terça-feira, 18 de março de 2025

 




 

O QUE É PERMISSÃO DE TRABALHO PARA ATIVIDADES EM ALTURA?

 

 


 

A Permissão de Trabalho em Altura (PTA) é uma importante medida preventiva que garante mais segurança para a execução de trabalhos arriscados. Ela faz parte da gestão de riscos de empresas, estabelecendo diretrizes para ações em situações de perigo, bem como formas de prevenção.

Entender a Permissão de Trabalho é essencial em diversos segmentos econômicos. Além de ser uma exigência das normas regulamentadoras, ela proporciona a realização de um trabalho seguro, que preserva o bem-estar do trabalhador, em atividades arriscadas.

Neste artigo, entenda melhor o conceito de PTA, sua importância e o que contém esse tipo de documento. Saiba também a quem ele se destina e de quem é a responsabilidade de elaborá-lo. Boa leitura!

 

O que é a permissão de trabalho em altura?

A Permissão de Trabalho em Altura (PTA) consiste em um documento de autorização para a execução de serviços que envolvem riscos de trabalhos executados acima de 2 metros de altura.

Embora exista uma permissão de trabalho específica para serviços realizados em altura, as PTA’s são utilizadas para atividades que expõem os trabalhadores a outros riscos, igualmente, considerados perigosos.

Exemplos disso são os serviços executados em temperaturas muito altas ou muito baixas, os que tratam diretamente com eletricidade ou os que são realizados em espaços confinados.

 

NR-35

A NR-35 é a norma que estabelece como devem ser conduzidos os trabalhos em altura. Ela estipula a necessidade de medidas de proteção contra quedas, assim como auxilia no planejamento desse tipo de atividade. Além disso, determina as obrigações da empresa, tais como:

·       garantir a realização da análise de riscos;

·       fazer a emissão de autorizações para trabalhos em altura;

·       assegurar as condições necessárias para operação;

·       fiscalizar a implantação das medidas especificadas na NR-35.

O disposto na NR-35 se refere às obrigações que o empregador deve cumprir para a execução de trabalhos em altura com segurança. Nesse sentido, é importante garantir que as autorizações para atividades nessas condições sejam emitidas de maneira eficiente e sob supervisão.

Já o trabalhador tem as seguintes obrigações:

·       colaborar com o empregador na implementação de medidas de segurança;

·       cumprir as disposições legais e os procedimentos estabelecidos pela empresa em atividades que envolvam trabalhos em altura;

·       zelar pela própria saúde e pela dos seus colegas durante a execução do trabalho.

 

Qual é a importância da PTA nas empresas?

A importância desse documento vai muito além do controle de acesso dos colaboradores de uma empresa quando trabalham em áreas de risco. Veja, a seguir, quais aspectos ela envolve.

 

Evita acidentes por desinformação ou esquecimento

Ao discriminar os serviços a serem realizados e as medidas preventivas que precisam ser aplicadas, a PTA evita a ocorrência de acidentes por falta de informação ou esquecimentos.

Além disso, ao limitar o acesso de profissionais às áreas de risco, a permissão protege os demais trabalhadores de acidentes que ocorram no entorno do ambiente de trabalho. Dessa forma, garante que apenas profissionais autorizados sejam liberados para o acesso ao local.

 

Orienta sobre como realizar os serviços

A PTA deixa bem claro o fluxo de atividades que os trabalhadores devem seguir, indicando os cuidados necessários para não haver erros de execução. É esse foco na descrição dos detalhes que evita os acidentes.

 

Instrui ações em casos emergenciais

As instruções em relação ao que deve ser feito em casos de acidentes e demais emergências são partes integrantes da PTA. Elas garantem que os trabalhadores saibam exatamente como proceder nesses casos.

 

O que contém na permissão de trabalho em altura?

O documento que identifica a Permissão de Trabalho em Altura contém os principais aspectos que devem observados nos trabalhos que precisam ser executados em condições que apresentam riscos, conforme comentamos a seguir.

 

Ações preliminares a serem feitas

Esse item descreve o que deve ser feito antes de iniciar o trabalho, regras gerais para conferir a capacitação do trabalhador, se houve a Análise Preliminar de Risco (APR), se os equipamentos de resgate e materiais de primeiros socorros estão acessíveis, entre outros pontos.

