terça-feira, 8 de julho de 2025

 



 

EXAME DEMISSIONAL: ENTENDA A IMPORTÂNCIA

 

 


 

Considerado uma etapa importante do processo de desligamento, o exame demissional é uma avaliação obrigatória, que deve ser realizada por um médico do trabalho sempre que um colaborador deixa a empresa.

Mais do que uma obrigação trabalhista, essa prática garante a saúde dos profissionais. Afinal, um dos seus objetivos é ajudar a identificar possíveis doenças ou danos causados pelas atividades exercidas.

 

O que é exame demissional?

O exame demissional é uma avaliação médica obrigatória, estabelecida pelo art. 168 da CLT e pela NR-7, uma das normas regulamentadoras que tratam da saúde e segurança dos trabalhadores.

Realizado no momento do desligamento de um colaborador, esse exame avalia as condições de saúde do paciente, verificando, sobretudo, se houve alguma alteração em decorrência das atividades desempenhadas por ele na empresa.

 

A importância do exame demissional

O exame demissional cumpre um papel importante dentro da medicina do trabalho, beneficiando tanto o funcionário quanto a empresa.

Do ponto de vista do trabalhador, essa avaliação não apenas identifica eventuais problemas de saúde ocupacional como também garante acesso ao tratamento adequado.

Já para a empresa, o exame demissional ajuda a evitar futuras complicações jurídicas. Afinal, ele registra oficialmente as condições de saúde do colaborador no momento do desligamento.

Esse registro é feito por meio da emissão do Atestado de Saúde Ocupacional (ASO), documento obrigatório para formalizar o término do vínculo empregatício.

Evidenciando a importância desta etapa, em 2018, uma fábrica de autopeças localizada em Porto Real (RJ) foi condenada por ter dispensado um trabalhador sem realizar o exame demissional.

 

Para que serve o exame demissional?

Em termos práticos, o exame demissional é uma medida de proteção para ambas as partes, garantindo transparência e cuidado no encerramento de contratos de trabalho regidos pela CLT.

Além de cumprir com os aspectos que explicamos acima, essa prática também é uma forma de incentivar os funcionários a realizarem exames preventivos e reforçar o compromisso da organização com a saúde e segurança de sua equipe.

 

Quem deve realizar o exame demissional?

Todo funcionário contratado pelo regime CLT deve passar pelo exame demissional ao ser desligado da empresa, independentemente do motivo da rescisão ou de quem a solicitou.

Vale lembrar que a responsabilidade pelo agendamento desta avaliação é da empresa, que deve cumprir os prazos estabelecidos por lei.

 

Tipos de exame demissional

Assim como acontece no exame admissional, o exame demissional envolve uma avaliação abrangente da saúde do trabalhador.

 

Os principais tipos de exames que podem fazer parte desse processo:

Exame Clínico

Consiste em uma avaliação geral. Ele é composto pela anamnese, etapa na qual o médico conversa com o paciente sobre seu histórico médico, e pelo exame físico, composto por inspeção, palpação e ausculta.

 

Exame de Audiometria

É o exame que avalia a capacidade auditiva do colaborador, sendo especialmente importante para aqueles que trabalham em ambientes com altos níveis de ruído.

 

Exame de Acuidade Visual

É um teste bastante simples e rápido, que tem como objetivo avaliar a capacidade de visão do indivíduo.

 

Exame Toxicológico

Feito a partir de uma amostra de sangue, urina, cabelo, pelo ou suor, esse exame identifica a presença de substâncias tóxicas no organismo, como drogas ou álcool.

 

Exames Laboratoriais

Abrange um conjunto de exames realizados em laboratório, incluindo análises de sangue, urina e outros fluidos corporais, que verificam possíveis alterações de saúde.

 

Exames de Imagem

Nesta categoria, entram exames como raios-x ou ressonância magnética. Em geral, eles servem para detectar lesões ou outras condições físicas relacionadas ao trabalho, como problemas musculoesqueléticos.

 

Exame Ergométrico

Trata-se de um teste físico que avalia a capacidade cardiovascular e resistência do trabalhador. Ele é especialmente valioso em funções que exigem esforço físico intenso.

 

O que é analisado no exame demissional?

Como acabamos de ver, há muitos aspectos que podem ser avaliados durante o exame demissional.

Mas, no fim das contas, o objetivo principal é um só: analisar a saúde física, mental e emocional do trabalhador no momento do seu desligamento.

Ao comparar os resultados do exame demissional com o estado de saúde do funcionário no momento da admissão, é possível identificar se ele sofreu algum impacto negativo relacionado ao trabalho e, se for o caso, adotar as medidas cabíveis.

 

Vantagens do exame demissional para empresas e colaboradores

Agora que você já sabe o que é o exame demissional, sua importância e quando deve ser realizado, bora recapitular suas vantagens?

