sexta-feira, 30 de agosto de 2024

 





 

COMO É DEFINIDO UM LIMITE (TLV) DA ACGIH?

 

 


 

Definir um Limite de Tolerância (TLV) não é uma tarefa trivial. Não há fórmulas mágicas ou tabelas prontas que possam ser diretamente aplicadas para estabelecer esses parâmetros essenciais à segurança e à saúde no trabalho. É um processo que transcende a simples análise numérica, exigindo uma compreensão profunda dos efeitos dos agentes físicos, químicos e biológicos sobre o corpo humano. Por esta razão, a Conferência Americana de Higienistas Industriais Governamentais (ACGIH) reúne um comitê diversificado, composto por profissionais e cientistas das mais variadas áreas. Este comitê tem a missão de definir limites para uma ampla gama de riscos ocupacionais, com o objetivo último de proteger os trabalhadores.  

 

Primeiros passos para a definição de um TLV 

Quando um agente químico ou qualquer substância está sendo investigada, seja porque está sendo estudado pela primeira vez ou porque estão atualizando informações importantes sobre ele, entra na lista de ‘Em Estudo’ de um comitê especial. Esse comitê olha para várias coisas antes de decidir estudar algo: quão comum é, como é usado, quantas pessoas entram em contato com ele, o que a ciência já sabe, se já temos diretrizes de segurança ou não, há quanto tempo essas diretrizes existem e o que o público pensa ou sugere. Essa lista ‘Em Estudo’ é basicamente um convite aberto para que qualquer um que tenha informações relevantes – estudos, dados, opiniões – compartilhe com o comitê. Mas tem um porém: essas informações precisam ser bem fundamentadas, com estudos sérios por trás, e se forem dados ainda não publicados, o dono desses dados precisa dar um ok por escrito para que possam ser usados. Tudo isso ajuda o comitê a focar nas questões de saúde e segurança, sem se preocupar com custos ou questões técnicas. 

 

Desenvolvimento da documentação para TLV’s e BEI’s  

O time por trás da lista de ‘Em Estudo’ começa seu trabalho mergulhando em pesquisas científicas e estudos que ainda não foram compartilhados com o público. Eles estão em busca de informações preliminares para ajudar a definir ou atualizar os limites seguros de exposição a substâncias químicas. Eles dão uma olhada cuidadosa nos estudos que mostram os efeitos de ser exposto a estas substâncias, prestando atenção especial àqueles que indicam até que ponto alguém pode ser exposto sem sofrer danos sérios, e se esses efeitos são reversíveis. E, sempre que possível, eles preferem usar dados obtidos de experiências com humanos.   

Depois de reunir todas essas informações, eles preparam um documento inicial com suas recomendações para os TLVs (Limites de Exposição Permitidos) ou BEI’s (Indicadores Biológicos de Exposição). Este documento e as recomendações passam por muitas revisões pelo comitê, que pode mudar bastante coisa antes de decidirem que estão prontos. Todo esse processo acontece internamente, e eles não compartilham suas descobertas com o público até que estejam prontos para anunciar oficialmente mudanças propostas, mantendo os autores anônimos até lá. 

 

Publicação e Convite à Contribuição  

Depois que o comitê dá o sinal verde, a ACGIH leva adiante as recomendações e os valores sugeridos para os limites de exposição (TLVs) ou indicadores biológicos (BEIs) até a diretoria. Lá, essas sugestões podem ser oficialmente aceitas como propostas para mudança ou para novas regras. Uma vez aprovadas, elas são publicadas na internet para que todo mundo possa ver e dar sua opinião. Essa etapa é super importante porque permite que membros da ACGIH e outros especialistas na área revisem e comentem sobre as propostas, trazendo novas informações ou pontos de vista que talvez não tenham sido considerados antes. Se aparecerem novas evidências importantes, o comitê pode até revisitar e ajustar as propostas antes que elas sejam confirmadas de novo pela diretoria. 

