terça-feira, 13 de agosto de 2024

 





 

POR QUE UM AGENTE QUÍMICO TEM VÁRIOS SINÔNIMOS?

 


 

Na complexa esfera da química moderna, as organizações internacionais estabeleceram regras e padrões rigorosos para a nomenclatura de agentes químicos, buscando uniformidade e precisão na identificação de substâncias. No entanto, apesar desses esforços, ainda prevalecem significativas confusões e desafios. As razões para isso são diversas: a existência de diferentes sistemas de nomenclatura, o legado de nomes históricos e a variedade de idiomas e culturas contribuem para um cenário onde um único agente químico pode ser conhecido por vários sinônimos.  

 

Agentes químicos e seus sinônimos 

Antes da adoção da IUPAC como o padrão universal na nomenclatura científica, diversos outros sistemas eram utilizados, resultando em uma variedade de nomes para os mesmos agentes químicos no mercado e no uso popular. Um exemplo notável é o ‘cellosolve’, mais formalmente conhecido como 2-Etoxietanol, cujo nome comum deriva do produto comercial. No entanto, a geração de sinônimos não se limita a isso. Muitas vezes, traduções diretas de termos em outros idiomas, como ‘Nafta‘, originado do árabe ‘Naft’, ou apelidos, como ‘BTXE’ (referindo-se a benzeno, tolueno, xilenos e etilbenzeno), também contribuem para a multiplicidade de denominações. Essa diversidade de nomenclaturas, embora reflita a rica história e a natureza interconectada da química, pode levar a confusões e desafios na identificação precisa de substâncias. 

 

O número CAS: solucionando a confusão de nomenclaturas 

O número CAS, sigla para Chemical Abstracts Service Registry Number, representa um identificador único para cada substância química catalogada. Este número é atribuído seguindo uma sequência numérica específica que não guarda relação com a estrutura química da substância, mas serve como uma chave inequívoca para sua identificação. Composto por três partes, separadas por hífen, o número CAS elimina a ambiguidade inerente aos múltiplos nomes e sinônimos, permitindo que pesquisadores e profissionais da indústria identifiquem de forma clara e precisa qualquer agente químico.  

Esse sistema é particularmente valioso em contextos em que a nomenclatura pode variar devido a diferenças linguísticas, regionais ou de padrões de nomenclatura. Assim, o número CAS funciona como uma âncora universal, assegurando uma comunicação eficiente e segura dentro da comunidade científica e industrial, independentemente da diversidade de nomes que uma substância possa ter. 

 

Percentual mínimo de um agente químico 

Sinto muito por trazer a má notícia, mas não existe um valor mínimo pré-definido de concentração da substância no produto que determine a necessidade de avaliação de um agente químico. A decisão de avaliar um agente não depende apenas de sua porcentagem na composição do produto, mas também de uma série de outros fatores. Estes incluem a quantidade do produto utilizada, a maneira como é manipulado, as condições ambientais como temperatura e ventilação, as medidas de controle administrativas ou os Equipamentos de Proteção Coletiva (EPC’s), e especialmente o limite de exposição ocupacional do agente. Por exemplo, o cromo hexavalente tem um limite de exposição muito baixo, apenas 0,002 mg/m³ segundo a ACGIH, tornando qualquer atividade que envolva seu manuseio potencialmente arriscada. Por outro lado, o óxido de magnésio tem um limite de exposição de 10 mg/m³, o que o torna um risco menos provável em condições semelhantes. Portanto, é a combinação desses fatores que orienta a decisão sobre a necessidade de avaliar um agente químico. 





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CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO: PERCENTUAL DE AGENTES QUÍMICOS EM FDS

 

 


 

Uma Ficha de Dados de Segurança (FDS) de qualidade deve incluir detalhes sobre os agentes químicos contidos no produto, especialmente suas respectivas porcentagens. Essa informação crucial não apenas indica a presença do agente, mas também é fundamental para a avaliação de riscos associados. Mas surge a questão: qual é o percentual mínimo necessário para que um agente químico seja considerado relevante para avaliação?  

 

FDS (Ficha de Dados de Segurança) 

Antigamente conhecida como FISPQ (Ficha de Informações de Segurança de Produtos Químicos), a FDS (Ficha de Dados de Segurança) é um documento crucial no manejo de produtos químicos. Ela fornece informações detalhadas sobre as propriedades químicas, os riscos à saúde e ao meio ambiente, medidas de proteção e procedimentos em caso de emergência relacionados a um produto químico específico. A elaboração da FDS é regida pela norma NBR 14725 da ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas), garantindo assim a padronização e a qualidade das informações fornecidas, essenciais para a segurança no manuseio, transporte e armazenamento desses produtos. 

 

Item 3 da FDS: Composição e Informações sobre os Ingredientes 

O item 3 da Ficha de Dados de Segurança (FDS) é dedicado à composição e informações sobre os ingredientes do produto químico. Este item desempenha um papel crucial ao detalhar os agentes químicos presentes, incluindo seu nome, número CAS e seus percentuais na composição. A divulgação precisa desses percentuais é fundamental para avaliar os potenciais riscos à saúde e ao meio ambiente, permitindo aos usuários e profissionais de segurança tomar medidas preventivas apropriadas. Este item, portanto, é essencial para compreender a natureza e a severidade dos riscos associados a cada componente do produto. 

 

Percentual mínimo de um agente químico 

Sinto muito por trazer a má notícia, mas não existe um valor mínimo pré-definido que determine a necessidade de avaliação de um agente químico. A decisão de avaliar um agente não depende apenas de sua porcentagem na composição do produto, mas também de uma série de outros fatores. Estes incluem a quantidade do produto utilizada, a maneira como é manipulado, as condições ambientais como temperatura e ventilação, as medidas de controle administrativas ou os Equipamentos de Proteção Coletiva (EPC’s), e especialmente o limite de exposição ocupacional do agente. Por exemplo, o cromo hexavalente tem um limite de exposição muito baixo, apenas 0,002 mg/m³ segundo a ACGIH, tornando qualquer atividade que envolva seu manuseio potencialmente arriscada. Por outro lado, o óxido de magnésio tem um limite de exposição de 10 mg/m³, o que o torna um risco menos provável em condições semelhantes. Portanto, é a combinação desses fatores que orienta a decisão sobre a necessidade de avaliar um agente químico. 

 

 

 

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