terça-feira, 9 de agosto de 2022

 




 

 

CICLO PDCA:

COMO APLICAR NO GERENCIAMENTO DE RISCOS?

 

 


 

No gerenciamento de riscos, convivemos com o desafio de mapear, organizar e atualizar gaps nas atividades empresariais, prevenindo acidentes, otimizando recursos e gerando conformidade com a legislação. Para isso dar certo, dependemos de boas ferramentas, como o ciclo PDCA. Você conhece essa metodologia?

O ciclo PDCA realiza o controle de qualidade, identificando problemas em produtos, serviços, processos e sistemas. Além disso, aumenta o conhecimento dos gestores sobre as atividades realizadas e cria um processo lógico para promover melhorias.

Neste artigo, explicaremos a importância de aplicar a ferramenta ao gerenciamento de riscos e como ela funciona na prática. Continue a leitura e confira!

 

O que é ciclo PDCA?

 

O ciclo PDCA é um método de gestão em que é possível melhorar, continuamente, a qualidade de um sistema a partir da repetição de etapas.

 

A sigla é composta das fases desse circuito:

 

Ø Planejar (to plan);

Ø Executar (to do);

Ø Checar (to check);

Ø Agir (to act).

 

Toda vez que finalizamos as quatro fases e retornamos à primeira, adquirimos um novo aprendizado e esse conhecimento será utilizado para eliminar gaps e resolver problemas, de modo que a próxima execução tenha mais qualidade que a anterior.

Ao adotar o PDCA, as práticas internas são constantemente aperfeiçoadas com o gerenciamento de riscos. Aquilo que foi planejado é executado e revisto, inúmeras vezes, buscando uma qualidade mais próxima da excelência.

O PDCA também é uma forma de identificar mudanças e promover ajustes. Pois, o gestor está constantemente mapeando as condições do ambiente de trabalho e verificando se o plano permanece válido. Logo, se algo estiver diferente, a mudança será percebida e respondida com novas práticas.

 

Como funcionam as etapas?

 

O ciclo PDCA é bastante flexível em relação às aplicações e aos prazos em que as etapas serão realizadas. As quatro fases podem ser percorridas em um único dia ou demandar um período mais longo, dependendo do que foi planejado.

Imagine, por exemplo, um treinamento de segurança no trabalho. Diariamente o responsável pode revisar os conhecimentos passados para eliminar o que deu errado e padronizar o que deu certo, além de olhar tudo o que foi feito durante as semanas de execução do curso.

 

Abaixo, entenda o passo a passo para aplicar um ciclo PDCA efetivo.

 

Planejar

 

Em todas as aplicações, o ciclo PDCA começa pelo planejamento.

 

Nele, é preciso:

 

Ø Avaliar o cenário;

Ø Definir objetivos e metas;

Ø Fixar indicadores de desempenho;

Ø Alocar recursos e pessoas para executar as atividades.

 

Uma das vantagens é que você pode incorporar outras práticas de gestão ao planejamento. Nada impede, por exemplo, de adotar uma matriz 5×5 para avaliar riscos, usar dados coletados na investigação de acidentes, organizar as informações no modelo 5w2h, entre outros recursos.

Vale lembrar que é preciso se atentar às normas regulamentadoras do trabalho, especialmente à NR1, pois a definição de qualidade para a segurança ocupacional considera os critérios fixados pela legislação muitas medidas, como o mapeamento dos fatores de risco, os treinamentos de segurança e a utilização de EPI’s, já vêm fixadas pelas normas legais.

Ainda, as empresas podem complementar as regras legais com outros indicadores que tragam mais eficiência para o sistema. Por exemplo, ao lado do resultado “prevenir acidentes”, exigido pela legislação, podemos considerar os impactos financeiros da gestão de riscos e adotar práticas de automação de processos, redução da burocracia e outras ações que proporcionam maior eficiência.

Em qualquer dos casos, a condição indispensável para planejar no ciclo PDCA é definir, com clareza, o que é considerado um resultado satisfatório. As metas devem ser passíveis de medição com indicadores, como número de acidentes, ausências causadas por doenças ocupacionais e frequência de incidentes.

 

Executar

 

A execução consiste em implementar o plano, tomando providências para que as ações definidas sejam desenvolvidas da melhor maneira possível. Por isso, existem questões relevantes, como motivar os colaboradores, ter pessoas qualificadas nas atividades e usar a tecnologia para acompanhar o andamento dos processos.

Entre outros motivos, os recursos de tecnologia são importantes pela quantidade de processos e projetos que devem ser controlados. A NR1, por exemplo, traz uma lista enorme de obrigações e mobiliza diferentes áreas.

