terça-feira, 5 de setembro de 2023

 





 

A TECNOLOGIA NA SEGURANÇA DO TRABALHO

 

É difícil citar algo do nosso dia a dia que não envolva tecnologia, hoje em dia ela é tão inserida no nosso cotidiano que podemos encontra-la em qualquer lugar e para qualquer situação que imaginarmos, das nossas casas ao nosso trabalho, e com SST não é diferente, a tecnologia na segurança do trabalho já é realidade e traz diversos benefícios.

O avanço tecnológico cada vez maior vem mudando nossos costumes, o tempo necessário para ligar para um ponto de táxi e aguardar ele chegar foi reduzido para um clique e em poucos minutos um uber já está na porta da sua casa e isso se estende para qualquer atividade rotineira.

As novas tecnologias são extremamente úteis e nos economizam tempo, agilizam processos e são simples de usar, da casa ao trabalho ela está do nosso lado, sistemas automatizados já são amplamente utilizados em diversas áreas profissionais há tempos e porque não os utilizas na Segurança do Trabalho?

 



Tecnologia no estabelecimento de uma Cultura de Segurança

A tecnologia é sempre um elemento que provoca resultados positivos quando é introduzida de uma forma adequada em ambientes organizacionais.

A área de Segurança e Saúde do Trabalho pode melhorar as condições de trabalho a partir do uso de várias tecnologias como, por exemplo, implantar uma iluminação adequada na indústria, exaustores, dispositivos de automatização até a aquisição de um software que ajude a melhorar a gestão de informações da área.

O principal objetivo de promover a Cultura de Segurança do Trabalho é criar uma atmosfera no ambiente organizacional na qual os trabalhadores são conscientes sobre os riscos envolvidos no trabalho, participam do processo de prevenção e avaliação e evitam atitudes ou situações inseguras.

O uso de uma tecnologia cria mudanças em várias dimensões ou aspectos tratados nas rotinas de trabalho dos profissionais. Por exemplo, a formação e qualificação dos trabalhadores é potencializada com o uso de Ambientes Virtuais de Ensino. Na plataforma do INBEP são disponibilizados vários módulos on-line específicos de treinamento para profissionais da área.

A tecnologia também é utilizada para simular as operações industriais e rotinas de trabalho, em um cenário virtual que melhora o aprendizado do trabalhador, simula as situações de riscos e consolida conhecimentos teóricos, reduzindo com isso o número de acidentes de trabalho ou doenças ocupacionais.

Algumas iniciativas de Tecnologia 3D (AR) já estão disponíveis para atender necessidades de diferentes indústrias: Oniria, ForgeFx Simulations e EON Reality.

A adoção de sistemas de gestão também pode ser extremamente benéfica na área, aplicativos, automatizam inúmeras funções que antes eram feitas à mão e demandavam muito tempo.

Os aplicativos de gestão já notificam quando EPI’s devem ser trocados, registram inspeções e entregas de equipamentos por meio de biometria, registram a CAT e enviam diretamente ao eSocial, geram relatórios, registram todas as informações necessárias para a gestão de SST, reduzindo muito o tempo gasto com isso e o volume de papéis e fichas que precisavam ser armazenados.

 

Principais benefícios da tecnologia na Segurança do Trabalho

·       Automatiza o processo de comunicação entre os membros da equipe de Segurança do Trabalho ou colaboradores da empresa;

·       Eliminam o tempo gasto na preparação dos relatórios, através da geração de relatórios automáticos e aumentam a produtividade da equipe de trabalho;

·       Agiliza a avaliação de riscos ou situações perigosas para os trabalhadores;

·       Reduz a probabilidade de erro no processamento de informações ou avaliação do elevado número de requisitos exigidos pela legislação;

·       Reduz o tempo de processamento dos dados coletados em campo, aumenta a produtividade dos profissionais e garante a comunicação dos gestores, engenheiros e técnicos da área de Segurança do Trabalho;

·       Monitora em tempo real o desempenho da área de Segurança e Saúde do Trabalho;

·       Automatiza e agiliza todo o processo de entrega, troca e devolução dos EPI’s e registra todas as ações;

·       Agiliza todo o processo de inspeção de segurança, registrando os fatores de risco por diversos meios (escrito, foto, etc) e já dando a oportunidade de criar um plano de ação para anular os riscos.

