sexta-feira, 18 de fevereiro de 2022

 

 

 

COMO MELHORAR A ENTREGA DO EPI PELO ALMOXARIFADO

 

 

Diversas vezes ouvimos comentar que a entrega do Equipamento de Proteção Individual (EPI) é um dos principais desafios para a Segurança e Saúde do Trabalho. O preenchimento manual da ficha de controle é relacionado com o tempo, a frequência e a logística que demanda a entrega do EPI. O almoxarifado é comumente utilizado para essa atividade e, neste caso, é necessário pensar sobre como melhorar a entrega do EPI pelo almoxarifado.

 

Caso de Sucesso: Como automatizar a entrega do EPI em diferentes frentes de serviços ou locais de trabalho

 

A entrega do EPI pelo almoxarifado pode se tornar um ponto crítico a medida que se torna lento e oneroso para a indústria. Uma fila de colaboradores representa uma perda de tempo, falta de organização, falta de agilidade e redução da produtividade. Em muitas situações esses problemas levam a deixar de entregar o EPI para o colaborador, aumentando a probabilidade de acidente de trabalho e receber penalidades financeiras ou jurídicas.

 

No Brasil, entre os 15 requisitos (Ementas) mais fiscalizados das Normas Regulamentadoras dois são relacionadas com o Processo de Controle e Entrega de EPI’s que totalizam mais de 15 mil irregularidades identificadas no período de 5 anos. As irregularidades são:


·       Deixar de fornecer aos empregados gratuitamente equipamento de proteção individual adequado ao risco em perfeito estado de conservação e funcionamento, que representa 63% da ocorrência.

 

·       Deixar de exigir o uso dos equipamentos de proteção individual, representando 37% do total de irregularidades.

 

Nos locais de trabalho ou frentes de serviços esse índice pode ser maior se associamos que a identificação de irregularidades de SST está diretamente relacionada com a quantidade de fiscalizações que são realizadas pelos órgãos públicos relacionados e responsáveis pela inspeção do trabalho no Brasil, que nos últimos meses reduziu drasticamente, conforme pode ser observado nos dados projetados pela Secretaria de Inspeção do Trabalho (SIT).

 

 



 

Quantidade de Fiscalizações e Irregularidades de SST no Brasil – CNAE NR 06. Fonte: SIT (2021).

 

A falta de entrega do EPI para o colaborador pode estar associada ao almoxarifado. É um setor que deve possuir colaboradores treinados e preparados para fornecer o EPI com agilidade e assertividade, reduzindo os erros ou falhas das informações que devem ser registradas e relacionadas com o colaborador que está exposto aos riscos ocupacionais.

 

Pensando nesses desafios preparamos um blog que discute e apresenta pontos que devemos monitorar e melhorar ao entregar o EPI pelo almoxarifado, evitando com isso retrabalho e justificativas relacionadas com a falta de uso de EPI’s. Veja a seguir!

 

Desafios do Processo de Entrega do EPI

 

A NR 06 – Equipamento de Proteção Individual define que um Equipamento de Proteção Individual – EPI é “todo dispositivo ou produto, de uso individual utilizado pelo trabalhador, destinado à proteção de riscos suscetíveis de ameaçar a segurança e a saúde no trabalho. ” Neste caso, o uso correto do EPI é um procedimento que protege as partes do corpo do trabalhador e garante um ambiente de trabalho com mais segurança e saúde.

 

Observa-se, em diferentes ambientes industriais, que apesar de compreender a importância do uso do EPI para reduzir os níveis de exposição aos riscos ocupacionais, os trabalhadores deixam de usar, removem o EPI durante ou antes de concluir as atividades ou tarefas executadas ou tem dificuldade de receber ou trocar o EPI.

 

Deixar de usar o EPI é associado com a falta ou indisponibilidade do EPI no local de trabalho ou no almoxarifado, desconforto do EPI, alteração da aparência ao usar o EPI, falta de controle de uso do EPI ou mesmo o EPI gera desconfortos como, por exemplo, o embaçamento dos óculos, umidade nas luvas e botas, dificuldades respiratórias, entre outros.

