quinta-feira, 16 de novembro de 2023

 





 

OS HÁBITOS ANTIGOS X A PREVENÇÃO DE ACIDENTES

 


Veja como os hábitos antigos interferem na prevenção de acidentes

Entre as principais barreiras que interferem na percepção de riscos estão os hábitos antigos. No entanto, conhecer essas barreiras é importante para que possamos identificar corretamente aquelas que merecem uma atenção maior.

Tipos de barreiras

ü Psicológica

ü Problemas pessoais;

ü Stress;

ü Ansiedade;

ü Pressa;

Fisiológica

ü Limitações físicas;

ü Sono, cansaço;

ü Estado físico, doenças.

Cognitiva

ü Não sabe do risco;

ü Não foi treinado;

ü Não lembra do treinamento;

ü Dificuldade de compreensão.

Social

ü Hábitos antigos;

ü Falta de experiência/habilidade;

ü Excesso de experiência/Alta autoconfiança;

ü Processo inadequado;

ü Não concorda com os procedimentos;

ü Procedimentos desatualizados;

ü Horas extras;

ü Instalações inadequadas;

ü Ferramentas/equipamentos inadequados

ü Exemplo de colegas;

ü Exemplo de líderes;

ü Prioridade à produção.

 

Hoje trataremos especificamente dos hábitos antigos, por se tratar de uma barreira que tem grande impacto na percepção de risco nas empresas que estão em uma cultura de segurança dependente.

Mudar hábitos antigos exige muito trabalho, paciência e muitas vezes, decisões administrativas difíceis, pois normalmente são funcionários com vários anos de empresa que se enquadram nessa categoria.

 

Como mudar os hábitos antigos

Não existe uma fórmula mágica para isso! Enquanto alguns mudam de comportamento rapidamente, outros dependem de um trabalho de persuasão bem mais demorado.

Após identificar os empregados que apresentam esse comportamento, temos que dedicar um tempo para orientá-los, utilizando-se de ferramentas educativas. Porém, devemos tomar cuidado para não ser coniventes com situações de risco iminente. Se perceber que não está funcionando, passamos a utilizar de ferramentas administrativas, ainda de forma branda. Em uma terceira etapa, passamos para a fase punitiva e por fim, se a mudança não ocorrer, é melhor demitir o empregado, antes que ele passe a influenciar os outros, ou venha a sofrer um acidente.

O fato de ser um trabalhador com muitos anos de empresa, leva o mesmo a cometer desvios conscientes e também inconscientes, levado por maus hábitos que sempre foram tratados como normais. A partir do momento que passam a ser cobrados da mudança de comportamento, rapidamente assumem posturas auto defensivas e que merecem todo cuidado quanto à forma de tratamento da situação para que não se transforme em um caso pessoal. Devemos sempre nos lembrar que o nosso problema é o evento e não a pessoa.

 

Ferramenta que pode ajudar a identificar as barreiras

A Observação de Riscos no Trabalho é uma ferramenta excelente para a identificação das barreiras. Para isso é importante a formação da equipe que irá atuar nas observações. Só assim a ferramenta será aplicada de forma eficaz. 

Existem muitos treinamentos ou consultorias específicas sobre o Comportamento Seguro com a aplicação da ORT. Se você ainda não conhece, basta uma rápida pesquisa no Google para identificar várias empresas especializadas no assunto.

Trabalho com essa ferramenta há vários anos e posso dizer que estou bastante satisfeito com os resultados. Por ser educativa, a ferramenta, ao mesmo tempo em que nos permite identificar as barreiras, também orienta quanto às soluções para as barreiras.

 

Finalizando

O assunto é bastante extenso e em outra oportunidade falarei mais sobre o tema, mas entendo que tratar os hábitos antigos é difícil e demanda tempo. Porém, os resultados aparecem na medida em que acompanhamos de perto a evolução da segurança, saindo de uma cultura dependente e evoluindo para uma cultura de interdependência, onde todos entendem e praticam a segurança para si e para os outros também.

 



 

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PROCEDIMENTO PARA IÇAMENTO DE CARGAS

 


Como elaborar um procedimento para içamento de cargas

Neste artigo vamos abordar um assunto muito importante em nossa área: procedimento para içamento de cargas. O ideal é escrever um procedimento geral sobre cargas suspensas e procedimentos operacionais para cada tipo de içamento: com guindaste, grua, munk, ponte rolante, etc.

