terça-feira, 28 de março de 2023

 




 

MODERNIZAÇÃO DE NORMAS TÉCNICAS CONSOLIDA AVANÇOS EM SST NA CONSTRUÇÃO CIVIL

 


Políticas de prevenção ancoradas em análise de risco e redução da burocracia. Esses são os novos paradigmas para o fomento à segurança e saúde no trabalho (SST), que serão introjetados no processo de revisão de normas técnicas, incluídas as que estão diretamente ligadas à segurança e saúde do trabalhador da construção civil. Liderado pelo governo federal, esse movimento já está curso e terá reflexos positivos sobre a indústria da construção: ganham as empresas, que terão respaldo técnico para buscar melhores resultados; e o trabalhador, que terá garantias ainda mais sólidas de um ambiente de trabalho seguro.

A Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) tem participado ativamente da discussão em torno da modernização das normas técnicas de SST. Em 2019, foram atualizadas as NR 1, 3, 12 e 18. O exame de outras, como as NR 7, 9 ,15 e 17, está em andamento e pode ser concluído logo nos primeiros meses de 2020. A indústria da construção, que tem defendido a redução da burocracia e uma mudança de foco nas políticas de prevenção, apoia a revisão das normas. A modernização em curso coloca o Brasil na direção correta, em que o foco das ações passa a ser o resultado.

Uma das novidades da revisão de normas em curso é a introdução de um programa de gerenciamento de riscos em SST para as empresas, focado na análise prévia de riscos e adoção de medidas preventivas. Trata-se de um grande avanço, em que o processo burocrático deixa de ser mais importante que a efetiva redução dos acidentes de trabalho na construção civil. Essa é uma demanda histórica das empresas do setor, que têm investido em uma cultura prevencionista e revertido os indicadores de acidentes.

Essa é a mensagem que temos levado ao debate. Hoje, a gestão de SST é engessada pela combinação do excesso de normas e interpretações. As mudanças em curso darão mais fluidez à ação das empresas, que passam a ter responsabilidades ainda maiores, mas também contarão com ferramentas mais eficazes para formular e executar suas políticas de prevenção. Deixaremos de discutir como, para concentrar esforços no resultado das ações: canteiros mais seguros, trabalhador bem equipado e treinado, ambiente mais salubre e produtivo.

Para contribuir com esse novo cenário, a CBIC colocará à disposição do setor o Programa de Gestão de Segurança e Saúde no Trabalho nos Canteiros de Obra, ferramenta de autorregulação para o setor da construção que auxiliará os gestores na implantação de gestão de Segurança e Saúde do Trabalho nos canteiros de obra, indicando os requisitos a serem observados e como aferir se foram atendidos.

Preparado em parceria com o Serviço Social da Indústria (SESI Nacional), o programa permite que os empreendimentos sejam reconhecidos por sua adoção e tem como objetivo principal induzir redução ainda maior nos indicadores de acidentes do setor. Destinado à cadeia produtiva da indústria da construção, o programa já contempla as mudanças da NR 18, aprovadas em dezembro de 2019, e será apresentado ao setor em fevereiro.

A revisão das normas técnicas vai ao encontro de outras iniciativas em curso para tornar a construção civil um setor seguro e eficiente. Essa transição está ancorada na conscientização e mobilização dos empresários e entidades do setor, uma mentalidade que também alcança a mão de obra. Segurança, saúde, produtividade e qualidade do emprego interessam a todos. Interessa ao Brasil.

O acompanhamento desse tema tem interface com o projeto Elaboração e Divulgação de Materiais Orientativos sobre Atualizações das Regras Trabalhistas e de Segurança e Saúde no Trabalho para a Indústria da Construção, realizado pela Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) e o Serviço Social da Indústria (Sesi Nacional).



*José Carlos Martins – presidente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) e vice-presidente da Confederation of International ContractorsAssociations (CICA). Engenheiro civil formado pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), foi presidente da Associação dos Dirigentes de Empresas do Mercado Imobiliário do Paraná (Ademi-PR) e vice-presidente do Sindicato da Indústria da Construção Civil no Estado do Paraná (Sinduscon-PR), entre outras funções.

