quinta-feira, 3 de agosto de 2023

 




 

VOCÊ JÁ LEU O MANUAL DE SEGURANÇA DA SUA EMPRESA?

 



Quando realizamos avaliação de nível de maturidade, ou até mesmo revisando os PAE’s, PEI’s e PGR’s da vida, ficamos atônitos com as reações.

E não tem muita diferença de um colaborador até para o CEO.

Experimente perguntar: você conhece e já leu o manual/procedimento de segurança ou de emergência da sua organização?

Pergunte aos seus diretores ou melhor, a todos colaboradores da sua empresa.

Mas preste atenção quando perguntar!

Não é se somente passou os olhos, se leu o índice ou dizer que já ouviu falar.

É se leu e conhece MESMO!

Como se estivesse tentando aprender!

Já perdi a conta de quantas vezes na minha carreira eu tive a oportunidade de assumir um programa incipiente de segurança, um manual feito só para certificação ou para inglês ver.

Aquele manual em que todos seguiam, ou melhor, sabiam que existiam e nunca tinham prestado atenção ou não davam a mínima.

Este foi um dos choques de realidade das diferenças de cultura de segurança quando saí das indústrias químicas, óleo, gás e mineração e fui para construção civil.

Claro que teve exceção (uma empresa da construção civil pesada que tinha uma cultura de QSMS-RS e Sustentabilidade muito forte e com uma liderança por exemplo dos diretores).

Em algumas situações que enfrentei, o discurso dos gestores e o website eram lindos, bem escritos e até comoventes, mas na hora de seguir ou aplicar o manual, como acumulei desconforto e fui questionado rispidamente por somente seguir o que estava estabelecido.

E encontrei desafios em todas as vezes que tive de elaborar a revisão obrigatória do manual de segurança (isso quando conseguia). Era um desafio interessante!

Não só por ter que enfrentar o ego de quem elaborou ou de alguma consultoria que deve ter cobrado uma fortuna, mas também por significar uma evolução do manual/procedimento que requisitava discussões, participações em comitês de segurança e principalmente a participação de todos os departamentos (esse então quase impossível).

Mexer em algo que ninguém conhecia, mas tinha dono, nunca foi fácil.

Falar de segurança, todos falam, mas participar, entender e seguir é outra conversa.

Como se pode gerir um programa de segurança sem saber as condições especificas de segurança do local?

 

Mas por quê?

 

Porque alguns manuais/procedimentos foram elaborados por alguém que pensava que um manual de segurança deveria ser lido como um manual de normas técnicas – e que são inúmeras e muito bem elaboradas por sinal.

Eram meticulosamente, ponto por ponto, cópias das normas técnicas, convenientemente, fornecendo os tópicos para os colaboradores seguirem.

Eles não se concentravam nas perspectivas do local, como a cultura da região, das características do próprio segmento e das circunstâncias de onde se encontrava.

Centravam-se no conhecimento do autor das normas, ou melhor, a habilidade do autor para copiar os padrões que todos conhecem.

Ao elaborar o manual de segurança, deve se mencionar entre muitas outras peculiaridades, somente uma vez as normas em que se baseia e pronto.

 

Na primeira página de preferência onde a instrução é necessária, como:

 

“A finalidade deste manual é fornecer orientações de segurança para os funcionários da empresa XPTO e em conformidade com as normas XXXXXXXX. ”

 

Um manual de segurança não é um boletim técnico, é uma ferramenta para instruir seus colaboradores nas políticas de segurança da empresa.

Os funcionários não precisam ser especialistas nas normas, que é trabalho do profissional de segurança.

Eles precisam saber como fazer seus trabalhos com segurança.

E não ficar tentando decifrar um manual de segurança incompreensível.

Se o seu manual de segurança fica em uma prateleira, intocado e sem uso, melhor começar a repensar e enxergar com outros olhos.

Seja honesto com você mesmo, faça uma análise crítica e questione: “meu manual /procedimento segurança ou de emergência é legível? ”

Agora uma dica: aos que mais bradam que a segurança é superimportante e estão sempre criticando o departamento de QSMS-RS e Sustentabilidade, não custa perguntar: você já leu o manual/procedimento de segurança ou de emergência da empresa que você trabalha?

 

 

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HIGIENE OCUPACIONAL

 



Estratégias de Avaliação

Avaliação é o conjunto de ações necessárias para se realizar uma caracterização mais completa e representativa possível de um determinado ambiente ou exposição ocupacional.

 



Uma estratégia de avaliação compreende as seguintes definições:

 

a) Do objetivo da avaliação

É importante a definição do que vai ser avaliado, se é a exposição do trabalhador, a operação, uma função específica ou a verificação da eficiência de algum sistema de proteção coletiva (exaustão, ventilação), pois são básicos para a definição dos métodos de amostragem, que podem ser individuais ou fixos (coletivos).

 



b) Dos métodos de amostragem (medição ou coleta)

Baseados em normas nacionais (NBR, NR, NHO) e internacionais (OSHA, NIOSH, ACGIH), de modo a se compararem resultados obtidos com resultados de estudos científicos, que indicam valores máximos aceitáveis para determinada exposição ocupacional.

 

c) Do tempo de amostragem –

Deve cobrir um ciclo de trabalho (características e variações sobre duração e condições de exposição, tarefas desempenhadas, tempo de permanência no local contaminado, pausas
e movimentos efetuados), isto é necessário para que a amostragem seja representativa da exposição (baseado em normas ou estudos qualitativos da exposição).

Pode englobar amostragens instantâneas, de minutos, de horas, de turnos e, até mesmo, de vários turnos em dias alternados.

 

d) Dos períodos para realização das coletas/medições –

A amostragem deve ser realizada em condições normais de trabalho, em períodos de
efetiva realização das atividades a serem avaliadas, considerando suas especificidades.

e) Do número mínimo de amostragens –

A quantidade de amostragens deve permitir um estudo que possibilite a representatividade da exposição, pois podem estar presentes flutuações na concentração ou intensidade dos agentes, devido a modificações ambientais, e ainda, flutuações no ritmo do processo industrial e atividades.

 

f) Dos grupos homogêneos de exposição –

Quando possível, para grupos de trabalhadores que exerçam atividades a condições semelhantes de exposição, pode-se realizar uma avaliação característica para esse grupo.

Na avaliação da exposição dos trabalhadores aos agentes presentes no ambiente de trabalho, considerando-se normas amparadas por estudos científicos, realiza-se uma exposição estimada, que é uma aproximação da exposição real baseada em uma amostragem no tempo e no espaço a qual, se considera, representativa da exposição.

É importante ressaltar que a exposição real a que o trabalhador está submetido, somente poderia ser conhecida através da medição, de forma instantânea e contínua, durante toda sua vida laboral, dentro e fora do ambiente de trabalho, o que é inviável tanto técnica como economicamente.

O profissional responsável pela avaliação da exposição deve estabelecer uma estratégia de amostragem que contorne as dificuldades até aqui apontadas.





Deve-se coletar as amostras de forma tal que se consiga, além da representatividade da exposição do trabalhador, um número de amostras com duração, frequência e condições de coleta estatisticamente aceitáveis.

 

DENUNCIAR ESTE ANÚNCIO

 

Neste ponto há necessidade de um bom conhecimento técnico em higiene ocupacional e, sobretudo, bom senso para ponderar e utilizar uma estratégia adequada, compatível com o que é tecnicamente necessário e o praticamente realizável.

 

FONTE: Apostila Curso (Técnico de Segurança do Trabalho) Rede e-Tec Brasil.

 

 



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