quinta-feira, 3 de abril de 2025

 



 

ACIDENTE DE TRAJETO

ENTENDA O QUE É E QUANDO ACONTECE

 

 


 

O acidente de trajeto é cada vez mais comum, principalmente em grandes cidades. Os que mais acontecem são os acidentes de trânsito com motociclistas, mas também ocorrem com pedestres e motoristas de carro.

Além disso, ele se refere a qualquer tipo de acidente que envolva o trabalhador no percurso de ida ou volta do trabalho. Isso inclui os que ocorrem no caminho do trabalho para a refeição e vice-versa. Dessa forma, é importante o profissional de segurança do trabalho ficar atento em relação às responsabilidades da empresa e aos direitos do trabalhador.

Para você se aprofundar no assunto e saber mais, abordamos neste artigo o conceito de acidente de trajeto segundo a legislação, o que a empresa deve fazer nesses casos e quais as principais dicas de prevenção para manter os colaboradores seguros. Boa leitura!

 

O que é acidente de trajeto?

O acidente de trajeto ou acidente de percurso é a situação na qual o trabalhador se envolve em um acidente no caminho da casa para o trabalho ou dele para casa. Dessa maneira, é considerado um acidente de trabalho.

Isso também inclui os acidentes que ocorrem em outros destinos, fora a residência do colaborador. Um exemplo disso é quando o trabalhador se acidenta ao se deslocar do trabalho para a escola.

Se esse deslocamento fizer parte da sua rotina, também será considerado acidente de trajeto. O que importa é ser um itinerário habitual.

O que a legislação diz a respeito desse tipo de acidente?

Embora muitas pessoas pensem que esse assunto é tratado na CLT, o acidente de trajeto é especificado na Lei nº 8.213, de 24 de julho de 1991, que dispõe sobre os direitos previdenciários.

O acidente de trajeto é definido em seu artigo 21º, que enumera as situações em que os acidentes são equiparados a acidentes de trabalho, para fins legais. O dispositivo também inclui a situação do trabalhador que sofre acidente quando se encontra em viagem corporativa para fazer cursos, conforme estabelece a lei:

 

Art. 21. Equiparam-se também ao acidente do trabalho, para efeitos desta Lei:

IV — O acidente sofrido pelo segurado ainda que fora do local e horário de trabalho:

c) em viagem a serviço da empresa, inclusive para estudo quando financiada por esta dentro de seus planos, para melhor capacitação da mão de obra, independentemente do meio de locomoção utilizado, inclusive veículo de propriedade do segurado;

d) no percurso da residência para o local de trabalho ou deste para aquela, independentemente do meio de locomoção, inclusive veículo de propriedade do segurado.

 

Quais são as responsabilidades da empresa em acidentes de trajeto?

Uma vez que o acidente de trajeto é equiparado ao acidente de trabalho, é responsabilidade da empresa emitir a CAT - Comunicação de Acidente do Trabalho para acidente de trajeto.

Aqui, é importante observar que, diferentemente do acidente de trabalho, que ocorre no espaço físico da organização, não há como o empregador saber da ocorrência de um acidente de percurso sem a devida comunicação do trabalhador.

Nesse sentido, o funcionário deve comunicar à empresa em 24 h, de preferência por escrito, por meio de e-mail ou WhatsApp. Em casos de morte, a família precisa fazer essa comunicação imediatamente.

Isso porque o empregador tem um prazo (até o primeiro dia útil seguinte) para a emissão do CAT, bem como para informar o INSS. No caso de acidente com falecimento no trabalho, a empresa precisa comunicar de imediato.

 

Não emissão do CAT

A não emissão da CAT para os acidentes de trajeto pode gerar multas e problemas jurídicos. Uma forma de evitar problemas nesse sentido é criar procedimentos e informá-los a todos os colaboradores.

Deixe claro que é preciso comunicar o acidente à empresa e trazer comprovante de atendimento médico, a fim de agilizar a emissão da CAT. Explique também quando fazer, como fazer e onde entregar o comprovante de atendimento.

 

Caso ocorra um acidente de trajeto na sua empresa, proceda da seguinte maneira:

·       Investigue o acidente, para verificar se realmente foi relacionado ao trajeto;

·       Abra a CAT;

·       Respeite a estabilidade acidentária do trabalhador.

