sexta-feira, 8 de novembro de 2024

 




 

AGENTES QUÍMICOS: O QUE SÃO E COMO PREVENI-LOS?

 


Em diversas atividades industriais estão presentes inúmeras substâncias químicas, como matéria prima e insumos ou como produto final. Muitas dessas substâncias são encontradas na natureza, como o petróleo e seus derivados, outras são produzidas artificialmente por processos químicos.

Esses agentes químicos podem oferecer risco à saúde dos trabalhadores, porém a exposição aos agentes agressivos não implica, necessariamente, que os trabalhadores terão uma doença ocupacional.

Para desencadear danos à saúde, os agentes químicos devem estar acima de uma determinada concentração ou intensidade, em regra, e que o tempo de exposição a essa concentração ou intensidade seja suficiente para uma atuação nociva desses agentes sobre o organismo humano.

Para adotar as medidas de controle necessárias, preservando a saúde e a segurança, é imprescindível reconhecer os agentes químicos e realizar avaliações quantitativas e qualitativas de exposição dos trabalhadores.

O risco químico é a possibilidade de ocorrer danos à saúde devido a exposição a agentes químicos, definidos como as substâncias, compostos ou produtos que possam penetrar no organismo pela via respiratória, nas formas de poeiras, fumos, névoas, neblinas, gases ou vapores, ou que, pela natureza da atividade de exposição, possam ter contato ou ser absorvidos pelo organismo através da pele ou por ingestão.

 

O que são agentes químicos?

Os agentes químicos são substâncias orgânicas ou inorgânicas, naturais ou sintéticas, que podem dispersar-se no ar em quantidade que pode causar danos à saúde das pessoas expostas, podendo ser absorvido pelo organismo através da pele ou por ingestão.

Os agentes químicos podem ser classificados pela forma como se apresentam e pelos efeitos no organismo humano.

 

Tipos de agentes químicos

Os agentes químicos podem se apresentar nos estados sólido, líquido, ou gasoso, o que define a maneira de absorção pelo corpo humano (pelas vias respiratórias ou através da pele ou ingestão).

Podem estar na forma de aerossóis (atomização de sólidos ou líquidos ou suspensão de poeiras e polens), gases, vapores (gás de uma substância que é líquida em condições normais de temperatura e pressão, ou seja, é o gás em temperatura inferior à crítica), e fuligem (partículas muito finas resultantes da queima de combustíveis minerais em caldeiras e fornalhas).

 

Também são classificados como:

·       Agentes corrosivos: produzem destruição de tecidos no local de contato. Afeta comumente a pele, os olhos e o sistema digestivo.

·       Agentes irritantes: causam inflamação dos tecidos no local de contato, causando reações como eczema ou dermatite e também as irritações respiratórias.

·       Agentes alergênicos: causam reações alérgicas respiratórias ou na pele.

·       Agentes asfixiantes: gases que diluem o oxigênio da atmosfera abaixo da concentração necessária para a vida existir.

·       Agentes cancerígenos: substâncias químicas que foram demonstradas como causadoras de câncer nos seres humanos.

 

Exemplos de agentes químicos

·       Poeira mineral: sílica, asbesto, carvão mineral;

·       Gases: monóxido de carbono (CO), dióxido de carbono (CO2), hidrogênio (H2), nitrogênio (N2);

·       Ácidos: clorídrico, sulfúrico;

·       Solventes orgânicos, butano, propano, aldeídos, acetona, benzeno;

·       Fumos metálicos: provenientes do uso industrial de metais, como chumbo, manganês, ferro, etc.

 

O que os agentes químicos podem causar ao trabalhador?

A exposição aos agentes químicos sem as medidas de controle apropriadas pode resultar em danos à saúde do trabalhador, como irritação da pele e dos olhos, queimaduras leves ou severas, causadas por incêndio ou explosão, asfixia, alergia, doenças respiratórias crônicas, doenças do sistema nervoso, doenças nos rins e fígado e alguns tipos de câncer.

 

A gravidade da contaminação está relacionada ao tempo de exposição, à concentração e ao tipo de produto. Pode haver uma irritação das vias aéreas quando a contaminação ocorre em um curto período de tempo com substâncias como ácido sulfúrico, amônia, cloro ou soda cáustica. Alguns gases, como hidrogênio (H2), nitrogênio (N2), metano (CH4) e dióxido de carbono (CO2) são extremamente nocivos, podendo causar dores de cabeça, náuseas, sonolência, convulsões e até mesmo a morte.

