quarta-feira, 16 de outubro de 2024

 




FISPQ: O QUE É E O QUE SIGNIFICA?

 

 

A Ficha de Informação de Segurança de Produtos Químicos (FISPQ) também conhecida de Material Safety Data Sheet (MSDS), é uma importantíssima aliada na prevenção de doenças ocupacionais e acidentes de trabalho.

 

A convenção nº 170 da OIT, referente a segurança no trabalho com produtos químicos, denomina a FISPQ como a “Ficha com Dados de Segurança”.

 

A exposição a produtos químicos deve ser acompanhada pelos devidos cuidados e precauções, que são indicados na FISPQ. Portanto, é um documento informativo e orientador que, quando efetivamente utilizado, contribui para a segurança e saúde do trabalhador.

 

O que é e o que significa a FISPQ?

Como vimos, a sigla FISPQ significa Ficha de Informação de Segurança de Produtos Químicos.

 

É um documento normatizado pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) e é obrigatório para todo produto químico classificado como perigoso, conforme o Sistema Globalmente Harmonizado de Classificação e Rotulagem de Produtos Químicos (GHS). Também é obrigatório para os produtos químicos não perigosos, cujo uso prevê riscos à segurança e saúde dos trabalhadores devido a sua origem.

 

Contém todas as informações de um produto químico (condições de manuseio e armazenamento, cuidados com o transporte, compatibilidade química, medidas de primeiros socorros, propriedades físicas e químicas, dentre outras). Por isso, sua comercialização e presença nas empresas que trabalham ou armazenam algum produto químico é indispensável e obrigatório.

 

Para que serve a FISPQ

A FISPQ serve, primariamente, para fornecer informações sobre o produto químico, suas características, os perigos e riscos associados e as medidas de proteção.

 

Serve para indicar como deve ser feita a manipulação do produto, os procedimentos adequados em caso de acidentes e derramamentos, além de informar os equipamentos de proteção individual. É um documento cuja finalidade é prover o trabalhador com as informações necessárias para o trabalho seguro. O desconhecimento incorre em atitudes inseguras que podem desencadear acidentes e doenças ocupacionais.

 

Estrutura da FISPQ

A FISPQ é dividida em 16 seções, abordando várias informações referentes a determinado produto químico, visando a informação, segurança e saúde do trabalhador, assim como, a proteção do meio ambiente.

 

·       Identificação do Produto e Empresa – Destaca o nome e os dados do produto, da empresa e/ou fornecedor.

·       Identificação de Perigos – Alerta sobre os perigos e efeitos do produto.

·       Composição e Informação sobre os Ingredientes – Aborda a composição e detalhes técnicos sobre o produto.

·       Medidas de Primeiros-Socorros – Descreve os procedimentos recomendáveis, caso ocorra inalação, contato com a pele, contato com os olhos e ingestão.

·       Medidas de Combate a Incêndio – Informa se o produto é inflamável e suas medidas de combate.

·       Medidas de Controle para Derramamento ou Vazamento – Especifica os procedimentos a serem adotados, caso ocorra um derramamento ou vazamento.

·       Manuseio e Armazenamento – Estabelece os procedimentos corretos e seguros no manuseio e armazenamento da substância.

·       Controle de Exposição e Proteção Individual – Especifica os limites de exposição, as medicas de controle de engenharia e os equipamentos de proteção individual apropriados.

·       Propriedades Físico-Químicas – Esclarece aspectos físicos e químicos da substância. Por exemplo: Odor, pH, cor, ponto de fusão e ebulição.

·       Estabilidade e Reatividade – Refere-se a estabilidade do produto, as reações perigosas e as substâncias incompatíveis.

·       Informações Toxicológicas – Retrata sobre a toxicidade, os efeitos e o tempo de exposição.

·       Informações Ecológicas – Aborda sobre os efeitos ambientais, comportamentos e impactos do produto, a ecotoxicidade.

·       Considerações sobre Tratamento e Disposição – Estabelece recomendações sobre o produto e embalagens usadas.

·       Informações sobre Transporte – Específica os detalhes sobre as regulamentações nacionais e internacionais no transporte da substância.

·       Regulamentações – Estabelece a legislação aplicável à determinada substância.

·       Outras Informações – Informações gerais e específicas de cada produto, além de siglas e bibliografia.

 

A FISPQ tem validade?

A FISPQ não tem validade, porém é responsabilidade da empresa fabricante do produto manter os dados atualizados, visto que podem surgir novas evidências sobre os efeitos das substâncias químicas na saúde e no meio ambiente.

 

Qual a importância da FISPQ?

A FISPQ é importante porque fornece ao trabalhador as informações necessárias para o trabalho seguro.

 

Conhecer o produto químico com o qual está trabalhando é essencial para evitar acidentes e doenças ocupacionais. Por meio da FISPQ é possível saber quais produtos não devem ser inalados, ou não podem ter contato com a pele, ou não podem ser descartados no ambiente.

 

Quem fornece ou elabora a FISPQ?

