terça-feira, 23 de maio de 2023

 





 

SOLDADOR TEM DIREITO A INSALUBRIDADE?

 

É comum os profissionais de SST escutarem a pergunta “Soldador Tem Direito a Insalubridade“? E a resposta como tudo na vida é: “DEPENDE”. Para fins de caracterização da atividade insalubre é necessário que haja exposição ao agente de risco.

 

A exposição pode ser verificada, conforma a NR 15:

 



a) de forma quantitativa, quando desenvolvida acima dos limites de tolerância constantes nos Anexos 1, 2, 3, 5, 11 e 12;

b) de forma qualitativa, quando se enquadrar nas atividades mencionadas nos anexos 6, 13 e 14; e

c) comprovadas através de laudo de inspeção do local de trabalho, constantes dos Anexos 7, 8, 9 e 10.

 

O primeiro passo que o profissional de SST deverá atentar será o reconhecimento dos riscos da atividade.

Então vamos pensar um pouco; quais os riscos normalmente encontrados na atividade de soldagem?

Radiação não ionizante (ultravioleta e infravermelha), fumos metálicos, e gases. Podemos encontrar também, não devido ao processo de solda, mas a outros fatores do ambiente: ruído e calor. É bom lembrar que a exposição ao risco também dependerá do tipo de solda (Brasagem, Oxiacetilênica, Arco elétrico).

Durante o processo de solda oxiacetilênica e a arco elétrico, há exposição à radiação não ionizante na forma de ultravioleta e infravermelha.

A NR-15 em seu anexo 7, prevê como atividade insalubre apenas a exposição à radiação ultravioleta, não especificando limite de tolerância.

Já a ACGIH (American Conference of Govermental Industrial Hygienists), em seus livretos de TLV´s e BEI´s especifica limites de tolerância tanto para ultravioleta quanto para infravermelho.

Os limites da ACGIH podem ser usados apenas para elaboração do PPRA, mas nunca para justificar um pagamento de adicional de insalubridade.

E agora? Devo considerar a atividade insalubre por exposição à radiação ultravioleta? Novamente “DEPENDE”. Hoje existe uma série de Equipamentos de Proteção Individual – EPI´s para neutralizar o risco de exposição à radiação infravermelha e ultravioleta (avental, luvas, mangote, capuz e perneira de raspa de couro, além da máscara de solda e óculos de proteção).

Quanto à exposição aos fumos metálicos, ao se analisar os anexos 11, 12, e 13 da NR-15, verifica-se que só constam no rol de agentes químicos insalubres, os fumos de chumbo, manganês e cádmio.

O níquel possui limite de tolerância estabelecido pelo Anexo 11, porém somente na forma de carbonila de níquel, não presente no processo de soldagem. Somente esses metais são listados como insalubres.

O chumbo (Anexo 11) e o manganês (Anexo 12) possuem limites de tolerância de 0,1 mg/m3 e 1 mg/m3 respectivamente, sendo imprescindível realizar a avaliação quantitativa.

Já o cádmio (Anexo 13) não possui limite de tolerância estabelecido, sendo sua avaliação apenas qualitativa.

Recomenda-se também realizar avaliação química para comprovar a presença ou não de cádmio na atividade, uma vez que a presença de cádmio ocorre apenas em materiais que contenham altos teores deste metal.

Os demais metais (cromo, cobre, ferro, zinco, alumínio, magnésio, níquel e etc.…) não são caracterizados como insalubres na forma de fumos, porém devem ser monitorados para fins de prevenção, conforme NR-09 – Programa de Prevenção de Riscos Ambientais – PPRA.

A soldagem a arco com eletrodo metálico coberto tem o potencial de fixar o nitrogênio atmosférico na forma de óxido de nitrogênio em temperaturas acima de 600º C.

As concentrações não são um problema em oficinas abertas. De acordo com estudos, não foram identificados em mais de 100 amostras de soldagem a arco com eletrodos metálico coberto, uma exposição ao dióxido de nitrogênio, maior que 0,5 ppm em uma larga variedade de condições de operações.

O oxigênio é fixado também na forma de ozônio pelo arco, mais ainda assim não é um contaminante significativo nas operações de soldagem a arco com eletrodo metálico coberto.

O risco principal na solda a gás em espaços fechados é devido à formação de dióxido de nitrogênio. As concentrações maiores ocorrem quando o maçarico está queimando e realizando o corte/solda.

O dióxido de nitrogênio possui limite de tolerância de 4 ppm de acordo com o Anexo 11 da NR-15.

Na hora de realizar a avaliação química, muito cuidado com o que será avaliado, muitas vezes recebemos gato por lebre e resultados que em nada contribuem para caracterização técnica da atividade insalubre.

O profissional de SST deve conhecer o seu processo e especificar que metais precisa quantificar, evitando que a especificação seja realizada por terceiros, reduzindo assim custos e caracterizando corretamente seus riscos ambientais.



Guilherme Abtibol Caliri – Engenheiro de Segurança do Trabalho e Higienista Ocupacional.


