quinta-feira, 13 de abril de 2023

 




VANTAGENS DA MECANIZAÇÃO/AUTOMAÇÃO PARCIAL DE POSTOS DE TRABALHO

 


Na decisão de mecanização ou automação parcial de um posto de trabalho podem estar presentes três ordens de objetivos:

 

·       Diminuir a carga ao operador,

·       Aumentar a qualidade,

·       Diminuir a variabilidade dos tempos de operação.

·       Diminuir a carga:

 

As tarefas realizadas em postos de trabalho onde a natureza do trabalho é repetitiva, trazem normalmente aos operadores cargas que podem a médio prazo levantar questões relacionadas com a saúde; particularmente se houver solicitação repetida e continuada de pequenos grupos musculares, como é típico, por exemplo, em tarefas de montagem; ou solicitação de grandes músculos com cargas elevadas, como é o caso de postos que exigem movimentação de cargas dinâmicas, no mesmo plano, ou, pior, entre planos diferentes.

Nestas circunstâncias a introdução de mecanismos auxiliares ou substitutos do esforço humano, traz vantagens óbvias e facilmente visíveis, se bem que muitas vezes de difícil quantificação e valorização objetiva, embora com incríveis potenciais de melhoria (ver O Impacto da Indústria 4.0 na Ergonomia).

 

Aumentar a qualidade:

 

A introdução de mecanismos traz sempre a clara vantagem de permitir um maior controlo sobre as variáveis do processo. Pense-se, por exemplo, no controlo da força de aperto de um parafuso ou na força exercida sobre um rebite, ou ainda a verificação dimensional e geométrica que é possível com a colocação de uma peça num gabarito de pré-posicionamento. Esta diminuição da variabilidade, com o consequente aumento da capacidade do processo, traz vantagens diretamente quantificáveis através da diminuição do nível de rejeições e, muitas vezes, justifica só por si a opção pela mecanização.

 

Diminuir a variabilidade dos tempos de operação:

 

Os postos de trabalhos manuais caracterizam-se por terem grande variação (dispersão) no rendimento do trabalho tanto entre operadores como, em momentos diferentes, para o mesmo operador. Esta variação, sempre observada, encontra a sua explicação nas alterações da oferta de rendimento que qualquer colaborador experimenta ao longo da jornada de trabalho e em diferentes dias.

A variação no rendimento do trabalho dos postos individuais - que se traduz na variação dos tempos individuais de operação por peça - conduz a alguns dos maiores problemas na gestão da produção. Por um lado, ao introduzir erro na previsão da capacidade real, mas também e, principalmente, ao provocar variabilidade incontrolável na linha. Efetivamente, variações não controladas nos postos de trabalho, de amplitude/tempo desconhecida e com um carácter de alguma aleatoriedade, embora se possam anular, na maior parte das vezes, tendem a ter um efeito multiplicador, introduzindo perdas não controladas que se propagam na linha. Este efeito de chicote provoca um aumento da quantidade de peças em curso de fabrico e, para ser contido, induz o aumento dos stocks intermédios de alimentação. Também aqui se verifica a regra de que a quantidade de stock intermédio, necessário para estabilizar o fluxo, é inversamente proporcional à estabilidade nos tempos nas linhas de produção.

A mecanização/automação dos postos, ao reduzir os graus de liberdade dos operadores e com isso estabilizar a respectiva oferta de rendimento, tem o efeito imediato de tornar mais previsíveis os tempos de operação. Esta previsibilidade permitirá predeterminar a produção efetiva dos postos, estabilizar os fluxos das linhas e com isso permitir diminuir os stocks dos produtos em curso de fabrico, e ainda facilitar toda a operação logística de alimentação aos postos.


Como nota final referimos que apesar das claras vantagens alcançadas com a mecanização/automação parcial, há que ter alguns cuidados na sua implementação. O primeiro, é garantir que o operador “tem tempo”, ou seja, o ritmo imposto pelos mecanismos está dentro dos limites do chamado rendimento normal. Em segundo lugar, há que garantir a necessária formação e período de adaptação aos colaboradores e, finalmente, mas não menos importante, é necessário também garantir que do ponto de vista ergonómico (principalmente ao nível antropométrico) existem efetivas melhorias nos postos de trabalho.

 

 

 

 

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COMO GARANTIR A SEGURANÇA DO TRABALHO NA SUA INDÚSTRIA?

 


A segurança do trabalho deve ser uma preocupação de todo empregador, especialmente na indústria. Esse elemento é composto pela identificação, prevenção e mitigação de riscos — de modo a contribuir para a saúde e o bem-estar dos funcionários.

Com o objetivo de garantir que isso seja colocado em prática, foram elaboradas diversas normas regulamentadoras, as quais precisam ser seguidas para evitar problemas com o Ministério do Trabalho e Emprego. Reforçar esse tamanho cuidado é fundamental para estimular a motivação e diminuir o absenteísmo.

 

1. Crie uma Comissão Interna de Prevenção de Acidentes


A Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA) é formada por representantes que são indicados pelos empregadores e eleitos pelos trabalhadores. Ela funciona quase que de forma autônoma dentro da empresa, sendo responsável por agir de modo a prevenir acidentes de trabalho através da observação de riscos.

Com o esquema de mandatos, seu principal objetivo é facilitar a comunicação entre empregados e empregador, de modo que haja um acréscimo na segurança. Além disso, sua formação é obrigatória, de acordo com a NR-5.

