quarta-feira, 26 de julho de 2023

 





 

8 TEMAS DE DDS ESSENCIAIS PARA A CONSTRUÇÃO CIVIL

 



O DDS para construção civil, setor onde os riscos são bastante presentes, é uma atividade que pode diminuir consideravelmente a quantidade de acidentes de trabalho no canteiro de obras.

Na mesma medida de sua importância, definir o cronograma de Diálogo Diário de Segurança pode ser uma tarefa desafiadora, por exigir uma regularidade nas conversas e variedade de temas.

Complexidade à parte, o DDS é uma oportunidade de informar os profissionais de como podem melhor lidar com as situações cotidianas sem correrem riscos. Por isso, precisa ser uma atividade regular com temas que façam sentido para a área.

 

O que é DDS?

DDS ou Diálogo Diário de Segurança é um momento de conversa com os colaboradores de uma organização, projeto ou empresa, no qual são abordados assuntos relacionados a segurança de trabalho naquela respectiva área.

O indicado é que o DDS aconteça diariamente, em poucos minutos, mas esse período de tempo pode variar conforme as necessidades de cada instituição. Assim, é interessante que ocorra ao menos uma vez na semana. Quando o trabalho exige maior cuidado e atenção, as conversas precisam acontecer com maior regularidade. 

No caso da Construção Civil, o responsável por abrir a conversa traz assuntos relacionados à segurança física dos trabalhadores no canteiro de obras. É comum apresentar situações cotidianas do trabalho, em que os funcionários conseguem se identificar e estar mais atentos no momento de executar suas atividades, além de poderem tirar eventuais dúvidas.

 

Qual a importância do DDS na construção civil?

O DDS é importante para todas as áreas em que é exigido, mas para a construção civil, ele se torna ainda mais necessário. Afinal, trata-se de uma ferramenta para prevenir acidentes de trabalho e permitir um melhor rendimento e performance de cada funcionário.

Quanto mais saudáveis e seguros os trabalhadores se sentirem no ambiente no canteiro de obras, melhor é a sua produtividade, economia de tempo e consequentemente diminuição de custos para o contratante. A equipe tem a abertura para realizar suas atividades em harmonia e em segurança. 

 

Como fazer o DDS na construção civil?

Para cada DDS é interessante escolher um profissional que tenha domínio do assunto, que já conheça o corpo técnico, ou que entenda o que ele faz. Assim, a equipe tem liberdade para questionar e perguntar livremente sobre o assunto trazido para a conversa.

E o detalhe primordial é trazer temas e assuntos que sejam da área de construção civil e que se relacionem com o dia a dia dos colaboradores. Aqui contamos um pouco sobre cada tema.

 

8 temas de DDS para a construção civil

Oportunidades e assuntos para tratar no DDS para construção civil não falta! Mas, considerando que montar e cumprir um cronograma não é tarefa fácil, listamos algumas ideias de temas de DDS que são bastante pertinentes à rotina no canteiro de obras.

 

Veja só:

EPI – Equipamentos de Proteção Individual

Abordar como e quando utilizar cada EPI e, ao longo dos diálogos, entender se há uma área específica que precisa de maior reforço nas informações, como por exemplo proteger as mãos, a cabeça, ou outras partes do corpo.

 

EPC – Equipamentos de Proteção Coletiva

Assim como os EPI’s, os Equipamentos de Proteção Coletiva também devem ser tema do DDS em algum momento, principalmente para conscientizar sobre a importância e melhorar a forma como eles lidam com esses equipamentos.

 

Ferramentas de uso coletivo

Como lidar com as diferentes máquinas no canteiro de obras ou em outras instâncias da construção civil. Pode ser uma oportunidade para abrir espaço para possíveis dúvidas que os funcionários possam ter sobre como melhor lidar com cada ferramenta.

 

Higiene pessoal

Higiene no trabalho é essencial para quem lida com produtos e substâncias diversas, como é o caso de quem trabalha com a construção civil. Por isso, é necessário que os trabalhadores entendam o que é cada um deles e quais são as medidas de segurança e higiene no canteiro de obras.

 

Primeiros socorros

Ensinar os trabalhadores a lidar com situações de primeiros socorros é imprescindível em qualquer área, inclusive na de construção civil. Isso porque imprevistos e acidentes não tem hora nem lugar. Eles precisam estar cientes de como lidar com essas situações e o que fazer em momentos de alto nível de estresse. 