Fonte: Jornal Segurito

 

 



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ALOJAMENTO MODULAR:

A SOLUÇÃO QUE PODE AJUDAR NA SUA PARADA DE MANUTENÇÃO

 



O alojamento modular é uma solução da construção civil que reduz custos e aumenta a eficiência em uma obra. O motivo é simples: rapidez na obra em 50%, redução de 25% dos custos e geração de 30% menos resíduos, o que torna o projeto mais rentável para o responsável pela obra.

Feitos em madeira, em aço galvanizado e até em container, os alojamentos moduladores permitem uma perfeita aderência às normas NR-18 e NR-24, que regulamentam as condições ideais para os trabalhadores da construção civil.

Um alojamento modular segue o conceito offsite, isto é, seus módulos são fabricados fora do ambiente da obra, o que torna o processo muito mais eficiente do que as construções convencionais, que para a criação de novos ambientes precisam de espaço, compra de materiais e mão de obra disponível.

Essa é uma excelente opção para as paradas de manutenção, porque não impacta os demais setores da empresa, dando mais agilidade ao processo.

Neste artigo, você vai entender melhor a importância do alojamento modular para a sua obra e saberá quais são as vantagens do seu uso na parada de manutenção.

 

Qual é a importância de ter um ambiente adequado para a parada de manutenção?

Não é à toa que cada vez mais indústrias estão optando pelo aluguel ou pela compra do alojamento modular. Sabe por quê? Esses alojamentos em módulos são mais rápidos de serem movidos e práticos porque não precisam ser construídos, mas sim acoplados em um local definido no projeto.

Esses alojamentos são eficientes em todos os processos da obra e ainda mais fundamentais na parada de manutenção, que é um procedimento de melhoria comum nas empresas de construção.

Ocorre que essas paradas, em muitos casos, acabam interferindo em outras áreas, justamente por ser um evento complexo, seja ele robusto, como a parada geral, seja ele de menor impacto, a exemplo da parada parcial.

O alojamento modular torna a parada de manutenção muito mais precisa e rápida, porque esses espaços são projetados para viabilizar o manuseio em caso de ajustes.

Enquanto em um alojamento feito em alvenaria, em caso de uma parada de manutenção, o processo é muito mais oneroso, sendo preciso o uso de mais materiais e maquinários adequados, um alojamento modular é muito mais prático, rápido e menos custoso.

 

Principais benefícios do alojamento modular para a indústria

O alojamento modular se tornou um grande aliado da construção civil, além de ser sinônimo de eficiência e baixo custo.

Devido à sua durabilidade, o alojamento modular passou a ser adotado pela indústria que preza pelo baixo custo, mas sem abrir mão da qualidade. E é isso que esse tipo de alojamento proporciona, além de qualidade aos seus consumidores. Isso devido à característica dos alojamentos modulares, de serem resistentes aos efeitos do tempo, como sol ou chuva.

 

Conheça mais algumas vantagens de ter um alojamento modular:

Redução de custos

Além de durabilidade e praticidade, outro benefício de ter alojamentos modulares é a redução de custos.

Para as construtoras e empreiteiras, essa é uma ótima opção para quem precisa manter o orçamento em ordem. Isso porque com o construtivo pode haver surpresas em relação ao aumento no custo com materiais e outros itens. 

Já em uma acomodação modular, é preciso apenas a compra ou aluguel, com montagem rápida e de fácil locomoção. Os alojamentos de alvenaria elevam os custos de uma obra, uma vez que precisam contratar mão de obra especializada o que, muitas vezes, acaba estourando orçamento da obra.

Esse modelo se torna muito eficiente também devido à sua precisão que, por se tratar de uma modelo pré-fabricado, evita desperdícios.

 

Mobilidade

Devido à sua construção em módulos, o alojamento modular é uma estrutura que é facilmente removida e acoplada, permitindo que esses módulos sejam facilmente transportados e ajustados ao projeto.

Caso seja concluído, o alojamento modular poderá ser novamente movido para o local da nova obra, tornando o processo muito mais simples e prático, o que permite a reutilização dos módulos.

 

Rapidez na montagem e desmontagem

Tão importante quanto às vantagens mencionadas acima, a rapidez para montar e desmontar um alojamento é, sem dúvida, uma das principais características dos alojamentos modulares.

Costumam dizer que “tempo é dinheiro” e está correto, em especial, em um canteiro de obra, onde cada dia a mais para encerrar é um dia a menos de venda.

 

Sustentabilidade

Uma das qualidades do modelo construtivo, como o alojamento modular, é a possibilidade de tornar uma obra sustentável, isso graças às novas tecnologias que são pensadas para atender a um dos maiores desafios da construção civil: a degradação do meio ambiente.

Vista como um dos setores que mais faz uso dos recursos hídricos e maiores poluentes, a construção civil busca alternativas que promovam uma integração harmoniosa entre o meio ambiente e a sociedade como um todo.

E é justamente para reduzir tais desperdícios e a geração de agentes poluidores, como os resíduos, que o alojamento modular surge como aliado na construção civil.

 

 



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