segunda-feira, 18 de maio de 2020









NR 29 - A SEGURANÇA NO TRABALHO PORTUÁRIO




O trabalho portuário exige bastante esforço físico de cada colaborador. As atividades realizadas devem ser avaliadas, monitoradas por um profissional da segurança do trabalho. Mas, qual a NR que devemos ficar atentos para garantir a proteção dos trabalhadores?


A NR 29 fala sobre como proteger a saúde e integridade física dos trabalhadores portuários.


As normas de segurança garantem a proteção dos colaboradores em cada ambiente de trabalho. Por isso, compreender a NR pertinente ao seu setor é extremamente importante para adotar as medidas de proteção adequadas e promover a segurança do trabalho.


NR 29 – Segurança e Saúde no Trabalho Portuário


A NR 29 – Segurança e Saúde no Trabalho Portuário estabelece as medidas de segurança para garantir a proteção contra acidentes e doenças profissionais dos trabalhadores envolvidos neste tipo de atividade. O objetivo da NR é facilitar os primeiros socorros, promover a segurança do trabalho e proporcionar boas condições de segurança e saúde aos trabalhadores portuários.


No trabalho portuário existe diversos setores que se dividem tanto em terra quanto a bordo. A norma regulamentadora define a aplicabilidade aos trabalhadores a bordo ou em terra, assim como aos que exercem atividades nos portos organizados e instalações portuárias e retroportuários.


Para garantir a segurança de todos, a NR 29 estabelece as obrigações do empregado e do empregador, assim como o dever de todos os trabalhadores envolvidos. Veja a seguir:

Compete aos operadores portuários, empregadores, tomadores de serviço e OGMO, conforme o caso:

  • Cumprir e fazer cumprir esta NR no que tange à prevenção de riscos de acidentes do trabalho e doenças profissionais nos serviços portuários;

  • Fornecer instalações, equipamentos, maquinários e acessórios em bom estado e condições de segurança, responsabilizando-se pelo correto uso;

  • Zelar pelo cumprimento da norma de segurança e saúde nos trabalhos portuários e das demais normas regulamentadoras expedidas pela Portaria MTb nº 3.214/78 e alterações posteriores.


Compete ao OGMO ou ao empregador:

  • Proporcionar a todos os trabalhadores formação sobre segurança, saúde e higiene ocupacional no trabalho portuário, conforme o previsto nesta NR;

  • Responsabilizar-se pela compra, manutenção, distribuição, higienização, treinamento e zelo pelo uso correto dos Equipamentos de Proteção Individual – EPI e Equipamentos de Proteção Coletiva – EPC, observado o disposto na NR-6;

  • Elaborar e implementar o Programa de Prevenção de Riscos Ambientais – PPRA no ambiente de trabalho portuário, observado o disposto na NR-9.

  • Elaborar e implementar o Programa de Controle Médico em Saúde Ocupacional – PCMSO abrangendo todos os trabalhadores portuários, observado o disposto na NR-7.


OGMO é a sigla que designa Órgão Gestor de Mão de Obra. São entidades que atuam no setor portuário com caráter administrativo, fiscalizador e profissionalizante.

Compete aos trabalhadores:

  • Cumprir a presente NR, bem como as demais disposições legais de segurança e saúde do trabalhador;

  • Informar ao responsável pela operação de que esteja participando, as avarias ou deficiências observadas que possam constituir risco para o trabalhador ou para a operação;

  • Utilizar corretamente os dispositivos de segurança – EPI e EPC, que lhes sejam fornecidos, bem como as instalações que lhes forem destinadas.



SESSPT x CPATP


Se você acompanha o blog Pensou Proteção, pode observar que algumas obrigações são “velhas” conhecidas no mundo da segurança do trabalho, não é mesmo? Como a elaboração do PPRA, PCMSO, o fornecimento obrigatório de EPIs e o treinamento do uso correto dos equipamentos, entre outros.

Porém, também podemos analisar outros deveres de cada um para que seja possível prevenir os acidentes de trabalho e garantir a segurança ao realizar as atividades profissionais.


