segunda-feira, 7 de novembro de 2022

 




 

O QUE É PAIR: PERDA AUDITIVA INDUZIDA POR RUÍDO

 



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Dentre as diversas doenças ocupacionais existentes, uma que vem alarmando ainda mais especialistas, empregados e empregadores é a Perda Auditiva Induzida por Ruído, a PAIR. Você já ouviu falar dela?

Segundo documento da Secretaria de Saúde do Estado de Goiás, estima-se que 25% da população trabalhadora exposta a ruídos durante suas atividades laborais seja portadora da PAIR em algum grau. É realmente um número considerável!

Por isso, colaboradores e empregadores precisam conhecer mais sobre essa doença, que está intrinsecamente relacionada ao ambiente de trabalho, para prevenir e encontrar formas de lidar com esse problema.

Continue a leitura para esclarecer todas as suas dúvidas sobre o assunto!

 

O que é PAIR?

 

PAIR - Perda Auditiva Induzida por Ruído, que dá nome a uma doença provocada pela exposição prolongada a altos e intensos níveis de ruídos.

Isso quer dizer que uma exposição de 8 horas diárias a ruídos superiores a 85 decibéis, por exemplo, pode provocar a longo prazo essa perda auditiva.

Nesse caso, o que ocorre é que as células que compõem o nervo auditivo acabam sendo degeneradas em razão da exposição a sons muito altos. Assim, a partir disso, a PAIR é desenvolvida no indivíduo. 

 

Quais os sintomas da PAIR?

 

Muitos são os sintomas da PAIR, mas isso não quer dizer que uma mesma pessoa terá todos eles, principalmente no início da doença, quando é mais difícil identificar o problema.

 

No entanto, podemos listar como alguns dos principais sintomas da Perda Auditiva Induzida por Ruído:

 

ü Dificuldades para ouvir, sobretudo em ambientes com muito barulho;

ü Dor de cabeça frequente;

ü Sensação de pressão no ouvido;

ü Zumbido no ouvido;

ü Escuta de sons abafados e que parecem distantes, mesmo estando perto;

ü Insônia;

ü Coceira no ouvido;

ü Dificuldades para escutar sons muito agudos;

ü Tonturas;

ü Irritabilidade, principalmente em locais com muito barulho;

ü Transtornos neurológicos;

ü Perda da audição temporária ou permanente.

 

É importante dizer que, mesmo após esses sintomas pararem após horas ou dias, pode ser que as células do nervo auditivo já tenham sido afetadas de maneira irreversível.

 

Como acontece a PAIR?

 

Como mencionado até aqui, a PAIR é provocada por uma exposição constante a altos níveis de ruídos que desencadeiam uma lesão nas células do nervo auditivo.

Essa lesão é degenerativa, caso o indivíduo continue exposto aos ruídos; e pode se estabilizar, caso a exposição ao som finalize.

No entanto, esse acometimento no nervo auditivo reduz a capacidade das células de captar e transmitir os sons para o cérebro. Por isso, a perda da audição é a consequência mais grave da PAIR.

Em geral, trabalhadores que lidam diariamente com intensos ruídos costumam ser os mais acometidos pela doença, que, nesse caso, recebe o nome de PAIRO - Perda Auditiva Induzida por Ruído Ocupacional.

Dentre os setores que mais expõem os seus trabalhadores a essa doença estão, por exemplo, a siderurgia, metalurgia, indústria têxtil, nicho musical e transporte/trânsito. 

 

Alterações auditivas causadas pela PAIR

 

A exposição a ruídos intensos pode provocar diferentes alterações auditivas, como o trauma acústico, o TTS e o PTS.

O trauma acústico refere-se à lesão nas células do nervo auditivo. Além de ser provocado pela exposição prolongada a ruídos, esse trauma também pode ocorrer em decorrência de uma exposição única a um alto ruído, como uma explosão.