 

Como exemplo dessas exigências, temos:

 

Ø Se adequar ao compliance, observando a legislação de saúde e segurança no trabalho;

Ø Informar aos colaboradores sobre riscos, medidas adotadas, resultados de avaliações ambientais, entre outros processos;

Ø Documentar as atividades em ordens de serviço;

Ø Facilitar a fiscalização da empresa pelos órgãos competentes;

Ø Determinar procedimentos em casos de acidentes ou doenças;

Ø Investigar as causas de acidentes e doenças no trabalho;

Ø Implementar medidas preventivas para eliminar fatores de risco;

Ø Adotar medidas de proteção coletiva;

Ø Fixar procedimentos administrativos e de organização do trabalho;

Ø Implementar medidas de proteção individual.

 

A tendência é ter um Programa de Gerenciamento de Riscos (PGR) e diversas medidas específicas executadas simultaneamente. Logo, haverá um ciclo PDCA com prazo mais longo para avaliar e melhorar o conjunto, acompanhado de aplicações de curto prazo para lidar com objetivos específicos.

 

Checar

 

A etapa de checagem condensa o controle de qualidade do ciclo PDCA. Aqui, precisamos comparar a expectativa com a realidade, confrontando os indicadores coletados com as metas definidas no planejamento.

Imagine, por exemplo, que a empresa cria um processo de comunicação interna sobre o uso dos EPI’s e objetiva ter menos de 1 descumprimento para cada 100 funcionários nas fiscalizações ao longo do ano. Se o resultado estiver dentro da expectativa, o plano terá alcançado a qualidade.

Assim, o objetivo do ciclo PDCA é alcançar a excelência. Com ele, promovemos melhorias contínuas para que, no confronto entre o desempenho esperado e alcançado, a realidade supere o resultado previsto.

 

Agir

 

A etapa de ação consiste em analisar os dados coletados e aprender com a experiência.

 

Com isso, podemos levantar diferentes medidas, de acordo com o feedback obtido na checagem, como:

 

Ø Alinhar expectativas se as metas se provarem excessivas;

Ø Padronizar ações e métodos que deram certo;

Ø Tomar providências para mudar o que deu errado;

Ø Documentar atividades para comparar com resultado após as mudanças;

Ø Identificar mudanças e propor atualizações.

 

A lista de medidas corretivas e de reforço são levadas, posteriormente, ao planejamento, reiniciando o ciclo PDCA.

 

Quais são os benefícios para o gerenciamento de riscos?

 

Com o ciclo PDCA, temos um passo a passo para otimizar os sistemas de gestão, o qual consiste em minimizar as entradas como custo, tempo e esforço da equipe e maximizar as saídas como redução de incidentes, obediência às regras de segurança e uso de EPI’s.

Além desse benefício, esse recurso também proporciona a maturidade dos processos e diversidade nas aplicações. Confira mais detalhes a seguir.

 

Maturidade de processos

 

Nesse sentido, as repetições das etapas são chamadas de iterações. Cada iteração busca eliminar erros e reforçar acertos, fazendo com que a qualidade cresça gradualmente com o passar do tempo. Logo, temos um processo de melhoria com alta maturidade, baseado em padrões claros e bem definidos.

 

Diversidade de aplicações

 

Um terceiro benefício é a flexibilidade. Em cada etapa do ciclo PDCA, podemos aplicar diferentes métodos de trabalho e ferramentas de gestão. Além disso, conseguimos extrair o máximo do investimento em tecnologia. Afinal, o software de gerenciamento de riscos facilita ainda mais o trabalho, melhorando nossa capacidade de visualizar e gerir os processos.

Com isso, você pode utilizar o ciclo PDCA como modelo de trabalho, organizando as atividades que já são realizadas na empresa e incorporando novas práticas de gestão. Assim, sua organização estará apta a melhorar processos, sistemas de saúde e segurança do trabalho.

 




 

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RUÍDO NO AMBIENTE DO TRABALHO

 

 


 

O ambiente laboral pode apresentar algumas características prejudiciais aos colaboradores. É o caso do ruído no trabalho, situação que se configura como insalubridade quando supera os limites estabelecidos na legislação comum, principalmente, quando ele acontece de modo contínuo.

Dessa maneira, é importante que as empresas entendam o que é esse conceito e por que é importante implementar medidas de controle de ruídos. Por isso, conhecer os impactos que ele proporciona para os trabalhadores se torna fundamental.

Pensando nisso, preparamos este conteúdo esclarecendo as principais questões sobre o ruído no ambiente de trabalho e como ele afeta os colaboradores. Confira!

 

O que é o ruído no ambiente de trabalho?

 

O ruído no ambiente de trabalho, também conhecido como ruído ocupacional, é caracterizado por sons inquietantes gerados por diversos fatores que rodeiam os colaboradores. 

