sexta-feira, 11 de novembro de 2022

 




 

MATRIZ DE RISCO: O QUE É, QUAIS BENEFÍCIOS E COMO USÁ-LA NA PRÁTICA?

 


Considerada uma importante ferramenta para a tomada de decisões, a matriz de risco possibilita identificar os riscos inerentes às atividades desenvolvidas por diferentes tipos de empresas. Com ela, é possível fazer um mapeamento preciso dos riscos e criar medidas de prevenção para lidar com vários eventos indesejados.

Simples e de fácil compreensão, a ferramenta tem sido adotada por gestores que desejam se antecipar aos riscos, impedindo que eles causam impactos negativos ao negócio. Na área de medicina e segurança do trabalho, ela ajuda a garantir o bem-estar, a saúde e a segurança dos trabalhadores.

 

O que é matriz de risco?

 

Como o próprio nome sugere, a matriz de risco é uma ferramenta de análise e gerenciamento de riscos, baseada em probabilidades e consequências. Trata-se, na verdade, de uma tabela que possui duas dimensões (eixos X e Y): probabilidade acontecer um evento indesejado e quais serão os impactos que ele vai proporcionar ao negócio.

Na prática, a ferramenta possibilita visualizar e classificar os riscos do ambiente de trabalho de forma ágil e precisa. Até mesmo porque se trata de um elemento gráfico que por si só facilita a intepretação dos dados, como a gravidade do risco e as ações prioritárias de controle.

 

Como funciona?

 

A matriz de risco é baseada em dois parâmetros, probabilidade e impactos. Após distribuí-los nos eixos X e Y da tabela, é possível conhecer quais são os acontecimentos mais ou menos críticos ao negócio e quais merecem prioridade na tomada de decisões para enfrentamento do problema. A lógica é a seguinte: quanto maior o impacto gerado pelo evento, mais rapidamente ele deve ser controlado.

Quanto aos riscos, eles devem ser medidos em probabilidades de ocorrência, que podem assumir níveis baixos, moderados, altos e muito altos, por exemplo. O mesmo acontece com os impactos, mas nesse caso, eles podem ser relacionados a prejuízos financeiros, perda de clientes, acidentes de trabalho entre vários outros danos ao negócio.

 

Probabilidade X Impacto

 

Para definir os níveis de criticidade e facilitar a visualização deles na tabela, são definidas cores diferentes. Embora não sejam uma regra, geralmente utiliza-se as cores cinza ou branco para riscos muito baixos e baixos, verde para riscos moderados, amarelo para riscos elevados ou altos e vermelho para riscos muito altos ou extremos.

 

Como criar uma matriz de risco?

 

De baixo custo, fácil implementação e gerenciamento, a matriz de risco pode ser adaptada para diferentes necessidades. Para isso, no entanto, é preciso executar os passos a seguir.

 

1. Defina onde a matriz será utilizada

 

O primeiro passo para implementar a ferramenta em sua empresa é saber em qual área ela será utilizada. Conforme pontuamos anteriormente, a matriz de risco é um instrumento versátil e pode ser aplicado em diferentes setores da empresa, como vendas, segurança do trabalho, produção entre outros.

 

2. Faça uma lista com os riscos identificados no setor

 

Os riscos podem variar de acordo com cada setor, mas os exemplos a seguir ajudam a compreender do que se tratam:

 

Ø Falta de energia elétrica;

Ø Quebra de equipamentos;

Ø Perda de arquivos digitais;

Ø Riscos de incêndio no ambiente de trabalho.

 

3. Avalie a incidência dos riscos

 

O próximo passo para montar a sua matriz de risco é analisar as chances de os eventos indesejados acontecerem. Probabilidades altas representam 60% ou mais de ocorrências, enquanto as médias assumem um intervalo de 10% a 50%. Já as probabilidades baixas, representam eventos pouco prováveis e as muito baixas, eventos improváveis de acontecer.

 

4. Estabeleça níveis de impacto

 

Na sequência, você deve estabelecer quais níveis de impacto cada risco oferece ao negócio. 

Para facilitar a compreensão e a tomada de decisões, não se esqueça de descrever resumidamente os critérios dos impactos. Um impacto de nível baixo, por exemplo, pode ser descrito como um evento que vai causar consequências negativas à empresa, mas que pode ser revertida a curto ou médio prazos.