Além disso, o documento solicita conferências relacionadas ao trabalho em altura, no sentido de verificar se o trabalhador está atendendo aos seguintes requisitos de segurança:

·       ancoramento na linha de vida;

·       uso de EPI’s adequados, como mosquetão com dupla trava, cinto de segurança tipo paraquedista com travaquedas, talabarte em Y, capacete com jugular, mosquetão com dupla trava, entre outros;

·       existência de guarda-corpos;

·       escadas fixas e andaimes estáveis.

 

Informações complementares

São informações que ampliam os conhecimentos sobre a realização do trabalho, podendo variar conforme o tipo de serviço a ser executado. Desse modo, servem para complementar as ações preliminares e detalhar ações seguras.

 

Recomendações aos profissionais

Nesse tópico, são descritas recomendações gerais sobre o serviço, como:

·       a atividade precisa ser interrompida em casos de ventos fortes ou chuvas;

·       caso haja alterações comportamentais dos trabalhadores, a atividade deve ser interrompida;

·       medidas específicas de segurança precisam ser tomadas na proximidade de redes energizadas.

 

Para quem a PTA é destinada?

A PTA é destinada a todos os trabalhadores envolvidos em atividades que precisam ser executadas acima de 2 metros, medida que configura o trabalho em altura.

Portanto, qualquer trabalhador que realize trabalhos arriscados precisa obter esse tipo de permissão. Isso inclui desde a instalação de uma rede de energia no topo de um poste até a troca de uma lâmpada de shopping ou a instalação de ar-condicionado.

No entanto, é importante observar que o trabalhador tem o direito de recusar o trabalho em altura caso não se sinta confortável para atuar nessas condições. Nesse sentido, é essencial respeitar o limite do profissional a fim de garantir seu bem-estar e sua segurança no ambiente de trabalho.

 

Quem deve fazer a emissão?

Esse documento é geralmente emitido pelo coordenador ou supervisor da obra e deve ser aprovado pelo engenheiro de segurança da empresa. Mas vale ressaltar que ele é válido apenas por determinado período, sendo cancelado após a conclusão do trabalho ou no final do período estipulado.

Como vimos, a Permissão de Trabalho em Altura é um importante documento que visa prevenir acidentes e assegurar o bem-estar do trabalhador. A gestão precisa entender as questões burocráticas que envolvem sua emissão, de forma a garantir a saúde e a segurança dos colaboradores.

 

 



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ACIDENTE COM ESCADA NO AMBIENTE DE TRABALHO

 

 


 

Acidente com escada é uma situação que pode ocorrer em qualquer ambiente de trabalho, e provocar graves ferimentos no colaborador. O fato é que o trabalho em alturas exige muitos cuidados por parte da gestão, incluindo orientações e fiscalizações quanto ao manuseio e o uso consciente de materiais como escadas, entre outros.

Para ajudar nesse sentido, reunimos dicas valiosas que podem ser adotadas para evitar esse tipo de acidente. Confira!

 

Disponibilize a escada correta para os diferentes tipos de trabalho

É preciso considerar o material, bem como a dimensão e a estrutura das escadas disponíveis para o colaborador trabalhar com segurança. Assim, o material não deve ser condutor para trabalhos perto de fios energizados. O objetivo é evitar o risco de choque elétrico, que faz com que o trabalhador perca o equilíbrio e sofra uma queda de altura.

Os tipos de serviços a serem realizados devem servir de base para avaliação do peso máximo que a escada suporta, considerando o colaborador e o equipamento a ser utilizado. Se a escada for classificada como insuficiente, significa que o equipamento pode falhar estruturalmente para um determinado trabalho.

 

Ofereça os EPI’s necessários para trabalho em altura

O trabalho em altura exige o uso de equipamentos individuais e coletivos. Eles devem ser certificados, estar em bom estado e na validade. A falta ou o uso inadequado dos EPIs pode acarretar sérios riscos para o trabalhador.

Isso porque eles são indispensáveis para quem trabalha em altura, já que minimizam os riscos de acidentes, bem como a gravidade de eventuais quedas. Alguns exemplos de principais EPI’s são:

·       calçados antiderrapantes;

·       capacete;

·       cinturão de segurança com travaquedas retrátil;

·       luvas.

