sexta-feira, 7 de agosto de 2020






O QUE É BIOSSEGURANÇA E
POR QUE É TÃO IMPORTANTE


Basicamente todos os ambientes de trabalho fornecem riscos aos seus trabalhadores, sendo um destes riscos, os biológicos, que além de serem nocivos à saúde de trabalhadores, também podem afetar o ambiente e terceiros e um dos meios de prevenção deste risco é a biossegurança.

Principalmente quando se trata da manutenção da cultura de SST em ambientes, principalmente, hospitalares, laboratoriais e farmacêuticos, a biossegurança é um fator de prevenção fundamental para a segurança dos profissionais da saúde, entre outros trabalhadores que circulam ou permanecem no ambiente de trabalho.



O Observatório de Segurança e Saúde do Trabalho (SmartLab) demonstra que as Atividades de atendimento hospitalar e Atividades de atenção ambulatorial executadas por médicos e odontólogos fazem parte do ranking das 10 atividades mais críticas que registram acidentes de trabalho por agente biológico no Brasil, no período de 2015 a 2018.

Ranking das 10 Atividades Econômicas com Mais Notificações de Acidentes de Trabalho

No acervo de entrevistas disponíveis no portal da Universidade Aberta da Saúde do Brasil (UNA-SUS) é destacado que a biossegurança “… são ações voltadas para prevenção, proteção do trabalhador e a minimização de riscos, visando a saúde do ser humano, animais, preservação do meio ambiente e a qualidade dos resultados.

São diversas as medidas de segurança que devem ser tomadas para garantir a integridade do profissional, para isso faz-se necessário o hábito das boas práticas e a fiscalização dos responsáveis por preservar a segurança.”.

Desse modo, esta é uma das principais medidas de segurança a serem adotadas nos ambientes de trabalho, e para esclarecer melhor o assunto, trouxemos esse artigo para explicar o que é biossegurança.



O que é Biossegurança?

A biossegurança é um conjunto de normas e medidas empregadas para prevenir os trabalhadores de riscos biológicos e evitar acidentes de trabalho envolvendo os agentes biológicos, agindo diretamente na contenção e eliminação dos riscos de exposição.

As medidas de prevenção são mais comumente aplicadas em hospitais e instalações laboratoriais, no controle dos agentes biológicos aos quais os profissionais ficam expostos.

Os riscos biológicos podem ser considerados como microorganismos tais como, bactérias, fungos, protozoários, vírus, parasitas etc., agentes biológicos que ao invadir o organismo humano por via cutânea, digestiva e/ou respiratória causam algum tipo de patologia como, por exemplo, tuberculose, AIDS, hepatites, tétano, micoses etc.

As medidas de biossegurança abrangem uma gama de atitudes envolvendo os agentes biológicos, indo desde o uso adequado de EPI’s ao transporte e descarte de lixo hospitalar e equipamentos, tendo sempre como objetivo evitar a contaminação de pessoas e do meio ambiente ao redor.

Biossegurança na Legislação Brasileira

As normas de biossegurança estão presentes na legislação brasileira com o intuito de preservar a vida e promover mais segurança em qualquer atividade que envolva agentes biológicos, dispostas na Lei de Biossegurança 11.105 de 24 de Março de 2015.

Além da segurança em diversos ambientes de trabalho que possam ser expostos a riscos biológicos, como hospitais, laboratórios farmacêuticos, clínicos, hemocentros, centros de pesquisa e universidades, nesta lei, constam ainda a lista dos riscos relativos às técnicas de manipulação de organismos, alimentos transgênicos, etc.

A Biossegurança na SST

A relação da biossegurança com a Segurança e Saúde do Trabalho é pertinente para prevenir acidentes de trabalho, visto que se trata de um conjunto de medidas para eliminar ou amenizar um risco ocupacional e são os trabalhadores da área da saúde que ficam diretamente expostos à este risco.

Do ponto de vista da saúde ocupacional, os acidentes mais comuns nesta área são cortes ou perfurações e caso o ferimento entre em contato com um agente biológico uma contaminação pode acontecer com o profissional da saúde. Acidentes de trabalho que podem ser evitados com a implantação de práticas relacionadas com a Segurança e Saúde do Trabalho.

Como qualquer outra medida de segurança, a Biossegurança evita acidentes dos mais diversos tipos, desde o simples uso dos EPI’s evitando a contaminação ao descarte correto de resíduos evitando contaminação de terceiros e do ambiente em torno do hospital, por exemplo.

Reduzir os riscos aos quais os trabalhadores estão expostos é essencial nestes casos, ainda mais se levarmos em conta os tipos de materiais e de reagentes que eles utilizam em suas rotinas e ambientes de trabalho.