 

2. Tenha um programa de saúde ocupacional


Outro elemento obrigatório por lei é a criação de um programa de saúde ocupacional. Instituído pela NR-7, esse programa é relevante porque as doenças decorrentes do trabalho também são consideradas como acidentes.

Se houver acompanhamento profissional e mitigação de condições que podem provocar essas doenças, a saúde dos colaboradores fica favorecida.

Para que ele seja efetivo, é necessário contar com um médico do trabalho para a execução das medidas, que podem ir desde o uso de equipamentos específicos até a realização de exames periódicos.

 

3. Faça um levantamento de riscos


Essa comissão e esse programa de saúde são importantes, mas não são os únicos elementos para garantir a segurança do trabalho. Estando em uma indústria, é fundamental agir de maneira completamente preventiva — e uma das formas de conseguir isso é fazendo uma análise de risco.

Esse levantamento, que pode ser feito pela CIPA, tem como objetivo principal apontar todos os elementos que podem, eventualmente, resultar em acidentes. Locais elevados sem muita segurança, falta de sinalização, espaço de circulação incorreto e presença de maquinário são alguns pontos de risco.

Mesmo as menores coisas, como fios desencapados, precisam ser abordadas nesse momento. Isso não significa apontar apenas o que está errado, mas, sim, o que merece atenção especial na execução das tarefas.

 

4. Elimine ou diminua as ameaças de acordo com o trabalho


A partir do conhecimento de quais são os riscos durante a execução de funções, é fundamental realizar uma mitigação. Em alguns casos, é possível eliminar o risco, mas, em outros, só dá para diminuí-los.

Alguns trabalhos são naturalmente arriscados e, por isso, precisam seguir instruções muito específicas. Assim, é obrigatório seguir a NR correspondente a cada tipo.

As NR-15 e NR-16 mostram, por exemplo, o que deve ser feito em atividades insalubres e perigosas, respectivamente. Isso ajuda a aumentar a segurança, porque evita que as ações sejam executadas sem o devido acompanhamento e sinalização.

Enquanto isso, a NR-21 fala do trabalho a céu aberto. Ela determina, por exemplo, a existência de abrigos contra intempéries, a presença de sanitários e moradias adequadas, se for o caso.

Já a NR-33 trata do desenvolvimento de atividades em áreas confinadas para evitar a entrada de pessoas não autorizadas, assim como o cuidado com a atmosfera do local e a realização de testes contínuos para a total segurança.

Para o trabalho em altura, a norma obrigatória é a NR-35. Ela determina as condições de segurança na execução, além de tratar quais são os pontos impeditivos para que a função aconteça. Em caso de acidentes, estabelece como deve acontecer o resgate.

Há outras normas ligadas ao trabalho portuário, com líquidos inflamáveis, fornos, vasos de pressão e assim por diante. Dependendo da atuação da indústria e de cada setor, é necessário basear-se na correspondente.

 

5. Estimule o uso de EPI’s


Independentemente da função, o uso de equipamentos de proteção individual (EPI’s) é um dos elementos mais importantes para a proteção contra acidentes. Ele é obrigatório, de acordo com a NR-6 e é especialmente útil na indústria, que normalmente possui processos mais pesados.

Alguns exemplos de EPI’s incluem os protetores auriculares, óculos de proteção, luvas especiais e capacetes. A obrigatoriedade de cada um depende da atividade e do ambiente. Além disso, é dever do empregador fornecer, gratuitamente, equipamentos adequados e de qualidade e conforto para seus funcionários, assim como estimular o uso correto desses elementos.

 

6. Cuide bem da sinalização dos ambientes


É bem provável que a sua indústria possua áreas que são menos seguras do que outras. Espaços com uma grande quantidade de máquinas pesadas ou que se relacionam ao uso de produtos químicos e/ou inflamáveis são apenas alguns dos exemplos.

Áreas de risco ou que demandam atenção ou cuidados especiais precisam ser devidamente apontadas, de modo a proteger os colaboradores.

Sem a devida orientação, pessoas não autorizadas e sem o devido treinamento podem chegar ao local, colocando-se em risco. Por isso, a NR-26 estabelece a obrigatoriedade de fazer a sinalização no ambiente de trabalho.

 

7. Atente-se para a ergonomia do local


A ergonomia consiste em melhorar a relação entre os trabalhadores, os equipamentos industriais e o ambiente em geral. A partir da otimização dessas condições, os riscos de acidentes e doenças ocupacionais diminuem.

A NR-17 estabelece questões que devem ser observadas no trabalho sentado, em pé e com transporte de cargas. Assim, há mais conforto e qualidade de vida para os funcionários. Também é vedado o uso de papel brilhante em documentos (para evitar ofuscamento), assim como a iluminação, que deve ser adequada.

Quanto à atmosfera, o ambiente precisa ser devidamente climatizado, de modo que fique confortável e seguro para o corpo humano. Isso significa que locais muito quentes ou muito frios são excluídos — e é função do empregador garantir isso.

Também é fundamental manter a circulação, assim como a qualidade do ar dentro do ambiente, evitando riscos de doenças respiratórias.

Seguindo esses cuidados e obrigatoriedades sobre a segurança do trabalho, sua indústria terá riscos menores de encarar situações de acidente. Para tornar tudo ainda melhor, não perca nenhuma outra orientação ou novidade!

 

 

 


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