segunda-feira, 7 de setembro de 2020





BOMBEIRO CIVIL



Que tal ser Bombeiro Civil? Conheça 6 perguntas mais comuns sobre a profissão

Saiba como é a formação deste profissional e as formas de atuação no mercado de trabalho.


A profissão de Bombeiro Civil não se limita ao combate a princípios de incêndio.

O que vem à sua cabeça ao imaginar o trabalho de um Bombeiro Civil?

Um profissional utilizando um extintor durante o combate a um princípio de incêndio?
A resposta está certa, mas é bom você saber que a atuação do Bombeiro Civil é bem mais ampla.

Ele atua não só no combate a incêndios, mas também na prevenção e no atendimento a outras emergências dentro de empresas e eventos.

Até o ano 2000, essa função era exercida exclusivamente de forma cumulativa e voluntária pelos próprios funcionários das empresas.

Esses colaboradores eram treinados para atuar em situações de risco, compondo as chamadas Brigadas de Incêndio.

A partir de 2000, a Norma Técnica NBR 14.608 passou a estabelecer algumas exigências para determinar o número mínimo de bombeiros profissionais civis em uma edificação, bem como sua formação, qualificação, reciclagem e atuação.



A atuação do Bombeiro Civil é estabelecida por norma técnica
e a profissão foi regulamentada por lei federal em 2009.

Mas foi só em 2009 que a Lei Federal nº 11.901 reconheceu o Bombeiro Civil como uma profissão, regulamentando sua jornada de trabalho, sua carreira e seus direitos.

No Estado de São Paulo, por exemplo, a Lei Estadual nº 401/2013 é que regulamenta sobre a obrigatoriedade de contratação desse profissional, conforme o tamanho de cada estabelecimento.

Na formação profissional, o Corpo de Bombeiros do Estado de São Paulo, por meio da Lei 15.180/13 e da Portaria CCB008/14, é responsável por credenciar e fiscalizar instituições de ensino e instrutores.

Apesar de todas as normas e reconhecimentos, ainda há muitas dúvidas sobre a atuação desse profissional, principalmente sua formação e formas atuações no mercado de trabalho.

Por isso, relacionamos:

6 perguntas mais comuns sobre a profissão de Bombeiro Civil

1- Quais as principais funções do Bombeiro Civil?


O Bombeiro Civil é o profissional responsável pelos
planos de emergência e gestão de riscos onde atua.

O Bombeiro Civil atua em empresas, shows e eventos e fica responsável pela gestão dos riscos de incêndio e outras situações com potencial de gerar uma emergência.

No dia a dia é ele quem faz a inspeção de equipamentos de combate a incêndio e acompanha atividades que envolvam trabalhos de risco na edificação em que atua.

Cabe a ele auxiliar no desenvolvimento de planos de emergência, sempre zelando pela preservação de vidas, respeito ao meio ambiente e proteção ao patrimônio.

Esse profissional também presta os primeiros socorros a vítimas de acidentes ou qualquer situação que envolva urgência e/ou emergência, realizando o primeiro atendimento até a chegada do resgate.

Sem conta que ele cumpre um importante papel social ao levar informação e esclarecimento que podem melhorar a qualidade de vida de uma comunidade.

2 – As empresas são obrigadas a contratar um Bombeiro Civil?


O Bombeiro Civil também é responsável pela
 inspeção de equipamentos de combate a incêndio.

No âmbito federal, a lei não obriga a contratação de bombeiros civis. Tudo vai depender das exigências de cada legislação estadual e/ou municipal.

No município de São Paulo, por exemplo, o Decreto Nº 58.168/2018 estabelece a presença obrigatória de uma Brigada de Incêndio e Bombeiros Civis nos seguintes estabelecimentos:

  • shoppings centers;
  • casas de shows e espetáculos;
  • hipermercados;
  • grandes lojas de departamentos;
  • campi universitários;
  • áreas públicas ou privadas com grandes concentrações de pessoas (acima de 1 mil pessoas);
  • demais edificações ou plantas cuja ocupação ou uso exija a presença de Bombeiro Civil, conforme legislação estadual de proteção contra incêndios do Corpo de Bombeiros da Polícia Militar do Estado de São Paulo.


