domingo, 7 de agosto de 2022

 



 

 

 

RISCOS BIOLÓGICOS:

COMO IDENTIFICAR E PREVENI-LOS?

 



Os profissionais de segurança do trabalho precisam conhecer os riscos biológicos para desenvolver estratégias efetivas de prevenção. No passado, o tema era mais ligado a atividades específicas, como os serviços de saúde, laboratório e coleta de lixo, mas hoje se tornou uma preocupação de qualquer empresa.

Com a pandemia da Covid-19, fábricas, comércios, prestadoras de serviços e demais negócios têm uma série de novas regras para cumprir. Por isso, evitar a transmissão de doenças se tornou uma prioridade, e os profissionais de segurança do trabalho devem ter atenção.

Para entender o que são os riscos biológicos e receber dicas de como controlar esses agentes, continue a leitura. Esclarecemos as principais dúvidas a seguir!

 

O que são riscos biológicos?

 

Os riscos biológicos são a probabilidade de exposição a vírus e seres vivos microscópicos, que, em contato com outros organismos, podem causar doenças. Hospitais, necrotérios, laboratórios e coleta de lixo urbano são alguns exemplos de onde há probabilidade de exposição a esses agentes.

Por serem mais específicos que os riscos químicos e físicos, nem sempre os riscos biológicos estavam no radar das empresas. Porém, com a Covid-19, não só as organizações passaram a se preocupar com o tema, como o poder público realiza uma fiscalização mais intensa das medidas de saúde e segurança.

 

Qual a sua diferença para os riscos químicos?

 

Um ponto importante é não confundir os riscos biológicos e químicos. Conforme a NR-9, os riscos químicos são “substâncias, compostos ou produtos”, como “poeiras, fumos, névoas, neblinas, gases ou vapores”. Logo, não abrangem microrganismos vivos e vírus.

Ao lado desses, temos os riscos físicos, que são as formas de energia, como “ruído, vibrações, pressões anormais, temperaturas extremas, radiações ionizantes, radiações não ionizantes”.

 

Quais são os tipos de risco biológico?

 

Os tipos de risco biológico incluem praticamente todos os seres microscópicos que podem causar doenças. A NR-9 cita como exemplo “bactérias, fungos, bacilos, parasitas, protozoários e vírus”.

Já a NR-32 inclui a cultura de células, toxinas e príons. As culturas seriam células isoladas nos laboratórios; as toxinas são substâncias liberadas por microrganismos, como a causadora do tétano. Por fim, os príons são partículas de proteínas anormais e infecciosas, que podem causar doenças raras ligadas ao sistema nervoso.

 

De que forma eles podem afetar os colaboradores?

 

A transmissão dos agentes biológicos pode ser direta ou indireta. Na primeira, o contágio acontece sem nenhum veículo intermediário, como a transmissão pelo ar ou por gotículas expelidas pela boca. Na segunda, há um vetor, como água, alimento e superfícies.

 

Como devem ser evitados?

 

Os cuidados com os agentes biológicos seguem justamente essas duas linhas. É preciso adotar medidas preventivas, tanto no contato direto como nos possíveis veículos de transmissão e contágio. Confira quais são elas a seguir:

 

Defina as normas de segurança

 

A prevenção passa por adotar protocolos com base na legislação e procedimentos de segurança. Aliás, eles não estão restritos às situações em que existe o trabalho insalubre. Por exemplo, uma empresa que nada tem a ver com manuseio de agentes biológicos pode ter um refeitório e adotar normas sobre a higiene com os alimentos.

 

Adote os equipamentos de proteção individual (EPI’s)

 

Os EPI’s são outra medida indispensável. Aqui, a empresa está obrigada a fornecer e fiscalizar os equipamentos, devendo promover medidas para que os colaboradores sigam as normas, como treinamentos, Diálogos Diários de Segurança - DDS) e punição por infrações.

 

Ofereça treinamentos

 

Nesse contexto, as medidas de educação merecem destaque. As qualificações têm o objetivo de preparar e conscientizar os colaboradores, especialmente sobre os riscos de comportamentos inseguros e protocolos de higiene ocupacional, saúde e segurança.

 

Monitore de perto

 

A empresa também deve ter meios para gerir os riscos ocupacionais, monitorando os agentes biológicos e vetores de transmissão. Não à toa, a maturidade dos processos depende da tecnologia de segurança do trabalho, que traz os recursos para acompanhar os riscos e medidas preventivas de perto.

 

Como são as bonificações por tempo de exposição?

 

Um último ponto são os cuidados com a legislação sobre insalubridade, uma vez que os riscos biológicos geram direito ao adicional. No anexo XIV da NR-15, vemos que a exposição pode ser de grau máximo ou médio.

Grau máximo: concede o adicional de 40%. O direito está ligado ao manuseio ou contato com os microorganismos presentes no trabalho relacionado a pacientes com doenças infecto-contagiosas, lixo urbano e esgotos, entre outros.