Outro fator diferente nesta NR é a criação do SESSTP. Você já ouviu falar nessa sigla? O SESSTP é o Serviço Especializado em Segurança e Saúde do Trabalhador Portuário. Assim como o SESMT, o SESSTP realiza o dimensionamento, a identificação das condições de segurança nas operações portuárias, a análise imediata dos acidentes em que haja morte, perda de membro, função orgânica ou prejuízos que podem ocorrer nas atividades portuárias. É responsabilidade também todas as atribuições estabelecidas na NR 4 – Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho.


Outro nome parecido com as NR’s que estamos acostumados a ler é o termo CPATP – Comissão de Prevenção de Acidentes no Trabalho Portuário. Alguma semelhança com a palavra CIPA – Comissão Interna de Prevenção de Acidentes? Todas. O objetivo da CPATP é observar, relatar e solicitar medidas para eliminar ou reduzir os riscos existentes nos locais de trabalho. Promover a segurança e saúde no trabalho, as normas regulamentadoras é um dos principais pontos da comissão, assim como realizar a Semana Interna de Prevenção de Acidente no Trabalho Portuário – SIPATP. Dentre as inúmeras atribuições da comissão, a elaboração do Mapa de Riscos e a realização de treinamentos, cursos e campanhas para conscientizar os trabalhadores sobre a importância da segurança, proteção e a utilização dos EPIs. Compreender as medidas de proteção adotadas pelo Técnico em Segurança do Trabalho e realizar o treinamento adequado deixará o profissional apto para exercer as tarefas durante a jornada de trabalho.


Plano de Controle de Emergência – PCE


Sabemos que os imprevistos ocorrem em qualquer ambiente de trabalho, não é mesmo? Nessa hora é fundamental que o trabalhador esteja utilizando os EPIs adequados, assim como os EPCs ideais para a proteção coletiva dos colaboradores envolvidos. No caso do trabalho portuário, existe um documento chamado Plano de Controle de Emergência – PCE e Plano de Ajuda Mútua – PAM. A elaboração do PCE é dever da administração do porto, OGMO e empregadores.


O plano tem como objetivo prever os recursos necessários nas seguintes situações:

  • Incêndio ou explosão

  • Vazamento de produtos perigosos

  • Queda de homem ao mar


Condições adversas de tempo que afetem a segurança das operações portuárias

  • Poluição ou acidentes ambientais

  • Socorro a acidentados.


Quais são os EPIs adequados para o trabalho portuário?

Neste ambiente de trabalho, encontramos diversos tipos de atividades realizadas pelos trabalhadores. Cada atividade, exige um tipo de proteção adequada. Por isso, vamos listar alguns EPIs que você deve utilizar para trabalhar no porto.

  • Capacete de Segurança

  • Calçado de Segurança

  • Óculos de Segurança

  • Luvas de Segurança

  • Proteção Respiratória

  • Protetor Auricular

  • Abafador de Ruídos

  • Respirador

  • Protetor Facial

  • Vestimentas de Raspa para os soldadores

  • Vestimentas Especiais para eletricistas ou em casos de manuseio de produtos químicos.

  • Creme de Proteção


Em várias atividades o uso do Colete Salva-vidas classe IV é obrigatório! Por isso, fique atento às orientações do Técnico de Segurança do Trabalho ou o Engenheiro de Segurança para proteger os trabalhadores contra os riscos ambientais existentes no ambiente. A prevenção é muito importante para garantirmos a proteção. Porém, nunca se esqueça: O conhecimento é tão importante quanto a prevenção. Os três elementos aliados é a garantia da segurança do trabalho!


Para maiores informações consulte NR 29 completa

Faça download no link abaixo










ÁRVORE DE CAUSAS



O que é a árvore de causas?


A árvore de causas é uma metodologia utilizada para a Investigação de Acidente de Trabalho.


O método da árvore de causas baseia-se na Teoria de Sistemas, a qual aborda o acidente de trabalho como um fenômeno complexo. Desta forma a metodologia analisa diversas possíveis causas e assim revela as variações e desvios ocorridos na atividade.

