quinta-feira, 10 de novembro de 2022

 




 

DISPOSITIVO DR: DESCUBRA O QUE É E PARA QUE SERVE

 



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Utilizar muitos equipamentos eletrônicos em uma residência com problemas de instalações elétricas pode potencializar um sério perigo: os acidentes elétricos domésticos. Para minimizar essa ameaça, existe um mecanismo de segurança chamado dispositivo DR - Diferencial Residual.

Esse dispositivo desarma a corrente elétrica automaticamente sempre que o risco de choque elétrico é detectado. Quer aprender mais sobre a importância desse aparelho e como ele funciona? Acompanhe o conteúdo a seguir!

 

O que é dispositivo DR? 

 

Conforme dissemos inicialmente, o Diferencial Residual é um dispositivo de segurança, que atua como uma espécie de interruptor capaz de desligar automaticamente uma corrente elétrica assim que identifica algum vazamento de energia nos condutores.

Na prática, ele desativa o local no qual houve a falha para evitar possíveis choques elétricos. 

 

Para que serve o dispositivo DR?

 

Entender o dispositivo DR para que serve é fundamental para garantir a sua segurança e da sua família.

 

Ele foi desenvolvido para proteger pessoas e animais contrachoques elétricos, seja por contato direto ou indireto:

 

Ø contato direto: quando alguém toca um condutor que está eletricamente carregado e com funcionamento normal;

Ø contato indireto: quando o indivíduo toca algo que não costuma conduzir eletricidade, mas se transformou em um condutor por acaso. Normalmente, isso acontece devido a uma falha no isolamento do condutor. 

 

Como funciona um dispositivo DR? 

 

Mais acima, explicamos que o aparelho desarma o disjuntor, impedindo a passagem de energia elétrica. Com isso, o indivíduo não corre o risco de levar choques elétricos graves, por contato direto ou indireto. 

Porém, vale destacar que esse dispositivo só funciona em correntes elétricas de baixa tensão; aqueles não detectados por disjuntores tradicionais, mas que ainda podem causar danos ao ser humano e aos animais. 

Existem diversas categorias de DR seja ele um dispositivo DR bipolar ou dispositivo DR tripolar, mas todos funcionam da mesma forma. Para exemplificar, imagine um dispositivo com corrente de 30mA.

Isso significa que o aparelho só desarmará o disjuntor se a diferença entre as correntes nos terminais dor igual ou maior que 30mA. 

 

A importância de utilizar um dispositivo DR

 

Ter um dispositivo DR instalado na rede elétrica é fundamental para se proteger contrachoques elétricos graves e outros danos.

Você sabia que cerca de 30% dos incêndios domésticos são gerados por falhas elétricas?

Os defeitos elétricos mais comuns são resultado da deterioração dos isolantes condutores, além de outros fatores.

Nesse sentido, foi estabelecida em 1997 a Norma NBR 5410, que tornou obrigatório o uso de DR’s de alta sensibilidade (30mA) em locais e circuitos específicos, a fim de oferecer proteção contra acidentes elétricos.

 

São eles:

 

ü circuitos que alimentam tomadas em áreas externas;

ü circuitos de iluminação externa, como jardins etc.;

ü todos os pontos de iluminação e de tomadas nos banheiros;

ü circuitos de tomadas em áreas externas, mas que podem alimentar equipamentos no exterior;

ü todos os pontos de uso em cozinhas, lavanderias, áreas de serviço, áreas internas molhadas em uso normal em durante lavagens.

 



Riscos que o dispositivo DR previne 

 

Usar um aparelho DR na instalação elétrica oferece inúmeras vantagens, além da segurança física dos seres humanos e animais, como a economia de energia por impedir o vazamento de correntes. Confira os perigos que esses mecanismos previnem abaixo. 

 

Curto circuito 

 

Evita a ocorrência de curtos circuitos e o vazamento de energia, que provoca o aumento no consumo elétrico. 

 

Super aquecimentos dos equipamentos elétricos 

 

Protege contra o superaquecimento de aparelhos eletrodomésticos e eletrônicos, que podem gerar danos permanentes ou mesmo incêndio acidentais. 

 

Choque elétrico

Por fim, mas não menos importante, previne contrachoques elétricos e suas consequências:

 

ü paralisia parcial ou total dos movimentos durante a ocorrência, que pode gerar uma série de acontecimentos, como quedas, falhas na condução de máquinas etc.;

ü queimaduras graves ou fatais;

ü fibrilação cardíaca;

ü parada respiratória com paralisia dos músculos que atuam na respiração, que pode ser fatal caso o indivíduo não receba atendimento em tempo hábil;

ü parada cardíaca.

