quinta-feira, 6 de maio de 2021

 


A ERGONOMIA NA CONSTRUÇÃO CIVIL

 

A ergonomia tem como objetivo adaptar as tarefas e o meio ambiente de trabalho para preservar a saúde e a segurança do trabalhador.

 

Mas, afinal, por que a ergonomia é tão importante na construção civil?

 

Para o trabalhador, a importância é evidente e direta. O trabalho em situação ergonômica adequada preserva sua saúde e evita problemas que poderiam comprometer toda a sua qualidade de vida.

 


E para a construtora, quais os benefícios de investir em ergonomia na construção civil?

 

Primeiro, pensar no funcionário não apenas como um número, mas como um ser humano melhora a sua relação com o colaborador. Afinal, todos têm sua importância e querem ser reconhecidos.

 

E implementar a ergonomia no dia a dia da sua construtora é uma forma simples de demonstrar que você pensa na qualidade de vida e no bem estar dos seus funcionários.

 

Consequentemente, sua construtora consegue:

 

ü Aumentar a produtividade: há estudos que indicam haver uma relação entre motivação e produtividade. Mas, na verdade, a influência é ainda mais direta. Afinal, se o colaborador trabalha numa situação adequada, que preserva sua saúde, ele não falta ao trabalho. Logo, continua produzindo, o que mantém os níveis de produtividade da sua construtora;

 

ü Melhoria da qualidade do trabalho: não adianta investir em treinamento se o colaborador continua desmotivado. Ele até pode saber como fazer corretamente as tarefas, mas precisa sentir que é valorizado. Quando as condições de trabalho são boas, as pessoas tendem a produzir mais e melhor. Isso gera benefícios diretos para a sua construtora, com redução de retrabalhos e desperdícios;

 

ü Reduz custos: além de economizar recursos humanos e materiais por proporcionar condições adequadas de trabalho, a ergonomia na construção civil proporciona outros benefícios. Ela reduz despesas médicas, processos judiciais e de afastamento de colaboradores por conta da redução de acidentes e doenças de trabalho;

 

Aumento na lucratividade: ora, se a produtividade e a qualidade atingem níveis elevados e os custos são reduzidos, qual o benefício para a construtora? Isso mesmo! Lucro maior!

 

Viu como apenas seguir o que determina a regulamentação sobre ergonomia na construção civil proporciona diversos benefícios à sua construtora?

 

Agora, mesmo que você tenha a intenção de investir em ergonomia na construção civil, pode ter algumas dúvidas sobre como implementar isso.

 


Como aplicar a Ergonomia na Construção Civil?

 

Vamos por partes para saber como aplicar corretamente os princípios da ergonomia na construção civil.

 

Primeiro, é importante saber que a segurança e a saúde no trabalho baseiam-se em normas regulamentadoras. Estas são descritas na Portaria 3214/78 do Ministério do Trabalho (MTE).

Em termos, isso significa que é responsabilidade do empregador garantir um ambiente seguro e saudável ao trabalhador.

Por reconhecer a importância da ergonomia na construção civil, a legislação trabalhista brasileira desenvolveu uma norma regulamentadora específica para isso, a NR-17: Ergonomia

A NR 17 foi criada para estabelecer parâmetros de adaptação das condições de trabalho às características dos trabalhadores. Por isso, a Norma Regulamentadora 17 visas proporcionar o máximo de conforto, segurança e desempenho eficiente.


Segundo a NR 17, as condições de trabalho incluem aspectos relacionados a:


ü Levantamento;

ü Transporte e descarga de materiais;

ü Mobiliário;

ü Equipamentos;

ü Condições ambientais do posto de trabalho;

 

Organização do trabalho.


Além disso, a NR 17 também apresenta dois anexos relacionados às condições ergonômicas nas seguintes áreas de trabalho:




Anexo I: Trabalho dos Operadores de Checkouts;

Anexo II: Trabalho em Telemarketing/Teleatendimento.

 

Seu principal objetivo é prevenir que os trabalhadores desenvolvam doenças relacionadas ao trabalho. Dentre as mais comuns desenvolvidas a partir da exposição ao risco ergonômico, estão:

 

ü Trabalhos realizados em pé durante toda a jornada, que causam problemas de circulação;

ü Lesões por Esforços Repetitivos (LER);

ü Levantamento de cargas de forma incorreta, que podem ocasionar lesões na coluna;

 

Monotonia.

 

Fique atento à nossa dica:

 

Existem outras normas regulamentadoras que tratam da ergonomia na construção civil, tais como:

 

ü NBR ISO 11228-3:2014 – Ergonomia – Movimentação Manual;

ü NBR ISO 11226:2013 – Ergonomia – Avaliação de posturas estáticas de trabalho;

ü NR 18 – Condições e Meio Ambiente do Trabalho na Indústria da Construção Civil.

 

Por isso, é importante não deixar de consultá-las também ao aplicar a ergonomia em seu canteiro de obras.