Já a TTS - Temporary Threshold Shift, que em português significa Mudança Temporária no Limiar caracteriza-se por uma perda auditiva temporária. Nesse caso, a pessoa afetada voltará a ouvir após horas ou dias.

Por fim, o PTS - Permanent Threshold Shift, que em português significa Mudança Permanente no Limiar consiste em uma perda auditiva permanente, definitiva e irreversível. 

 



Quais são as intervenções de prevenção da PAIR?

 

Para prevenir a PAIR, é preciso que o empregador adote medidas no ambiente de trabalho que resguardem os colaboradores dessa doença ocupacional. Nesse sentido, torna-se necessário:

Disponibilizar aos colaboradores Equipamentos de Proteção Individual - EPI, como protetores auriculares;

Utilizar silenciadores e outros equipamentos que possam reduzir os ruídos provocados pelo maquinário da empresa;

Realizar avaliações periódicas no ambiente de trabalho a fim de verificar se o nível de ruído está dentro dos limites fornecidos pela Norma Regulamentadora 15, considerando a carga horária de trabalho;

Promover consultas médicas de rotina na empresa para que a PAIR possa ser identificada nos colaboradores precocemente, permitindo, assim, um tratamento eficaz e a implementação de medidas preventivas;

Realizar um rodízio de trabalhadores nas funções e locais que mais apresentam ruídos intensos;

Promover palestras, cursos e outras ações educativas sobre insalubridade e doenças ocupacionais. Essa é uma forma de conscientizar e educar os funcionários sobre essas questões.   

 

Exames para detectar a PAIR

 

Existem quatro principais exames eficazes para detectar a Perda Auditiva Induzida por Ruído, sendo esses:

 

Audiometria tonal: analisa qual a menor intensidade o paciente é capaz de escutar. Para isso, o médico utiliza estímulos sonoros e aguarda as respostas da pessoa submetida ao exame.

Audiometria vocal: avalia a capacidade do indivíduo de compreender e reconhecer os sons da fala. Esse é um exame complementar à audiometria tonal.

Otoscopia: esse exame é mais simples e também objetivo do que os anteriores. Isso porque ele analisa as estruturas do ouvido por meio de um aparelho chamado otoscópio.

Impedanciometria: avalia as estruturas da orelha média e da tuba auditiva, bem como a resposta do paciente a estímulos sonoros. É realizado por meio de uma sonda em um dos canais auditivos e um fone no outro.

 

Para se especializar ainda mais na sua carreira, conheça os cursos que o Instituto Santa Catarina oferece.

 

Conclusão

 

Esperamos que este conteúdo possa ter sido muito útil para a prevenção da PAIR e de outras doenças ocupacionais relacionadas ao sistema auditivo na sua empresa.

E se você é um colaborador, que o artigo possa ter elucidado muitas questões, bem como tem ajudado a descobrir como se cuidar no seu ambiente de trabalho, principalmente se esse tiver muitos ruídos.

 

 

 

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NR 36: SEGURANÇA DO TRABALHO EM MÁQUINAS NO ABATE DE CARNES

 



A atividade de abate de carnes é extremamente relevante para a economia brasileira, já que cria empregos e movimenta o PIB brasileiro.  Contudo, apesar de toda essa relevância econômico-social, a atividade possui alto índice de acidentes de trabalho, já que seus processos produtivos dependem de máquinas e equipamentos pesados e de alto risco.

Para ter uma ideia, em 2020 foram notificados 12.179 casos de acidentes de trabalho em unidades de abates de suínos, aves e outros pequenos animais. Os dados são do Observatório de Segurança e Saúde no Trabalho, elaborado pelo MPT (Ministério Público do Trabalho) e pela OIT (Organização Internacional do Trabalho) e chamam a atenção de profissionais de Saúde e Segurança do Trabalho (SST).

Pensando em garantir a segurança, a saúde e a qualidade de vida dos trabalhadores das indústrias de abate, o Ministério do Trabalho e Emprego criou a NR 36. Trata-se, na verdade, de um conjunto de normas que estabelecem os requisitos mínimos para a avaliação, controle e monitoramento dos riscos existentes nas atividades de abate de carnes e derivados destinados ao consumo humano.