 

Como instalar um dispositivo DR? 

 

Depois de entender como esse aparelho funciona, chegou o momento de aprender outra etapa do dispositivo DR: como instalar.

 

Porém, antes de começar a instalação, é necessário tomar algumas precauções:

 

Ø faça um teste prévio em locais seguros para se certificar de que os dispositivos estão funcionando corretamente;

Ø desligue o disjuntor geral e informe a todos no ambiente que você estará trabalhando no local para que ninguém religue o circuito até o fim da instalação;

Ø tranque o medidor com um cadeado para evitar religações acidentais e, assim, prevenir choques elétricos antes de finalizar a instalação do dispositivo;

Ø faça o dimensionamento prévio para ter certeza de que a caixa disjuntora aguentará os componentes necessários para a instalação do DR.

 

Feito isso, reúna todas as ferramentas, equipamentos e materiais necessários que sejam de qualidade e boa procedência para minimizar possíveis riscos durante a instalação, além de oferecer um ótimo acabamento.

 

São eles:

 

ü dispositivo DR;

ü cabos;

ü etiquetas;

ü alicate desencapador;

ü alicate de corte;

ü chave de fenda ou “Philips”;

ü chave de teste;

ü multímetro.

 

Reunidos os materiais, o primeiro passo é verificar qual o padrão de posicionamento dos outros dispositivos localizados no QDC - Quadro de Distribuição de Circuitos em que o DR será instalado.

Assim, você segue o padrão de organização e minimiza as chances de erros. Em seguida, fixe o dispositivo seguindo seu modelo, de forma que ele seja alimentado por cima e suas saídas fiquem por baixo. 

Com a ajuda de um alicate desencapado, desencape os condutores e comece a alimentação do dispositivo não existe polaridade certa para o DR, seguindo o padrão dos outros componentes.

O único requisito é o local onde o condutor neutro deve ser fixado. Geralmente, ele pode ser ligado em um DPS -Dispositivo de Proteção contra Surtos e conectado ao DR logo em seguida. 

Todos os conectores devem estar bem fixados; puxe levemente os cabos para verificar se estão bem presos. Antes de fechar o QDC, realize todos os testes para garantir que o DR está funcionando corretamente. 

 

Conclusão

 

Um dispositivo DR é crucial para evitar acidentes elétricos domésticos. Nesse sentido, a grande maioria dos edifícios e casas residências já são projetados com os DR’s inclusos no plano de construção. 

 

 

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LTCAT: ENTENDA O QUE É E PRINCIPAIS OBJETIVOS

 



Seja você colaborador ou empresa, você saberia responder por que o LTCAT é o documento que determina se um colaborador deve receber aposentadoria especial?

Neste artigo nós te damos essa resposta, além de explicar a relação e diferença do Laudo Técnico das Condições do Ambiente de Trabalho com o PPP e PPRA. 

 

O que é LTCAT?

 



A sigla LTCAT diz respeito ao Laudo Técnico das Condições do Ambiente de Trabalho. Esse documento é responsável por identificar e avaliar as condições dos locais em que os trabalhadores operam suas atividades.

O laudo é elaborado após uma avaliação técnica in loco, ou seja, no próprio local de trabalho, onde se coletam dados e informações para preencher o documento.

Assim, a ida até o local serve para fazer essa análise e procurar por todos os tipos de riscos físicos, químicos e biológicos que ameaçam a saúde e integridade do profissional em sua rotina.

O LTCAT é preenchido com avaliações qualitativas e quantitativas sobre os riscos identificados e também é responsável por oferecer soluções que diminuam esses riscos.

Ao ser concluído, ele é usado como subsídio para elaboração do Perfil Profissiográfico Previdenciário - PPP, que tem como função informar o histórico laboral do colaborador.

Esses dois documentos são essenciais para trabalhadores encaminharem suas aposentadorias especiais, portanto, são de grande importância para empresas de regime CLT, tanto pela aposentadoria quanto pelo registro de agentes nocivos à saúde e integridade de funcionários.

 

Principais objetivos do LTCAT

 

Agora que você já sabe o que é o LTCAT, é importante focar em seus principais objetivos.

Podemos definir que o objetivo central do laudo é comprovar as exposições aos agentes ambientais que podem trazer prejuízos à saúde e integridade física de trabalhadores.

Isso é feito identificando principalmente quais são esses componentes que oferecem os riscos.

 

Identificar a exposição do funcionário aos agentes nocivos

 

A presença ou ausência de agentes nocivos no dia a dia de trabalhadores é identificada através do Laudo Técnico das Condições do Ambiente de Trabalho.