 

Não há regras para definir os níveis de impacto, mas as nomenclaturas mais comuns são:

 

·       Muito baixo ou baixíssimo;

·       Baixo

·       Médio ou moderado;

·       Alto ou elevado;

·       Muito alto ou extremo.

 

Depois de definir os níveis de impacto e descrevê-los, atribua uma nota para cada critério. É justamente essa pontuação que definirá quais riscos devem receber atenção prioritária em sua empresa.

 

5. Elabore medidas preventivas

 

Chegamos à etapa final da nossa matriz de risco e principal objetivo dela: a elaboração de ações preventivas para evitar que os riscos aconteçam ou para controlá-los, caso a ocorrência deles seja inevitável.

 

Importância da matriz de risco para as empresas

 

Ø Identificação de ameaças e elaboração de respostas para mitigar os impactos negativos dos eventos indesejados;

Ø Na área de medicina e segurança do trabalho, possibilita um mapeamento e classificação eficiente dos riscos ambientais;

Ø Possibilita definir a ordem de prioridade das ações que devem ser executadas para solucionar problemas;

Ø Evita prejuízos financeiros e outros danos às empresas.

 

 

 

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CPATP: SAIBA O QUE É A SUA IMPORTÂNCIA

 



Assim como qualquer outra profissão de risco, o trabalho portuário requer muito esforço físico do profissional e, por isso, precisa ser monitorado para garantir a segurança e a sanidade psicofisiológicas do colaborador. Para isso, foi instituída a CPATP (Comissão de Prevenção de Acidentes no Trabalho Portuário).

Essa comissão foi aprovada pela NR 29 de Segurança e Saúde no Trabalho Portuário.

Cada empresa portuária precisa criar e fazer a manutenção de sua própria comissão, a fim de zelar pelo bom funcionamento da organização. Acompanhe o conteúdo a seguir para entender o que significa CPATP em segurança do trabalho!

 

O que é a CPATP?

 

Conforme dissemos inicialmente, a sigla se refere à Comissão de Prevenção de Acidentes no Trabalho. Foi instituída pela NR 29 Segurança e Saúde no Trabalho Portuário, aprovada em 8 de junho de 1978 pela Portaria Nº 3.214 no Ministério do Trabalho e Emprego. 

 

Quais os objetivos dessa comissão? 

 

Seus principais objetivos incluem monitorar e relatar as condições de risco nos ambientes de trabalho, além de solicitar as medidas necessárias para reduzir ou eliminar os perigos existentes. 

Também deve discutir quaisquer acidentes ocorridos e encaminhar o resultado dessa discussão ao SESSTP - Serviço Especializado em Segurança e Saúde do Trabalhador Portuário, OGMO - Órgão Gestor de Mão-de-Obra ou empregadores, a fim de exigir medidas preventivas contra futuras ocorrências.

Outra responsabilidade é orientar os trabalhadores quanto à prevenção de acidentes. 

 

As principais atribuições da CPATP 

 

Todas as decisões da comissão devem acontecer a partir do consenso entre seus membros. Caso contrário, os conflitos deverão ser solucionados a partir de um mediador que entre em comum acordo com os demais participantes.

 

Entre suas principais atribuições, podemos destacar:

 

ü discutir qualquer acidente ocorrido na região portuária, mesmo a bordo;

ü sugerir as medidas de prevenção contra acidentes necessárias por meio do encaminhamento ao SESSTP, ao OGMO, empregadores e/ou administrações dos terminais de uso privativo;

ü divulgar e zelar pelo monitoramento e cumprimento das NR’s de Segurança e Saúde no Trabalho;

ü conscientizar os colaboradores quanto à importância da prevenção contra acidentes e doenças ocupacionais, além de incentivá-los a adotar um comportamento precavido durante o trabalho;

ü promover anualmente a SIPATP - Semana Interna de Prevenção de Acidente no Trabalho Portuário, em conjunto com a SESSTP;

ü enviar cópias das atas de reuniões, assinadas pelos presentes, para o SESSTP, OGMO, empregadores e administração dos terminais portuário de uso privativo mensalmente, além de disponibilizá-las para a monitoração do Ministério do Trabalho e Emprego;