 

O trabalhador fica estável por 12 meses a partir da alta previdenciária para os casos de benefício classificado como “B91”. Essa classificação se refere ao auxílio-doença acidentário concedido pelo INSS, conforme artigo 118 da Lei nº 8.213/91. Durante esse período, o funcionário não pode ser dispensado sem justa causa.

 

Auxílio-doença

O auxílio-doença é concedido quando o trabalhador fica impossibilitado de trabalhar devido a um acidente de trabalho ou de trajeto. Ele é pago pelo INSS quando o colaborador tiver que se ausentar por mais de 15 dias.

Embora o INSS seja responsável pelo pagamento do auxílio em casos de licença médica, é de responsabilidade da empresa remunerar o trabalhador nos primeiros 15 dias de afastamento.

 

Como prevenir os acidentes de trajeto?

A conscientização dos colaboradores sobre os riscos de acidentes de trajeto é essencial para prevenir e diminuir essas ocorrências. Veja, a seguir, como agir nesse sentido.

 

Faça um treinamento regular

Ofereça treinamentos regulares para os colaboradores, enfatizando os riscos comuns durante o trajeto e as medidas de prevenção de acidentes que podem ser implementadas.

 

Compartilhe as estatísticas para conscientizar melhor

Os dados estatísticos impactam mais as pessoas porque mostram a quantidade real de acidentes de trajeto. Isso é muito importante para a conscientização sobre a gravidade da situação e a importância de adotar medidas preventivas.

 

Informe sobre o uso seguro do transporte público

A empresa não deve se limitar a entregar o vale-transporte. É importante explicar como utilizá-lo corretamente, o que envolve o respeito às normas de segurança, itinerários e horários.

 

Impulsione a carona solidária

Estimule a formação de grupos de carona entre os colaboradores que residam próximos uns dos outros. Desse modo, há uma diminuição no número de veículos circulando nas ruas e, por consequência, menos riscos de acidentes.

 



 

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CONHEÇA A IMPORTÂNCIA DA MELHORIA CONTÍNUA NA SEGURANÇA DO TRABALHO

 


Os processos envolvidos na Gestão de Segurança e Saúde do Trabalho - SST demandam a integração de diversas atividades voltadas para garantir a saúde e a segurança do colaborador. Além disso, dependem de ações focadas em melhoria contínua para atender às exigências de Normas Regulamentadoras - NR’s e técnicas.

As normas relacionadas à segurança do trabalho são constantemente atualizadas e precisam ser implementadas e respeitadas, como a NR-15,NR-21, entre outras. Nesse sentido, um aspecto que merece destaque é o citado pela NR 01-GRO, o qual estabelece a necessidade de a empresa adotar medidas para melhorar o desempenho em SST.

É disso que vamos tratar neste artigo. Continue a leitura para entender o conceito de melhoria contínua contido na metodologia do ciclo PDCA e como aplicá-la na segurança do trabalho.

 

O que é o PDCA?

PDCA é a sigla para Plan, do Check, Act, que em tradução livre significam Planejar, Fazer, Verificar, Agir. Trata-se de uma metodologia de gestão de processos que visa à melhoria contínua em produtos e serviços.

Quando trabalhamos com o gerenciamento de riscos para a SST, sempre nos deparamos com as necessidades de mapear os problemas, organizar e atualizar diferentes gaps a fim de prevenir acidentes nas empresas. Para isso, otimizamos recursos e garantimos conformidade com a legislação da segurança do trabalho.

O ciclo PDCA é uma ferramenta muito útil para desenvolver os passos desses processos. Ele nos permite fazer o controle de qualidade, identificando gargalos e corrigindo-os continuamente em um ciclo.

Essa metodologia promove o envolvimento e a participação de líderes e colaboradores na implementação de determinadas ações que garantem a segurança do trabalho, bem como a saúde e a qualidade de vida dos envolvidos.

A aplicação do ciclo PDCA para a melhoria contínua vem ao encontro do atendimento das exigências contidas na NR 01-GRO quanto à adoção de medidas em SST. De acordo com essa norma, após a avaliação, é preciso classificar os riscos ocupacionais para identificar quais medidas de prevenção são necessárias e elaborar o plano de ação.

 

Como aplicar o ciclo PDCA na segurança do trabalho?

Para aplicar o ciclo PDCA na segurança do trabalho, é importante observar alguns aspectos essenciais. Isso envolve desde o levantamento de riscos até a adoção de medidas de proteção. Confira, a seguir!