 

Para o colaborador, a realização dessa avaliação médica permite:

·       Detecção precoce de problemas de saúde;

·       Acesso a tratamento adequado caso algum problema seja identificado;

·       Segurança no processo de desligamento;

·       Reconhecimento e proteção dos direitos relacionados à saúde ocupacional.

 

Para as organizações, por sua vez, a realização do exame demissional garante:

·       Cumprimento da legislação e normas vigentes;

·       Redução de riscos jurídicos;

·       Fortalecimento da imagem corporativa;

·       Proteção contra passivos trabalhistas.

·       Ou seja, quando essa regra é devidamente cumprida, todos saem ganhando!

 

Considerações finais

O bem-estar dos trabalhadores deve ser prioridade para todas as empresas, não apenas por uma questão legal e ética, mas também pelo impacto direto que esses fatores têm no desempenho e na produtividade das equipes.

O exame demissional cumpre com um papel fundamental nesse processo, pois, como vimos, garante que o funcionário tenha sua saúde devidamente monitorada ao longo de sua trajetória profissional.

 




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CID 11: CONFIRA AS ATUALIZAÇÕES DA CLASSIFICAÇÃO

 


 

A nova Classificação Internacional de Doenças (CID-11), publicada pela Organização Mundial da Saúde, traz atualizações importantes que impactam diretamente a área de saúde e segurança do trabalho.

Com uma estrutura mais moderna e precisa, a CID-11 aprimora a identificação de doenças, lesões e condições relacionadas ao trabalho, contribuindo para diagnósticos mais assertivos e uma gestão mais eficiente da saúde ocupacional.

 

Neste artigo, você vai entender o que é a CID-11, quais são as principais mudanças em relação à versão anterior e como essas atualizações afetam empresas, profissionais de saúde e colaboradores.

Continue a leitura para se aprofundar no tema e descobrir como a nova classificação pode transformar a forma como cuidamos da saúde no ambiente de trabalho.

 

O que é a CID 11

A CID-11 é a 11ª versão da Classificação Internacional de Doenças, desenvolvida pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Trata-se de um sistema padronizado que organiza e categoriza doenças, distúrbios, condições de saúde e causas de morte em todo o mundo. Sua principal função é fornecer uma linguagem comum entre profissionais da saúde, pesquisadores e gestores para que seja possível registrar, analisar e comparar informações sobre a saúde de maneira consistente entre países e ao longo do tempo.

Essa nova versão traz avanços importantes em relação à anterior, a CID-10, com atualizações que refletem os progressos da medicina e das ciências da saúde. A CID-11 inclui, por exemplo, categorias mais detalhadas, incorpora conhecimentos mais atuais sobre saúde mental, reconhece condições associadas ao uso da tecnologia e facilita a integração com sistemas digitais de prontuário eletrônico.

Além disso, ela foi pensada para ser mais acessível e adaptável às realidades de diferentes países, permitindo personalizações e traduções mais eficientes. Em resumo, a CID-11 é uma ferramenta moderna e global que contribui para a melhoria do diagnóstico, da vigilância em saúde pública e do planejamento de políticas de saúde em escala mundial.

 

Características da CID 11

A CID-11 apresenta diversas melhorias e inovações em relação às versões anteriores. Aqui estão as principais características que a tornam mais moderna, funcional e alinhada com as necessidades atuais da saúde global:

 

Formato digital e integrado

A CID-11 foi desenvolvida nativamente para o ambiente digital, facilitando sua integração com sistemas de informação em saúde, como prontuários eletrônicos e bancos de dados hospitalares. Isso melhora a precisão na codificação e reduz erros.

 

Classificação mais detalhada e flexível

Ela traz uma estrutura mais granular, com códigos mais específicos que permitem descrever condições de forma mais precisa. Além disso, permite combinações entre códigos (chamadas de “extensores”) para representar nuances clínicas sem criar milhares de novas categorias.

 

Cobertura ampliada

·       Inclui novas doenças e condições que ganharam relevância nos últimos anos, como:

·       Transtornos relacionados a jogos eletrônicos (gaming disorder);

·       Condições relacionadas à saúde sexual e de gênero;

·       Novos diagnósticos em saúde mental e neurológica.

 

Atualização científica

Reflete os avanços da medicina, com definições mais atualizadas baseadas em evidências e no consenso internacional. Muitos capítulos foram reestruturados para se adequar à prática clínica moderna.

 

Organização por temas e sistemas

A estrutura foi reorganizada para agrupar as doenças de maneira mais lógica, por sistemas do corpo e temas de saúde (como imunizações, trauma, saúde mental), facilitando o uso pelos profissionais.

 

Foco em usabilidade global

Foi traduzida para diversas línguas e adaptada para contextos culturais e epidemiológicos variados, visando atender tantos países com sistemas de saúde avançados quanto regiões em desenvolvimento.