A Segurança do Trabalho destes ambientes depende da adoção e do cumprimento das normas de Biossegurança, e são os técnicos e engenheiros de segurança que, com base na identificação prévia dos riscos, recomendam e aplicam essas normas.

Para amenizar os riscos de um ambiente hospitalar, há desde as medidas de segurança mais simples, como os procedimentos relacionados com as Boas Práticas de Limpeza ou Higiene (BPL) e/ou a adoção de EPI’s até mais amplas, como redesenhos do layout e/ou os sistemas de esterilização do ar, exemplos de medidas de proteção coletiva. Além disso, é necessário planejar um conjunto de treinamentos periódico de todos os trabalhadores sobre os procedimentos de biossegurança.

As principais medidas de biossegurança do Trabalho voltadas para reduzir os níveis de exposição aos riscos biológicos são:

EPI – Equipamento de Proteção Individual

  • Luvas: Para enfermeiros, médicos, agentes de laboratório, etc. Sendo descartáveis.

  • Jalecos e aventais de manga longa: Devem estar sempre fechados, serem lavados e descontaminados após o uso e nunca devem ser usados fora do ambiente de trabalho;

  • Máscaras: Para evitar a inalação dos agentes nocivos;

  • Óculos de proteção, protetor facial: Para evitar contaminação pelas vias aéreas;

  • Sapatos fechados: Também devem sempre ser lavados e esterilizados após o uso e jamais serem usados fora do ambiente hospitalar.


EPC – Equipamento de Proteção Coletiva

  • Cabines de segurança: Equipamentos que contém os agentes infecciosos;

  • Lava olhos: Muito comum em laboratórios, instrumento utilizado para limpeza rápida dos olhos;

  • Autoclave: Esteriliza instrumentos por calor.


O processo de avaliação dos riscos no ambiente de trabalho e a implantação do Programa de Gerenciamento de Riscos (PGR) também são medidas técnicas críticas que garantem a biossegurança dos trabalhadores.

São procedimentos da Segurança e Saúde do Trabalho que também devem ser apoiadas com medidas educacionais (treinamentos, Dialogo Diário de Segurança (DDS), palestras etc.) e medidas médicas definidas no Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional (PCMSO), entre outros programas elaborados para a biossegurança.

Uma outra prática que auxilia é a Inspeção da Segurança e Saúde do Trabalho a partir dos requisitos das Normas Regulamentadoras (NR’s) consideradas. É uma prática que pode ser conduzida com o uso da tecnologia e agiliza as inspeções de segurança por meio de um aplicativo e gera relatórios automaticamente para os responsáveis pela biossegurança.



Deixe seu comentário e compartilhe as suas experiências conosco!









PERDA AUDITIVA INDUZIDA POR RUÍDO:
O QUE É E COMO PREVENIR?



A perda auditiva induzida por ruído — também chamada de PAIR — é uma doença ocupacional caracterizada pela redução progressiva da audição, devido à exposição frequente a graus elevados de ruído no ambiente de trabalho. Essa perda costuma ser lenta e não leva à surdez total, porém a diminuição da capacidade auditiva é significativa e perceptível.

As indústrias são os locais mais propícios para a ocorrência dessa enfermidade nos colaboradores, por isso, é necessário investir em ações preventivas para garantir a saúde e bem-estar de toda a equipe.




Continue lendo este conteúdo para saber um pouco mais sobre a perda de audição e como preveni-la.

Qual a definição da PAIR?

De a acordo com a Classificação Internacional de Doenças (CID) 10-H 83.3, a PAIR é uma enfermidade laboral que representa a redução gradual da audição. Ela é neurossensorial (problemas no ouvido interno), irreversível e pode ser não progressiva, caso a exposição ao ruído seja eliminada.

Os segmentos que apresentam ruído mais abundante são:

  • construção civil;

  • fábricas de alimentos;

  • marcenarias;

  • marmorarias;

  • metalúrgicas;

  • tecelagens.


Além disso, existem outros agentes causais, que atuam de maneira isolada ou simultânea à exposição ao ruído constante, podendo também prejudicar a percepção de escuta do colaborador:

  • químicos — arsênio, cobalto, manganês, mercúrio e solventes;

  • físicos — calor intenso, radiações e vibrações;

  • biológicos — bactérias e vírus.


Quais são os sintomas da doença?

Inicialmente, é difícil notar uma PAIR, pois é uma enfermidade silenciosa e gradual que costuma ser percebida muito tempo depois.

Porém, há alguns sintomas que podem indicar o problema.