A aplicação da metodologia da árvore de causas exige a reconstrução detalhada e com a maior precisão possível da história do acidente.

Deve-se registrar apenas os fatos, também denominados fatores de acidente. Principalmente, porque acima de tudo a análise dos fatos deve ser realizada sem juízo de valores ou interpretações.

A partir da lesão sofrida pelo acidentado, identifica-se a rede de fatores que levaram ao acidente do trabalho.

A metodologia da árvore de causas utiliza o conceito de variação. A variação é a mudança ocorrida em relação ao funcionamento habitual do sistema de trabalho, ou seja, sem acidentes.

Assim sendo, a identificação das variações é considerada indispensável para a objetivo de identificar a real causa do acidente.

Se bem aplicada, a metodologia da árvore de causas deve apontar todas a falhas que antecederam ao evento final (lesão ou não), facilitando assim a adoção de medidas de controle.

Quando devo investigar um Acidentes de trabalho?

Acidentes ocorrem pelos mais diversos motivos.

O profissional que trabalha com a segurança do trabalho deve ter sempre como meta o índice de ZERO acidentes.

Entretanto empresas que conquistaram o número perfeito de acidentes, ZERO ACIDENTES, também devem realizar a investigação de incidentes do trabalho, e consequentemente aplicar a metodologia da árvore de causas.

Os incidentes de trabalho devem ser investigados, pois por consequência, podem ajudar a identificar medidas de controle assertivas afim de evitar acidentes futuros.

Porque construir uma arvore de causas?

A metodologia da árvore de causas ajuda equipes de segurança do trabalho a identificar o problema ou variação que causam ou podem causar acidentes.
A metodologia da árvore de causas envolve identificar variações que antecederam o incidente ou acidente de trabalho. 

Independentemente se o mesmo causou ou não a lesão ou prejuízos, o objetivo é identificar onde ocorreu o desvio do processo habitual que levaram a ocorrência indesejada.

A identificação dos reais motivos que causam os acidentes de trabalho tem como resultado medidas de controle mais efetivas e de menor custo financeiro.

Leia também o artigo Investigação de Acidente do Trabalho

Quais as etapas da construção da arvore de causa?

  • O método é constituído por quatro etapas:
  • Coletar dados (buscar informações);
  • Analisar os dados (entender o problema);
  • Analisar as causas (construir a árvore de causas);
  • Adotar Medidas de Controle (plano de Ação).

''O processo de análise precisa ser metódico. Só assim se poderá coletas os dados de forma assertiva, interpretar corretamente as informações e assim construir a arvore de causas. Por fim devemos implementar medidas de controle eficazes e condizentes com a causa raiz do problema.''

Como coletar dados para uma investigação de Acidentes?

A metodologia da árvore de causas iniciasse pela coleta de dados.  A metodologia deve sobretudo propiciar que sejam evidenciados os fatores que contribuíram para o desencadeamento do evento.





Deve-se registrar todos os dados disponíveis, isso inclui:


  • Opiniões
  • Observações
  • Medições
  • Fotografias
  • Check Lists
  • Permissões de Trabalho
  • Detalhes sobre as condições ambientais no momento do evento
  • Outros dados julgados relevantes.

Recomenda-se que o início da investigação seja o mais rápido possível, a princípio no próprio local, entrevistando os acidentados e os demais envolvidos.

Deve-se buscar informações com todos que possam identificar fatos que, de forma direta ou indireta, contribuíram para o desencadeamento da ocorrência indesejada. Assim sendo pessoas não presentes no momento do acidente também podem contribuir. Como exemplo temos familiares e o médico habitual do colaborador.

Para a elaboração da árvore de causas é essencial que haja o envolvimento dos vários níveis hierárquicos da empresa. Deve-se incentivar a participação dos trabalhadores da base do sistema produtivo, pois estes profissionais detêm conhecimentos fundamentais para a entender o acidente.