O procedimento que vamos tratar está relacionado a içamento com munck, guindaste ou ponte rolante. ATENÇÃO: Este é apenas um modelo que pode e deve ser adaptado às condições que você tem em sua empresa. A formatação fica por sua conta!!

 

Materiais que podem ajudar

Uso correto de lingas e correntes

 

CHECK LIST CAMINHÃO MUNCK

 

OPERADOR

 

 

REG:

1)               HORÁRIO

 

2)                     

DATA:

3)               SETOR

 

4)                     

TURNO

 

ITENS A SEREM OBSERVADOS

  SIM

   NÃO

O Operador está habilitado (curso de qualificação) para operar o equipamento ?

 

 

O sistema hidráulico apresenta algum aspecto que indique vazamento de óleo?

 

 

O Operador está portando os EPI’s (Calçados e Capacete de Segurança)  necessários à execução de suas atividades?

 

 

O veículo possui extintor de incêndio com carga plena e no prazo de validade para recarga?

 

 

As cintas de sustentação da carga estão em bom estado de conservação?

 

 

O equipamento  possui indicação de elevação da carga máxima permissível?

 

 

Existe no veículo material necessário para auxiliar na sustentação do equipamento, tais como : madeiras, e calços.

 

 

A capacidade de elevação de carga da cinta é compatível com a carga a ser içada?

 

 

Existe material de sinalização de segurança no veículo para atividades de içamento de cargas quando a situação exigir.

 

 

 

Diante dos pontos observados nesta inspeção, o Muck está em condições de operar normalmente? Em caso negativo  interditar o equipamento.

 

 

 

 

Obs: -----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

 

 

   --------------------------                                ------------------------------                                    ----------------------

           SESMT                                                          Operador                                                            Supervisão

 

 

 

 

ETAPA 1

EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL

Relacione em seu procedimento todos os EPIs que serão obrigatórios para a atividade. Reserve um campo para os EPIs específicos. Você poderá colocar uma descrição da função do EPI.

Neste exemplo os EPIs serão:

 

BÁSICOS:

Capacete com jugular: Para mitigar / atenuar o potencial de risco de incidentes com ferimentos / escoriações em casos de bater contra estruturas ou quedas de materiais protege contra respingos de líquidos quentes corrosivos químicos;

Calçado de Segurança com biqueira: Proteção dos pés do usuário contra impactos de quedas de objetos sobre os artelhos, contra agentes abrasivos e escoriantes e contra umidades provenientes de operações.

Óculos de proteção: Protegem os olhos contra ferimentos provenientes de impactos de partículas, materiais pontiagudos, poeiras e respingos químicos, evitar contato das lentes sobre superfícies abrasivas.

Protetor auricular tipo plug ou concha: Para mitigar / atenuar o potencial de risco voltado a perdas auditivas e demais patologias ou sintomas que podem acompanhar tais perdas;

Luvas de Lona - Protege as mãos contra agentes mecânicos.

 

ESPECÍFICOS:

Luvas de raspa de couro: Protege as mãos contra agentes mecânicos e térmicos.

Creme protetor: Para mitigar/ atenuar o potencial de risco de incidentes de irritação dermal por névoa de produtos químicos, óleos e graxa.

 

ETAPA 2

MATERIAIS E EQUIPAMENTOS

Descreva aqui todos os materiais e equipamentos que serão utilizados na atividade.

Materiais de sinalização: Fitas zebradas, cones, telas, barreiras físicas; etc

Equipamentos e dispositivos: Cintas, correntes, patolas, cabos de aço, laços, anilhas, olhal, balancim, lingas, levantador magnético, garras de elevação, cordas, etc

 

ETAPA 3

DESCRIÇÃO DAS ATIVIDADES

Realizar reunião de pré-trabalho com todos os envolvidos (executantes, supervisores da área, etc).

 

ETAPA 4

Descrição detalhada das fases da operação; fatores de risco, risco, consequência e medidas de controle.

4.1 Locomover-se até o local da atividade de içamento.

Fatores de risco:

Veículos; Piso irregular.

Risco:

Atropelamento, Queda de mesmo nível, atingido por Contato com, bater contra, pisar em falso.

Consequência:

Fratura, escoriações, traumatismos, torções, fatalidade.