 

5 passos para aplicar ergonomia na construção civil

 

A indústria da construção civil, apesar de sua constante evolução, compreende atividades que necessitam de elevado esforço físico dos trabalhadores. Com uma rotina de trabalho pesada e sujeita a inúmeros riscos, a ergonomia se faz cada vez mais importante no setor.

Por isso, caso a sua empresa ainda não aplique práticas de ergonomia, fique atento aos passos abaixo e solicite a colaboração do SESMT e da CIPA neste processo.

 

1º Passo – Siga as Normas Regulamentadoras

 

Atualmente existem 36 Normas Regulamentadoras, mais conhecidas como NR’s, na indústria da construção civil. Seu objetivo é fornecer orientações trabalhistas que garantam a saúde e integridade física dos trabalhadores no ambiente de trabalho.

Em cada uma delas você encontra parâmetros de regulamentação específicos que buscam prevenir acidentes e doenças provocadas pelo trabalho. Dessa maneira, é extremamente importante que você esteja adequado a elas.

 


2º Passo – Faça uma análise ergonômica

 

Conhecida como Análise Ergonômica do Trabalho ou pela sigla AET, este procedimento visa melhorar as condições de trabalho, o desenvolvimento pessoal dos trabalhadores e o aumento de produtividade e qualidade do trabalho.

 

Por meio da AET é possível identificar as falhas do sistema produtivo, propor correções para melhoria e fiscalizar as atividades ergonômicas que já estão sendo desempenhadas.

 

3º Passo – Ofereça Ginástica laboral aos colaboradores

 

Pode parecer algo sem muita importância, mas a prática da ginástica laboral antes do expediente de trabalho pode evitar inúmeras lesões durante o expediente. Além de aliviar o cansaço durante a jornada de trabalho, você incentiva a prática de exercícios.

 

Reserve entre 15 a 20 minutos do início do expediente para a ginástica laboral. Ela pode ser aplicada por um funcionário capacitado do SESMT.

 

4º Passo – Divulgue a importância da ergonomia

 

Não basta aplicar a ergonomia no dia a dia do canteiro de obras. É preciso instruir seus colaboradores sobre sua importância e oferecer treinamentos sobre práticas que devem ser aplicadas durante as atividades de trabalho para evitar acidentes.

 

Além do treinamento, utilize materiais de divulgação, como painéis ou folders, para que os colaboradores não esqueçam das orientações. Também não deixe de falar sobre a ergonomia na construção civil durante as sessões de DDS.

 

5º Passo – Promova o SIPAT

 

SIPAT é a Semana Interna de Prevenção de Acidentes no Trabalho. O objetivo da SIPAT promover e conscientizar os trabalhadores sobre a prevenção de acidentes, saúde e segurança no trabalho.

O SIPAT é uma atividade obrigatória para todas as Comissões Internas de Prevenção de Acidentes (CIPA), conforme o item 5.16 alínea O e P.

 

O evento pode ser realizado através de palestras, gincanas, dinâmicas, sorteios, entre outras atividades que reforcem a importância sobre a ergonomia na construção civil.

 

Conclusão

 

Viu só como implementar a ergonomia na construção civil é bem mais fácil do que parece? Com atitudes muito simples, você consegue evitar acidentes e doenças relacionadas ao trabalho e ainda garantir um aumento significativo em sua produtividade e, consequentemente, em sua lucratividade.

 

Com o auxílio do SESMT e da CIPA sua construtora poderá se adequar a ergonomia no ambiente de trabalho e promover a conscientização de seus colaboradores, oferecendo educação e qualidade de vida.

 

 

 

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8 ENSINAMENTOS SOBRE CONSCIENTIZAÇÃO E USO DO EPI QUE VOCÊ DEVE PASSAR PARA SUA EQUIPE

 



A conscientização sobre a importância do uso de Equipamentos de Proteção Individual (EPI) é uma atividade constante, isso é, é sempre necessário continuar conscientizando todos os colaboradores sobre a sua importância e cobrar a aderência às boas práticas de segurança do trabalho sem exceções.

 

Todas essas atitudes vão de encontro a construção de uma cultura da segurança que, por si só, traz inúmeros benefícios para a empresa e não somente para o trabalhador. Contudo, o foco sempre deve ser a segurança desses indivíduos e o bem-estar da equipe como um todo.

 

Curioso para saber quais ensinamentos podem ser aplicados no dia a dia da empresa a fim de garantir a segurança de todos os colaboradores? Continue lendo esse texto e descubra!

 

1# ADEQUAR O EPI AO RISCO DA ATIVIDADE

 

É importante enxergar o EPI como um equipamento especializado, ou seja, uma mesma luva não serve para todas as finalidades.

 

Uma luva de látex natural, por exemplo, não é indicada para manipulação de ácido clorídrico e no caso de um acidente o funcionário pode sofrer sérios danos. Em contrapartida, é o EPI indicado para manipulação de álcool etílico e em um possível acidente, o funcionário estaria protegido, resultando em consequências menos severas para a saúde dele.

 

Isso é especialmente relevante para indivíduos que trabalham em múltiplas funções na sua rotina de trabalho, porque eles podem estar atrelados a mais riscos e necessitam, então, de EPIs específicos para cada um desses riscos ambientais ou um que se adeque aos riscos combinados.