 

 



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ESPECIALISTA INDICA TIPOS DE EPI’s ADEQUADOS DE ACORDO COM O RISCO DE TRABALHO ENVOLVENDO ALTAS TEMPERATURAS

 



O uso de Equipamento de Proteção Individual (EPI’s) é obrigatório em atividades profissionais que oferecem algum risco físico aos colaboradores, conforme a lei 6514/77 e regulamentado pela NR-6, que também prega a responsabilidade de empregadores e empregados no uso dos dispositivos. Além disso, conhecer a especificidade de cada um deles é fundamental para garantir a proteção de forma correta de acordo com o risco envolvido. É o que explica Valdir Ferreira, gerente Especialista de Produto da Ansell, empresa que atua no desenvolvimento de EPI’s para áreas como metalurgia, construção civil, saúde, química, entre outras.

Dados do Ministério do Trabalho divulgados em setembro de 2021, mostram que o Brasil registrou redução nos acidentes de trabalho de 725.664 para 582.507 entre os anos de 2013 e 2019. Apesar da queda, os números continuam altos e, por isso, destacar o uso adequado dos equipamentos é um dos pilares mais importantes em termos de proteção.

“Tenho rodado o Brasil inteiro e visto várias pessoas usando EPI’s inapropriados para a área de risco. Já vi profissional de combate a incêndio florestal utilizando vestimenta para arco elétrico ou um eletricista utilizando um capuz para combate a incêndio”, conta Ferreira.

 

Coeficiente normativo de proteção

 

As vestimentas de proteção térmica, por exemplo, muito utilizadas por bombeiros e profissionais que atuam em áreas que envolvem altas temperaturas, são desenvolvidas de acordo com os riscos que os locais oferecem. Por isso, há uniformes que são adequados para incêndios estruturais, florestais e também outros ambientes de exposição ao calor, como fornos e caldeiras. Apesar de oferecerem resistência ao fogo, cada um é apropriado para determinado cenário.

 

“É importante entender que tudo pega fogo, até o aço quando exposto a temperaturas extremamente altas. Mesmo a roupa de proteção tem um coeficiente normativo de proteção de 15 segundos. Quando um tecido é enviado para teste em laboratório de resistência ao fogo, para saber se é técnico, o material é exposto à chama e quando retirado, se o fogo é normativo, tende a apagar em menos de dois segundos. Não pode gotejar e nem criar área de incandescência de acordo com a norma ISO 15025, que é de flamabilidade”.

 

Incêndio estrutural

 

São os incêndios que ocorrem em estruturas como prédios, carros, fábricas, embarcações, galpões e, geralmente, envolvem brigadas industriais ou os bombeiros militares no combate. As vestimentas térmicas utilizadas pelos profissionais desta área atendem às normas ISO 15025 de propagação limitada da chama para tecidos e EN469, que exige que os uniformes possuam quatro camadas de proteção: barreira de fogo, barreira de líquidos e umidade, e as duas barreiras térmicas.

 

“As funções delas são, em caso de flash over ou qualquer deslocamento de fogo sobre o combatente, a primeira camada segura. Se tiver contato com líquidos ou alguns produtos químicos básicos, a segunda camada, que é impermeável, protege, não permitindo que as substâncias atinjam o corpo do combatente. Já as terceira e quarta camadas correspondem ao feltro de fibras de aramida, material que lembra muito um edredom e serve para manter a temperatura corporal isolada da temperatura externa”, explica Ferreira.

 

O kit de brigada é composto por capacete e luvas de combate a incêndio (aprovado para riscos térmicos provenientes de incêndio), blusão ¾ com quatro camadas de proteção, calça com suspensório e bota específica, feita com borracha vulcanizada, biqueira de aço inoxidável, duas lâminas de aço na estrutura para resguardar do fogo, resistências no contato com substâncias químicas e proteção a eletricidade de até 600 volts. Além disso, o capuz balaclava é de uso obrigatório e tem como função manter rosto e pescoço preservados.

