quinta-feira, 20 de abril de 2023

 




 

10 MITOS EM GESTÃO DA SEGURANÇA DO TRABALHO

 



Pandemia passando (ufa!), viagens começando e, de volta ao trecho…

 

Estava sentado no aeroporto vendo meu avião parar em no portão. A tripulação de terra se posicionou para garantir uma chegada segura.

O caminhão de tanque de abastecimento estava parado a uma distância segura.

Todos os tratores e transportadores estavam em suas posições designadas.

Ver esse cenário acontecer me levou a refletir sobre minha experiência como gestor de linha de frente com a segurança e com uma visão ampliada do cenário.

Por trabalhar no trecho por vários anos adquiri esse hábito de olhar a árvore e também a floresta antes de iniciar as rotinas.

Como gestor, gerenciei a segurança principalmente baseado em ações disciplinares por um bom tempo (triste).

Eu gostava de usar uma ação disciplinar para corrigir um incidente, não porque eu particularmente gostava de punir um membro da equipe, mas porque isso transferia a minha culpa para outra pessoa.

Afinal, eu era gestor, então não pode ser minha culpa, então deve ser culpa de outra pessoa.

Fui chamado para embarcar.

Passageiros a bordo, guardavam suas malas, sentavam-se e foi completamente tranquilo.

Quase imediatamente cochilei até ouvir o “ding” quando o avião chegou a 13.000 pés.

O primeiro pensamento que me veio foi o quão grato eu estava por ser mais experiente e a minha visão de, como gestor, tinha evoluído, deixando para trás minhas ações baseadas em só chamar atenção. Com o passar do tempo percebi que uma ação disciplinar não resolve um sistema falido ou qualquer problema para esse assunto.

Estou na segurança há mais de 35 anos e felizmente não levei 20 anos para descobrir isso.

Aprendi algumas outras lições ao longo do caminho e compilei essas lições em uma lista dos meus 10 melhores mitos da Gestão da Segurança.

 

Aqui eles não estão em nenhuma ordem particular, exceto como eles vieram à mente:

 

1) A segurança deve ser gerenciada de forma diferente 

 

Você gerenciaria suas finanças ou processo de contratação jogando bingo? Claro que não.

A segurança é gerenciada como qualquer outro aspecto do negócio: estabeleça metas e métricas, estabeleça expectativas, responsabilize as pessoas, etc.

 

2) Minha operação é diferente, então a gestão tradicional de segurança não funciona

 

Os estilos de gestão variam e as culturas corporativas podem ditar variações específicas, mas a segurança deve ser gerenciada da mesma forma que qualquer outra função de negócio.

 

3) Segurança é chata

 

Falar sobre segurança em termos de conformidade regulatória, auditorias, investigações e ações disciplinares vai torná-lo não só chato, mas dar à segurança uma conotação negativa.

Segurança é um serviço para os outros. Como isso pode ser chato?

 

4) Se estamos em conformidade com as normas e a ISO, não devemos ter problemas. 

 

Os regulamentos e a ISO são uns bons pontos de partida ao estabelecer um programa de segurança, mas são padrões mínimos. Parar aqui deixa muito espaço para melhorias.

 

5) Segurança é um centro de custos

 

Este é um mito comum entre os líderes seniores.

Um programa eficaz de gestão de segurança pode reduzir os custos e os prêmios de seguro dos trabalhadores. Em algumas indústrias, a segurança pode ser um diferencial de mercado quando posicionada com precisão.

 

6) A segurança não contribui para as metas da empresa

 

Há muitas maneiras de a segurança contribuir para as metas da empresa. Infelizmente, os líderes de segurança nem sempre fazem essa conexão.

Por exemplo: os Recursos Humanos podem ter um objetivo de melhorar o engajamento dos funcionários.

A segurança é uma excelente plataforma para engajar os funcionários através de comitês de segurança, programas de reconhecimento, etc.

Simplesmente vendo os funcionários como parte da solução, em vez do problema, estabelecemos as bases para seu envolvimento na resolução de problemas.

 

7) Você não pode ter os dois, segurança e produção.

 

Infelizmente, muitas vezes eles são vistos como agendas concorrentes.

A realidade é que quando não acertamos as coisas do ponto de vista da segurança, isso afeta a eficiência e aumenta os custos.