 

Recomenda-se consultar antes os níveis de proteção química do equipamento.

 

2# O EPI PERSONALIZADO PARA O INDIVÍDUO

 

Outro problema que é muito comum em empresas é oferecer os EPIs somente em tamanho médio, pois é aquele mais utilizado. Muitas vezes, esse equipamento mais será um empecilho do que verdadeiramente uma proteção, podendo impactar na precisão do trabalho que está sendo feito, interferindo na produtividade e, até mesmo, provocando um acidente.

 

Sendo assim, é de extrema importância oferecer EPIs do tamanho correto! Essa também é uma ótima forma de demonstrar que a empresa se preocupa com cada um individualmente.

 

3# TREINAMENTO ADEQUADO PARA O USO DOS EPI’s

 

Se você fosse convidado para operar uma máquina de ultrassom agora, você seria capaz? É preciso ter o treinamento para fazer isso, certo? O mesmo acontece com os EPIs, por mais intuitivo que o seu uso seja, é muito importante deixar claro como realmente é, inclusive, isso é previsto pela Norma Regulamentadora (NR) 6.

 

Qual o lado correto da seta de 01 trava queda? É esse tipo de questionamento que um bom treinamento deve responder, inclusive, para garantir a conscientização do trabalhador sobre a sua segurança.

 

A propósito, o lado correto é sempre para cima (a mesma direção que o trabalhador está se deslocando).

 

4# OFERECER EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO DE QUALIDADE

 

Outro ponto que certamente irá chamar atenção dos colaboradores é a disponibilização de EPIs de qualidade. Ele perceberá de imediato que existe um grande investimento na segurança do trabalho e dará mais valor às práticas adotadas pela empresa de forma geral.

 

Além disso, é importante adequar o EPI aos riscos, sendo assim, nada de achar que uma mesma luva serve para todas as atividades! Lembre-se da dica número 1. É preciso prestar atenção extra a esses detalhes, pois é através desses pontos que os colaboradores poderão dizer se a empresa realmente se preocupa com a saúde deles ou é somente uma prática vazia.

 

E se engana quem pensa que EPI’s e EPC’s bons são necessariamente caros, falamos anteriormente sobre o custo-benefício do mesmo e é uma leitura interessante para quem quer economizar sem abrir mão da qualidade.

 

5# RESPEITAR A SINALIZAÇÃO DAS FÁBRICAS

 

Em muitas fábricas existem sinalizações que indicam as áreas seguras pelas quais os funcionários podem transitar sem medo. A grande questão é que muitos funcionários não respeitam essa demarcação.

 

Nesses casos, também é importante reforçar em treinamentos e estar sempre fiscalizando a execução das boas práticas desses indivíduos, a fim de apresentar um feedback sempre que elas forem desvirtuadas.

 

6# INCENTIVAR A COMUNICAÇÃO ENTRE COLEGAS DE TRABALHO

 

Muitas vezes, o próprio colega de trabalho pode ser um agente de mudança efetivo, colaborando para uma cultura de segurança mais forte. Nesse sentido, empoderar os colaboradores para falarem abertamente com os seus colegas, levando um feedback construtivo a respeito de suas atitudes é uma ótima forma de fomentar isso.

 

Afinal, um funcionário que não age de acordo com as boas práticas de segurança do trabalho também está colocando a vida de outros em risco, sendo assim, estes são os maiores interessados.

 

7# ESTAR SEMPRE ATENTO ÀS ATIVIDADES

 

Muitos indivíduos pensam que estão 100% seguros no ambiente de trabalho, contudo, o EPI não elimina o risco, mas sim minimiza as consequências. Esse é o modo de pensar que todos os funcionários devem ter, dessa forma, o acidente nunca será causado por uma falta de atenção ao desempenhar as atividades.

 

A empresa tem muito a ganhar nesse aspecto, a cultura de “mais atenção” está atrelada a maior produtividade, logo, pode até mesmo aumentar os lucros da empresa.

 

8# BOAS PRÁTICAS AO LIDAR COM O EPI

 

Como qualquer outro equipamento, o EPI também deve ser substituído após determinado tempo de uso. É primordial estar atento a vida útil do mesmo e os funcionários também devem sentir-se à vontade para solicitar um novo sempre que este apresentar marcas do uso. Neste momento, a empresa deve dar suporte ao colaborador e efetuar a troca.

 

Por isso, é sempre importante estar conscientizando os funcionários sobre as boas práticas de uso, descarte e substituição em caso de o EPI ser danificado ou extraviado.

 

PRONTO PARA CONSCIENTIZAR OS COLABORADORES SOBRE A SEGURANÇA DO TRABALHO?

 

A conscientização dos funcionários é um processo contínuo e deve contar com o envolvimento de todos os colaboradores. Sendo assim, divulgue amplamente essas 8 práticas e sempre conte com o feedback dos funcionários para alinhar a comunicação da empresa.

 

Gostou do conteúdo de hoje? Continue acompanhando o nosso blog, estamos sempre trazendo informações valiosas como essas!

 

 

 

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