 

Incêndio florestal

 

Segundo o especialista, esta categoria de vestimenta atende a norma ISO 15614 e é um EPI mais leve, composto por apenas uma camada, já que é usado em incêndios caracterizados pelo fogo rasteiro.

 

“Existe calça e camisa, mas sempre recomendo o macacão peça única, porque praticamente protege o corpo do colaborador do pescoço para baixo. Outra exigência importante da norma é que o material seja de alta visibilidade. Por isso, é confeccionado nas cores amarelo ou laranja, para que seja possível enxergar o combatente a uma distância de até 2 km, tanto durante o dia quanto à noite”, afirma Ferreira.

 

Neste caso, o kit é composto pelo macacão, as luvas e botas específicas e proteção para a cabeça contra o fogo e calor irradiado.

 

Alto forno

 

No Brasil, ainda muitos colaboradores sofrem acidentes pela alta exposição ao calor e metais a altas temperaturas. Na exposição dos colaboradores em alto forno, com risco de contato com materiais em metal líquido, o gerente recomenda o uso das vestimentas aluminizadas, com aprovação pelas normas ISO 11611 e ISO 11612. Os trajes possibilitam que as substâncias escorram pela superfície, evitando a aderência ao uniforme e oferecem proteção também contra calor irradiado.

 

Ferreira alerta que “todo tipo de irradiação, em fornos pequenos ou grandes, ou as de forjarias, que são incandescentes, exige o uso de vestimentas aluminizadas. Elas podem ser em formato blusão e calça, avental frontal que protege somente as partes vitais do corpo ou avental tipo barbeiro, mas tudo isso precisa ser dimensionado de acordo com o tipo de serviço”.

 

Estas vestimentas são acompanhadas de capuzes, luvas e perneiras aluminizadas. “Quanto maior o risco, maior o nível de proteção”, finaliza.

Todos estes equipamentos – além de luvas para área de saúde, óculos de proteção, dispositivos para trabalhos em altura e/ou na indústria química, entre outros – e suas características foram temas do Workshop Interativo Online organizado pela Ansell, maior grupo global de produção de EPI’s, do qual a Hércules faz parte, e contou com a participação de distribuidores e clientes de empresas de diferentes ramos de atuação. O evento foi realizado nos dias 09 e 10 de fevereiro.

 


Crédito da foto: Ansell by Hércules/Divulgação 

 

 

 



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MULTA QUE PRODUTORA DO FILME RUST, NOS EUA, LEVOU, MOSTRA IMPORTÂNCIA DA ANÁLISE DE ACIDENTES DO TRABALHO

 



No dia 21 de outubro de 2021, durante as gravações do filme Rust, estrelado e produzido pelo ator Alec Baldwin, um acidente com uma arma de fogo levou a óbito a diretora de fotografia Halyna Hutchins, de 42 anos. Joel Souza, diretor do longa, também ficou ferido com o tiro acidental.

Segundo consta nas investigações, o protagonista do filme Alec Baldwin ensaiando ou filmando uma cena do filme dentro de uma igreja com uma arma de fogo que deveria estar com balas de festins, mas que estava com pelo menos uma bala real mirou em direção a câmera e as duas vítimas, que estavam por trás da câmera, receberam o disparo da bala.

As investigações, tantos policiais como dos órgãos de segurança do trabalho, foram iniciadas logo em seguida ao ocorrido. No dia 20 de abril passado, o órgão regulador da segurança do Novo México anunciou que vai aplicar a multa mais alta possível para a empresa produtora do filme “Rust”, por negligência de segurança que resultou na morte de Halyna Hutchins.

A multa será de US$ 139 mil, correspondente a R$ 650 mil. O relatório do Departamento de Saúde e Segurança no Trabalho do Novo México, estado do sul dos Estados Unidos em que o filme era gravado, cita diversas violações de protocolos de segurança no set de filmagens.

As autoridades concluíram que os produtores do longa-metragem “sabiam que as medidas de segurança com armas de fogo não estavam sendo respeitadas”, diz a agência AFP.