De acordo com o anexo IV do Decreto 3048/99, os riscos que podem ser encontrados ao analisar ambientes de trabalho para gerar o LTCAT podem ser tipificados em: físicos, químicos e biológicos.

 

Físicos

 

Entram em riscos físicos temperaturas muito elevadas ou muito baixas, radiações, pressões anormais, ruídos e vibrações.

 

Químicos

 

No que diz respeito a riscos químicos, fazem parte agentes que entram pela via respiratória, por ingestão ou pele dos trabalhadores, como óleos, mercúrio, chumbo, poeira, tinta, fumo e cloro.

 

Biológicos

 

Por fim, se caracterizam como riscos biológicos parasitas, vírus, fungos e bactérias que podem causar danos à saúde dos trabalhadores.

Nesse item, também pode-se considerar microrganismos e parasitas infecto contagiosos vivos.

 

Quando o LTCAT deve ser elaborado?

 

Esse laudo é exigido para todas as empresas, de acordo com a Lei 8.213/91.

Reforçamos aqui que as empresas que sabem que oferecem riscos ambientais aos trabalhadores devem ter o LTCAT como prioridade, pois o documento ajuda a reduzir e prevenir riscos.

Outro ponto importante sobre a elaboração do LTCAT é que, segundo os protocolos do INSS, ele deve ser feito de acordo com as normas da Secretaria Especial de Previdência e Trabalho do Ministério da Economia.

Então, se existem dúvidas relacionadas às práticas administrativas do LTCAT, elas podem ser tiradas nas agências do INSS.

Por fim, ao fazer esse laudo, é importante considerar que ele passa pela observação da NR-15, que nos apresenta os limites de tolerância de cada agente nocivo.

 

Quem pode elaborar o LTCAT?

 

Somente dois grupos de profissionais podem elaborar o LTCAT: engenheiros de segurança do trabalho e médicos do trabalho.

Essa é a determinação da Lei nº 8.213, de 24 de julho de 1991, em conformidade com a Instrução Normativa nº 45.

Além disso, a lei determina que o profissional que elaborar o LTCAT deve ser habilitado pelo conselho de classe da profissão, que são:

Médicos: Conselho Regional de Medicina – CRM.

Engenheiros: Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura – CREA

Arquitetos pós-graduados em Engenharia em Segurança no Trabalho: Conselho de Arquitetura e Urbanismo — CAU.

 

A diferença entre LTCAT e PPRA? 

 

O Programa de Prevenção de Riscos Ambientais - PPRA é facilmente confundido com o LTCAT por trabalhar com o objetivo de evitar doenças do trabalho e acidentes de trabalho.

A primeira diferença entre eles é que o LTCAT é regulamentado pela Previdência Social, enquanto o PPRA é regulamentado pelo Ministério do Trabalho e Emprego.

Uma vez que suas regulamentações são diferentes, seus objetivos finais também, sendo o do LTCAT documentar os danos e riscos no trabalho para a aposentadoria especial e o do PPRA visar medidas de segurança para manter a saúde e resguardo no trabalho.

Outra característica muito importante que também os difere é o fato do LTCAT exigir uma conclusão em seu documento, enquanto o PPRA não necessita de conclusão ao ser elaborado.

Isso acontece porque o LTCAT é considerado um laudo e o PPRA é considerado um programa. 

 

E, quais as penalidades caso o LTCAT não exista? 

 

As empresas que não realizarem o LTCAT podem ser multadas, de acordo com o art. 283, Capítulo III do decreto nº 3.048.

Essa multa pode variar de acordo com a gravidade da infração, com valores que vão de  R$ 991,03 a R$ 99.102,12.

Então podemos concluir que a elaboração do LTCAT é importante tanto para o trabalhador, que terá seus direitos garantidos e exposições à saúde e integridade diminuídos, como para a empresa, que não correrá riscos legais e impactos financeiros.

Ressaltamos também que o e-Social vem para fazer o controle eletrônico destes e outros documentos.

A implantação desse sistema facilitará a falta de qualquer dado ou documento que uma empresa deve ter e emitirá rapidamente multas cabíveis e inspeções nos locais.

 

Conclusão

 

Conseguiu notar a importância da elaboração do LTCAT, tanto para sua empresa não correr riscos perante a lei, quanto para seus trabalhadores exercerem suas funções com mais segurança?

Esse documento é de suma importância por diversos aspectos que citamos aqui, mas reforçamos principalmente a implantação do e-Social e sua fiscalização.

Então, não restam dúvidas de que você precisa de um time de segurança do trabalho preparado para dar conta de todos esses pontos. E para isso, os profissionais do ISC estão mais do que preparados!

 

 

 

 

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