quarta-feira, 24 de agosto de 2022

 




 

OS 3 PRINCIPAIS ERROS COMETIDOS NA GESTÃO DE RISCOS

 



Os 3 principais erros cometidos da Gestão de Riscos estão na maneira de dificultar a identificação dos riscos, no processo de não registrar os fatores de risco e não considerar os eventos de alto potencial. Esclarecemos um a um, logo abaixo.

O risco é parte integrante e indissociável do processo de tomada de decisão em qualquer empresa. Tomar decisão incorporando o risco não é uma tarefa fácil. Significa que para gerir uma empresa é fundamental a abordagem da gestão de riscos em todas as dimensões: risco ocupacional, risco ambiental, risco tributário, risco político, risco social, risco de reputação, risco legal, dentre outros. Ao não se considerar o risco nas decisões pode ser que os resultados não sejam o esperado e que tenhamos desperdiçado recursos preciosos.

Claro que cada empresa possui uma realidade diferente, no entanto, os principais erros são comuns a todas elas no que se refere à gestão do risco!

 

Dificultar a identificação dos riscos

 

O Sistema Toyota de Produção é um sistema que foi criado com foco na produção de qualidade. Porém, é também um excelente exemplo para utilizarmos na gestão de riscos. Isso porque cada trabalhador individual em maior ou menor grau tem liberdade de tomar decisões, nem que seja reconhecer e identificar a possibilidade de algo dar errado.

 



É preciso facilitar a identificação de riscos para que os trabalhadores possam fazer parte dessa gestão e, desta forma, eles adquirem experiência e ficam mais envolvidos nas melhorias.

No sistema, há um cordão pendurado no teto ou mesmo um botão na estação de todos os trabalhadores. Logo, quando alguém puxa o cordão ou aperta esse botão, significa que o colaborador identificou um problema e que ele não poderá fazer mais nada até que o mesmo seja resolvido, o que não deixa de ser uma decisão. Em nosso cenário, a ideia funcionaria com um supervisor indo até o trabalhador para que o problema possa ser considerado e para que uma decisão imediata seja tomada.
A verdade é que a Toyota não se importa que o trabalhador “puxe a acorda” caso problema possa gerar uma consequência eminente ou não. Mesmo a incerteza deve ser identificada, compreendida e resolvida. Afinal, só o fato de termos um trabalhador preocupado com a qualidade do seu trabalho e às vezes a sua segurança e a de seus colegas já indica que o risco foi parte do processo decisório.

Onde queremos chegar com isso tudo? À simplicidade. É preciso facilitar a identificação de riscos para que os trabalhadores possam fazer parte dessa gestão e, desta forma, eles adquirem experiência e ficam mais envolvidos nas melhorias. Essa atividade está diretamente relacionada à liderança da organização e o ideal é que esteja aliada a coleta de dados e informações que possam ser transformados em conhecimento para alimentar o processo decisório utilizando as técnicas de gestão de riscos.

 

Não realizar o registro dos fatores de risco

 

Pode parecer óbvio, mas é mais comum do que se imagina o fato de que as pessoas dão pouca atenção ao registro sistêmico dos fatores de riscos como etapa complementar da identificação dos mesmos.

O registro permite compartilhar os dados e as informações além de possibilitar o tratamento dos mesmos através de meios específicos, técnicas de análise de modo a se identificar causas, consequências potenciais, tendências e fundamentalmente permitir a proposição de ações de mitigação. Além disso, o registro tanto dos dados e informações quanto das análises dão visibilidade ao processo de gestão do risco e de seus resultados.

 

Não considerar os eventos de alto potencial

 

Não é incomum se dar ênfase na coleta, registro e tratamento de dados apenas para aquelas situações que geraram perdas ou consequências significativas em detrimento dos eventos que não tiveram consequências reais mensuráveis, mas que tinham potencial para causar danos relevantes.

Pode ser uma tarefa árdua registrar todos os eventos para depois classifica-los de acordo com sua consequência potencial ao invés de apenas de acordo com sua consequência real. Mas a contrapartida obtida pelo tratamento das ações potencialmente perigosas justifica o investimento de tempo e energia.

Neste aspecto, podemos classificar a gestão de risco em pelo menos duas categorias: gestão de riscos reativa, concentrada em eventos que geraram perdas mensuráveis e significativas e gestão de riscos preventiva, que aborda os eventos que tenham potencial de gerar perdas independente das consequências reais observadas. Neste caso, o aprendizado é mais atrativo pois não se paga o valor da perda para se aprender com os fatos.

 


Certamente que completa este ciclo a gestão de riscos proativa que significa antecipação à ocorrência de eventos indesejados, mapeando as condições perigosas, avaliando suas consequências potenciais e promovendo ações mitigadoras com foco em reduzir a probabilidade de ocorrência de um evento indesejado ou mesmo reduzindo a sua consequência potencial caso ele ocorra.

Certamente que para construir toda esta estrutura de gestão de riscos há de se pensar em uso de ferramentas apropriadas e um sistema ágil, acessível e capaz de processar os dados e fornecer informações gerenciais que alimentem e orientem o processo decisório.