 

“A indústria do cinema tem protocolos claros a nível nacional para garantir a segurança com o uso de armas”, justificou o departamento, mas “quando essas práticas não foram seguidas, houve a perda evitável de uma vida”.

 

“A Rust Movie Productions, LLC não seguiu esses protocolos nem tomou medidas para proteger seus trabalhadores”, acrescenta o texto, que cita que queixas da equipe sobre ocasiões anteriores de problemas com armas foram ignoradas.

 

Investigação de SST

 

Para Diógenes Calheiros, técnico de segurança do trabalho e especialista em Investigação de Acidente de Trabalho: “a aplicação da multa é bem-vinda considerando que uma trabalhadora foi a óbito, porém devemos questionar neste acidente a análise da investigação, visando aprendizagens para que fatos como esse não venham se repetir”.

Calheiros conta que o ator George Clooney, em recente entrevista a um podcast, fala sobre sempre verificar suas armas de filme. “Ele não confia em outra pessoa dizendo-lhe que uma arma é ‘fria’ ou segura. Em certa medida, Clooney mostra menos confiança nas informações que ele pode obter de outras pessoas”. Segundo Calheiros, ao ser entrevistado em um recente podcast Clooney disse: “Toda vez que me recebem com uma arma no set… Eu olho para ele, eu abro, mostro para a pessoa para quem estou apontando, mostro para a tripulação… Cada tomada”. Com isso, Diógenes Calheiros observa que o ator deixa claro que a segurança com esse tipo de equipamento é essencial.

Ele informa que análises ou Investigações de Acidente de trabalho é uma das principais atividades dos profissionais de segurança do trabalho visto que sua importância tem por objetivo o entendimento e compreensão de que os fatos acontecidos que levaram ao sinistro não se repitam.

Diógenes Calheiros ressalta ainda que filmes de ação têm cenas que são produzidas em condições perigosas, portanto é importante contar com uma equipe competente em segurança e avaliação de riscos para não somente analisar as condições materiais da atividade, mas entender o ambiente e os sinais que, no caso das gravações do filme Rust, foram ignorados, quando nenhuma ação foi tomada, em descargas acidentais anteriores na mesma estação de filmes. “Eram quase erros que poderiam ter sido aprendidos e evitados. Somente a multa, desacompanhada de um protocolo de segurança, não é garantia que eventos, como o que vitimou a cineasta Halyna Hutchins, não voltem a acontecer”, observa o especialista.

 

Fatores organizacionais

 

Com base nesta perspectiva, Calheiros afirma que as investigações de acidentes do trabalho devem não se limitar a uma visão imediata do erro humano. “Não podemos vê-los como eventos indesejados que decorrem de falhas dos trabalhadores, sejam por omissão ou ações, de não seguir normas, procedimentos e prescrições de segurança”, pontua.

Calheiros destaca que investigações de acidentes em que concluem a imperícia, negligência ou imprudência como causa para o acidente, concluindo o trabalhador foi desleixado com a sua atividade, pecam em não considerar os fatores organizacionais que possibilitaram, permitiram ou contribuíram para o sinistro. “O erro do trabalhador é a ponta do iceberg, mas não entender esse erro como os dilemas, pressão e angústias tem como causa mais profunda a natureza organizacional”, informa.

O especialista salienta que compreender acidentes como eventos simples que tenha como causas falhas dos trabalhadores, sejam em ações ou omissões, motivados por poucas causas são análises grosseiras e limitadas que não cumprem o objetivo das análises de acidentes que são correção dos fatores mais profundos e latentes que originam acidentes. “Falhas humanas são consequências e não causas e estas estão no sistema ou falhas na gestão das organizações”, diz.

Para Calheiros, não seguir esta linha nas análises de acidente leva a conclusões equivocadas, fora da realidade e limitadas do acidente deixando que as falhas latentes, aquelas que estão na raiz do acidente continuem e contribuem para outros acidentes. “O erro humano deve ser visto como o ponto de partida das investigações, mas nunca o seu final”, conclui.