O responsável pelo fornecimento da FISPQ é o fornecedor do produto químico, que deve deixar disponível para os clientes. A elaboração deve ser feita por um profissional com conhecimentos técnicos específicos sobre o produto.

 

Qual a NR que fala sobre FISPQ?

A Norma Regulamentadora nº 26 (NR-26) é a norma que estabelece que, “o fabricante ou, no caso de importação, o fornecedor no mercado nacional deve elaborar e tornar disponível ficha com dados de segurança do produto químico para todo produto químico classificado como perigoso“.

 

Onde deve ficar a FISPQ?

A FISPQ deve ser disponibilizada no local onde os produtos químicos são manipulados e/ou armazenados, ficando à disposição dos empregados para consultá-la sempre que necessário.

 

Como consultar ou encontrar a FISPQ dos produtos químicos?

A FISPQ pode ser encontrada e consultada diretamente com o fabricante/fornecedor do produto. Atualmente, grande parte desses documentos podem ser consultados online. Como é um documento obrigatório, deve estar disponível para os consumidores.

 

 

 

 

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TIPOS DE SOLDAS E SUAS APLICAÇÕES



 

O processo de soldagem é a forma mais utilizada nas indústrias para unir peças e materiais, principalmente metais e suas ligas. Este processo de dá pela fusão quase que imediata seguida da solidificação dos materiais, quando expostos a uma fonte de calor.

 

1. Arco Elétrico:

A solda por arco elétrico consiste basicamente em um eletrodo (meio que transfere energia e fecha o circuito com as peças), um material de proteção (para evitar a oxidação e contaminação do cordão de solda enquanto estiver líquido) e uma fonte de tensão e corrente (responsável pelo fornecimento de energia para fusão e alimentação do circuito).

 

As mais comuns são eletrodo revestido, TIG, MIG/MAG, arame orbital, arco submerso e plasma. A seguir será dado um prevê resumo sobre cada uma:

 

Eletrodo Revestido

O eletrodo é composto por uma alma metálica recoberta por um material não-metálico, que sofre sublimação durante o processo, cria uma atmosfera de proteção e posteriormente uma escora sobre o cordão de solda . O arco elétrico é aberto ao arrastar o eletrodo sobre a superfície metálica e mantido ao deixar o eletrodo levemente afastado da região a ser soldada. Durante o processo, o revestimento e a alma são consumidos de forma quase igualitária. Devido à facilidade do processo, ele é utilizado em várias condições, incluindo aquelas que o local é de difícil acesso ou mobilidade, além do baixo custo.

 

TIG

Do inglês Tungsten Inert Gas (Tungstênio em Gás Inerte), nessa solda o eletrodo de tungstênio não consumível, ou seja, não é depositado sobre o cordão de solda, que é protegido pelo fluxo de um gás inerte. O arco elétrico é aberto ao aproximar a ponta do eletrodo à peça, em alguns casos é necessário o uso de arames para reforçar o cordão. De forma geral, esse processo apresenta excelente acabamento e menor risco de corrosão.

 

MIG

Do inglês Metal Inert Gas (Metal em Gás Inerte), nessa solda o eletrodo é o arame que será consumido durante o processo e a proteção se dá ou pela mistura de gases inertes ou pelo uso de um gás inerte. Neste processo, o arame é alimentado de forma continua e em velocidade constante, a medida que é adicionado à metal base (as peças). De forma geral, esse processo apresenta bom acabamento, é de fácil operação, alta produtividade, baixo custo, contudo há presença de respingos e alta probabilidade de formação de poros.

 

Arame Tubular

Neste processo o arame é revestido, como no eletrodo revestido, e alimentação constante, como na soldagem MIG. Com isso o cordão de solda apresenta excelente qualidade, usado principalmente em aço baixo carbono e baixa liga, peças de grandes espessuras ou muito finas. Pode-se ainda, utilizar algum gás para aumentar a proteção já pré-estabelecido pelo revestimento.

 

Arco Submerso

Nesse processo pode-se abrir um ou mais arcos elétricos entre o arame e a peça, a proteção é dada pelo fluxo de uma camada de grânulos fundidos, que permite o desenvolvimento de um cordão de solda sem respingos, faíscas e luminosidade, além da alta penetração devido as suas características de isolamento térmico. O arame utilizado pode ser arame tubular ou arame sólido.

 

Plasma

Neste processo utiliza-se um eletrodo não consumível de tungstênio e gás inerte. A diferença principal deste processo ao processo TIG, está na posição do eletrodo dentro da tocha, em que na TIG a ponta do eletrodo é exposta e no plasma a ponta do eletrodo permanece dentro da tocha.

 

2. Resistência Elétrica:

Neste processo utiliza-se o efeito Joule (devido a uma resistência, perde-se energia elétrica na forma de calor) para fundir as faces das peças a serem soldadas. Este processo é muito utilizado em soldagem de componentes eletrônicos e metais dúctil.

 

3. Outros Processos

Além da soldagem por arco elétrico e resistência elétrica, existem outros processos pouco utilizados devido a baixa produtividade e/ou elevado custo, como o processo de soldagem por abrasão, ultrassom, laser, sonda magnética.

 




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