3 – Como é a formação de um Bombeiro Civil e como funciona o curso?


Além do curso básico, o Bombeiro
Civil precisa passar por um curso de reciclagem anualmente.

A lei federal prevê ainda que o profissional seja habilitado por meio de um curso básico.

O curso inicial de Bombeiro Civil tem carga horária obrigatória de 210 horas, com conteúdo teórico e prático.

Vale ressaltar que esse programa de capacitação precisa estar credenciado pelo Corpo de Bombeiros e em conformidade com a legislação estadual sobre o tema.

Na prática, o curso trata não só do combate a diferentes tipos de incêndio, como também o manuseio de equipamentos para essa atividade.

A formação contempla ainda as noções básicas de resgate em diferentes situações terrestres e em altura.

Os alunos aprendem também como socorrer uma vítima em situações diversas, mas sem ultrapassar suas limitações legais, emocionais e técnicas.

Para fazer esse curso, o interessado deve ter, no mínimo, 18 anos de idade, ter concluído o Ensino Fundamental, além de ter sido aprovado em exame médico, no máximo 60 dias antes do início do curso.

Este atestado deve comprovar aptidão para as atividades práticas do curso e precisa ser emitido por um consultório de Medicina do Trabalho ou clínica médica particular (geralmente não é emitido pelo SUS – Sistema Único de Saúde).

Depois de formado, o profissional precisa passar anualmente por um curso de reciclagem, conforme instrução da NBR 14.608 e outras legislações estaduais/municipais.


4- Como o Bombeiro Civil pode atuar no mercado de trabalho?


A legislação também classificou a carreira
de Bombeiro Civil em três categorias.

O Bombeiro Civil pode atuar como:

Profissional empregado: contratado diretamente pelas empresas que necessitem desse trabalho.

Profissional terceirizado: com atuação em empresas que prestam serviços na área da segurança patrimonial. Esse é o tipo de contratação mais comum no mercado de trabalho.

Profissional autônomo: pode também atuar por conta própria em grandes eventos como: festas em clubes, casas noturnas, estádios de futebol, etc.

A legislação que regulamentou a profissão previu também a criação de uma carreira para o Bombeiro Civil, classificando o profissional em três categorias:

Bombeiro Civil: com curso básico de Bombeiro (operacional) – com piso salarial em torno de 2 salários mínimos federais* (sem gratificação).

Bombeiro Civil Líder: com curso Técnico de Nível Médio, que inclui uma disciplina de prevenção e combate a incêndio e comando de equipe – com piso salarial em torno de 3 salários mínimos federais* (sem gratificação).

Bombeiro Civil Mestre: engenheiro com especialização em prevenção e combate a incêndio, que realiza o comando da unidade de trabalho – com piso salarial em torno de 8 salários mínimos federais* (sem gratificação).

*De acordo com tabela do Sindicato dos Bombeiros Civis do Estado de São Paulo.
Além da remuneração, com jornada em regime de plantão 12×36, o Bombeiro Civil recebe do empregador uniforme, gratificação de periculosidade e seguro de vida.

Como você percebeu, as perspectivas de crescimento na carreira estão diretamente relacionadas ao empenho na busca por especialização.

5- Qual é a diferença entre um Bombeiro Civil e um Bombeiro Militar?


Bombeiro militar recebe treinamento mais
completo e rígido para atuar em diferentes situações.

O Bombeiro Militar é um profissional concursado que atende o Estado e possui um leque de atuação muito maior que o Civil.