 

 



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ENTENDA QUAL A RELAÇÃO ENTRE SEGURANÇA DO TRABALHO E SUSTENTABILIDADE

 



Você sabe qual é a relação entre segurança do trabalho e sustentabilidade? Caso a sua resposta seja negativa, não se preocupe! Muitos empresários ou responsáveis pela segurança do trabalho nas empresas não têm noção sobre as relações entre os dois conceitos, pois isso pouco é trabalhado nos cursos técnicos da área.

Mas, para que você entenda mais sobre o assunto, desenvolvemos este post, que falará um pouco mais sobre a segurança do trabalho e a sustentabilidade nas empresas. Para isso, no entanto, é preciso ter uma noção ampla sobre o que significa sustentabilidade.

 

Qual é o significado de sustentabilidade?

 

Quando falamos em sustentabilidade, a primeira coisa que vem à cabeça da maioria das pessoas é a preservação do meio ambiente e dos recursos naturais, como os cuidados com a flora e a fauna, o bom uso da água, a separação do lixo em reciclável e orgânico etc.

Essa ideia não está errada, mas a sustentabilidade tem um conceito mais amplo. De acordo com a definição oficial do termo, explicado no relatório de Brundland em 1987, “desenvolvimento sustentável é aquele que atende as necessidades das gerações atuais sem comprometer a capacidade das gerações futuras de atenderem às suas necessidades e aspirações”.

Dentro desse contexto, podemos dizer que a sustentabilidade diz respeito a tudo que engloba os seres humanos, seja no conceito social, seja no conceito econômico.

 

Qual a relação entre segurança do trabalho e sustentabilidade?

 

A segurança do trabalho visa estabelecer na empresa uma cultura em que a promoção da saúde e do bem-estar do trabalhador sejam garantidos. Desse modo, a sustentabilidade se encaixa nesse conceito quando são desenvolvidos programas ou ações que prezem pelo desenvolvimento humano nas empresas.

No caso de uma empresa emitir gases poluentes ou depositar conteúdo tóxico no solo, está cometendo um crime ambiental, pois isso poderá impactar na sustentabilidade do planeta, uma vez que pode comprometer as gerações futuras — como descreve o conceito do termo.

O mesmo problema, no entanto, ocorre quando um trabalhador é submetido a condições insalubres, como a manipulação de produtos químicos que possam comprometer a sua saúde. Isso causará um desequilíbrio em um ser vivo, que pode contrair doenças e até mesmo adoecer outras pessoas, como seus familiares, que poderão desenvolver estresse ou desgaste emocional ao terem que lidar com a patologia ou o acidente de trabalho de um ente querido.

 

Como desenvolver um programa que alinhe a sustentabilidade com a segurança do trabalho?

 

Alinhar a sustentabilidade com a segurança do trabalho é um desafio para os responsáveis por esse setor nas empresas. Para que isso seja feito, deve-se desenvolver um programa que vise sempre proporcionar boas condições aos trabalhadores.

Não basta, por exemplo, que a empresa pague uma adicional insalubridade, que é previsto em lei, para os seus funcionários que exercem funções perigosas. Ela precisa também desenvolver boas práticas que amenizem os riscos nesse tipo de trabalho, como o uso correto de EPI’s e o desenvolvimento de novas técnicas menos nocivas à saúde.

Conseguiu entender um pouco mais sobre a relação entre segurança do trabalho e sustentabilidade? Então é só colocar isso em prática na sua empresa, conscientizando gestores e empregados sobre a relevância desse tema.

 

 

 

 

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5 AÇÕES PREVENTIVAS PARA EVITAR ACIDENTES NO AMBIENTE INDUSTRIAL

 



A prevenção é o conjunto de medidas que visam evitar ou retardar a ocorrência de um fato indesejado. Já as ações e condutas corretivas são direcionadas para reparar os danos e voltar ao estado anterior. Na rotina de uma indústria existem as duas formas de atuar. No entanto, nos tempos atuais não há mais espaço para um ambiente de trabalho inseguro.

Cada vez mais, as organizações são cobradas social e economicamente quanto aos cuidados dispensados a toda equipe. E sim, uma empresa que não pensa na segurança, saúde e bem-estar dos seus colaboradores não perde somente em produtividade, mas perde também muitos pontos com parceiros e consumidores de seus produtos e serviços.