 

Conclusão e publicação de TLV’s e BEI’s 

Se, depois de todo o processo de revisão e consulta pública, o comitê não encontrar nenhum novo dado que faça mudar de ideia sobre as suas recomendações para um limite de exposição (TLV) ou indicador biológico (BEI) — ou qualquer observação importante que estivesse em debate —, eles podem seguir em frente e sugerir que a diretoria da ACGIH oficialize essa recomendação. Uma vez que o comitê concorda e a diretoria dá o seu ok, esse TLV ou BEI é adicionado ao livro anual da ACGIH, que reúne todos esses limites e indicadores. Além disso, toda a documentação detalhada sobre eles é preparada para ser publicada tanto em formato impresso quanto disponibilizada na internet. 

 

 



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EMPRESÁRIOS DE SST TRABALHAM COM INTELIGÊNCIA, NÃO COM MAIS HORAS

 



Uma dor muito comum entre os empresários de segurança do trabalho é a sensação de que o dia não é produtivo o suficiente devido à quantidade de tarefas a serem realizadas, levando à impressão de que seria necessário um dia com mais de 24 horas para atender a todas as demandas. Ser dono de uma empresa, especialmente no setor de SST, exige paixão pelo trabalho, coragem e resiliência. Contudo, essa dedicação não precisa se traduzir em jornadas de trabalho exaustivas de 12, 13 ou mais horas diárias.  

 

Mas eu preciso trabalhar mais que 12 horas 

Muitos empresários acreditam que, sem jornadas extenuantes, suas empresas não prosperariam. Essa percepção é comum, especialmente nos estágios iniciais, quando a empresa, muitas vezes opera com uma equipe mínima e o empresário enfrenta um acúmulo de funções. À medida que a empresa cresce, aumentando para cinco a 15 colaboradores em seus primeiros anos, a carga de trabalho parece triplicar, apesar do aumento no número de clientes e funcionários. Isso geralmente se deve à falta de organização e à dificuldade em delegar tarefas. 

  

Quando a consultoria se estabiliza, com mais de 10-20 colaboradores e uma presença consolidada no mercado, o foco deveria se voltar para a formação de lideranças e a delegação efetiva. Entretanto, a ausência dessa “passagem de bastão” resulta em jornadas de trabalho de até 14 horas diárias, divididas entre operações, vendas e atendimento ao cliente. Isso leva à exaustão e à sensação de que, apesar de todo o esforço, o empresário trabalha mais do que sua equipe, comprometendo finais de semana, férias e até mesmo a saúde e bem-estar. 

 

Como trabalhar menos do que 12 horas? 

A solução para reduzir as horas de trabalho está na organização.

 

Veja como aplicá-la efetivamente: 

Agenda: Utilize ferramentas como o Google Calendar para dividir seu dia em blocos específicos para atividades comerciais, de atendimento e operacionais. Estabeleça horários definidos para cada tarefa, incluindo um intervalo para o almoço. Esse descanso é vital para renovar suas energias.  

Contratações: À medida que sua base de clientes cresce, sua equipe também deve expandir. Priorize contratações que resolvam os principais gargalos da empresa, considerando parcerias, terceirização ou o uso de freelancers para funções específicas. O maior erro é contratar pessoas sem as habilidades necessárias para substituir o empresário ao invés de sobrecarregar ainda mais.  

Organize as demandas de atendimento: Delegue o atendimento ao cliente a membros da equipe após um período de acompanhamento conjunto. Isso libera seu tempo enquanto mantém a qualidade do serviço.  

Reuniões Chaves: Realize apenas reuniões essenciais. Opte por encontros diários breves para revisar atividades e planejar o dia seguinte; reuniões semanais para avaliar a semana e planejar a próxima; e reuniões de alinhamento de desempenho para que a equipe apresente resultados concretos. 

 

Em conclusão, trabalhar menos horas e com mais inteligência não é apenas o ideal, mas uma prática possível para empresários de SST. Implementando uma gestão eficaz da agenda, fazendo contratações estratégicas e delegando responsabilidades, é possível otimizar a produtividade e alcançar um equilíbrio saudável entre vida profissional e pessoal. Lembre-se: o sucesso de sua empresa não se mede pelas horas trabalhadas, mas pela qualidade e eficiência com que essas horas são utilizadas. 





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