 

8) Segurança é apenas senso comum, “se nosso povo seguir as regras…” 

 

Há muitos problemas aqui além do fato de que o bom senso não é tão comum.

A maioria dos gerentes, supervisores, etc. que usam essa linguagem estão procurando uma desculpa para não gerenciar proativamente a segurança.

 

9) A ação disciplinar resolve o problema

 

A ação disciplinar é, muitas vezes, vista como sinônimo de ações corretivas.

Na verdade, isso só nos faz sentir melhor porque temos alguém para culpar e fizemos algo sobre isso.

Culturas de segurança bem-sucedidas veem um incidente como uma oportunidade para fazer uma correção e melhorar.

 

10) Programas de reconhecimento custam muito dinheiro

 

Um simples “obrigado” para um “obrigado” oportuno e específico é de alto impacto, baixo custo.

Estes são apenas alguns que me vieram durante o voo, mas existem mais, afinal em quase quatro décadas, a gente aprende alguma coisa e evolui (assim espero).

Quantos outros mitos sobre gestão da segurança ou cultura de segurança são aceitos como fato?

 

 

 

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SEGURANÇA DO TRABALHO:

6 PRINCIPAIS RISCOS NA CONSTRUÇÃO CIVIL

 



O controle e a minimização de riscos na construção civil são preocupações primordiais do profissional de segurança do trabalho que atua nesse setor. O desafio começa no planejamento da obra e permeia todas as suas etapas, até o término da desmobilização.

Para estabelecer medidas de controle eficazes, que otimizem a segurança do trabalho, é essencial embasar as ações nas normas regulamentadoras do Ministério do Trabalho, mais conhecidas como NR’s.

Neste artigo, vamos destacar os 6 principais riscos do ambiente construtivo, entre outras informações relevantes.

 

Por que é importante ter atenção aos riscos?

 

Os riscos na construção civil são muitos e variados. Eles podem ser causados por atividades como escavações, demolições, trabalhos em altura, trabalhos com máquinas e equipamentos, entre outras. Além disso, a exposição a produtos químicos, ruídos, poeira e radiação também pode ser perigosa para a saúde dos trabalhadores.

A atenção aos riscos é fundamental para garantir a segurança dos colaboradores. Caso contrário, é possível que haja acidentes graves, que podem causar lesões permanentes ou até mesmo a morte. Além disso, a prevenção de acidentes na construção civil é importante para evitar danos ao patrimônio público ou privado, que podem gerar prejuízos financeiros significativos.

 

Quais os 6 principais riscos na construção civil?

 

Existem diversos riscos na construção civil, e você precisa ficar atento a eles. A seguir, listamos os principais. Veja! 

 

1. Movimentação de cargas

 

Os materiais de construção são movimentados de diversas formas em uma obra: carrinhos de mão, caminhões, empilhadeiras, elevadores de carga e guindastes. Esses meios oferecem riscos que vão desde ferimentos simples até acidentes fatais.  

Para a preservação da segurança, a área de movimentação de cargas deve ser devidamente sinalizada e isolada, e os trabalhadores não envolvidos no processo devem ser alertados a não transitarem nesses locais.

A NR-11 é o guia específico para definir medidas de controle ao lidar com cargas.    

 

2. Choques elétricos

 

As instalações elétricas na construção civil merecem especial atenção. Durante a execução dos serviços, os eletricistas estão sujeitos a acidentes. Fios desencapados e expostos em locais de circulação também podem ocasionar risco de choque elétrico.

É necessário que haja proteção adequada para toda a fiação e que a equipe de elétrica receba treinamentos baseados na NR-10.

 

3. Falhas em máquinas e equipamentos

 

A operação de máquinas e equipamentos deve ser precedida da capacitação do operador para o seu manejo adequado e para que ele conheça as medidas de segurança específicas, especialmente para manutenções preventivas periódicas, o que vai assegurar o bom funcionamento das máquinas e dos equipamentos.

Lembre-se sempre: na construção civil, não há lugar para improvisos. Para saber mais detalhes sobre esse assunto, consulte a NR-12.

 

4. Ataques de animais peçonhentos

 

O surgimento de animais peçonhentos, como cobras, abelhas, aranhas e escorpiões, é comum nos ambientes de obras. Sendo assim, é fundamental a análise preliminar do local para detectar os riscos e tomar as medidas protetivas (uso de EPI adequado, acionamento do Corpo de Bombeiros para retirada de colmeias etc.).