 



Autor: Reginaldo Pedreira Lapa
Engenheiro de Minas e de Segurança do Trabalho




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OS COMPORTAMENTOS DE RISCO NO AMBIENTE DE TRABALHO.

 


Os comportamentos de risco no trabalho podem ser associados à falta de percepção do risco ou ainda ao fato de os colaboradores não terem se adaptado a situações de riscos mais comuns – além, é claro, quando há ausência de medidas de controle eficientes para proteção e prevenção de acidentes.

É sempre importante dizer que grande parte dos acidentes de trabalho ocorre devido ao fator humano. Ou seja, é o erro humano que coloca em risco a segurança e saúde dos colaboradores em um ambiente de trabalho – mesmo quando nos referimos à responsabilidade da gestão em si. Os comportamentos de risco no trabalho são um exemplo disso, pois tratam-se atitudes que podem causar acidentes graves, seja por falta de atenção ou de conhecimentos necessários para as atividades.

 

O que são comportamentos de risco no trabalho?

 

Comportamento de risco são ações e atitudes cotidianas de cada indivíduo em situações específicas. Isso significa que o comportamento de risco é individual, varia de pessoa para pessoa e depende dos atos de cada um. Neste caso, cabe ao Técnico em Segurança do Trabalho, a CIPA e a outros profissionais responsáveis pela segurança e gestão da empresa fazer a identificação e conscientização das equipes sobre os perigos e riscos decorrentes de certos comportamentos. Leia mais sobre a CIPA em nosso artigo: O que é e para que serve a CIPA?

 

Quais são os comportamentos de risco mais comuns?

 

Em cada área de uma empresa existem comportamentos de risco que são mais comuns que em outras. Alguns podem ser até mais fáceis de identificar, no entanto, outros às vezes passam despercebidos aos olhos dos responsáveis pela segurança e dos gestores.

 

A seguir você confere os comportamentos de riscos mais comuns no trabalho!

 

·       Falta de atenção e ritmo acelerado de trabalho:

 

A incessante busca por produtividade e cumprimento de metas acaba gerando comportamentos de risco no trabalho que afetam a saúde física e mental dos empregados. Além disso, tal desatenção e ritmo frenético podem diminuir a qualidade do produto ou serviço.

 

·       Pleno sentimento de segurança:

 

É claro que se sentir seguro no ambiente de trabalho é fundamental, principalmente para que os colaboradores trabalhem mais confiantes e felizes. No entanto, essa sensação de segurança não pode fazer com que eles subestimem as normas e procedimentos de segurança e, assim, criem diversos cenários de riscos. O mesmo vale para excesso de confiança em relação ao conhecimento e uso de ferramentas e equipamentos.

 

·       Utilização de ferramentas ou materiais antigos ou defeituosos:

 

Cabe à empresa oferecer sempre os materiais adequados e funcionais para a realização das atividades. O uso de ferramentas antigas ou com defeito são exemplos que, além de prejudicar a execução do trabalho, podem colocar em risco tanto os funcionários quanto a empresa.

 



É essencial que os gestores tenham certeza de que o funcionário está apto para desempenhar a tarefa corretamente.

 

·       Operação de máquinas e equipamentos sem capacitação:

 

Antes de efetivar qualquer funcionário, é essencial que os gestores tenham certeza de que o mesmo está apto para desempenhar a tarefa corretamente. A empresa que oferece cursos e treinamentos específicos está sempre um passo à frente na hora de se precaver contra acidentes de trabalho.

 

·       Brincadeiras impertinentes no local de trabalho:

 

Todas as brincadeiras têm um limite. Às vezes, elas servem para deixar o ambiente de trabalho mais sociável e amigável. Porém, a segurança vem em primeiro lugar e é preciso saber lidar para que essas brincadeiras não se tornem um problema de comportamentos de risco.

 

·       Não usar os Equipamentos de Proteção adequados (EPI’s ou EPC’s):

 

Muitos funcionários se sentem confiantes o suficiente para realizar tarefas sem os Equipamentos de Proteção Individual ou Coletivo recomendados, colocando a própria vida em risco e também a estrutura, imagem e reputação da empresa. Os responsáveis pela segurança devem supervisionar e garantir que os funcionários façam o uso correto dos EPIs e EPC’s, pois não o fazer significa estar cometendo um erro humano.

 

Quais as soluções para os gestores adotarem?

 

Para conseguir evitar os comportamentos de risco dos funcionários que podem comprometer toda a gestão de segurança de uma empresa, é fundamental possuir políticas de segurança desenvolvidas dentro da própria organização. Deve haver orientação, supervisão e atenção contínua em relação às atividades e aos trabalhadores. 

A grande maioria dos acidentes pode ser evitada por meio de medidas de proteção e prevenção, logo, cabe aos profissionais da área e aos gestores identificarem os comportamentos de risco e reeducarem os trabalhadores para que possam cuidar de sua segurança e a dos colegas.

 



Autor: Reginaldo Pedreira Lapa
Engenheiro de Minas e de Segurança do Trabalho

 

 

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