 

Faça um levantamento de riscos

Comece fazendo um levantamento de todos os acidentes registrados nos últimos anos. Busque identificar quais fatores eles têm em comum, já que esse é um aspecto fundamental para direcionar melhorias.

 

Envolva os colaboradores nesse processo de melhoria

No ciclo PDCA, é fundamental o envolvimento de todos para ter ciência de cada etapa dos processos, verificar o que precisa ser melhorado e saber como implementar as melhorias necessárias.

 

Verifique o uso correto de EPI’s

Como sabemos, cabe à empresa fornece os equipamentos de proteção individual. Na aplicação do ciclo de melhoria contínua, é importante acompanhar constantemente se os colaboradores estão com acesso aos EPIs. Essa é também a hora de verificar a necessidade de substituir equipamentos antigos por modelos mais recentes e fiscalizar o uso correto.

 

Garanta a manutenção preventiva de máquinas e equipamentos

A falta de manutenção de máquinas e equipamentos pode causar acidentes, muitas vezes fatais. Para evitar que isso aconteça e garantir um funcionamento seguro e correto, a empresa precisa elaborar um calendário agendando essas manutenções preventivas.

 

Monitore os processos

É fundamental monitorar cada etapa dos processos envolvidos para garantir que todas as atividades sejam realizadas conforme as normas de segurança. Além disso, é preciso orientar os colaboradores sobre o que pode ser melhorado para tornar os procedimentos mais seguros.

Quando esse tipo de monitoramento é realizado de maneira contínua, garante que as atividades sejam cumpridas de acordo com o estabelecido.

 

Adote metodologias para gerenciar com foco em segurança

Existem várias metodologias de gestão que funcionam bem no contexto da segurança do trabalho. É importante entender todas as opções para selecionar a que for mais adequada à rotina da empresa.

Nesse sentido, além da metodologia do ciclo PDCA, é possível (e desejável) aplicar outras ferramentas que ajudam a gerenciar com foco em segurança. Exemplo disso é método 5S (Seirei, Seiton, Seiso, Seiketso e Shitsuke), um programa japonês elaborado com base em cinco conceitos, respectivamente:

·       senso de utilização;

·       organização;

·       limpeza;

·       padronização;

·       autodisciplina.

·       Invista em recursos tecnológicos

 

Há diversos recursos tecnológicos que uma empresa pode aplicar em sua rotina. As barreiras de proteção flexível são exemplos inovadores que ajudam a promover a melhoria contínua na segurança do trabalho.

Elaboradas a partir de um polímero, as barreiras flexíveis se apresentam como uma alternativa moderna em comparação às rígidas. Isso porque absorvem os impactos com mais eficiência, não são danificadas por colisões e não danificam o piso quando instaladas.

Além de adequadas aos processos de melhoria contínua, essas barreiras são alinhadas à tendência da indústria 4.0, que utiliza os avanços tecnológicos no desenvolvimento do setor.

Há diversos tipos de barreira para atender a diferentes necessidades. Por exemplo, as barreiras antitombamento, de tráfego, de freio, entre outras. Elas devem ser instaladas em cores normatizadas de segurança.

 

Quais são os diferenciais do PDCA?

A implementação do ciclo PDCA nos processos de Segurança no Trabalho proporciona diversos benefícios que resultam em grandes diferenciais para as empresas. A seguir, confira os principais:

·       Garante o compliance regulatório — ajuda a empresa a cumprir as exigências regulamentares de segurança do trabalho e, assim, evitar eventuais sanções e multas;

·       Promove a melhoria contínua — os processos de segurança se tornam mais eficientes, garantindo maior qualidade nos resultados;

·       Reduz acidentes — a identificação precoce de riscos e a prevenção garantem a redução de acidentes de trabalho.

·       Melhora a satisfação das equipes — os colaboradores se sentem mais valorizados e seguros, o que tende a melhorar o clima organizacional;

·       Aumenta a produtividade — processos mais eficazes e com melhor qualidade no ambiente de trabalho permitem que os colaboradores produzam mais e melhor.

 

Conforme acompanhamos, existem diversas normas fundamentais para garantir a segurança e a saúde do trabalhador. É importante adotar metodologias, como a de melhoria contínua, para uma constante atualização da empresa.

 

 

 

 

 

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