 

Lesões nas costas

Lesões nas costas são muito comuns por conta de levantamento de pesos indevidos ou posições de trabalho cotidianas não ergonômicas. Por isso, uma das formas de evitá-las é conscientizar os colaboradores de como lidar com ações cotidianas de forma a não se lesionar.

 

Limpeza e organização

Limpeza e organização do local de trabalho é imprescindível para manter em ordem os espaços divididos por mais de uma pessoa. Não obstruir passagens, ter acesso aos equipamentos de emergência, guardar materiais e ferramentas em seus devidos lugares são pequenas ações que podem mudar toda a dinâmica do ambiente de trabalho.

 

APR – Análise Preliminar de Risco

A etapa de APR é uma medida que tem como objetivo mapear riscos e prevenir possíveis acidentes no trabalho. Falar sobre a APR no DDS é uma das formas de orientar os trabalhadores sobre os riscos inerentes de suas atividades laborais. Além disso, também é uma maneira de transmitir confiança sobre as medidas de segurança tomadas pela a empresa.

 

Como implementar o DDS na rotina do canteiro de obras?

Para que o DDS passe a fazer parte da rotina do canteiro de obras, o primeiro passo é o planejamento. Por isso, o ideal é observar os últimos dados de segurança do trabalho no canteiro de obras, como acidentes, uso de equipamentos de proteção, fluxo de trabalho, entre outros. Dessa forma, é possível identificar os pontos mais sensíveis e transformá-los em temas para o DDS, elencados por importância e urgência.

A partir desse planejamento e da criação de um cronograma, deve-se entender a melhor forma de apresentar os conteúdos. Isso, é claro, considerando que as informações precisam ser assimiladas de forma simples e completa, em poucos minutos de diálogo.

O ideal é que o DDS seja mediado por profissionais capacitados em segurança do trabalho, mas também pode ser realizado por supervisores, engenheiros, arquitetos ou, em alguns casos, membros da Comissão Interna de Prevenção de Acidentes -  CIPA.

Utilizar ferramentas para acompanhamento das atividades, criar o cronograma e execução dos temas dentro do DDS não precisa ser algo complexo, mas exige certa organização.





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ENTENDA A DIFERENÇA ENTRE INCIDENTE E ACIDENTE DE TRABALHO E COMO PREVENIR CADA UM

 



Incidente e acidente de trabalho são termos que podem até parecer sinônimos. No entanto, existe uma diferença entre eles. Ainda que essa distinção pareça sutil em um primeiro momento, pessoas da área de Saúde e Segurança do Trabalho - SST precisam sabe-la na ponta da língua.

Se você também possui essa dúvida, continue a leitura e entenda os casos em que se pode considerar como acidente ou incidente no ambiente de trabalho, bem como as metodologias adequadas para preveni-los.

 

O que é acidente de trabalho?

O acidente de trabalho é uma ocorrência imprevista durante a execução do trabalho que acarreta em lesão física ao trabalhador. Ainda, o acidente também pode comprometer a capacidade do trabalhador, impedindo-o de retornar à sua função normalmente. 

Por esse motivo, os acidentes podem gerar sanções à organização, sobretudo quando o local de trabalho não estava adequado ao desempenho das funções ali exercidas. 

Apesar disso, os acidentes não se restringem somente ao ambiente empresarial. Estão incluídos os acidentes ocorridos no trajeto para a organização, durante viagens a trabalho, além de outras doenças que tenham relação causal com o trabalho. 

Os acidentes de trabalho são descritos pela lei 8.213/91 de 24 de julho de 1991, que determina os efeitos dos acidentes no trabalhador: perda ou redução, permanente ou temporária, da capacidade de trabalho, incluindo a possibilidade de morte. 

 

Tipos de acidente de trabalho

A intensidade da lesão causada ou a natureza da atividade que ocasionou o acidente são formas de classificar esse tipo de situação.

 

Entre os acidentes mais comuns em empresas brasileiras, estão:

·       Queda em altura;

·       Lesões causadas por máquinas ou equipamentos;

·       Lesões causadas por esforço repetitivo;

·       Choques elétricos;

·       Danos causados por materiais considerados perigosos, como produtos químicos, por exemplo.