A Análise Preliminar de Riscos - APR é exigida em diversas normas regulamentadoras, tais como: NR-10, NR-18, NR-33 e NR-35.

 

5. Ruídos excessivos

 

Esmerilhadeira, empilhadeira, serra circular, caminhão, furadeira, marreta, guindaste, entre outros equipamentos, são fontes de ruídos no ambiente de obra.

A combinação de todas essas emissões sonoras pode gerar perda auditiva no trabalhador, caso este não utilize o protetor auricular adequado. Paute suas ações de segurança contra ruídos pelas NR-9 e NR-15.

 

6. Quedas de nível

 

A execução de trabalho em altura potencializa os riscos na construção civil, com a possibilidade de o trabalhador cair. Aplique as recomendações da NR-35 para ter tranquilidade no ambiente da obra e evitar a queda de pessoas ou ferramentas que possam causar danos e ferimentos.

 

Como é possível se proteger dos riscos na construção civil?

 

A proteção contra os riscos na construção civil começa com a conscientização dos trabalhadores e a adoção de medidas preventivas. As empresas devem fornecer treinamento adequado para os trabalhadores, com informações sobre os riscos associados às atividades e os procedimentos de segurança a serem adotados.

Entre as medidas preventivas mais importantes estão o uso de equipamentos de proteção individual (EPIs), a adoção de medidas de segurança coletivas e a manutenção adequada dos equipamentos e máquinas utilizados.

Os EPI’s são essenciais para a proteção dos trabalhadores na construção civil. Eles incluem capacetes, óculos de proteção, protetores auriculares, luvas, calçados de segurança, cintos de segurança, máscaras respiratórias, entre outros. A escolha do EPI adequado deve ser feita de acordo com o tipo de atividade e os riscos envolvidos.

Além dos EPI’s, é importante adotar medidas coletivas de segurança, como a instalação de guarda-corpos em locais elevados, a delimitação de áreas de trabalho e a sinalização de áreas de risco. A manutenção adequada dos equipamentos e máquinas também é essencial para garantir a segurança dos trabalhadores.

 

Qual a importância de contar com bons equipamentos de proteção?

 

Contar com bons equipamentos de proteção é fundamental para garantir a segurança dos trabalhadores na construção civil. Eles ajudam a reduzir os riscos de acidentes e lesões, além de protegerem a saúde dos trabalhadores contra exposição a produtos químicos, ruídos, poeira e radiação.

Os EPI’s devem ser de boa qualidade e adequados ao tipo de atividade e aos riscos envolvidos. Além disso, é importante que sejam utilizados corretamente, seguindo as instruções de uso e as normas de segurança estabelecidas pela empresa. A falta de EPI’s ou a utilização inadequada podem comprometer a segurança dos trabalhadores e aumentar os riscos de acidentes.

Contar com bons equipamentos de proteção vai além da segurança dos trabalhadores. As empresas que fornecem EPI’s adequados e incentivam o seu uso demonstram comprometimento com a saúde e a segurança dos seus funcionários, o que pode resultar em um ambiente de trabalho mais saudável e produtivo.

Outro aspecto importante é a responsabilidade legal das empresas em garantir a segurança dos trabalhadores na construção civil. As Normas Regulamentadoras do Ministério do Trabalho e Emprego estabelecem as medidas de segurança que devem ser adotadas pelas organizações para garantir a proteção dos trabalhadores. O não cumprimento dessas normas pode resultar em multas e processos judiciais para as empresas.

Os empreendimentos também devem investir em treinamento e conscientização dos trabalhadores, fornece EPI’s adequados e incentivar a sua utilização, além de adotar medidas de segurança coletivas e garantir a manutenção adequada dos equipamentos e máquinas utilizados. A proteção dos trabalhadores na construção civil é fundamental para garantir a saúde e a segurança de todos, além de promover um ambiente de trabalho mais saudável e produtivo.

Como vimos neste artigo, os riscos na construção civil são variados. Mapear criteriosamente os riscos reais e potenciais da obra, capacitar os trabalhadores para a percepção desses riscos e para que conheçam formas de proteção individual e coletiva e seguir rigorosamente as normas regulamentadoras aplicáveis é o melhor caminho para tornar as medidas de segurança do trabalho eficazes.

 

 



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