Um cuidado que deve ser observado é que a Investigação de Acidentes não tem como objetivo buscar culpados. Buscasse chegar à causa raiz que levou ao acidente. Pois o verdadeiro objetivo é implementar medidas de controle assertivas.

Não podemos nos esquecer de que o indivíduo deve ser considerado em toda sua complexidade humana. Tanto o acidentado como quem fornece as informações relativas ao acidente. Uma vez que é possível a existência de motivos que podem levar o colaborador a omitir algumas informações.

Existem várias metodologias para a coleta de dados, em nosso curso “Investigação de Acidentes do trabalho – Metodologia Arvore de Causas” ensinamos formas simples e eficazes de se coletar dados.

Como analisar os dados?

Com os dados coletados na etapa anterior deve-se classificar cada fator que pode ter influenciado no acidente.

São seis diferentes elementos possíveis:

  • Indivíduo
  • Tarefa
  • Matéria Prima
  • Equipamento
  • Local de Trabalho
  • Gerenciamento

Indivíduos executam tarefas, com o auxílio de máquinas, fazendo uso de certos materiais, de acordo com determinados métodos, inseridos em determinadas condições ambientais e submetidos a um dado grau de gerenciamento.

Igualmente, deve-se classificar quanto a diferenciação de antecedente estado e antecedente variação, de cada acontecimento.

Como vimos, na elaboração da arvore de causas a identificação das variações é considerado indispensável para a identificação da real causa do acidente.
Antecedentes-estado: são condições permanentes na situação de trabalho, ou seja, não houve variação em relação ao funcionamento normal.

Exemplos: ausência de proteção em uma máquina, ambiente continuamente quente e/ou barulhento, postura de trabalho penosa, etc.

Representado por um quadrado

Antecedentes-variações: são condições não habituais que sobrevêm durante o desenvolvimento do trabalho, ou seja, houve uma variação em relação ao funcionamento habitual.

Exemplos: modificação de um processo, mudança de matéria-prima, troca de colaborador, etc.

Representado por um circulo

É importante ressaltar que o acidente só pode ser explicado se houver, pelo menos, um elemento da situação habitual que tenha sido modificado.

Como construir uma arvore de causas?

Utilizando as informações analisadas nas etapas anteriores, inicia-se a construção do diagrama de árvore de causas.

A construção da arvore de causas é realizada a partir do fato final, ou seja, o acidente, como consequência, a cronologia dos fatos para representar a sequência das ligações deve ser respeitada.

Ao analisar cada fator deve-se realizar a seguinte pergunta: Qual fator contribuiu efetivamente ou aumentou a probabilidade de ocorrência do fato seguinte?

Cada fator deve ser ligado ao antecessor seguindo a representação gráfica quanto ao tipo de antecedente. Estado ou variação, quadrado ou circulo, respectivamente.

Deve-se utilizar duas formas distintas para representar as diferentes ligações:

  • Ligação que efetivamente contribuiu para a ocorrência do fato seguinte. Linha sólida
  • Ligação que aumenta a probabilidade da ocorrência do fato seguinte. Linha pontilhada

É essencial para uma boa identificação da causa raiz dos acidentes de trabalho a capacidade de se identificar os fatores subjacentes, atentes e contribuinte e não apenas os fatores imediatos.

Depois de se chegar a causa raiz através da árvore de causas é hora de se implementar as medidas de controle e assim reduzir o número de acidentes e incidentes.




Metodologia Árvore de Causas 









OS TIPOS DE ERGONOMIA



Você sabe quais são os tipos de ergonomia? 


Entender seus conceitos e classificações é importante para garantir o bem-estar dos funcionários da empresa e, consequentemente, melhorar o seu desempenho.

Para a organização promover melhorias que assegurem a saúde dos seus colaboradores, é preciso estudar diferentes setores da empresa. Ou seja: a ergonomia vai além do conforto físico dos funcionários enquanto eles desempenham suas atividades. Depende, também, da estrutura organizacional da empresa e da interação individual de cada colaborador com o seu espaço de trabalho.