 

Caso de Sucesso: Impactos da tecnologia no processo de controle de entrega de EPI’s

 

A maioria das situações ou dificuldades relatadas pelos trabalhadores podem ser resolvidas com um treinamento adequado do uso do EPI e com o monitoramento frequente do trabalhador para exigir e conscientizar o uso do EPI. Além disso, é necessário que o empregador garanta a entrega do EPI no momento, com a qualidade e quantidade adequada.

 

O monitoramento do uso dos EPI’s manualmente é inviabilizado à medida que cresce o número de trabalhadores que executam atividades industriais no local de trabalho. É um volume de informações e atividades de controle que elevam os custos de controle da SST e que dificilmente o almoxarifado com processos manuais de registro terá flexibilidade e agilidade para garantir a entrega do EPI.

 

Os desafios do processo de entrega do EPI no almoxarifado são relacionados com o tempo demandado para o processamento e registro de informações. Uma demanda elevada de EPI’s contribuirá para formar filas no almoxarifado, postergar a coleta de assinaturas, dificulta a reposição do estoque correto de EPI’s e o controle das informações e custos de EPI’s.

 

O processo de entrega do EPI pelo almoxarifado também é inviabilizado quando existem diversas frentes de trabalho, uma frequência elevada de trabalhadores que demandam a entrega e devolução dos EPI’s e dificuldades para coletar as assinaturas dos colaboradores. Todos esses pontos são desafios que podem ser resolvidos no almoxarifado com o uso de tecnologias especializadas nos processos de SST.

 

Entrega do EPI pelo Almoxarifado

 

No processo de entrega do EPI pelo almoxarifado é esperado uma entrega ágil e assertiva nos locais de trabalho ou nas frentes de serviços para cada colaborador. É fundamental que seja reduzido o tempo de fila, a falta do EPI no almoxarifado e mantenha uma reposição adequada do estoque do EPI para que nunca falte nos locais de trabalho.

 

O almoxarifado tem que usar uma tecnologia que permita a entrega e o registro do EPI para o colaborador de uma forma online e off-line. O almoxarifado deve usar aplicativos que agilizam e registram para cada colaborador o tipo de EPI, o motivo da entrega ou troca, a devolução, situação do EPI, o número do Certificado de Aprovação (CA), tamanho, cor e coletam a assinatura eletrônica na data e horário correto.

 

A entrega do EPI pelo aplicativo também permite que almoxarifado colete todas as informações da ficha do EPI de uma forma automatizada, economize tempo dos colaboradores e reduz a falta de informações na ficha do EPI. A tecnologia voltada para o controle da segurança e saúde do trabalho reduz também a necessidade de correr atrás de assinaturas e extraviar fichas dos colaboradores.

 

Caso de Sucesso – Benefícios do Uso da Tecnologia no Controle de EPI’s

 

 

Uma outra recomendação é estabelecer um procedimento padrão de entrega do EPI para os almoxarifados. A padronização da entrega do EPI deve seguir os requisitos das Normas Regulamentadoras, em especial, a NR 06 – Equipamento de Proteção Individual.

 

A tecnologia mobile especializada em SST é uma aliada para ganhar tempo, eliminar erros, registrar a entrega com assinatura eletrônica e reduzir custos do controle de documentos e atender os requisitos da NR 06 – Equipamento de Proteção Individual.

 

Usar a biometria do colaborador para agilizar o controle de entrega, troca ou devoluções do EPI’s é uma alternativa tecnológica que o almoxarifado pode implantar para ganhar mais tempo ainda e inclusive aumentar a mobilidade para qualquer frente de serviço. É uma tecnologia extremamente confiável que permite a autenticação e identificação correta do colaborador.

 

Usar processos mais ágeis e assertivos no almoxarifado promovem o controle e a gestão de estoques de EPI’s. O controle dos estoques de EPI’s garante uma maior disponibilidade para os colaboradores e, consequentemente, reduz a falta de EPI’s.

 

Um controle de estoque correto elimina desperdícios e reduz custos relacionados com o estoque de EPI’s, aumentando a eficiência da SST nos locais de trabalho. Fique atento nos processos do almoxarifado, porque a entrega correta do EPI impacta na produtividade da sua indústria e previne acidentes de trabalho.