O profissional militar recebe um treinamento bem mais completo e rígido para atuar em diferentes situações, como:

  • Incêndios florestais, urbanos, industriais, entre outros.
  • Resgates e emergências médicas.
  • Salvamento aquático e afogamentos.
  • Desencarceramento em acidentes rodoviários e ferroviários (vítimas presas em ferragens).
  • Intervenção em incidentes elétricos, hidráulicos e com materiais inflamáveis.
  • Captura de animais correndo ou oferecendo risco.
  • Resgate de corpos ou bens submersos.


Observação: quando o Bombeiro Militar estiver atuando na ocorrência, é ele quem coordenará a atuação do Bombeiro Civil.

6- Quais as qualidades e competências de um bom profissional nesta área?


Ter iniciativa, agir com antecipação e
prevenção estão entre as qualidades de um Bombeiro Civil.

O Bombeiro Civil deve exercer sua função com eficiência (observar todas as normas) e probidade (responsabilidade, honestidade e conduta irrepreensível).

É importante que se comporte de forma respeitosa, com uma postura técnica e o entendimento de que ele está ali para prestar seus serviços sem qualquer tipo de discriminação.

Para isso, espera-se que o profissional seja generoso, cooperativo e tenha uma postura proativa.

Ser proativo significa ter iniciativa, agir com antecipação e prevenção. O profissional não deve esperar o incidente acontecer para agir.

Precisa evitar os riscos e, se não puder fazer isso, tem o papel de minimizá-los.




E aí, ficou interessado em atuar como Bombeiro Civil?

Diante do mercado de trabalho tão amplo, quem sabe não seja a hora de investir nesta profissão que previne riscos e salva vidas?

Se seu objetivo é se profissionalizar nesta área, conheça os detalhes do curso de qualificação profissional de Bombeiro Civil.

Colaboração:

Paulo Roberto Aragão de Oliveira, docente do Senac Jabaquara

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COMO SÃO DIAGNOSTICADAS E
TRATADAS LESÕES E DOENÇAS NO TRABALHO



 O corpo humano tem uma incrível capacidade de regenerar os tecidos lesionados por movimentos e esforços excessivos, mas precisa de um tempo para isso. Se as atividades que geraram o problema continuarem sendo repetidas, a lesão progride, e a dor torna-se cada vez mais constante.

São as tendinites, tenossinovites, bursites, síndrome do túnel do carpo e várias outras doenças agrupadas sob a denominação distúrbios osteo musculares relacionados ao trabalho (DORT).

Anteriormente denominadas lesões por esforços repetitivos (LER), essas doenças vêm crescendo em todo o mundo e são uma das principais causas de afastamento do trabalho. Mas as atividades profissionais não são as únicas vilãs. Esforços excessivos e repetitivos nos esportes, em tarefas domésticas e até nas horas de lazer na frente do computador ou do videogame podem favorecer o surgimento dessas enfermidades.

Segundo a Dra. Alessandra Passos, fisiatra do Einstein, nos anos 70 essas doenças eram vistas principalmente como males relacionados a esforços repetitivos no trabalho e numa perspectiva mais física. “Atualmente, o entendimento é mais amplo. Não se limita ao aspecto físico ou biomecânico. Abrange outras dimensões, inclusive a emocional ou psicológica”, afirma a médica.



Hoje as pessoas estão expostas a um ambiente profissional mais estressante, caracterizado pelas pressões de produtividade, competitividade e prazos; são mais sedentárias que as gerações passadas, em função das facilidades e tecnologias da vida moderna, e acabam expondo o organismo além dos limites que ele tem capacidade de suportar. “Mas duas pessoas que exercem a mesma atividade, trabalhando o mesmo número de horas, irão reagir de maneira diferente, em função de um conjunto de fatores – das características físicas e genéticas às posturas que adotam na execução da atividade ou à forma de lidar com as pressões”, afirma a fisiatra. “É preciso, portanto, considerar todo o conjunto de elementos relacionado a cada indivíduo. É importante tratar a consequência, mas é necessário tratar também a causa”, completa a Dra. Alessandra.