 

Ações preventivas que podem fazer a diferença:

 

1. Desenvolver uma rotina de manutenções das máquinas e equipamentos


Ainda existem empresas que investem pouco em manutenção preventiva das máquinas e equipamentos. O que poucos param para colocar “na ponta do lápis” é que atuar somente quando ocorre uma quebra ou um defeito acaba por reduzir a produtividade de toda a operação. Ao mesmo tempo, a falta de manutenção preventiva aumenta muito o risco de acidentes, já que o trabalhador, ao tentar resolver o problema, pode se expor a situações que comprometem sua integridade física. Assim, ao desenvolver uma rotina de manutenções regulares, as indústrias garantem maior segurança dos trabalhadores, redução do custo com reparos fora de hora e aumento da produtividade. É importante lembrar que, para realizar uma manutenção preventiva com segurança, deve-se tomar alguns cuidados, como isolar e sinalizar bem a área que está em manutenção, como no exemplo: um eletricista e dois mecânicos de manutenção vão executar o alinhamento de um eixo de motor de uma grande máquina. O eletricista se desloca ao painel elétrico da máquina e desliga a seccionadora/comutadora, insere a garra com o gancho de 6,5 mm na manopla travando-a com um cadeado vermelho e uma etiqueta. Os dois mecânicos fazem o mesmo com os cadeados azuis e suas respectivas etiquetas. Acionam a máquina para se certificarem que o equipamento está realmente desligado e comunicam aos colegas que vão fazer a manutenção desse equipamento. Após esse procedimento, os técnicos podem fazer a manutenção tranquilamente e com segurança, no que diz respeito ao perigo de religamento do equipamento por outra pessoa.

 

2. Manter um ambiente de trabalho seguro


O conjunto de medidas preventivas é o melhor caminho para proteger a equipe de acidentes a que todos estão sujeitos diariamente. Os EPCs são dispositivos utilizados no ambiente de trabalho com o objetivo de proteger os trabalhadores dos riscos coletivos existentes nos processos de industriais. Entre os principais EPC’s estão os cones e faixas de segurança, placas de sinalização, sensores de presença, sirenes e alertas luminosos, cadeados e garras de bloqueio, bloqueios de disjuntores, entre outros.

 

3. Oferecer EPI’s sempre que necessário para garantir a segurança da atividade


É responsabilidade da empresa fornece aos funcionários os EPIs necessários para desempenhar cada atividade. É fundamental que o equipamento tenha o Certificado de Aprovação (conhecido como CA) exigido pelo Ministério do Trabalho (MTE). O CA garante a procedência do material, qualidade e durabilidade, de acordo com a norma NR-6. A escolha do EPI deve estar de acordo com o grau de proteção exigido para a função inerente ao risco do equipamento.

 

4. Isolar os riscos do chão de fábrica e sinalizá-los bem

Qualquer linha de produção é repleta de riscos inerentes as atividades industriais – esses riscos podem ser físicos, químicos ou elétricos. O gerente de produção e a equipe de Segurança do Trabalho devem se preocupar em isolar esses riscos, evitando que os colaboradores tenham contato com componentes de equipamentos e máquinas perigosas. Quando é inevitável a aproximação do colaborador com uma área de risco, todo o ambiente deve estar muito bem sinalizado. Um exemplo de como devemos sinalizar o chão de fábrica é utilizando a etiqueta de identificação do bloqueio. Existem várias mensagens diferentes que podemos encontrar e utilizar conforme a avaliação do técnico de segurança para o local.

 

5. Investir em treinamento e capacitação das equipes

O valor investido em treinamentos para a prevenção de acidentes de trabalho é muito menor do que os custos envolvidos em um acidente de trabalho. Por isso, e também para garantir o bem-estar de todos os colaboradores, a empresa deve exigir a presença de toda a equipe na capacitação e treinamento oferecido para aumentar a segurança interna. O objetivo é educar os trabalhadores sobre as atitudes preventivas que todos devem ter para reduzir os riscos durante as atividades realizadas nas indústrias.