 

Principais causas de acidentes de trabalho

Como pudemos ver, boa parte dos acidentes mais comuns são também aqueles que logo já pensamos em medidas preventivas que poderiam ser usadas para evitá-los. 

A queda em altura, por exemplo, pode decorrer de uma série de cuidados negligenciados, seja a ausência de Equipamentos de Uso Coletivo - EPC’s ou Equipamentos de Uso Individual - EPI’s

É por isso que a maior parte dos acidentes acontece devido às condições inseguras de trabalho, bem como à falta de treinamentos e de políticas bem definidas pela empresa. 

Isso acontece quando não há inspeções de segurança regulares, além do não cumprimento de Normas Regulamentadoras, que estabelecem diretrizes para evitar danos ao trabalhador.

 

O que é incidente de trabalho?

O incidente de trabalho também é uma ocorrência inesperada. No entanto, ela é menos grave do que o acidente e, por isso, não causa danos significativos nem ao trabalhador, nem à empresa. 

Mas o incidente também deve ser acompanhado de perto pela gestão. Afinal, todos os incidentes podem se transformar em acidentes a longo prazo, caso não sejam analisados e corrigidos.

Isso significa que esses eventos são indícios de que há algo errado na operação, seja uma máquina em mau funcionamento, seja uma rotina que o trabalhador não esteja executando corretamente. Assim, o incidente jamais deve ser ignorado. 

 

Tipos de incidente de trabalho

Como falamos, mesmo uma rotina mal executada pode resultar em um incidente e, mais tarde, um possível acidente de trabalho. 

Porém, muitas vezes os incidentes passam despercebidos, já que os próprios colaboradores nem sempre dão a importância necessária a essas ocorrências, uma vez que não são consideradas graves. 

Assim, manter um diálogo saudável com os funcionários é fundamental para alertá-los sobre as diferenças entre esses cenários — acidente e incidente — e a necessidade de comunicar ambas as ocorrências. 

Entre os incidentes mais comuns, estão machucados leves nos dedos, unhas roxas causadas por pancadas, além de arranhões por todo o corpo, causados por superfícies ásperas e falta de proteção. 

 

Principais causas de incidentes de trabalho

 

Atuações simples podem evitar incidentes. A seguir, veja algumas as causas mais comuns dos incidentes no trabalho:

·       Ambientes sujos e/ou desorganizados;

·       Pouca iluminação;

·       Falta de DDS com os colaboradores;

·       Ausência de sinalizações, inclusive sobre as ações de limpeza;

·       Escadas sem corrimão;

·       Ambiente estressante, que gera ansiedade e depressão;

·       Atitudes imprudentes;

·       Falta de conhecimento técnico para manusear um equipamento ou operar uma máquina específica.

 

Qual a diferença entre acidente e incidente no trabalho?

O acidente é quando algo não programado causa algum tipo de lesão ao trabalhador, de modo a interromper sua atividade. 

O incidente, por outro lado, é uma ocorrência que não afeta profundamente o trabalhador. Ou seja, ainda que se tenha uma lesão, ela é superficial e não altera a rotina do trabalhador. 

Em conclusão, a principal diferença entre um incidente e um acidente de trabalho são as consequências que cada um deles provoca no colaborador da empresa.

 

Como agir diante de acidentes de trabalho?

Em caso de acidente, a empresa deve prestar socorro imediato ao trabalhador acidentado. A assistência médica pode ocorrer no próprio local, para que o trabalhador lesionado receba atendimento o mais rápido possível. 

Em casos mais graves, ele deve ser transferido a uma unidade médica, ou seja, ser atendido fora do ambiente onde ocorreu o acidente. 

Após o pronto atendimento, deve-se comunicar os superiores da empresa sobre o ocorrido, bem como as equipes de Serviço Especializado em Segurança e em Medicina do Trabalho - SESMT e Comissão Interna de Prevenção de Acidentes - CIPA.

São eles que irão investigar, da forma mais completa possível, quais foram os motivos pelo qual o acidente aconteceu e quais as medidas de correção e prevenção que deverão ser adotadas para que o ocorrido não se repita. 

Além disso, a empresa deve acionar a Previdência Social e informar sobre o acidente, bem como realizar seu registro no e-Social. Para isso, deve-se utilizar o Comunicado de Acidente de Trabalho (CAT), que pode ser emitido pela própria empresa, pelo acidentado ou seus dependentes, pelo médico ou uma autoridade pública. 