Diagnóstico

Em geral, o diagnóstico é feito na consulta médica, a partir do exame clínico, dos sintomas descritos pelo paciente e do relato de suas atividades e hábitos que possam ter originado o problema ou que podem agravá-lo. O questionamento é exaustivo e abrangente: o que acontece em casa e no trabalho, atividades que exigem esforços excessivos ou repetitivos, qual tempo dedicado a elas, como e quando a pessoa dirige, se fica sentado, qual altura da cadeira; modelo e peso da bolsa ou mochila que usa habitualmente; como dorme, tipo de colchão e travesseiro; altura do monitor do computador, tipo de mouse, etc. Em alguns casos, o médico poderá solicitar exames complementares, como ultrassonografia, ressonância magnética e eletroneuromiografia.

De acordo com o Dr. Mário Guarnieri, ortopedista e especialista em cirurgia das mãos, as LER são, normalmente, lesões pouco graves. “Geralmente, o que falta é repouso adequado ou irrigação sanguínea para que o tecido possa cicatrizar”, afirma ele. “Quando um atleta profissional rompe um tendão, ele é colocado em repouso para que o corpo possa fazer a reparação dos tecidos. Mas uma pessoa que trabalha nem sempre consegue parar. Acaba mantendo o esforço e não dá tempo de cicatrização para o organismo, fazendo com que a lesão progrida”.

Por isso, segundo o médico, é importante a conscientização do paciente, dedicando tempo para explicar a ele qual é o seu problema, como o mal poderá evoluir e como ele próprio pode ajudar na recuperação. “É mais fácil obter a adesão do paciente ao tratamento se ele entende o que está acontecendo e o que pode ou não pode fazer para ajudar”, afirma o Dr. Mário. “Se eu não explicar à pessoa que estou imobilizando seu braço para favorecer o descanso da musculatura daquela região e agilizar a recuperação dos tecidos afetados, ela vai fazer força dentro do gesso, e o procedimento será inútil”, exemplifica ele.

Tratamento

Os tratamentos variam segundo cada caso e tipo de doença. Idealmente a abordagem deve incluir o apoio de uma equipe multiprofissional – ortopedista, fisiatra, fisioterapeuta, psicólogo, nutricionista e acupunturista, entre outros -, contemplando, além da dimensão física, os aspectos psicológicos, estilo de vida, etc.

Novos recursos, como a toxina botulínica, vêm se somando ao arsenal de tratamentos. Semelhante à aplicação estética contra rugas, a toxina paralisa por um período as contrações do músculo, que ganha um tempo de repouso para se restabelecer. Já o tratamento por ondas de choque (o mesmo equipamento usado para bombear pedras no rim) pode ser utilizado em casos mais específicos e vem sendo adotado em tendinites calcárias (acúmulo de cálcio nos tendões).



Entenda a diferença entre tendinite e bursite

Essa terapia gera um aumento local de vasos (neoangiogênese) e de substâncias que são potencialmente vasodilatadoras. “O objetivo é aumentar a irrigação sanguínea, o que ajuda na cicatrização da lesão”, explica o Dr. Mário. Outro recurso – este ainda sem comprovação científica e, por isso, foco de algumas controvérsias na comunidade médica – é o plasma rico em plaquetas (PRP). Obtido do sangue do próprio paciente, o concentrado de plaquetas é aplicado na área afetada, também com o objetivo de ativar o processo de cicatrização.

Tradicionais ou modernos, é vasto o leque de tratamentos. Mas melhor mesmo é prevenir as LER/DORT. As recomendações básicas são: atenção para adotar as posturas adequadas; cuidados com a ergonomia (mobiliário adequado, disposição e altura dos equipamentos, como a tela do computador, posicionamento do teclado e do mouse, apoio para os pés); alongamento e fortalecimento dos músculos mais exigidos; intercalar tarefas (entremear, por exemplo, o trabalho no computador com ligações telefônicas; ou a atividade de passar roupa com a de arrumar a louça); e fazer pausas regulares durante as atividades repetitivas.

Fonte: Hospital Albert Einstein

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