segunda-feira, 4 de novembro de 2024

 




 

CONSTRUÇÃO CIVIL: COMO DIMINUIR ACIDENTES COM ELETRICIDADE

 



Não é raro observar acidentes com eletricidade durante a prática da construção civil. Essa área lida com muitos equipamentos e diversos outros riscos de acidentes de trabalho, por isso é importante ficar atento a cada detalhe para se prevenir. De fato, há dicas simples que podem facilitar essa prevenção.

Se você trabalha na construção civil, especialmente como responsável pelas equipes, sabe que o custo da prevenção é menor do que o da reparação dos danos. Portanto, deve sempre ter atenção a esse tema!

 

Legislação nacional

Os acidentes com eletricidade não devem ser prevenidos apenas de forma espontânea. Na verdade, esse cuidado já está previsto em diversas leis nacionais, portanto pode causar multas e até mesmo a prisão caso não seja cumprido.

Um acontecimento importante em toda legislação do país sobre acidentes com eletricidade foi o acidente da Boate Kiss, em 2017. Com isso, boa parte das leis foi atualizada, inclusive aquelas que regulamentam a construção civil.

 

Atualmente, as principais normas regulamentadoras sobre o tema são as seguintes:

Ø NBR 12615 (Sistema de Combate a Incêndio por Espuma);

Ø NBR 12692 (Inspeção, Manutenção e Recarga em Extintores de Incêndio);

Ø NBR 11742 (Porta Corta-Fogo para Saída de Emergência).

 

É claro que há outras regulamentações conforme cada caso particular para diminuir acidentes com eletricidade. A categoria de risco do ambiente também será determinante, por isso você deve buscar conhecer melhor esses detalhes, assim como a sua equipe.

Você deve conhecer também as NR’s 10 e 23. A NR 10 estabelece as diretrizes para a implementação de medidas de controle e sistemas preventivos nos ambientes de trabalho para garantir a segurança e a saúde dos colaboradores que trabalhem, direta ou indiretamente, com instalações elétricas e serviços com eletricidade. Já a NR 23 orienta sobre o que deve ser feito em casos de incêndio.

 

Prevenindo acidentes com eletricidade

E como realmente prevenir acidentes com eletricidade? Há algumas formas bem simples de começar a fazer isso, por isso você deve sempre manter a sua equipe atualizada sobre as medidas mais eficazes. Confira melhor nos tópicos a seguir!

 

Conhecer as normas do Corpo de Bombeiros

Além das normas regulamentadoras que você viu acima e são muito importantes, cada estado e cidade pode ter a sua legislação adicional. Por isso, antes de qualquer obra é necessário se atualizar sobre as regras do Corpo de Bombeiros.

Há muitos detalhes que você e a sua equipe devem conhecer. Entre eles estão os prazos e equipamentos exigidos na prevenção de acidentes com eletricidade. Verifique ainda o que é indicado conforme o tipo de edificação que esteja construindo.

 

Contratar profissionais especializados

Se você não entende bem do assunto, contrate quem entenda. Essa é uma regra que vale para vários casos, não é mesmo? É como diagnosticar uma doença no seu corpo: você irá procurar um médico para fazer isso.

Portanto, na hora de prevenir acidentes com eletricidade na construção civil, confie em especialistas no tema. Eles poderão orientar sobre todos os aspectos que precisam ser revistos no projeto e até mesmo conversar com a sua equipe, se necessário.

 

Armazenar produtos e equipamentos em segurança

Um dos principais causadores de acidentes com eletricidade em obras é justamente a falta de organização. Muitos produtos e equipamentos ficam expostos no canteiro de obras sem a devida precaução e acabam causando esse tipo de problema, entre outros.

Por isso, é fundamental que se afaste produtos químicos e inflamáveis das fontes de ignição. Além disso, o ideal é que sejam manuseados somente por colaboradores que sejam treinados para isso e saibam a forma correta de uso.

Outro ponto importante é a sinalização de segurança. Sempre que houver risco de acidentes com eletricidade nos produtos e equipamentos em volta, mantenha isso bem visível para que as pessoas evitem mexer neles sem ter preparo.

 

Realizar a manutenção preventiva dos equipamentos elétricos

Os equipamentos elétricos também precisam de manutenção. Se isso não acontecer, o risco de acidentes com eletricidade aumenta de forma considerável.

Se você tem utilizado alguns equipamentos por muito tempo sem reparar nisso, redobre a atenção. Contrate profissionais para realizar a manutenção ou até mesmo descarte aqueles que possuam defeitos arriscados. Uma 'falha de contato' que parece inocente pode causar um grande incêndio!

 

Investir em extintores e hidrantes

O seu canteiro de obra está bem equipado com hidrantes, mangueiras e extintores de incêndio? Muitos pensam que sim, mas quando pesquisam sobre o assunto ou recebem treinamentos descobrem o contrário.

A quantidade de extintores necessários depende de uma série de fatores. A localização dos hidrantes e mangueiras também precisa seguir uma lógica eficiente caso seja necessário o seu uso.

E é importante lembrar do tópico acima sobre manutenção: os seus extintores estão na validade e prontos para o uso? São muitos detalhes, mas todos são importantes para evitar acidentes com eletricidade na construção civil e proteger você, seus colaboradores e o patrimônio.

Quer capacitar seus colaboradores sobre o tema? Conheça nossos cursos de instalações elétricas e tenha mais segurança e eficiência em seu canteiro de obras.

