sexta-feira, 19 de julho de 2024

 






 

QUAL O LIMITE DE EXPOSIÇÃO OCUPACIONAL PARA POEIRA DE PAPEL?

 

 


 

A segurança e a saúde no ambiente de trabalho são fundamentais para a prevenção de doenças ocupacionais e acidentes. Neste contexto, a identificação precisa dos limites de exposição ocupacional para agentes químicos específicos desempenha um papel crucial. Tais limites são essenciais para orientar a coleta de amostras ambientais de forma adequada, visando a proteção da saúde dos trabalhadores. Contudo, nem todos os agentes possuem limites de exposição claramente estabelecidos nas regulamentações, o que pode levar a incertezas sobre quais padrões aplicar. Entre esses agentes encontra-se a poeira de papel, um composto presente em uma vasta gama de atividades laborais, que varia do comércio à produção industrial. A presença da poeira de papel nos ambientes de trabalho suscita preocupações significativas para a saúde dos trabalhadores expostos, evidenciando a necessidade de uma abordagem mais detalhada e específica para estabelecer limites seguros de exposição.  

  

Os riscos da poeira de papel

A ausência de um limite de exposição ocupacional específico para a poeira de papel frequentemente leva à percepção equivocada de que esse agente químico não apresenta riscos significativos à saúde. Contudo, a definição de limites baseia-se em evidências científicas que demonstram a potencialidade do risco, assim como na priorização de estudos por órgãos reguladores. A falta de um limite específico pode refletir a ausência de interesse em investigações detalhadas por parte desses órgãos ou, alternativamente, a escassez de estudos conclusivos sobre os efeitos nocivos do agente. 

  

Contrariando essa percepção, existem diversos estudos que apontam para os riscos associados à exposição à poeira de papel. Entre as consequências mais documentadas estão a irritação de olhos, pele e garganta, além de impactos na parte superior do trato respiratório. Mais alarmante ainda são as evidências que ligam a exposição prolongada à poeira de papel ao desenvolvimento de asma ocupacional, uma condição séria que evidencia a necessidade de uma avaliação cuidadosa e da implementação de medidas preventivas no ambiente de trabalho. 

  

Qual limite ocupacional utilizar para a poeira de papel?

Diante da falta de um limite específico para a poeira de papel na NR-15, profissionais da saúde ocupacional buscam alternativas em normativas internacionais e metodologias de avaliação de risco. Embora a ACGIH forneça limites para celulose, que a primeiro momento poderia ser interpretada como aplicável à poeira de papel, não se aplica diretamente à realidade do papel como material de trabalho, porém, o enquadramento como partículas não especificadas de outra maneira (PNOS) é possível, pois atende as regras previstas. A OSHA, por sua vez, estabelece um limite para poeiras incômodas de 15 mg/m³, mas especifica que tal valor não se aplica a poeiras orgânicas, categoria na qual a poeira de papel frequentemente se enquadra. Já a Health and Safety Executivo (HSE) do Reino Unido não define um limite específico para poeira de papel, mas considera perigosa para a saúde qualquer poeira, incluindo a de papel, em concentrações iguais ou superiores a 10 mg/m³ para poeira inalável ou 4 mg/m³ para poeira respirável. 

 

 

 

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TREINAR OU TEMER? O DILEMA DA CONCORRÊNCIA NO MERCADO DE SST

 


 

Você não está sozinho, a preocupação em treinar um funcionário tão eficazmente que ele decida partir para abrir seu próprio negócio, tornando-se um concorrente direto, é compartilhada por muitos empresários. Esse cenário, além de resultar em um concorrente altamente qualificado, também significa perder um ativo valioso da equipe. À primeira vista, esse medo pode parecer insuperável. No entanto, é importante abordar esta questão com uma perspectiva diferente.  

Neste artigo, vamos explorar porque o medo de formar concorrentes não deve deter o investimento no desenvolvimento dos seus funcionários, especialmente no mercado de Saúde e Segurança do Trabalho (SST). Acompanhe-nos nesta discussão e descubra como transformar essa apreensão em uma vantagem competitiva para o seu negócio.  

  

Por que treinar um funcionário?

Henry Ford, um pioneiro da indústria automobilística, certa vez observou algo que ressoa profundamente no mundo dos negócios até hoje: “Pior do que treinar um funcionário e vê-lo partir, é não o treinar e vê-lo ficar. ” Essa máxima captura a essência do dilema enfrentado por muitos empresários: investir no desenvolvimento dos funcionários e correr o risco de vê-los sair e, possivelmente, se tornarem concorrentes. No entanto, a alternativa — negligenciar o treinamento — apresenta riscos ainda maiores. 

  

Funcionários mal preparados são sinônimos de trabalho de baixa qualidade, entregas atrasadas ou incorretas, afetando diretamente o tempo, o lucro e a reputação da empresa. A falta de treinamento não só compromete a eficiência operacional, mas também mina o potencial de crescimento do negócio, arrastando a qualidade dos serviços ou produtos oferecidos. Em um mercado tão competitivo e especializado como o de Saúde e Segurança do Trabalho (SST), a excelência operacional é indispensável. Dessa forma, a formação contínua dos colaboradores não é apenas uma questão de manter a competitividade; é uma necessidade intrínseca para a sustentabilidade e a evolução do negócio. 

  

Treinei o funcionário e ele criou uma nova empresa, e agora? 

Quando um funcionário bem treinado decide sair para abrir sua própria empresa, o instinto inicial pode ser de frustração ou mesmo de traição. Afinal, recursos significativos foram investidos em seu desenvolvimento, com a expectativa de que ele contribuiria para o crescimento da sua empresa. No entanto, é crucial reconhecer essa situação não apenas como uma perda, mas como uma oportunidade de reavaliação e crescimento. Primeiramente, a saída de um talento pode revelar pontos de melhoria na gestão de recursos humanos, incluindo políticas de retenção e desenvolvimento de carreira. Além disso, ao invés de criar um concorrente, esse movimento pode gerar um potencial parceiro de negócios. 

  

Uma cultura empresarial que celebra a evolução e a independência dos colaboradores pode, paradoxalmente, fortalecer a lealdade da equipe e atrair novos talentos. Além disso, ex-funcionários que se tornam empreendedores de sucesso no mesmo ramo podem abrir caminhos para colaborações futuras, ampliando sua rede de contatos e criando oportunidades de mercado. Ao invés de ver a partida de um funcionário como um revés, encare-a como um testemunho do alto nível de treinamento e desenvolvimento profissional oferecido pela sua empresa, um ativo valioso na atração de novos talentos e na manutenção de uma imagem positiva no mercado. 

 

 

 

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