Neste artigo, vamos explicar o que é e quais são os tipos de ergonomia, além dos seus benefícios para o ambiente corporativo. Ficou interessado? Então continue a leitura!

O que é ergonomia?

A ergonomia é a área que se aprofunda na relação entre o homem moderno e as atividades operacionais que ele executa. Essa ciência busca promover a perfeita integração entre as condições de trabalho ao contemplar as limitações — físicas e psicológicas — do indivíduo e do sistema produtivo.

O objetivo da ergonomia é aumentar a eficiência organizacional e a saúde, segurança e conforto do funcionário.

Para isso, avalia questões como:

  • a postura dos trabalhadores ao executar suas funções rotineiras;

  • os movimentos corporais realizados pelos funcionários durante suas atividades;

  • os fatores físico-ambientais que envolvem o trabalho;

  • os equipamentos utilizados durante a operação.


Quais as obrigações da empresa em relação à ergonomia?


O princípio básico da ergonomia é ajustar o local de trabalho para uma condição mais favorável às condições e limitações físicas do indivíduo. Em outras palavras, significa promover condições de trabalho que reduzam problemas físicos e psicológicos.


Antigamente, ficava sob responsabilidade apenas do trabalhador fazer esses ajustes. No mundo atual, em que o ambiente laboral é patrimônio da empresa e com mudanças na relação entre o profissional e suas atividades, cabe à organização oferecer as condições e práticas que afetem a saúde do funcionário o mínimo possível.


Porém, essa adaptação leva em consideração uma série de fatores que nem sempre são de total conhecimento da organização contratante. Por isso, uma empresa especializada em ergonomia pode ajudar a implantar novos procedimentos e realizar as adaptações necessárias.


Quais mudanças podem melhorar a ergonomia?


Baseado nessas avaliações, é possível realizar as seguintes intervenções para garantir mudanças positivas no ambiente e na rotina dos funcionários:

  • implementação de novos postos e métodos de trabalho, além de ferramentas, maquinário e mobília;

  • correção dos problemas identificados;

  • a conscientização dos funcionários de técnicas e métodos mais adequados para a execução de determinadas atividades.


O campo de estudo da ergonomia tem como propósito avaliar o cenário de atuação dos colaboradores e propor melhorias que possam garantir sua segurança e melhorar o seu desempenho.

Quais são os tipos de ergonomia?


Existem três disciplinas que envolvem o campo de estudo da ergonomia.

Abaixo, explicamos quais são elas e suas diferenças. Confira!


Ergonomia física


É a relação entre as atividades desempenhadas e as características anatômicas do homem. Neste campo, os seguintes elementos são avaliados:

  • a postura durante o trabalho;

  • o manuseio dos materiais;

  • a presença de movimentos repetitivos;

  • os possíveis distúrbios musculoesqueléticos que podem surgir com a atividade;

  • a projeção das estações de trabalho;

  • a segurança e saúde do funcionário ao desempenhar a função.


Essa área da ergonomia tem o objetivo de analisar as medidas do corpo para, por fim, dimensionar os equipamentos, máquinas e ferramentas de trabalho de acordo com a anatomia humana. Assim, os equipamentos utilizados pelos trabalhadores são adequados às suas capacidades fisiológicas e psicológicas.

Como exemplo, podemos citar um móvel utilizado por centenas de milhares de trabalhadores ao redor do mundo: a cadeira de escritório.

Para que o funcionário possa manter a postura adequada e evitar lesões ou problemas de saúde posteriores, é preciso que a cadeira seja adaptada para sua altura, peso, atividade desempenhada e outros fatores.

Este é o papel da ergonomia física: avaliar e orientar corretamente à saúde do colaborador. Dentro desse estudo, encontramos 4 modalidades de intervenções aplicadas no ambiente de trabalho. Veja quais são elas a seguir.

Ergonomia de correção

Atua de maneira parcial e restrita, modificando pontualmente elementos como a iluminação, os ruídos, a temperatura, as dimensões e posicionamento do mobiliário etc.

