EXTRICAÇÃO
(Com uso do KED)
A palavra extricação é um neologismo usada na nossa
língua, oriunda da palavra em inglês
“Extricate” que
significa retirada de alguém de uma situação ou local difícil.
Desta forma definimos extricação, mais comumente, como
a retirada de vítima presas nas ferragens dos veículos.
Nos casos de extricações há duas formas de abordagem e
estabilização da coluna cervical: De lado e/ou por trás da vítima.
A abordagem lateral é feita pelo socorrista
01 apoiando uma das mãos na parte anterior do pescoço com o polegar e
indicador na mandíbula e a outra mão na parte posterior do pescoço com o
polegar e o indicador no osso occipital.
É importante usar os antebraços na parte posterior e
anterior da vítima para um suporte adicional na hora da estabilização,
principalmente quando a vítima estiver inconsciente, ou com a coluna muito
desalinhada.
Na abordagem posterior o dedo médio toca o maxilar e
as mãos ficam espalmadas e os antebraços do socorrista tocam os ombros da
vítima como suporte adicional para neutralização da coluna cervical.
Estas duas abordagens serão empregadas de acordo
com as vias de acesso do carro sinistrado. Os procedimentos de extricações
ora comentados estão baseados na abordagem posterior.
Principalmente nos casos de vítimas presas nas
ferragens o socorrista 1 deverá ter uma visão de toda a cena do acidente,
bem como estar em uma posição privilegiada para avaliar a vítima e decidir
qual técnica adequada a ser aplicada.
Existem
quatro técnicas de extricações:
· Retirada
com o uso do KED (Kendrick Extrication Device) ou colete de imobilização
dorsal.
· Retirada
Rápida com o uso da lona;
· Retirada
Rápida sem a lona e;
· Chave
de Rauteck.
RETIRADA
COM USO DO KED:
Esta técnica é comumente utilizada para retirar
vítimas estáveis do interior de veículos. Uma equipe treinada e com boas vias
de acesso consegue retirar ou extricar uma vítima do interior do veículo em
poucos minutos com uma imobilização adequada.
CONDUTA
PARA USO DO KED:
1- Priorizar a segurança;
2- Realize o ABC verificando se a vítima está estável,
decidindo o uso da técnica.
Caso a vítima esteja grave aplicar técnica de retirada rápida;
3- Socorrista 3: Realizar a estabilização da
coluna cervical na abordagem posterior;
4- Socorrista 2: Colocar o colar cervical;
5- Socorrista 1 e 3: Em movimento monobloco,
posicionam o corpo da vítima à frente para permitir a colocação do colete
imobilizador. Este movimento tem que ser sutil não forçando a coluna na região
da lombar e cintura pélvica;
6- Socorrista 1: Passar a mão nas costas da
vítima até a região lombar para procurar ferimentos, fragmentos de vidro,
objetos transfixados ou possível armamento;
7- Socorrista 1 e 2: Colocar o KED;
8- Socorristas 1 e 2: Colocam o KED entre a
vítima e o banco, ajustando-o de maneira que as abas laterais fiquem abaixo das
axilas. Procurar soltar os tirantes dos membros inferiores antes do encaixe do
equipamento;
9- Socorristas
1 e 2: Passar os tirantes do colete, na seguinte ordem:
a) Tirante abdominal amarelo (do meio);
b) Estabilizar a lateral da cervical colocando a
almofada entre a cabeça e o colete e fixando com os tirantes, ataduras ou
bandagens;
c) Tirante torácico verde (superior), sem ajusta-lo
demasiadamente;
d) Tirante pélvico vermelho (inferior);
e) Tirantes dos membros inferiores, passando-os de
fora para dentro por baixo, um de cada lado;
10-Ajustar os tirantes a medida que são colocados.
O tirante torácico ou verde deve ser levemente ajustado
11-Revisar o aperto dos tirantes;
12- Socorrista 3 : Apoiar a extremidade dos pés da prancha longa
sobre o banco do carro;
13-Fazer o giro da vítima em bloco para o lado de fora
do veículo, da seguinte maneira:
a) Socorrista 1 Se possível, afastar o banco para próximo do banco
traseiro puxando a alavanca. Movimentar a vítima puxando as alcas do KED
girando em torno do eixo longitudinal da vítima juntamente com o socorrista 2;
b) Socorrista 2: Deverá liberar os membros
inferiores da vítima;
14- Socorrista 3: Apoiar a prancha em suas
coxas e flexiona os joelhos. Neste caso é importante que as mãos fiquem livres
para auxiliar no processo de colocação da vítima na prancha;
15-Após a vítima estar posicionada na prancha longa,
soltar os tirantes do KED. Após a colocação do imobilizador lateral de cabeça
da prancha, soltar o tirante da cabeça;
16- Continuar com o atendimento e avaliação durante o
transporte ou aguarde o Suporte Avançado.
Nota
1: Não
fixar o tirante pélvico em gestantes.
Nota
2: O
KED deve estar com os tirantes enrolados em forma de sanfona antes de ser
usado.
Nota
3:
Preferencialmente retirar a vítima pelo lado da porta de seu assento.
Fonte: Apostila
de Primeiros Socorros Curso de Formação de Bombeiros Civis.
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