 

A nova NR-9 e os agentes químicos

A nova NR-9 estabelece os requisitos para a avaliação das exposições ocupacionais a agentes físicos, químicos e biológicos quando identificados no Programa de Gerenciamento de Riscos (PGR), previsto na NR-1, e subsidiá-lo quanto às medidas de prevenção para os riscos ocupacionais.

Portanto, as medidas de prevenção estabelecidas pela NR-9 se aplicam onde houver exposições ocupacionais aos agentes físicos, químicos e biológicos.

Porém, a nova NR-9 destaca que para fins de caracterização de atividades ou operações insalubres ou perigosas, devem ser aplicadas as disposições previstas na NR-15 (Atividades e operações insalubres) e NR-16 (Atividades e operações perigosas).

 

Os agentes químicos na NR-15

Os agentes químicos na Norma Regulamentadora nº 15 (NR-15) são avaliados de forma qualitativa e quantitativa, conforme os anexos abaixo:

 

Anexos 11 – Agentes químicos cuja insalubridade é caracterizada por limite de tolerância e inspeção no local de trabalho:

Neste caso, a avaliação será quantitativa e a caracterização de insalubridade ocorrerá quando forem ultrapassados os limites de tolerância constantes do Quadro nº 1 do Anexo 11.

 

Anexo 12 – Limites de tolerância para poeiras minerais:

Neste caso, a avaliação será quantitativa e a caracterização de insalubridade ocorrerá quando forem ultrapassados os limites de tolerância para as poeiras minerais (asbesto, manganês e seus compostos e sílica livre cristalizada) constantes no Anexo 12.

 

Anexo 13 – Agentes químicos:

Este anexo traz a relação das atividades e operações envolvendo agentes químicos, consideradas insalubres em decorrência de inspeção realizada no local de trabalho. Porém, excluem-se desta relação às atividades ou operações com os agentes químicos constantes dos Anexos 11 e 12.

Com relação ao anexo 13, a avaliação será qualitativa e a caracterização de insalubridade ocorrerá pelo simples fato de estar presente no ambiente de trabalho, não possuindo limites de tolerância estabelecidos pela NR-15.

O anexo 13 (agentes químicos) estabelece 3 (três) graus (mínimo, médio e máximo) de insalubridade, conforme a relação das atividades ou operações com os agentes químicos constantes no anexo.

 

Medidas de prevenção e controle dos agentes químicos

Alguns riscos ambientais são fáceis de identificar, os irritantes, por exemplo, que tem efeito imediato após a exposição ou inalação. Outros são mais difíceis, como as substâncias químicas formadas acidentalmente cujas propriedades não estão devidamente descritas nos rótulos da embalagem e nas especificações técnicas. Por isso, é importante identificar e classificar corretamente os riscos existentes no ambiente de trabalho.

Após identificar e avaliar um risco é necessário decidir quais intervenções e métodos são adequados para controlá-lo. Os métodos de controle são divididos em quatro categorias:

 

Controle de Engenharia: são medidas que eliminam ou reduzem a utilização ou a formação de agentes prejudiciais à saúde; previnem a liberação ou disseminação dos agentes no ambiente de trabalho e reduzem os níveis de concentração dos agentes:

·       Ventilação geral e localizada;

·       Isolamento (instalar barreira entre o trabalhador e o agente/fonte);

·       Substituição por materiais menos tóxicos, inflamáveis, etc;

·       Mudanças no processo com eliminação de estágios perigosos.

 

Equipamentos de Proteção Coletiva - EPC;

Controles Administrativos: Mudanças na maneira de executar o processo de trabalho, como, por exemplo, redução do tempo de trabalho em zona perigosa, rodízio de pessoal, criação de turnos, proibição de horas extras.

 

Equipamentos de Proteção Individual - EPI.

É importante destacar que o EPI só é usado em situações nas quais os controles de engenharia, EPC e administrativos são insuficientes. Porém, isoladamente, o EPI não oferece uma significativa proteção aos trabalhadores, sendo fundamental uma efetiva gestão dos riscos químicos no ambiente de trabalho.

 

 

 

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BIOTECNOLOGIA E SEGURANÇA DO TRABALHO

 

 


 

Com o avanço tecnológico, a aplicação de novas tecnologias em biomedicina oferece novas perspectivas para a prevenção e gestão de riscos no ambiente corporativo, aumentando assim, a proteção dos colaboradores e a eficiência das operações.