 

Melhor suporte à vigilância epidemiológica e pesquisa

Com dados mais precisos e codificação padronizada, a CID-11 oferece uma base sólida para o monitoramento de doenças, elaboração de políticas públicas, e realização de pesquisas comparativas internacionais.

 

Principais mudanças na CID 11

A Classificação Internacional de Doenças – 11ª Revisão (CID-11), elaborada pela Organização Mundial da Saúde (OMS), entrou em vigor oficialmente em 1º de janeiro de 2022. Ela substitui a CID-10, que estava em uso desde os anos 1990. A CID-11 traz várias mudanças significativas para refletir os avanços científicos, tecnológicos e sociais na área da saúde.

 

Estrutura digital e navegação moderna

·       A CID-11 foi projetada nativamente em formato digital, facilitando a integração com sistemas eletrônicos de saúde;

·       Possui uma interface online com busca facilitada, códigos interativos e hiperlinks;

·       Permite codificação em camadas (clustering) para representar melhor a complexidade dos diagnósticos.

·       Inclusão de novos transtornos e condições

·       Transtornos relacionados a jogos eletrônicos (gaming disorder) foram incluídos como parte dos transtornos de comportamento aditivo;

·       Burnout agora tem um código próprio: QD85. Ele é classificado como um fenômeno ocupacional, não uma condição médica;

·       Reconhecimento de transtornos relacionados à identidade de gênero, com a remoção da “transexualidade” da categoria de transtornos mentais e realocação para condições relacionadas à saúde sexual (mais inclusivo e respeitoso).

 

Atualizações em doenças específicas

·       Novos códigos para resistência antimicrobiana, com mais precisão sobre microrganismos e resistência a medicamentos;

·       Inclusão de condições como síndrome pós-COVID-19 (COVID longa);

·       Avanços na classificação de doenças cardíacas, neurológicas, neoplásicas e imunológicas com mais granularidade.

 

Melhor representação da saúde mental

Revisão e reclassificação de transtornos mentais com base nas evidências mais atuais;

Mais detalhamento sobre esquizofrenia, transtornos do humor, transtornos de ansiedade e neurodesenvolvimento.

 

Universalidade e adaptação

·       Disponível em várias línguas e adaptável a contextos nacionais;

·       Tem como objetivo melhorar a comparabilidade de dados entre países, o que fortalece a vigilância em saúde global.

 

Importância da CID 11 para a empresa

A adoção da CID-11 pelas empresas — especialmente aquelas que atuam nas áreas de saúde ocupacional, benefícios corporativos, tecnologia da saúde ou gestão de pessoas — traz uma série de vantagens estratégicas, operacionais e legais.

 

Maior precisão nos diagnósticos e laudos

Com códigos mais específicos e estruturados, a CID-11 permite diagnósticos mais detalhados, o que melhora:

·       A qualidade das informações médicas enviadas à empresa;

·       A assertividade na tomada de decisões, como afastamentos, readaptações ou encaminhamentos;

·       O planejamento de ações preventivas mais direcionadas.

 

Melhoria na gestão de saúde corporativa

A CID-11 permite análises epidemiológicas mais confiáveis e segmentadas, apoiando:

·       A construção de relatórios mais robustos e inteligentes sobre a saúde dos colaboradores.

·       O desenvolvimento de programas de bem-estar, saúde mental e prevenção de doenças mais eficazes.

·       A detecção precoce de padrões de adoecimento (como LER/DORT, burnout, transtornos mentais).

 

Atualização com padrões internacionais

A adoção da CID-11 alinha a empresa com os protocolos internacionais de saúde.

Isso é especialmente importante para empresas multinacionais ou que prestam serviços globais.

Gera credibilidade e conformidade com normas da OMS e órgãos reguladores.

 

Conformidade legal e trabalhista

A CID é base para diversos processos legais, como afastamentos previdenciários (INSS) e acompanhamento de atestados.

Estar atualizado com a CID-11 ajuda a empresa a:

·       Evitar inconsistências em laudos.

·       Cumprir exigências de auditorias e perícias.

·       Prevenir fraudes relacionadas a licenças médicas.

·       Integração com sistemas e tecnologias

 

A estrutura digital da CID-11 facilita:

A integração com prontuários eletrônicos e plataformas de saúde ocupacional.

A automação de análises e dashboards em ferramentas de BI.

O uso de inteligência artificial e machine learning em soluções de saúde corporativa.

Reconhecimento de novas demandas em saúde mental

A empresa passa a lidar com novos códigos relacionados a burnout, gaming disorder e transtornos de identidade de gênero, entre outros.

 

Isso possibilita:

A criação de políticas de saúde mental mais atualizadas.

A construção de ambientes mais inclusivos e acolhedores.

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