 




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PORTADORES DE DEFICIÊNCIA FÍSICA: QUAL A IMPORTÂNCIA DO USO DE EPI’s

 



Com o aumento da inclusão nos ambientes de trabalho, fica ainda mais importante conhecer a legislação sobre os EPI’s para portadores de deficiência física. Graças à Portaria 877/2018 do Ministério do Trabalho, o item 6.8.1 da NR 6 foi alterado de forma a proteger também a integridade física e a saúde dos trabalhadores com deficiência física. A partir de então, as empresas devem fornecer EPI’s adaptados sempre que possuir em seu quadro funcional colaboradores portadores de deficiência.

 

Neste artigo você vai conhecer um pouco mais sobre este assunto!

 

O que diz a NR 06 sobre EPIs para portadores de deficiência física?

A NR 6, mais conhecida como norma do Equipamento de Proteção Individual, dispõe de regras específicas sobre o fornecimento, uso e fiscalização do uso de EPIs nos mais variados ambientes de trabalho. Para quem não sabe, equipamentos de proteção individual são dispositivos utilizados pelo trabalhador para prevenir acidentes e doenças ocupacionais.

O problema é que antes da Portaria 877/2018, a NR 6 fazia menção ao uso de EPIs de forma genérica, sem levar em conta possíveis alterações fisiológicas ou anatômicas dos trabalhadores portadores de deficiência. Para corrigir tal problema e aumentar a inclusão de PCDs no mercado de trabalho, o MTE modificou o item 6.8.1 da norma regulamentadora.

 

De acordo com o novo texto, o fabricante de EPI deverá:

Ø Promover adaptação do EPI detentor de Certificado de Aprovação para pessoas com deficiência.

Ø Possuir Certificado de Aprovação (CA) específico para pessoas com deficiência.

 

Já com relação às responsabilidades do empregador, a norma também define algumas regras importantes, tais como:

Ø Adquirir os EPIs para portadores de deficiência física adequados para cada função e com Certificado de Aprovação (CA);

Ø Distribuir gratuitamente os EPIs;

Ø Orientar os colaboradores sobre o uso correto do equipamento de proteção;

Ø Exigir o uso do EPI;

Ø Realizar a manutenção dos equipamentos e a troca sempre que for necessário.

 

Por que ter EPI’s para PCD’s?

Pensar na importância dos EPIs para portadores de deficiência física é um assunto urgente, principalmente se você é gestor de alguma empresa ou indústria. Afinal, o uso desse tipo de equipamento é essencial para prevenir acidentes e doenças ocupacionais. E no caso de portadores de deficiência física, essa importância ganha ainda mais relevância.

Se uso adequado do EPI é importante para garantir a segurança dos colaboradores durante o exercício das suas atividades laborais, por que seria diferente para um PCD? Se é incômodo trabalhar com uma bota de segurança maior do que o pé, um capacete que vive caindo toda hora, imagina o nível de riscos a que esses colaboradores estão submetidos? A chance de sofrer um acidente e não ser protegido é bem maior, certo?

Além disso, todo colaborador tem direito por lei a trabalhar de forma protegida. Isto é, realizar a sua atividade sem estar exposto a riscos. E nesse caso, o EPI é o grande protagonista da saúde e da segurança no trabalho. Ele deve ser oferecido pelo empregador e utilizado com responsabilidade pelo empregado.

Cabe ainda ressaltar que oferecer um EPI não adaptado para o corpo do trabalhador com deficiência física, pode comprometer significativamente a sua produtividade no trabalho. E não apenas isso, pode ainda afetar o seu emocional, ao perceber que não lhe é dada a devida importância.

Além de respeitar as características de quem o utilizará, é preciso ainda garantir a qualidade do equipamento. Nesse sentido, os EPIs para portadores de deficiência física devem oferecer segurança, mas também encaixe perfeito no corpo e conforto. O assunto é tão importante que a Comissão Nacional Tripartite do Ministério do Trabalho fez as mudanças na lei.

Antes dessa alteração acontecer, os empregadores não tinham o compromisso de comprar um EPI que tivesse a certificação oficial para PCD. Agora, entretanto, isso é lei, e, portanto, obrigatório.

 

Avanços positivos

As mudanças na legislação demonstram que a preocupação com os portadores de deficiência física tem aumentado. A alteração da NR 6 foi uma importante conquista para essas pessoas, pois aumenta a inclusão delas no mercado de trabalho, o que é ótimo. No Brasil, aproximadamente 24% da população possui algum tipo de deficiência física. Porém, apenas 1% das vagas formais de trabalho são ocupadas por PCD’s, segundo dados da RAIS.

Agora que essas pessoas estão mais protegidas legalmente e correm menos riscos nos locais de trabalho, a expectativa é que esse cenário mude. Com os EPIs para portadores de deficiência física, elas passam a ter mais acesso à Saúde e Segurança no Trabalho. E isso, por sua vez, aumenta as chances de contratação em diferentes setores da economia brasileira.

Os EPI’s para PCD’s devem seguir evoluindo no mercado com opções cada vez mais seguras e adaptadas. Se você é um gestor e conta com portadores de deficiência na equipe, precisa entender que o cuidado com cada pessoa é o primeiro passo para o sucesso da empresa.

Quer capacitar os seus colaboradores para o uso correto do EPI? Conheça nossos cursos online, semipresenciais ou presenciais, todos ministrados por profissionais referência em Saúde e Segurança do Trabalho.

 

 

 

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