Todas essas ações preventivas são essenciais para reduzir os riscos e os custos relacionados a acidentes de trabalho. Segurança vem sempre em primeiro lugar e, com ela, o aumento da produtividade da operação, melhoria no clima organizacional, e a criação de um ambiente de trabalho seguro e saudável.

 

 

 

 

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PESQUISA BRASILEIRA SOBRE EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO A AGROQUÍMICOS SERÁ SUBMETIDA À ISO MUNDIAL

 



O Programa IAC de Qualidade em Equipamentos de Proteção Individual completou 10 anos de atividades, em julho de 2016. Desenvolvido pelo Instituto Agronômico (IAC) da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, o Programa é direcionado ao estudo de normas e ao desenvolvimento e avaliação de padrões de qualidade para vestimentas de proteção para riscos químicos com agrotóxicos.

O uso de Equipamentos de Proteção Individual (EPI) agrícola é fundamental para proteger a saúde do trabalhador durante a aplicação de agrotóxicos nas lavouras. Ao contribuir para reduzir o contato direto entre o agricultor e os produtos químicos, o equipamento colabora para diminuir os problemas de saúde decorrentes dessa interação. “Contribui para garantir que o trabalhador rural esteja seguro, diante da exposição ocupacional ao produto químico”, disse o pesquisador d a Secretaria que atua no IAC Hamilton Humberto Ramos, responsável pelo trabalho. 

De acordo com Ramos, os trabalhos realizados no programa são utilizados como base técnica no desenvolvimento das normas. “Isso faz com que o Brasil não seja apenas um usuário de normas ISO, mas que participe ativamente no seu desenvolvimento; na área de vestimentas para uso com agrotóxicos, essa participação é uma realidade graças aos trabalhos”, afirmou.

“É um selo de qualidade do IAC para vestimentas para agrotóxicos, auxilia os fabricantes na busca da qualidade de seus produtos e ajuda a pesquisa na constante melhoria da proteção ao trabalhador”, destacou Raul Casanova Junior, diretor executivo da Associação Nacional da Indústria de Material de Segurança e Proteção ao Trabalho (Animaseg) e superintendente do Comitê Brasileiro de Equipamentos de Proteção Individual da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT).

Para Francisco Grzesiuk, engenheiro agrônomo e proprietário da Vest Segura, empresa de EPI localizada em Cascavel, Paraná,a motivação para se integrar ao Programa do IAC foi a dificuldade de buscar, isoladamente, incrementos significativos de qualidade. “Desde 2005, ano de fundação da empresa Vest Segura, participamos do Quepia. Em conjunto é sempre mais fácil. Tem mais opiniões e também é mais viável financeiramente”, disse.

Ele conta que, ao avaliar os avanços obtidos com esse trabalho, dá para afirmar que é incomparável o que há atualmente no mercado e o que havia antes do programa. “É difícil quantificar os ganhos da empresa por participar do Quepia, mas hoje começa a fazer diferença entre ficar ou sair do mercado”, afirmou.

Grzesiuk considera que, por meio do Quepia, há uma interlocução mais forte com o setor regulatório. “Relacionar-se com a equipe do IAC faz toda a diferença. A credibilidade conquistada pelo IAC ao longo das décadas dá um peso decisivo no processo de evolução e interlocução com os setores”, avaliou.

Em 2016, o programa participa de dois eventos internacionais na área de segurança do trabalhador agrícola, representado por Ramos. Em março, no Japão, houve a reunião anual da ISO Technical Comittee (TC) 94 – Personal Safety – Protective Clothing and Equipment / Sub Comittee (SC) 13 – Protective Clothing, em que foi dada a continuidade ao processo de discussão das normas. Em outubro, a reunião do Consórcio Internacional para Desenvolvimento e Avaliação de Equipamentos de Proteção Individual para o Trabalho com Agrotóxicos (www.umes.edu/consortium), em que o IAC é membro da comissão organizadora, será em Sevilha, na Espanha.