Embora todos esses equipamentos sejam de grande importância na prevenção de acidentes com escada, o cinturão de segurança com trava quedas retráteis tem uma relevância especial. Isso porque o uso deste EPI adequado é fundamental para garantir a retenção segura de uma eventual queda na utilização de escadas tanto escadas simples (tipo bi apoiada) como escada tipo plataforma. O gestor e/ou supervisor da atividade devem fiscalizar esse aspecto constantemente.

 

Conscientize os colaboradores

A falta de observação dos protocolos de segurança pode provocar graves acidentes, capazes de colocar a vida do colaborador em risco. Dessa forma, a conscientização dos colaboradores é fundamental, já que muitas vezes eles não estão cientes dos perigos a que podem estar expostos no desenvolvimento das atividades.

A propósito, a falta de treinamento regular sobre os riscos do trabalho em altura, é uma das principais causas dos acidentes. Por isso, é fundamental conscientizar os funcionários sobre o conhecimento técnico da função e do uso correto dos equipamentos a serem utilizados.

Nesse sentido, é importante observar que é uma obrigação da empresa promover programas de capacitação, com carga horária mínima de 8 horas, visando a conscientização sobre a prevenção de acidentes no trabalho.

 

Faça a manutenção periódica das escadas

O responsável pela segurança do trabalho precisa realizar inspeções com checklist antes da instalação e utilização da escada no ambiente de trabalho. Para isso, é importante verificar a presença de parafusos, travas, e demais componentes que possam ter se soltado, além de algum defeito que possa existir.

Ao encontrar defeitos, o profissional precisa sinalizar imediatamente a escada como defeituosa ou identificá-la com o aviso para “Não Usar” ou qualquer outro alerta semelhante, eliminando a probabilidade que outros trabalhadores possam usar.

É necessário também inspecionar a fixação da escada nos pisos inferior e superior ou verificar se há algum dispositivo que impeça o escorregamento no chão. Outra questão a ser observada, é que ela nunca deve ser instalada próximo de portas ou área de circulação, de aberturas e vãos e em locais onde exista um risco de queda de objetos ou materiais.

 

Conheça as principais Normas Regulamentadoras sobre o tema

Muitos dos cuidados a serem observados para evitar acidente com escada no ambiente de trabalho, dependem apenas do cumprimento das normas que estabelecem requisitos para a segurança no trabalho. Dessa forma, o gestor e o supervisor devem ficar atentos às regulamentações, pois ao infringir essas normas, a empresa estará colocando a vida dos trabalhadores em risco!

Os requisitos estabelecidos, que os trabalhadores dos setores da construção civil devem avaliar e seguir para utilizar escadas portáteis e de mão, estão previstos nas Normas Regulamentadoras (NR’s), como a NR 18 (Construção Civil) e NR 35 (Trabalho em Altura).

Nesse sentido, a NR 18, que estabelece diretrizes de administração, planejamento e organização relacionadas ao setor da construção civil, também determina as condições e o ambiente de trabalho adequado, de modo a evitar acidentes e garantir a segurança dos colaboradores que trabalham nas seguintes atividades:

·       demolição;

·       pintura;

·       reparo;

·       limpeza;

·       manutenção de edifícios;

·       manutenção de obras e urbanização.

Outra importante regulamentação é a Norma NR 35, que estabelece as principais medidas a serem observadas pelos funcionários para preservar a própria integridade física e garantir a segurança no trabalho em altura.

A NR 35 considera atividades em altura, os trabalhos executados acima de 2 metros. O não cumprimento dessa norma pode gerar multas e interdições. Dependendo do porte da empresa e da gravidade do acidente, a penalidade pode variar entre R$ 402,23 e R$ 6.078,09 (podendo ser dobrada em caso de reincidência).

Mas, além do empregador, o trabalhador precisa ficar atento, já que é ele quem está se arriscando. Nesse sentido, os colaboradores precisam:

·       comparecer aos treinamentos oferecidos pela empresa;

·       inspecionar o equipamento a ser utilizado, antes e após cada atividade;

·       guardar e conservar da forma correta cada EPI utilizado após seu uso;

·       utilizar o EPI da maneira correta durante qualquer atividade que apresente risco à segurança.

 

Todos esses cuidados são essenciais para garantir um ambiente de trabalho tranquilo e seguro.

Assim, ao adotar essas práticas, você estará em conformidade com a legislação, garantindo a segurança dos profissionais e evitando diversos problemas, como o acidente com escada.





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