 

Influencias da Internet e da tecnologia nos dias atuais

As pesquisas realizadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) demonstram que o acesso à internet nos domicílios cresceu nos últimos anos. A inclusão digital acontece principalmente por meio de dispositivos móveis, isto é, um smartphone ou tablet para acessar a web.

Em 2015, foram mais de 114 milhões de brasileiros acessando a internet e é previsto que esse número seja cerca de 132 milhões, em 2020, que representará mais de 60% da população.

A agência internacional Statis destaca que no Brasil, em 2016, em média os usuários ficaram conectados na internet 25.7 horas por mês. No mesmo período, as vendas por e-commerce foram em torno de US$ 16.6 bilhões e para 2020 é previsto que o valor seja de US$ 26.4 bi.

Outra mudança nos usuários está relacionada com a forma de navegar pela internet, praticamente, acontece por meio de Apps – software projetados para rodar em smartphones, tablets ou outros dispositivos móveis. Em junho de 2016, apenas na Google Play e Apple App Store estavam disponíveis para download 2,2 e 2 milhões de softwares, respectivamente.

Interessados nos valores econômicos desse mercado, a agência estimou que os usuários americanos, em 2015, gastaram mais de 90% do tempo conectado nos dispositivos acessando Apps e 10% navegando na web.

Nos setores das indústrias também se observa que cada vez mais as máquinas e equipamentos estão se conectando com a internet. Isto é, temos mais dados disponíveis em qualquer lugar e a qualquer momento. A agência internacional que analisa o comportamento tecnológico IHS estima mais de 20 milhões de máquinas e equipamentos conectados em 2019.

 

Figura 1 – Quantidade de Dispositivos Conectados na Internet por Setor

 

E o uso de tecnologias se torna cada vez mais abrangente com a “Internet das coisas“, um conceito que se refere à conexão de objetos convencionais à internet, como carros, geladeiras, etc. Ou seja, basicamente tudo já pode se conectar à rede, registrar e transmitir dados.

Isso só nos mostra como já não existem barreira para a implantação de novas tecnologias e como elas podem ser úteis em diversas esferas da nossa vida, principalmente no trabalho.

 

Tecnologias Disponíveis para a Segurança do Trabalho

O cenário e comportamento dos usuários apresentam um futuro promissor e possibilitam a criação de soluções inovadoras para diferentes setores da economia.

Especificamente, na Segurança do Trabalho, a implantação de um software torna-se obrigatória agora com a chegada do eSocial. Iniciativa que cria uma nova era digital no dia-a-dia dos profissionais e favorece a Cultura de Segurança no Trabalho nas organizações.

Para gerenciar e buscar um padrão de desempenho na área de Segurança do Trabalho é necessário automatizar a análise de informações dos trabalhadores, a análise de riscos, acidentes de trabalho, entre outros dados obrigatórios que já são reunidos pelos profissionais da área.

A agilidade de tomar decisões também demanda a integração das informações, o envio de relatórios digitais, mobilidade e disponibilidade em tempo real.

Com muita facilidade a tecnologia já gera benefícios em práticas organizacionais de diversas esferas, e ao relacionarmos todo este panorama com a Cultura de Segurança do Trabalho, um software de gestão já pode automatizar inúmeras funções organizacionais da área, reduzindo drasticamente o tempo gasto no controle da SST e tornando os ambientes de trabalho mais seguros de maneira muito mais simples em comparação com processos manuais.

As principais tecnologias disponíveis no mercado (Sistemas web e Apps) para a área de Segurança do Trabalho foram recentemente avaliadas pela nossa Equipe. Observa-se que é um mercado que cresce todos os dias e, consequentemente, em pouco tempo você e a sua equipe de profissionais vão se deparar com a necessidade de selecionar um software.

 

 



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EXTRICAÇÃO 

(Com uso do KED)

 

A palavra extricação é um neologismo usada na nossa língua, oriunda da palavra em inglês

 “Extricate” que significa retirada de alguém de uma situação ou local difícil.

Desta forma definimos extricação, mais comumente, como a retirada de vítima presas nas ferragens dos veículos.

 



Nos casos de extricações há duas formas de abordagem e estabilização da coluna cervical: De lado e/ou por trás da vítima.

A abordagem lateral é feita pelo socorrista 01 apoiando uma das mãos na parte anterior do pescoço com o polegar e indicador na mandíbula e a outra mão na parte posterior do pescoço com o polegar e o indicador no osso occipital.