Para o secretário de Agricultura e Abastecimento, Arnaldo Jardim, o programa contribui com as diretrizes do governador Geraldo Alckmin para desenvolver uma agricultura sustentável, em harmonia com o ambiente. “Não podemos demonizar os agroquímicos. Eles são importantes em nossa produção. Devemos, sim, como faz o IAC, disciplinar o uso deles e garantir segurança ao trabalhador no campo”, enfatiza o secretário.

 

Como é feito o trabalho

 

A primeira etapa iniciou-se em 2003, em conjunto com a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), focada no desenvolvimento de normas adequadas em ensaios de EPI. Paralelamente, começou a avaliar EPI's no mercado e realizar ensaios para criar novos materiais, de acordo com os padrões especificados.

 

No Brasil, não existia, até outubro de 2009, norma de certificação de EPI agrícola. A empresa fabricante se responsabilizava pela qualidade do seu produto, sem uma avaliação externa. A situação do País começou a mudar com a ação do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) e o trabalho pioneiro do Instituto Agronômico mostrou-se fundamental, ao propor normas de certificação e oferecer ao setor um laboratório de avaliação de vestimentas, credenciado pelo MTE.

 

Os resultados são produtos de melhor qualidade e o posicionamento do Brasil como o país com mais informações sobre a qualidade de vestimentas de proteção individual agrícola. A competência do trabalho desenvolvido colocou o IAC na coordenação de consórcio mundial de qualidade de EPI, ao lado do Ministério da Agricultura da França e da University ofMaryland Eastern Shore, dos Estados Unidos.

 

Em uma terceira fase, evoluiu para o Programa Voluntário de Certificação de Qualidade em EPI. As empresas aderem ao Programa e, a partir da avaliação de seus materiais, feita em laboratório do IAC, obtêm o selo do Programa. Atualmente, há 10 empresas participantes, dos Estados de São Paulo, Minas Gerais, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.

 

O IAC tem um dos dois laboratórios credenciados pelo MET para fazer a avaliação de EPI's para a agricultura. No laboratório do IAC, em Jundiaí, interior paulista, são analisados aspectos relacionados às resistências químicas e físicas, que envolvem a penetração de calda de agrotóxicos por meio do tecido das vestimentas e das costuras. Esse referencial é usado para identificar problemas na confecção, envolvendo não só a qualidade da matéria-prima como também a adequação do molde adotado.

 

Outro parâmetro está na resistência ao número de lavagens da roupa. “Ao encaminhar a peça para avaliação no laboratório do IAC, a empresa fabricante deve especificar o número de lavagens a que deve ser submetido o equipamento, sem perda de proteção”, explica Ramos.

 

De 2011 a 2015, o IAC avaliou 180 vestimentas de proteção individual para riscos químicos com agrotóxicos de diferentes fabricantes e modelos. Os resultados desses testes apontaram que apenas 52 das vestimentas analisadas atendiam ao padrão mínimo de qualidade. De acordo com as análises do IAC, a falta de uniformidade entre o tecido da mesma amostra foi a principal causa de reprovação. Quando começou, praticamente 100% das vestimentas foram reprovadas.

Em 2015, durante a Reunião do TC 94/SC 13 da ISO, realizada em Valência, na Espanha, Ramos apresentou trabalho desenvolvido pelo IAC contestando o método de calibração e os resultados obtidos pela ISO 17491-4. “Tais resultados, aliados a observações realizadas pelo Japão, levaram à revisão da norma, cujas alterações estão sendo atualmente discutidas por 10 laboratórios no mundo”, afirma o pesquisador. Os primeiros resultados das alterações propostas para a ISO 17491-4 foram discutidos durante o encontro no Japão, em março de 2016.

Em 2014, durante a 6ª Conferência europeia sobre Equipamentos de Proteção, em Bruges, na Bélgica, o pesquisador do IAC apresentou dois trabalhos. Um comparando métodos de análise para materiais de nível 3 de proteção, considerada a máxima, e outro mostrando a interferência do método de lavagem sobre a vida útil de vestimentas de proteção.

 

 



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