 

A tecnologia para apoiar o processo de controle e entrega de EPI’s gera resultados para a logística de entrega e gestão do almoxarifado. Ainda, elimina o papel, retrabalho e garante o registro da entrega, devolução e trocas periódicas nas frentes de serviços.

 

 

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TRABALHO INFANTIL

A IMPORTÂNCIA DE PREVENIR NO AMBIENTE DE TRABALHO

 



O trabalho infantil compromete o desenvolvimento de uma sociedade e o futuro de uma economia. No atual cenário econômico, os trabalhadores e as organizações desempenham um papel fundamental na prevenção do trabalho infantil. O diálogo social com os trabalhadores sobre o trabalho infantil é um dos mecanismos mais efetivos para eliminar o trabalho infantil no Brasil.

 

A legislação brasileira proíbe que crianças menores de 13 anos de idade exerçam qualquer tipo de atividade de trabalho, remunerado ou não, indiferente da carga horária. Mas é bastante comum verificar situações em diferentes regiões do Brasil nas quais crianças e adolescentes são expostos as piores condições de trabalho e trabalhos perigosos.

 

Dados do Ministério Público do Trabalho (MPT), indicam que, em 2020, o órgão recebeu 1.847 denúncias, firmou 383 Termos de Ajuste de Conduta (TAC’s) e moveu 145 ações relacionadas ao tema da exploração do trabalho infantil. A Organização Internacional do Trabalho (OIT) reuniu informações do Sistema Nacional de Agravos de Notificação (Sinan), do Ministério da Saúde, entre 2007 e 2020, e cita que, ocorreram 29.785 acidentes graves de trabalho envolvendo crianças e adolescentes, sendo que 290 foram fatais. No mesmo período, houve 49.254 notificações de agravos à saúde relacionados ao trabalho envolvendo pessoas com idades entre 5 e 17 anos. Apesar de preocupantes, os números são ainda maiores, pois o Ministério da Saúde admite que há subnotificação.

 

A UNICEF cita que o trabalho infantil compromete a educação, restringindo seus direitos e limitando suas oportunidades futuras, e leva a círculos viciosos intergeracionais de pobreza e trabalho infantil.

 

Cientes da importância de eliminar o trabalho infantil e a importância de prevenir no ambiente de trabalho preparamos um post para esclarecer que o trabalho infantil não é brincadeira e que todos devemos lutar pela garantia dos direitos das crianças e adolescentes.

 

Realidade do Trabalho Infantil no Brasil

 

Para a Organização Internacional do Trabalho (OIT), o trabalho infantil é causa e efeito da pobreza e da falta de oportunidades para desenvolver as capacidades das crianças e adolescentes. Isto é, o trabalho infantil impacta o nível de desenvolvimento social e econômico de um país e aumenta a vulnerabilidade do trabalhador à acidentes de trabalho e ao trabalho forçado na vida adulta.

 

No Brasil, em 2019, foram identificadas 1700 crianças e adolescentes em situação irregular de trabalho pela fiscalização da Subsecretaria de Inspeção do Trabalho (SIT). Os Estados do Pará, Bahia, Pernambuco, Amazonas e Mato Grosso do Sul representam 52% do número total de crianças e adolescentes alcançados em situação irregular de trabalho pelas ações fiscais, em 2019.

 

Distribuição de Crianças e Adolescentes em Situação Irregular de Trabalho – Fonte: SmartLab (2021)

 

Apesar desse trabalho dos órgãos fiscalizadores, a realidade do trabalho infantil no Brasil é mais crítica visto que fatos e números publicados pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) demonstram que no mesmo período de 2019, haviam 38,281 milhões de pessoas entre 5 a 17 anos de idade no Brasil. E, desse total 1,8 milhão, ou seja, 4,6% estavam em uma situação de trabalho infantil.

 

O Observatório de Prevenção e da Erradicação do Trabalho Infantil (SmartLab) também destaca que, em 2019, 1300 crianças e adolescentes alcançados em situação irregular de trabalho, por sexo, pelas ações fiscais. Também é destaca da que a maior vulnerabilidade à exploração sexual comercial de crianças e adolescentes é em rodovias e estradas federais, principalmente, nos postos de combustíveis, bares, pontos de alimentação, boates e pontos de hospedagem.

 

Concentração de Pontos Vulneráveis por Rodovia Federal – Fonte: SmartLab (2021).