Ergonomia de concepção

Essa intervenção é feita diretamente no projeto do ambiente, com o intuito de promover uma melhor organização do trabalho e dos sistemas de produção. Cuida ainda do uso correto dos equipamentos e da manutenção da postura correta pelos funcionários.

Ergonomia de conscientização

Trata da educação sobre ergonomia para o funcionário, por meio de palestras e treinamentos, com foco na correção de hábitos posturais ou do uso de equipamentos.

Ergonomia participativa

Tem como foco a criação de um Comitê Interno de Ergonomia (CIE), que trabalha para a conscientização e viabilização de projetos que sejam ergonomicamente corretos e que priorizem a saúde dos trabalhadores.

Ergonomia operacional ou organizacional

A ergonomia operacional consiste em otimizar os sistemas sociogênicos, processos e políticas da empresa. Ou seja: avalia e propõe mudanças na estrutura organizacional da companhia, de modo a não sobrecarregar os colaboradores.

Nesse campo, são avaliados:

  • os processos de comunicação interna da empresa;

  • as atividades executadas em grupo;

  • os projetos participativos realizados dentro da companhia;

  • o trabalho cooperativo;

  • a organização em rede;

  • a cultura organizacional;

  • a estrutura temporal das operações;

  • a qualidade da gestão.


Em outras palavras, a ergonomia operacional se propõe a orientar mudanças na liderança e apontar melhorias na gestão.
Ergonomia cognitiva

A ergonomia cognitiva avalia os processos mentais utilizados pelo indivíduo na execução das suas atividades e estuda como eles afetam suas interações com outros elementos do sistema.

Em outras palavras, se propõe a avaliar e intervir em questões que possam afetar o nível mental dos funcionários, de modo a reduzir o estresse provocado no ambiente de trabalho. 

Nessa área, são avaliados:

  • raciocínio;

  • resposta motora;

  • percepção;

  • memória.


O propósito da ergonomia cognitiva é, portanto, avaliar a resposta do indivíduo em relação aos seguintes tópicos:

  • a carga mental que o trabalho exige;

  • os processos de tomada de decisão;

  • o desempenho específico em determinados setores;

  • a interação do indivíduo com as máquinas;

  • a confiabilidade humana;

  • o estresse proveniente das rotinas de trabalho;

  • a formação da concepção de pessoa-sistema;

  • o treinamento relacionado aos projetos que envolvem pessoas e sistemas.


A ergonomia cognitiva, portanto, atua com ações de treinamento e desenvolvimento dos colaboradores com o intuito de promover melhorias nas relações entre os colegas e a liderança.

Qual a ligação entre a ergonomia e os produtos digitais?

Com a forte presença da tecnologia no dia a dia, a ergonomia deixou de se limitar à relação entre o homem e o trabalho. Agora esse estudo engloba também a interação das pessoas com os elementos que são parte da sua vida cotidiana. Dentro dessa abordagem, há o estudo da intervenção entre o homem e o computador.

Para garantir que essa relação seja positiva, há a participação de um especialista em design que conheça profundamente os aspectos da ergonomia e suas implicações. Esse profissional projeta produtos que se enquadrem nessas exigências e leva em consideração a qualidade das interações com esses itens.

Quais são os benefícios da ergonomia no trabalho?

Implementar os três tipos de ergonomia no trabalho traz uma série de vantagens para os colaboradores e para a empresa. Entenda!

Melhora a saúde e qualidade de vida dos funcionários

A ergonomia tem como propósito incorporar mudanças no sistema organizacional que evitem a fadiga física e psicológica dos trabalhadores.

Assim, os funcionários são beneficiados com mais saúde e qualidade de vida, já que têm sua integridade física preservada e evitam o estresse crônico — um gatilho emocional que pode provocar uma série de respostas negativas no organismo, tais como cefaleia, alergias e crises depressivas.

Aumenta a produtividade da equipe

Como a ergonomia melhora a qualidade de vida, os níveis de satisfação dos funcionários também aumentam. A salubridade é condição indispensável para um bom rendimento dos profissionais, afetando também a qualidade do trabalho apresentado.

