcionamento do PPI

Cada amostrador PPI incorpora quatro impactadores de pequeno porte na seção de entrada do dispositivo. Cada um desses impactadores possui um ponto de corte exclusivo de 50%, projetado para capturar um segmento específico de um quarto da curva ISO/CEN, garantindo um ajuste preciso ao longo de toda a faixa. Uma bomba de amostragem extrai o ar através do bocal de entrada de cada impactador na placa de entrada. Partículas maiores do que o ponto de corte de 50% de cada impactador são removidas e retidas no substrato de impactação, enquanto as partículas menores continuam sua trajetória em direção ao filtro de coleta padrão de 37 mm para análise subsequente.
  

 



Gostou do conteúdo? Conte para gente nos comentários e não deixe de compartilhar nas redes sociais. 

Siga o Blog e Deixe seu comentário e compartilhe este artigo em suas redes sociais para que mais pessoas se informem sobre o tema.

 


    COMO ORGANIZAR UM CRONOGRAMA DE VISITAS       Para serviços de manutenção em campo, organizar um cronograma de visitas ajuda n...