É importante usar os antebraços na parte posterior e anterior da vítima para um suporte adicional na hora da estabilização, principalmente quando a vítima estiver inconsciente, ou com a coluna muito desalinhada.

Na abordagem posterior o dedo médio toca o maxilar e as mãos ficam espalmadas e os antebraços do socorrista tocam os ombros da vítima como suporte adicional para neutralização da coluna cervical.

Estas duas abordagens serão empregadas de acordo com  as vias de acesso do carro sinistrado. Os procedimentos de extricações ora comentados estão baseados na abordagem posterior.

Principalmente nos casos de vítimas presas nas ferragens o socorrista 1 deverá ter uma visão de toda a cena do acidente, bem como estar em uma posição privilegiada para avaliar a vítima e decidir qual técnica adequada a ser aplicada.

 

Existem quatro técnicas de extricações:

·       Retirada com o uso do KED (Kendrick Extrication Device) ou colete de imobilização
dorsal.

·       Retirada Rápida com o uso da lona;

·       Retirada Rápida sem a lona e;

·       Chave de Rauteck.

 

RETIRADA COM USO DO KED:

Esta técnica é comumente utilizada para retirar vítimas estáveis do interior de veículos. Uma equipe treinada e com boas vias de acesso consegue retirar ou extricar uma vítima do interior do veículo em poucos minutos com uma imobilização adequada.

 

CONDUTA PARA USO DO KED:

1- Priorizar a segurança;

2- Realize o ABC verificando se a vítima está estável, decidindo o uso da técnica.
Caso a vítima esteja grave aplicar técnica de retirada rápida;

3- Socorrista 3: Realizar a estabilização da coluna cervical na abordagem posterior;

4- Socorrista 2: Colocar o colar cervical;

5- Socorrista 1 e 3: Em movimento monobloco, posicionam o corpo da vítima à frente para permitir a colocação do colete imobilizador. Este movimento tem que ser sutil não forçando a coluna na região da lombar e cintura pélvica;

6- Socorrista 1: Passar a mão nas costas da vítima até a região lombar para procurar ferimentos, fragmentos de vidro, objetos transfixados ou possível armamento;

7- Socorrista 1 e 2: Colocar o KED;

8- Socorristas 1 e 2: Colocam o KED entre a vítima e o banco, ajustando-o de maneira que as abas laterais fiquem abaixo das axilas. Procurar soltar os tirantes dos membros inferiores antes do encaixe do equipamento;

9- Socorristas 1 e 2: Passar os tirantes do colete, na seguinte ordem:

a) Tirante abdominal amarelo (do meio);

b) Estabilizar a lateral da cervical colocando a almofada entre a cabeça e o colete e fixando com os tirantes, ataduras ou bandagens;

c) Tirante torácico verde (superior), sem ajusta-lo demasiadamente;

d) Tirante pélvico vermelho (inferior);

e) Tirantes dos membros inferiores, passando-os de fora para dentro por baixo, um de cada lado;

10-Ajustar os tirantes a medida que são colocados.
O tirante torácico ou verde deve ser levemente ajustado

11-Revisar o aperto dos tirantes;
12- Socorrista 3 : Apoiar a extremidade dos pés da prancha longa sobre o banco do carro;

13-Fazer o giro da vítima em bloco para o lado de fora do veículo, da seguinte maneira:
a) Socorrista 1 Se possível, afastar o banco para próximo do banco traseiro puxando a alavanca. Movimentar a vítima puxando as alcas do KED girando em torno do eixo longitudinal da vítima juntamente com o socorrista 2;

b) Socorrista 2: Deverá liberar os membros inferiores da vítima;

14- Socorrista 3: Apoiar a prancha em suas coxas e flexiona os joelhos. Neste caso é importante que as mãos fiquem livres para auxiliar no processo de colocação da vítima na prancha;

15-Após a vítima estar posicionada na prancha longa, soltar os tirantes do KED. Após a colocação do imobilizador lateral de cabeça da prancha, soltar o tirante da cabeça;

16- Continuar com o atendimento e avaliação durante o transporte ou aguarde o Suporte Avançado.

Nota 1: Não fixar o tirante pélvico em gestantes.

Nota 2: O KED deve estar com os tirantes enrolados em forma de sanfona antes de ser usado.

Nota 3: Preferencialmente retirar a vítima pelo lado da porta de seu assento.

 

Fonte: Apostila de Primeiros Socorros Curso de Formação de Bombeiros Civis.

 

 



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