 

O que diz a NR 36 sobre segurança do trabalho em máquinas no abate de carnes?

 

Confira a seguir os principais pontos abordados pela NR 36 no que diz respeito à segurança do trabalho em máquinas no abate de carnes:

 

Câmaras frias

 

Para garantir a saúde e a segurança dos trabalhadores, a NR 36 recomenda que as câmaras frias possuam dispositivo que possibilite abertura das portas pelo lado de dentro, sem muito esforço. Além disso, que sejam equipadas com alarmes do lado interno para que sejam acionados em caso de emergência e indicação do tempo máximo de permanência no local caso a temperatura local seja igual ou inferior a -18° C.

 

Segurança do trabalho em máquinas no abate de carnes

 

Ainda de acordo com a NR 36, as máquinas e equipamentos utilizados nas indústrias de abate devem atender aos requisitos da NR 12 (Segurança no Trabalho em Máquinas e Equipamentos).  Isso significa que eles devem possuir dispositivos de segurança que protejam os trabalhadores de eventuais riscos e instalações elétricas projetadas e mantidas para prevenir choques elétricos e outros tipos de acidentes, conforme as disposições da NR 10.

Mas não apenas isso. Diz ainda a norma regulamentadora nº 36 que o número de máquinas no abate de carnes deve ser compatível com o efetivo de trabalhadores da manutenção. E que as atividades de manutenção e higienização devem ser feitas por mais de um colaborador, sempre que a análise de risco da máquina ou equipamento apontar para possíveis ocorrências de acidentes.

Além do mais, também devem ser adotadas medidas de controle com a finalidade de proteger os trabalhadores das indústrias de abate dos riscos adicionais decorrentes da utilização dessas máquinas, tais como:

 

Ø Emissão de agentes físicos ou químicos;

Ø Calor provocado pelas máquinas, equipamentos e tubulações;

Ø Queimaduras provocadas pelo contato do trabalhador com superfícies quentes de máquinas e equipamentos.

 

Máquinas utilizadas nas indústrias de abate e processamento de carnes

 

Confira a seguir os equipamentos exclusivos deste setor e suas respectivas orientações de segurança.

 

Máquina automática para descourear e retirar pele e película

 

Trata-se de uma máquina com cilindros de tração e lâmina utilizada para tirar o couro, a pele e a película de carnes. Ela é alimentada por uma esteira transportadora, sistema de retenção, esteira de descarga.

 

Máquina aberta para descourear e retirar a pele e a membrana

 

Já a máquina aberta para retirar o couro, a pele e a membrana de carnes é uma máquina composta por um cilindro giratório dentado ou de arraste e lâmina utilizada. Sua alimentação é manual, ou seja, não possui esteira transportadora e é indicada para produtos arredondados e grandes.

 

Máquina de repasse de moela

 

A máquina de repasse de moela, por sua vez, é definida como uma máquina composta por uma esteira e/ou local de alimentação, cilindros dentados, local de descarga e funil de resíduo de descarga. Ela é utilizada para limpar as moelas e dessa forma, conferir mais qualidade ao produto.

 

Máquina Serra de Fita

 

São máquinas utilizadas por indústrias de abate para cortar ossos, carnes com ou sem ossos, peixes, blocos de produtos alimentícios entre outros produtos. Elas podem ser alimentadas por mesas fixas, deslizantes, por um transportador com cilindros ou por uma correia transportadora.

De acordo com a NR 36, devem ser realizadas prévias avaliações de riscos das máquinas pontuadas anteriormente, sempre após as suas instalações, longo período sem uso ou quando ocorrer mudança do processo operacional da empresa (troca de trabalhador). Essas orientações têm como principal objetivo evitar doenças ocupacionais e acidentes de trabalho.

 

 

 

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