Isso melhora o desempenho dos colaboradores no trabalho que, consequentemente, trarão resultados positivos para a companhia.

Evita o afastamento de funcionários por lesão

Um dos propósitos da ergonomia é prevenir lesões nos funcionários e diminuir o risco de acidentes e doenças ocupacionais, causados especialmente por movimentos repetitivos.

Ao implementar as mudanças na empresa, a tendência é que o número de afastamentos — tanto temporários quanto definitivos — seja reduzido de maneira significativa. Além disso, a ergonomia também tende a reduzir o número de atrasos e faltas, já que o trabalhador não se sente sobrecarregado com suas atividades. Vale lembrar que esse benefício reflete diretamente nos custos da empresa.

Melhora a valorização profissional

Os trabalhadores que são beneficiados pelas mudanças que visam a ergonomia sentem que são valorizados pela empresa. Esse tipo de intervenção desperta o sentimento de reconhecimento e de pertencimento, que são poderosos motivadores.

Além de evitar processos judiciais ou aposentadorias por invalidez, os cuidados com a ergonomia diminuem o número de demissões, ajudando até mesmo a valorizar a marca dentro do mercado de trabalho.

Conhecer os tipos de ergonomia é fundamental para entender quais ações podem ser implementadas na empresa e melhorar a saúde do trabalhador. É importante também estar atento a forma como os funcionários executam suas atividades e a sua satisfação no trabalho para propor mudanças que possam melhorar sua qualidade de vida.


Fonte


Thiago Lorenzi - CEO na Health & Care e Ergonomistas. Equilibrar saúde ocupacional e segurança do trabalho com produtividade é um negócio que dá certo. É nisso que eu acredito. www.nucleohealthcare.com.br












PLANEJANDO A FUGA NO CASO DE INCÊNDIO



Planejando a fuga de incêndio

Ninguém espera um incêndio. Mas é muito importante ter um plano de fuga no caso de um sinistro. O incêndio pode acontecer em qualquer lugar: na sua casa/apartamento ou local de trabalho.

No caso de Incêndio, não entre em pânico e nem tome atitude precipitada. Pense antes de agir. Os incêndios não acontecem só com os outros. Se o local onde você mora ou trabalha tiver os sistemas preventivos contra incêndio previstos nas Normas de Segurança Contra Incêndios do Corpo de Bombeiros de Santa Catarina (NSCI) pode ter certeza que suas chances são grandes de sair ileso, mas senão, seja prudente, e planeje a sua fuga do ambiente. Inicialmente você deve mentalizar as portas de saídas, se todas estão abertas e para onde levam. Preocupe-se com o pavimento que você se encontra. Caso você utilizou o elevador, procure saber qual é a localização das escadas. Guarde também na mente onde estão localizados os extintores. Lembre-se que, via de regra, todo incêndio começa pequeno, e se não for controlado no início, pode atingir proporções que o próprio Corpo de Bombeiros terá dificuldade em controlá-lo. E por Favor.... Nos ajude a prevenir incêndios, exija dos proprietários das edificações que você frequenta que os sistemas de proteção contra incêndios sejam instalados e mantidos.

Sugestões e Dicas

Tenha um plano de fuga - Faça uma reunião com sua família para discutir o que fazer se houver um incêndio. Pratique seu plano.

Planeje e pratique a sua fuga - No caso de incêndio, você deve sair rapidamente com sua família, planeje duas maneiras de abandonar sua residência ou apartamento. As rotas de fuga num incêndio não devem incluir os elevadores, que podem expor você direto ao calor e a fumaça. Escolha um local seguro na parte externa da edificação para reunião onde todos devem se recolher. Uma vez fora da edificação, não tente adentrá-la, somente quando o Corpo de Bombeiros autorizar. Pratique com a sua família pelo menos duas vezes por ano o seu plano de fuga.

Tenha cautela quando colocar trancas nas portas e janelas - Todo sistema antifurto ou de segurança deve ser instalado de maneira que não prejudique a evacuação da edificação no caso de fuga. Por exemplo, as trancas internas devem ser fáceis de destrancar e ao alcance de crianças, pois geralmente as crianças e pessoas idosas são as vítimas fatais dos incêndios, principalmente em residências.