ü fazer a investigação de causas e consequências de acidentes e doenças ocupacionais, quando houver, em conjunto com o SESSTP, além de aplicar as medidas corretivas necessárias;

ü realizar a inspeção nas dependências do porto ou instalação portuária mensalmente e sempre que houver denúncia de risco, mediante aviso prévio ao SESSTP, OGMO empregadores e administrações de instalações portuárias de uso privativo. Notificar dos riscos encontrados, bem como ao responsável pelo setor;

ü promover a realização de cursos, treinamentos e campanhas necessárias para melhorar o desempenho dos colaboradores quanto à segurança e saúde no trabalho;

ü preencher o anexo da NR e arquivá-lo de maneira que possa ser acessado a qualquer momento;

ü elaborar o Mapa de Risco;

ü convocar os membros, sempre que necessário, para a tomada de decisões, informações, depoimentos, dados ilustrativos e esclarecedores provenientes da investigação de acidentes no trabalho.

 



Como funciona a CPATP?

 

A NR determina que a comissão precisa se reunir, ao menos, 1 vez por mês, em local adequado e no horário do expediente, seguindo o calendário anual.

Essa reunião também deve acontecer sempre que houver algum acidente que resulte em morte, perda de membro ou função orgânica, no prazo máximo de 48 horas a partir da ocorrência. 

 

Quem são os membros da CPATP? 

 

Os participantes da comissão são escolhidos a partir da votação de representantes, que também devem eleger um de presidente, vice-presidente e secretário. O mandato dos membros é de até 2 anos, sendo permitido a reeleição. 

Contudo a CPATP não pode ser desmanchada por nenhum órgão ou empregadores antes do término do mandato, mesmo que haja a redução de colaboradores. Exceto em casos de encerramento da atividade portuária. 

 

A diferença entre CIPA e CPATP

 

Semelhante à CPATP, a CIPA - Comissão Interna de Prevenção de Acidentes tem o objetivo de prevenir acidentes e doenças em ambientes de trabalho, além de promover a preservação da saúde do trabalhador.

Na prática, a principal diferença entre essas comissões é sua área de atuação. 

A CIPA engloba todas as áreas de atividade econômica que utilizam mão de obra especializada, como empresas públicas e privadas, sociedades de economia mista, órgãos da administração direta e indireta, instituições beneficentes e qualquer outra organização que admite trabalhadores empregados. 

Já a CPATP foca bastante em monitorar os riscos de acidentes em regiões portuárias, bem como aplicar as medidas que evitem novas ocorrências. 

 

A importância da CPATP para a segurança do trabalhador 

 

O ambiente de trabalho portuário é dividido em inúmeros setores distintos, tanto em terra quanto a bordo. 

Dessa forma a CPATP serve para garantir a segurança de todos os trabalhadores, que exercem funções distintas nos portos organizados, instalações portuárias e retroportuárias. 

 

As normas regulamentadoras da CPATP 

 

Como esclarecemos mais acima, a NR 29 foi responsável por instituir a CPATP. A norma regulamentadora estabelece deveres do empregador e do empregado, a fim de preservar o bem-estar e integridade física de todos no ambiente portuário.

 

São eles:

 

Ø cumprir ou fazer cumprir a NR no que se refere aos riscos de acidentes e doenças profissionais nos portos;

Ø oferecer equipamentos, maquinários e acessórios de proteção individual em boas condições de uso e de segurança;

Ø garantir o cumprimento das normas de segurança e de saúde dos trabalhadores portuários, segundo a Portaria MTb nº 3.214/78;

Ø oferecer a todos treinamentos e formação em segurança, saúde e higiene ocupacional no trabalho portuário;

Ø garantir o uso correto e manutenção de EPIs (Equipamentos de Proteção Individual);

Ø criar e implementar um PPRA (Programa de Prevenção de Riscos Ambientais);

Ø elaborar e implementar um PCMSO (Programa de Controle Médico em Saúde Ocupacional).

 

Conclusão

 

A CPATP é fundamental para preservar a saúde física e emocional dos trabalhadores portuários em todo o país.

Afinal, imprevistos podem acontecer em qualquer ocupação, mas, em profissões que exigem grande esforço físico e mental, essas chances são ainda maiores. Nessas horas, o trabalhador precisa estar devidamente equipado, a fim de evitar mais prejuízos à sua saúde. 

 

 

 

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