 

A OIT também identificou que do total de crianças e adolescentes, 706 mil estavam ocupadas nas piores formas de trabalho infantil como, por exemplo, extração e corte de madeira, trabalho em atmosferas tóxicas, explosivas ou com deficiência de oxigênio, na direção e operação de tratores, máquinas agrícolas e esmeris, trabalhos denominados na LISTA TIP, decreto N°6.481, de 12 de junho de 2008.

 

A agricultura e o comércio e reparação foram as atividades econômicas que agruparam, respectivamente, 24,2% e 27,4% das crianças e dos (as) adolescentes em trabalho infantil. Além disso, os serviços domésticos representaram 7,1% do trabalho infantil.

 

Entre as crianças e os (as) adolescente em situação de trabalho infantil, 66,4% eram homens e 66,1% eram pretos ou pardos. E, a análise de distribuição por idade demonstra que 53,7% estavam no grupo de 16 e 17 anos; 25,0% no grupo entre 14-15 anos e 21,3% no de 5 a 13 anos.

 

A análise realizada pela OIT também indica que 38,3% do total de 5 a 17 anos, 51,8% (19,8 milhões) realizavam afazeres domésticos e/ou cuidado de pessoas. O maior percentual de realização dessas tarefas estava no grupo de 16 e 17 anos (76,9%), seguido pelas pessoas de 14 e 15 anos (74,8%) e as de 5 a 13 anos (39,9%). Entre as mulheres esse percentual era de 57,5% enquanto que para os homens era de 46,4%.

 

Eliminar o Trabalho Infantil

 

A OIT e a UNICEF alertam que, em 2021, se observa que pela primeira vez, em duas décadas, aumento no mundo e que mais 8,9 milhões de crianças e adolescentes correm o risco de ingressar no trabalho infantil no mundo até 2022, como resultado da pandemia de Covid-19.

 

O atual cenário econômico do Brasil como, por exemplo, o desemprego, o aumento da informalidade, cancelamento de matrículas de crianças e adolescentes nas escolas, a menor renda familiar, entre outros aspectos, contribui para que muitas crianças e adolescente sejam forçados às piores formas de trabalho infantil.

 

Para reverter a tendência de aumento do trabalho infantil, a OIT e a UNICEF, recomendam e estão pedindo para todos os atores da sociedade:

 

·       Proteção social adequada para todos, incluindo benefícios universais para crianças e adolescentes.

·       Aumento dos gastos com educação de qualidade e retorno de todas as crianças e todos os adolescentes à escola – incluindo quem estava fora da escola antes da pandemia de Covid-19.

·       Promoção de trabalho decente para adultos, para que as famílias não tenham que recorrer às crianças e aos adolescentes para ajudar a gerar renda familiar.

·       O fim das normas prejudiciais de gênero e da discriminação que influenciam o trabalho infantil.

·       Investimento em sistemas de proteção infantil, desenvolvimento agrícola, serviços públicos rurais, infraestrutura e meios de subsistência.

 

Além disso, existem medidas e iniciativas por meio de procedimentos administrativos ou judiciais que são adotados como, por exemplo, abertura de procedimento administrativo ou ação judicial competente, solicitação ao Conselho Tutelar, Ministério Público do Trabalho, requisição de fiscalização específica, envio de informações e documentos ao Ministério Público do Trabalho ou denúncias a qualquer outro órgão da vigilância sanitária ou policial.

 

Prevenir o trabalho infantil no ambiente de trabalho é uma forma de reduzir a quantidade de crianças que estão expostas a riscos físicos, mentais e sociais. Também é possível adotar medidas ou programas legais para o desenvolvimento dos jovens.

 

A capacitação dos jovens pode ser alcançada com uma formação sólida e com oportunidades nas empresas. Dados da Fundação ABRINQ indicam que no Brasil, cerca de 235 mil crianças e adolescentes menores de 17 anos trabalham em condições legais. Neste caso, no país é permitido trabalhar a partir dos 14 anos sob condições específicas, tais como como a de jovem aprendiz.

 

Trabalho infantil não é brincadeira. Denuncie ao Disque 100 ou se preferir, procure o Ministério Público do Trabalho de sua cidade.

 

 

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