 

São várias situações que podem se encaixar nessa descrição, por exemplo:

 

Ø Uso de fones de ouvido com volume excessivo e tempo prolongado;

Ø Sons de veículos em movimento, que pode afetar motoristas e pessoas que trabalham próximas ao local de circulação;

Ø Barulho de motores, como maquinários e ferramentas utilizadas no ambiente.

 

Limites toleráveis

 

Devido aos riscos que isso proporciona, a legislação trabalhista prevê, em suas normas regulamentadoras, alguns limites que devem ser observados pelos empregados, além de um adicional remuneratório pela exposição às condições insalubres, se for o caso.

A NR15 traz em seus anexos os detalhes sobre os limites de tolerância para ruídos contínuos, ou intermitentes (anexo II), e de impacto (anexo II). Apenas para ilustrar, o limite previsto para jornadas de 8 horas é de 85 decibéis. Porém, se chegar a 115 decibéis, por exemplo, a exposição permitida é de apenas 7 minutos. 

 

Quais são os 4 principais impactos que ele traz?

 

A exposição aos ruídos de forma frequente e acima dos limites estabelecidos na lei gera a obrigação do pagamento adicional por insalubridade em grau médio equivalente a 20% do salário mínimo. Porém, os impactos ultrapassam as questões financeiras, sendo essencial que o empregador entenda de que maneiras isso pode prejudicar o trabalhador.

A seguir, confira os 4 principais impactos que o ruído no trabalho traz para os colaboradores!

 

1. Perda de audição

 

Como se tratam de ruídos, é certo que os problemas de audição podem ser uma consequência. 

Normalmente, isso acontece quando a exposição ao agente se torna rotineira e acima dos limites. Assim, acontece uma perda auditiva progressiva, que costuma ser percebida com maior sensibilidade a frequências de som muito altas. Com o tempo, ela pode se desenvolver outros sintomas, como:

 

Ø Zumbidos;

Ø Dificuldades de compreensão em relação aos sons;

Ø Perda completa da audição (surdez definitiva).

 

2. Problemas neurológicos e físicos

 

Essa situação também pode gerar problemas neurológicos, como dores de cabeça frequentes e insônia.

 

Ademais, existem alguns sintomas físicos que podem surgir e, até mesmo, o desenvolvimento de doenças, por exemplo:


Ø Hipertensão arterial;

Ø Cansaço excessivo;

Ø Problemas gástricos;

Ø Doenças cardíacas.

 

3. Sintomas psicológicos

 

A exposição contínua aos ruídos no trabalho também pode trazer alguns sintomas de ordem psicológica e colaborar com o surgimento de problemas de saúde mental.

 

Veja os principais: 

 

Ø Estresse;

Ø Irritabilidade;

Ø Depressão;

Ø Ansiedade.

 

4. Dificuldades no trabalho

 

Os problemas citados acima podem trazer outras dificuldades no trabalho, especialmente a falta de concentração.

 

Isso pode trazer diversas consequências, por exemplo: 

 

Ø Queda na produtividade;

Ø Redução na capacidade de aprendizagem;

Ø Aumento dos riscos de acidentes.

 

Como controlar a exposição dos trabalhadores?

 

Devido aos riscos existentes, cabe à empresa tomar medidas para eliminar ou, ao menos, reduzir a exposição aos ruídos, visando prevenir o desenvolvimento de problemas para o trabalhador. 

 

Para tanto, existem algumas dicas importantes. Veja só:

 

Ø Tenha um bom programa de gestão de riscos ocupacionais, garantindo a aplicação de todas as NR’s;

Ø Realize perícias para identificar os riscos existentes no ambiente, utilizando equipamentos próprios, como o decibelímetro e o dosímetro;

Ø Mantenha os maquinários com a manutenção em dia e, se for o caso, avalie a substituição por opções com menos impactos;

Ø Construa barreiras para isolar a fonte de ruído, quando possível;

Ø Implemente o rodízio de tarefas para reduzir o tempo de exposição dos colaboradores aos ruídos;

Ø Forneça e fiscalize o uso de equipamentos de proteção individual (EPI’s);

Ø Adote uma rotina de verificação e reavaliação dos níveis de ruído.

 

Também é importante ter atenção aos limites legais para evitar exposições superiores ao estabelecido. Afinal, mesmo com o pagamento de adicional de insalubridade, ainda há riscos envolvidos e o trabalhador pode desenvolver problemas de saúde.

Como você viu, o ruído no trabalho pode causar diversos impactos na saúde, prejudicando o colaborador e a empresa. Portanto, vale a pena acompanhar os níveis de barulhos no ambiente e adotar medidas para reduzir a exposição dos empregados a essa condição.

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