 

E como prevenir incidentes e acidentes?

Existem diversas normas e leis que servem para direcionar as empresas neste quesito. As Normas Regulamentadoras estabelecem os parâmetros para as mais diversas situações em ambiente de trabalho, a fim de evitar os riscos possíveis. 

Assim, podemos entender que a melhor medida contra incidentes e acidentes de trabalho é a prevenção, cuidando para que auditorias e inspeções, bem como manutenções de máquinas, estejam em dia. 

Isso engloba o fornecimento e fiscalização de EPI’s, sinalização, equipamentos de combate a incêndio, entre outros.

Ainda, estabelecer uma comissão interna para prevenção de acidentes, investir em treinamentos internos e estabelecer um checklist para Saúde e Segurança do Trabalho são boas medidas a serem aplicadas. 

 

Outros conceitos: as pirâmides da segurança do trabalho

Algumas metodologias ajudam a gestão a medir e qualificar os riscos enfrentados pelos trabalhadores na organização. Assim, fica mais simples identificar e entender quais ocasiões são incidentes e acidentes. 

 

Pirâmide de Bird

A pirâmide de Bird também é conhecida como Triângulo da Segurança. Afinal, seu conceito também pode ser analisado do ponto de vista visual, por meio de uma pirâmide. É por isso que essa e outras metodologias são chamadas de pirâmides da segurança do trabalho.

Nesse sentido, a pirâmide de Bird é o resultado de um estudo sobre prevenção a acidentes que envolveu mais de 90 mil análises de acidentes, ainda que a obra publicada tenha menos registros. 

Ela surgiu após quase 30 anos de sua predecessora, a pirâmide de Henrich, e tem esse nome devido ao seu criador, Frank Bird Jr. Ele acrescentou à teoria 4 pontos essenciais a medidas de prevenção: informação, investigação, análise e revisão de processos. 

Mas, afinal, de que se trata essa metodologia?

Ela sugere que, a cada 1 acidente com morte ou lesão grave, correspondem a 100 lesões leves e 500 incidentes. Ou seja, acidentes fatais, lesões e pequenos incidentes possuem uma lógica constante e proporcional. A razão é: -10-30-600. 

Dessa maneira, a cada 600 pequenos incidentes, 30 lesões ocorrerão. Delas, 10 acidentes surgem, e a cada 10 acidentes, ocorre 1 fatalidade. 

 

Pirâmide de Heinrich

Como já abordamos, a Pirâmide de Heinrich surgiu antes da Pirâmide de Bird e, apesar de ter servido como base para esse estudo, ainda é bastante reconhecida e utilizada de forma complementar à Pirâmide de Bird.

Essa pirâmide serve para quantificar as anormalidades de segurança, permitindo à gestão monitorar eventos por nível de gravidade e compará-los ao longo do tempo. Isso faz com que a empresa consiga reduzir os acidentes de forma progressiva. 

Dessa forma, os problemas encontrados não devem ser atacados apenas por uma extremidade, mas sim pelas duas extremidades de maneira paralela. 

 

Pirâmide de Desvios ou Dupont

Dupont é a empresa que também foi responsável pela criação do nylon, o material bastante utilizado em eletrodomésticos, para cordas de violão e até para linhas de pesca. A empresa investiu em estudos e elaborou a pirâmide de desvios. 

Ao contrário das pirâmides de Heinrich e Bird, que focaram seus estudos em perdas que de algum modo poderiam gerar indenizações para as empresas, a Dupont não se restringiu a isso e focou sobretudo na prevenção de todos os riscos. 

Isso deixou a pirâmide ainda maior, considerando, portanto, os desvios na proporção de que, para cada 1 acidente fatal, há 30 acidentes com afastamento, 300 acidentes sem afastamento, 3 mil incidentes e 30 mil desvios.

 

Como otimizar a gestão de riscos e medidas de SST?

Como vimos, as pirâmides são excelentes ferramentas para Segurança do Trabalho, uma vez que permitem a análise de riscos com foco em medidas preventivas. Isso auxilia a gestão na melhoria contínua. 

Para aplicar os conceitos das pirâmides e prevenir acidentes e incidentes, uma ótima pedida para aplicar corretamente inspeções e auditorias, garantindo que as normas sejam cumpridas adequadamente. 

 



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