BRASIL
FIGURA 2º LUGAR EM MORTALIDADE POR ACIDENTES DE TRABALHO
Acidentes no trabalho tiraram a vida de mais de 20 mil
brasileiros em oito anos, segundo dados do Observatório de Segurança e Saúde no
Trabalho. O levantamento elaborado pelo Ministério Público do Trabalho (MPT) e
a Organização Internacional do Trabalho (OIT) mostra que no mundo, um
trabalhador morre por acidente de trabalho ou doença laboral a cada 15
segundos.
O Brasil figura o 2º lugar em mortalidade por
acidentes no trabalho entre os países do G20 ficando apenas atrás do México que
registra 8 óbitos a cada 100 mil vínculos de emprego – por aqui são 6 mortes a
cada 100 mil vínculos. O Japão e Canadá lideram a lista dos países com menores
taxas de mortalidade registradas entre 2012 e 2020, de acordo com o relatório.
Acidentes
no trabalho geram uma cadeia de consequências
Os reflexos causados por acidentes no trabalho são de
grandes proporções. Segundo dados do Observatório de Segurança e Saúde no
Trabalho, em 2020, por conta da Covid-19, o total de auxílios-doença por
transtornos psicológicos, como depressão e ansiedade, chegou a 289 mil –
aumento de 30% em relação a 2019, quando foram registrados 224 mil.
Segundo o Ministério Público do Trabalho, estima-se
que as doenças e acidentes no trabalho respondam pela perda de 4% do Produto
Interno Bruto (PIB) global a cada ano. No Brasil esse percentual corresponde a
quase R$ 300 bilhões – considerando o PIB de 2020.
O Brasil registrou, em oito anos, 5,6 milhões de
doenças e acidentes no trabalho. Esse número gerou um gasto previdenciário que
ultrapassa R$ 100 bilhões.
Construção
civil é o segmento que mais registra acidente no trabalho
A construção civil, segundo a Associação Nacional de
Medicina do Trabalho (Anamt), é o segmento que mais registra casos de acidentes
no trabalho no Brasil, sendo o primeiro do país em incapacitação permanente, o
segundo em mortes, e o quinto em afastamentos com mais de 15 dias.
Dados mais recentes do Anuário Estatístico de
Acidentes de Trabalho (AEAT) mostram que em 2017 ocorreram mais de 500 mil
acidentes no trabalho em todo o país. Só na construção civil foram mais de 30
mil, que correspondem a um pouco mais de 5% dos casos.
É preciso considerar que o segmento tem uma boa
representatividade – no mesmo ano, havia 1,8 milhão de pessoas trabalhando na
área. Além disso, é um setor que tem por natureza a característica de ser uma
atividade perigosa, e é exatamente por isso que é imprescindível investir ainda
mais em ações de prevenção.
Acidentes
no trabalho são reflexos da carência de medidas de proteção
A falta de prevenção é um dos principais motivos que
levam aos acidentes no trabalho. Os dados mostram uma realidade alarmante no
Brasil. O país peca em não investir em medidas de proteção coletiva em muitos
segmentos, além da ineficácia de políticas de prevenções atuais.
Segundo a procuradora Márcia Kamei Lopez Aliaga,
titular da Coordenadoria Nacional de Defesa do Meio Ambiente de Trabalho do
MPT, o Brasil nunca deixou de ocupar o posto de grande responsável por
acidentes de trabalho, uma vez que a população tem dificuldades em assimilar a
importância da prevenção.
Na construção civil especificamente, a redução dos
riscos de acidentes no trabalho acontece por meio do cumprimento das regras
dispostas na Norma Reguladora 18, mais conhecida como NR-18 que trata
especificamente da saúde e da segurança no segmento.
A norma passou por uma atualização, e as mudanças
estão valendo desde janeiro de 2022. Agora a nova NR-18 é composta por 17
capítulos e 2 anexos, resultando em um total de 402 itens, enquanto a antiga
versão possuía 38 capítulos e 3 anexos, com o total de 680 itens. Apesar da
redução, a norma ampliou os itens de segurança. Falamos mais sobre essa norma
neste artigo: “Tudo o que você precisa saber sobre as atualizações na
NR-18”.
Prevenção
e segurança vão muito além de EPI’s
Quando falamos em prevenção e segurança é muito comum
associar ao Equipamento de Proteção Individual (EPI), descrito na NR-06, que
faz parte das normas regulamentadoras do Ministério do Trabalho e Emprego,
porém, os cuidados vão muito mais além.
Os trabalhadores da área precisam passar por
treinamentos iniciais e periódicos, conforme cada fase da obra, além disso,
todo canteiro de obra deve contar com uma Comissão Interna de Prevenção de
Acidentes (CIPA) que deve ser formada por representantes dos empregadores e
empregados para atuar inspecionando as condições de trabalho, identificando os
riscos nos processos e divulgando as informações sobre segurança e saúde.
Também é obrigatório que um canteiro de obras tenha um
Serviço Especializado de Engenharia e Medicina do Trabalho (SESMT), composto
por engenheiros e médicos especialistas do trabalho. O serviço visa assegurar a
integridade dos colaboradores durante a jornada de trabalho.
Isso não quer dizer que se deve abrir mão dos EPI’s,
pelo contrário, os equipamentos de proteção individual são essenciais para a
segurança e integridade de todos os trabalhadores: óculos de proteção, luva,
capacete, protetor auricular, máscara, calçados, cinturão, macacão, entre
outros, são obrigatórios em um canteiro de obras. Falamos mais no artigo:
“NR-06: qual a importância do Equipamento de Proteção Individual (EPI)? “.
Tão importante quanto os equipamentos individuais, a
proteção coletiva é um forte aliada contra os acidentes no trabalho. Todos os
equipamentos são testados em nossos laboratórios, e atendem às novas exigências
da NR-18, além de serem soluções práticas e de fácil manuseio que vão garantir
segurança total e maior produtividade em todas as etapas da sua obra.
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