Defina um ponto de REUNIÃO - Definindo-se em um lugar de reunião, você saberá se todos saíram com segurança.

Emita o Alarme - Acione o sistema de alarme e caso a edificação não disponha deste dispositivo, você deve avisar a viva-voz, para que todos abandonem a edificação, e ligue imediatamente para o telefone de emergência do Corpo de Bombeiros 193, informando com calma o local do incêndio, e responda as perguntas que nosso telefonista lhe fizer.

Caminhe rapidamente e não se apavore - Numa edificação que estiver se incendiando, ao se deparar com uma porta, sinta com as “costas” da mão se esta porta está quente. Se a porta estiver quente, não abra. Feche a porta atrás de você para retardar a propagação do fogo. Um incêndio ventilado pode aumentar sua velocidade em vinte vezes.

Use as escadas - Não use o elevador. No caso de incêndio o sistema elétrico é desligado e o elevador pode parar e você ficar preso. Geralmente em incêndios nas edificações altas os fossos dos elevadores funcionam como chaminé. Caminhe colocando uma mão na parede. Isto pode impedir que você se perca.

No caso de fumaça - Se houver fumaça, lembre-se que ela é mais leve que o ar, por isso está mais concentrada na parte superior, então, ajoelhe-se e rasteje até à saída segura e mais próxima, pois o ar ao nível do solo é mais puro e a visibilidade é melhor. Se você encontrar fumaça na saída principal, use sua rota alternativa. Você também pode proteger às vias aéreas com um pano limpo e molhado, segurando-o com uma das mãos. Obs. A fumaça possui gases tóxicos que podem levar a óbito uma pessoa rapidamente.

Se você estiver preso abra a janela - Caso você ficar preso numa sala com fumaça, abra a janela para que a fumaça saia e o ar entre no ambiente, aumentando as suas chances de sobreviver. Acene para fora pedindo ajuda.

Não tente entrar num local com fumaça ou fogo - Não entre num local com fumaça ou fogo para salvar algum bem! Lembre-se que a sua vida é a sua maior riqueza.

Instale detectores de fumaça - Os detectores de fumaça nos avisam quando acorre um princípio de Incêndio e assim temos tempo para escapar do fogo. Instale-os em cada nível de sua residência. Siga as orientações do fabricante, e teste o equipamento uma vez por mês. Substitua baterias duas vezes por ano ou quando o detector sinalizar que a bateria está inoperante. Lembre-se de dar um fim adequado às baterias usadas.

Cuidados com os equipamentos de calefação e Aquecedores - Mantenha os equipamentos de calefação e aquecedores portáteis a pelo menos 1 metro das cortinas, de varais ou de qualquer outra coisa que podem se queimar. Siga rigorosamente as instruções do fabricante, e se tiver algum problema no aparelho, desligue-o e chame a assistência técnica especializada e mantenha as crianças e os animais de estimação afastados desses aparelhos.

Seja cuidadoso ao Cozinhar - Mantenha o fogão, as conexões, mangueiras, válvula de redução de pressão, etc., tudo em boas condições de uso, observando a data de validade de cada material. Enquanto fizer uso do fogão ou forno (elétrico ou microondas) não se afaste da cozinha e mantenha os cabos das panelas voltados para a parte interna, assim evita-se que crianças puxem as panelas com material aquecido. É importante você lembrar que primeiro deve-se acender o fósforo e depois girar o botão do queimador, pois esta atitude evita a acumulação de gás que poderá causar acidentes.

Obs. Nunca deixe materiais combustíveis próximos do fogão (ex.: Cortinas, enfeites, pano de prato, etc.)



Para maiores informações consulte Cartilha - Planejando a Fuga no Caso de Incêndio

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    COMO CUIDAR DO DEPÓSITO DE MATERIAL DE CONSTRUÇÃO EM OBRAS   Manter um depósito de materiais bem organizado é fundamental para gar...