VOCÊ
JÁ LEU O MANUAL DE SEGURANÇA DA SUA EMPRESA?
Quando realizamos avaliação de nível de maturidade, ou
até mesmo revisando os PAE’s, PEI’s e PGR’s da vida, ficamos atônitos com as
reações.
E não tem muita diferença de um colaborador até para o
CEO.
Experimente perguntar: você conhece e já leu o
manual/procedimento de segurança ou de emergência da sua organização?
Pergunte aos seus diretores ou melhor, a todos
colaboradores da sua empresa.
Mas preste atenção quando perguntar!
Não é se somente passou os olhos, se leu o índice ou
dizer que já ouviu falar.
É se leu e conhece MESMO!
Como se estivesse tentando aprender!
Já perdi a conta de quantas vezes na minha carreira eu
tive a oportunidade de assumir um programa incipiente de segurança, um manual
feito só para certificação ou para inglês ver.
Aquele manual em que todos seguiam, ou melhor, sabiam
que existiam e nunca tinham prestado atenção ou não davam a mínima.
Este foi um dos choques de realidade das diferenças de
cultura de segurança quando saí das indústrias químicas, óleo, gás e mineração
e fui para construção civil.
Claro que teve exceção (uma empresa da construção
civil pesada que tinha uma cultura de QSMS-RS e Sustentabilidade muito forte e
com uma liderança por exemplo dos diretores).
Em algumas situações que enfrentei, o discurso dos
gestores e o website eram lindos, bem escritos e até comoventes, mas na hora de
seguir ou aplicar o manual, como acumulei desconforto e fui questionado
rispidamente por somente seguir o que estava estabelecido.
E encontrei desafios em todas as vezes que tive de
elaborar a revisão obrigatória do manual de segurança (isso quando conseguia).
Era um desafio interessante!
Não só por ter que enfrentar o ego de quem elaborou ou
de alguma consultoria que deve ter cobrado uma fortuna, mas também por
significar uma evolução do manual/procedimento que requisitava discussões,
participações em comitês de segurança e principalmente a participação de todos
os departamentos (esse então quase impossível).
Mexer em algo que ninguém conhecia, mas tinha dono,
nunca foi fácil.
Falar de segurança, todos falam, mas participar,
entender e seguir é outra conversa.
Como se pode gerir um programa de segurança sem saber
as condições especificas de segurança do local?
Mas
por quê?
Porque alguns manuais/procedimentos foram elaborados
por alguém que pensava que um manual de segurança deveria ser lido como um
manual de normas técnicas – e que são inúmeras e muito bem elaboradas por
sinal.
Eram meticulosamente, ponto por ponto, cópias das
normas técnicas, convenientemente, fornecendo os tópicos para os colaboradores
seguirem.
Eles não se concentravam nas perspectivas do local,
como a cultura da região, das características do próprio segmento e das circunstâncias
de onde se encontrava.
Centravam-se no conhecimento do autor das normas, ou
melhor, a habilidade do autor para copiar os padrões que todos conhecem.
Ao elaborar o manual de segurança, deve se mencionar
entre muitas outras peculiaridades, somente uma vez as normas em que se baseia
e pronto.
Na
primeira página de preferência onde a instrução é necessária, como:
“A
finalidade deste manual é fornecer orientações de segurança para os
funcionários da empresa XPTO e em conformidade com as normas XXXXXXXX. ”
Um manual de segurança não é um boletim técnico, é uma
ferramenta para instruir seus colaboradores nas políticas de segurança da
empresa.
Os funcionários não precisam ser especialistas nas
normas, que é trabalho do profissional de segurança.
Eles precisam saber como fazer seus trabalhos com
segurança.
E não ficar tentando decifrar um manual de segurança
incompreensível.
Se o seu manual de segurança fica em uma prateleira,
intocado e sem uso, melhor começar a repensar e enxergar com outros olhos.
Seja honesto com você mesmo, faça uma análise crítica
e questione: “meu manual /procedimento segurança ou de emergência é legível? ”
Agora uma dica: aos que mais bradam que a segurança é
superimportante e estão sempre criticando o departamento de QSMS-RS e
Sustentabilidade, não custa perguntar: você já leu o manual/procedimento de
segurança ou de emergência da empresa que você trabalha?
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