Grau médio: concede o adicional de 20%. Nesse caso, a atividade do trabalhador não diz respeito ao manuseio ou contato direto com causadores de doenças infectocontagiosas, mas há o risco. É o caso de laboratórios biomédicos, cemitérios, resíduos de animais deteriorados, atendimento ao paciente em hospitais e serviços de saúde, entre outros.

Nos riscos biológicos, o tempo de exposição não afeta o recebimento dos adicionais e a aposentadoria especial, bastando o trabalho em contato permanente. A empresa deve ficar atenta à documentação sobre as condições dos profissionais, como laudo técnico e PPP.

O ideal é sempre monitorar os ambientes de trabalho e implementar medidas preventivas. Ao agir antes de ter problemas, você protege a saúde dos colaboradores, eliminando consequências negativas à imagem da empresa, bem como resultados financeiros indesejados, como multas e indenizações. Por isso, é importante investir em tecnologia para ter visibilidade, acompanhar e controlar os ambientes de trabalho.

 

 




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LIMITE DE EXPOSIÇÃO OCUPACIONAL (LEO):

O QUE É E QUAIS OS TIPOS?

 




 

Quando se trata de normas de medicina e segurança do trabalho, um conceito fundamental é o Limite de Exposição Ocupacional (LEO). Ele deve ser observado na adoção de medidas pela empresa, mas ainda gera muitas dúvidas.

Em grande parte, ele é resultado dos estudos sobre doenças ocupacionais, que ajudaram a estabelecer parâmetros sobre os riscos existentes e os limites que precisam ser observados para assegurar a saúde e integridade dos colaboradores.

Se você quer aprender mais sobre o assunto, continue a leitura e entenda o que é o Limite de Exposição Ocupacional (LEO) e seus tipos!

 

O que é Limite de Exposição Ocupacional (LEO)?

 

O LEO se refere aos valores padrões, definidos por uma regulamentação específica, que determina os níveis de exposição a agentes nocivos que não seriam suficientes para prejudicar a saúde. Assim, é importante que as empresas observem o limite para garantir a proteção dos trabalhadores. 

 

Para entendê-los, existem duas normas fundamentais:

 

Ø Norma Regulamentadora 15 (NR-15), que detalha os limites em seus anexos;

Ø O texto da American Conference of Governmental Industrial Hygienists (ACGIH): utilizada como base para a NR-15, é atualizada anualmente e deve ser usada diante de omissões.

 

Relação com higiene ocupacional

 

A higiene ocupacional atua na prevenção, reconhecimento, avaliação e controle de riscos do ambiente de trabalho que tenham o potencial de causar doenças. No momento em que as ameaças são avaliadas, o conceito de LEO se torna essencial.

 

Isso porque, além de identificar os riscos existentes, é necessário verificar os níveis em que eles se apresentam. A partir disso, será possível determinar medidas de segurança e proteção visando reduzir os impactos dos agentes prejudiciais à saúde dos colaboradores.

 

Quais são os tipos de Limite de Exposição Ocupacional?

 

Ao tratar dos limites de exposição ocupacional, é essencial entender que ele pode ser de diferentes tipos.

Veja só:

 

Ø Média Ponderada no Tempo: usado para definir os limites em relação aos trabalhadores que se expõem de maneira contínua aos riscos;

Ø Teto: trata de um limite que não deve ser atingido em nenhum momento da jornada;

Ø STEL: traz um limite de curta duração para prevenção de efeitos agudos que a exposição prolongada poderia trazer;

Ø Valor máximo e pico: trata da multiplicação do limite de tolerância por um fator de desvio previsto na NR-15, ajudando a identificar as exposições máximas;

Ø Limites de superfície: se refere aos casos em que há substâncias prejudiciais nas superfícies de trabalho e que podem ser absorvidas pela pele.

 

Em complemento, quando não há dados suficientes no LEO, é possível recorrer ao Occupational Exposure Banding - OEB, ou faixa de exposição ocupacional. Nesse caso, há maior aplicação quando há relação com produtos químicos, possibilitando um melhor controle na ausência de regras específicas.

 

Quais cuidados adotar em relação aos dados referentes ao LEO?

 

Após aprender o que é Limite de Exposição Ocupacional, é possível perceber sua importância no dia a dia da empresa. Portanto, é preciso adotar algumas medidas para garantir a aplicação das determinações legais e proteger a saúde dos funcionários. Conheça as principais:

 

Ø Faça o mapeamento de riscos no ambiente de trabalho;

Ø Identifique os tipos de limites que devem ser observados na sua empresa;

Ø Tenha suporte de uma empresa especializada para realizar as análises;

Ø Elabore os documentos necessários com base nos dados coletados;

Ø Faça atualizações frequentes na documentação;

Ø Adote medidas para reduzir os níveis de exposição ou eliminar riscos.

 

Para facilitar a gestão de riscos, também vale a pena contar com uma solução especializada, que conta com um módulo de avaliação de riscos quantitativa e qualitativa que soluciona esse tipo de necessidade de maneira rápida, segura e eficaz. Nossa plataforma de gestão em nuvem é focada em segurança do trabalho, atendendo a todos os requisitos da legislação específica para que sua empresa tenha mais praticidade ao implementar as medidas necessárias.

 

 

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