Medidas de controle:

Estar atento na movimentação de veículos e equipamentos móveis, utilizar caminhos preferenciais, utilizar corrimãos ao subir e descer escadas, etc. (coloque outros controles que achar necessário).

4.2 passar o acessório (cinta, corrente, cabo de aço, etc) na peça / equipamento a ser içado e realizar o içamento.

Fatores de risco:

Acessório de içamento, Movimentação de carga suspensa, Espaço de trabalho, Arranjo físico, Obstáculo, Piso irregular, Veículo, Peça, subir/descer, etc.

Risco:

Queda de materiais/peça, Colisão, Prensamento, Posição anti Ergonômica, Contato com Atingido por, bater contra, Queda de mesmo nível, Atropelamento, Esmagamento, Abalroamento, etc.

Consequência:

Fratura, escoriações, traumatismos, torções, lombalgia, fatalidade.

Medidas de controle:

Somente pessoas treinadas e capacitas podem operar equipamentos de içamento de carga, fazer inspeção de pré uso no equipamento de içamento, fazer check list para acessórios de içamento, acionar sinal sonoro para alertar os demais empregados, não passar com o gancho da ponte (mesmo sem carga) sobre pessoas, não se posicionar ou passar  sob a carga suspensa, não manipular a carga com as mãos (fazer uso de equipamentos ou corda para guiar/posicionar a carga), evitar colocar as mãos em ponto de pensamento, fazer a comunicação por sinais para efetuar o içamento do equipamento (carga), atenção para não bater a carga em estruturas, vigas, equipamentos energizados e instalações elétricas, não subir na carga, não exceder a carga máxima do equipamento, transportar a carga o mais baixo possível, para içamento de carga crítica é obrigatório elaborar o Plano de Rigging, etc.

4.3 estacionar o equipamento de içamento (descreva qual equipamento), sinalizar a área e descarregar a carga.

Fatores de risco:

Acessório de içamento, Movimentação de carga suspensa, Espaço de trabalho, Arranjo físico, Obstáculo, Piso irregular, Veículo, Peça, subir/descer, etc.

Risco:

Queda de materiais/peça, Colisão, Prensamento, Posição Contato com Atingido por, Bater contra, Queda de mesmo nível, Atropelamento, Esmagamento, Abalroamento, etc.

Consequência:

Fratura, escoriações, traumatismos, torções, lombalgia, fatalidade.

Medidas de controle:

Somente pessoas treinadas e capacitas podem operar equipamentos de içamento de carga, fazer inspeção de pré uso no equipamento de içamento, fazer check list para acessórios de içamento, acionar sinal sonoro para alertar os demais empregados, não passar com o gancho da ponte (mesmo sem carga) sobre pessoas, não se posicionar ou passar  sob a carga suspensa, não manipular a carga com as mãos (fazer uso de equipamentos ou corda para guiar/posicionar a carga), evitar colocar as mãos em ponto de pensamento, fazer a comunicação por sinais para efetuar o içamento do equipamento (carga), atenção para não bater a carga em estruturas, vigas, equipamentos energizados e instalações elétricas, não subir na carga, não exceder a carga máxima do equipamento, transportar a carga o mais baixo possível, para içamento de carga crítica é obrigatório elaborar o Plano de Rigging, etc.

 

ETAPA 5

MEIO AMBIENTE

Fatores de risco:

Por exemplo: Caminhão munck ou guindaste

Risco:

Emissão de fumaça preta

Consequência:

Contaminação do ar

Medidas de controle:

Realizar medição de fumaça preta nos veículos antes de iniciar a atividade.

 

ETAPA 6

Resultados esperados:

Içamento e transporte de cargas sem ocorrência de incidente ou acidente.

 

ETAPA 7

Itens para correção imediata (vou colocar apenas um item, mas pode haver outros)

Anomalia:

Ruptura do acessório de içamento

Possíveis Causas:

Fadiga ou mal-uso do acessório

Soluções:

Troca do acessório e proceder a investigação das causas da ocorrência.

 

CONCLUSÃO

 

Este é um modelo básico de Procedimento Operacional para içamento de cargas e pode ser melhorado de várias formas:

o  Formatação em planilhas ou tabelas;

o  Fazer uso de imagens para o passo a passo, etc;

 

É importante lembrar que toda elaboração de procedimento deve obrigatoriamente contar com a participação dos executantes da atividade.

 

 



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