Sendo assim, no artigo de hoje, vamos abordar as novas tecnologias e como elas podem transformar a prevenção de riscos e melhorar a saúde ocupacional.

E então, se interessou pelo conteúdo? Continue lendo nosso artigo e veja quais são os benefícios dessas inovações para a segurança dos colaboradores.

A evolução da biotecnologia tem crescido cada vez mais, oferecendo soluções inovadoras para a segurança do trabalho.

 

Confira agora como tais inovações da biomedicina vem transformando a prevenção de riscos:

1. Detecção precoce e monitoramento

O desenvolvimento de sensores biomoleculares e dispositivos de monitoramento permite que as condições de saúde dos trabalhadores sejam monitoradas em tempo real. Além disso, eles ainda podem detectar algumas alterações bioquímicas que indicam exposições a substâncias tóxicas e/ou condições prejudiciais antes que se tornem críticas.

2. Biomarcadores e diagnóstico precoce

Os bimarcadores identificam substâncias presentes nos organismos que podem indicar o início de uma doença ou condição espícula. Dessa forma, é possível diagnosticar de forma precoce doenças relacionadas ao trabalho, mesmo antes dos sintomas se manifestarem. Assim, os trabalhadores conseguem receber o tratamento e intervenções prevenindo a progressão da doença.

3. Vacinas e terapias avançadas

O avanço na biomedicina permite o desenvolvimento de vacinas direcionadas a riscos ocupacionais. Vacinas específicas para agentes patogênicos que podem ser encontrados em certos ambientes de trabalho podem proteger os colaboradores contra infecções e doenças.

Além disso, terapias genéticas e celulares vem sendo cada vez mais exploradas como uma alternativa para tratar e/ou prevenir condições associadas ao ambiente de trabalho. Os pesquisadores estão, por exemplo, desenvolvendo terapias avançadas que podem “corrigir” deficiências genéticas que aumentam a vulnerabilidades a doenças relacionadas ao trabalho.

 

A importância do treinamento baseado em biotecnologia

A biotecnologia fornece diversas ferramentas que podem ser utilizadas para treinar os colaboradores de uma empresa em situações de risco. Os simuladores baseados em realidade aumentada e virtual podem criar cenários realistas, dessa forma, os trabalhadores conseguem praticar suas habilidades de segurança em um ambiente seguro.

Além disso, algoritmos de inteligência artificial podem analisar dados para identificar padrões e assim, fornece recomendações personalizadas de treinamento. A biotecnologia permite que os funcionários treinem e aprendam de uma forma mais interativa, garantindo que eles estejam preparados para enfrentar situações de riscos e responder adequadamente a emergências.

 

Desafios na implementação de tecnologias biotecnológicas no ambiente de trabalho

Apesar dos benefícios que a biotecnologia trouxe para o ambiente de trabalho, existem alguns desafios a serem enfrentados. Um dos principais desafios é o custo elevado das tecnologias biotecnológicas. A adoção desses equipamentos requer um investimento significativo, sendo assim, algumas empresas – como as pequenas e médias empresas – enfrentam certas dificuldades financeiras para adotá-las. Sendo assim, é necessário desenvolver estratégias para tornar essas inovações mais acessíveis.

A introdução de novas tecnologias exige a aceitação dos trabalhadores e um treinamento adequado. A resistência a mudanças e falta de familiaridade com as novas ferramentas podem criar barreiras para sua implementação. Nesse contexto, programas de treinamento são essenciais para garantir que os trabalhadores compreendam a importância e os benefícios dessas tecnologias, além de garantir que eles utilizem as ferramentas de forma adequada.

Por fim, a implementação de novas tecnologias quando já se tem um sistema existente pode trazer alguns problemas. Por isso, é crucial garantir que as inovações se integrem de forma eficiente com os procedimentos de segurança já estabelecidos para evitar interrupções ou complicações adicionais.

Vale ressaltar também que o uso dessas tecnologias causa um “medo” em relação a privacidade e a segurança dos dados. Sendo assim, é fundamental garantir que os dados sejam protegidos contra acesso não autorizado e que as informações obtidas sejam tratadas com descrição.

Em suma, as inovações em biotecnologia têm a capacidade de transformar a segurança do trabalho, oferecendo novas abordagens. No entanto, a implementação dessas tecnologias enfrenta desafios significativos. Para superar esses desafios é necessária uma abordagem cautelosa e estratégica. Dessa forma, é possível aproveitar ao máximo os benefícios das inovações para criar ambientes de trabalho mais seguros e saudáveis.

 

 

 

 

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