  • Auditivos:

  • dificuldade em escutar conversas em ambientes barulhentos;

  • incapacidade de ouvir sons mais agudos;

  • sensação de pressão no ouvido;

  • presença de zumbidos, especialmente quando está em local silencioso;

  • os sons parecem distantes e abafados.

  • Não-auditivos:

  • coceira no ouvido;

  • dificuldade para falar;

  • dor de cabeça constante;

  • insônia;

  • transtornos neurológicos.


Esses sintomas podem durar horas ou dias após a exposição ao barulho. Mesmo que esses sinais cessem, algumas células do sistema auditivo podem ter sido danificadas de forma definitiva. Por isso, é necessário aplicar normas preventivas.

Como evitar a perda auditiva induzida por ruído?

Além do uso obrigatório de protetores auriculares, as medidas que devem ser tomadas em ambiente laboral para evitar a PAIR são:

  • fazer a lubrificação e manutenção das máquinas e equipamentos;

  • orientar sobre quanto tempo um funcionário pode ficar sujeito a uma determinada fonte de ruído;

  • instalar barreiras acústicas nas máquinas, paredes e teto;

  • utilizar maquinários e ferramentas mais silenciosas;

  • se possível, operar máquinas ruidosas durante os horários em que os colaboradores não estão próximos;

  • oferecer um ambiente onde a equipe fique longe de ruídos em períodos de descanso e alimentação;

  • eliminar completamente o ruído em setores que exigem atividades mentais (administração, contabilidade, gestão, enfermaria, RH etc.).


Tudo isso deve ser providenciado com o apoio do Programa de Conservação Auditiva (PCA), que reúne medidas coordenadas para prevenir a PAIR. Além disso, esse documento deve estar anexado ao Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional (PCMSO) e o Programa de Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA).

Os principais objetivos do PCA são:

  • adequar a empresa às exigências trabalhistas;

  • fazer o diagnóstico precoce de problemas na audição por meio de exames (audiometria);

  • identificar e tratar funcionários com déficit auditivo;

  • diminuir o custo de insalubridade.


E então, compreendeu o que é a perda auditiva induzida por ruído e como evitá-la na sua empresa? Se você investir em medidas preventivas para eliminar o surgimento da PAIR, certamente vai melhorar a qualidade de vida dos seus colaboradores, além de livrar-se de multas e processos trabalhistas.

O que achou deste conteúdo? Ainda tem dúvidas sobre o tema? Utilize o campo de comentários abaixo e envie sua pergunta para nós.










AMBIENTE DE TRABALHO. COMO ELE
INFLUENCIA NA PRODUTIVIDADE!



Grande parte das empresas, principalmente as maiores e mais inovadoras, já perceberam o quanto o ambiente de trabalho pode influenciar no desempenho dos colaboradores. Isso porque os empregados passam a maior parte do dia ali e, se não estiverem confortáveis e felizes no local onde trabalham, dificilmente conseguirão ter um rendimento satisfatório.

Dessa forma, é responsabilidade da organização proporcionar um ambiente no qual o colaborador possa se sentir bem e consiga realizar suas funções com qualidade. Além disso, trabalhar em um local agradável e harmonioso é um fator que estimula a produtividade e, ainda, motiva o empregado a permanecer na empresa.

Você verá, a seguir, como o ambiente é capaz de impactar as relações de trabalho e influenciar o funcionário a realizar suas atividades ainda melhor. Confira!





Colaboração e respeito são fundamentais

Um ambiente agradável e produtivo também é constituído de colaboração. Não há um bom clima organizacional se o local é movido por competições internas não saudáveis e as pessoas não se sentem seguras para confiar umas nas outras.

Portanto, a companhia precisa ter transparência com seus colaboradores e contar com líderes que sejam capazes de engajar os funcionários por meio do respeito, nunca pelo medo.

Também é importante estimular o trabalho em equipe. As pessoas — não só de uma área específica, mas de todos os setores — precisam entender que fazem parte de um mesmo time e devem trabalhar juntas para atingirem os resultados esperados pela organização, sem falar que o trabalho em equipe, normalmente gera melhores resultados e mais duradouros.

Além disso, qualquer forma de preconceito e assédio deve ser extinta da empresa. Não existe a possibilidade de uma empresa ter um bom ambiente de trabalho se ainda apresenta qualquer tipo de comportamento inadequado, seja pela liderança ou entre colegas.

Funcionários saudáveis rendem mais

Um bom local para se trabalhar também favorece a saúde dos empregados e vice-versa, o que ajuda ainda mais a melhorar a produtividade do colaborador.

É claro que todos precisam ter um desempenho satisfatório e realizar suas funções de acordo com o que é esperado pela companhia, mas trabalhar em um local sob extrema pressão e cobrança não faz bem para ninguém. O ambiente de trabalho influencia no comportamento das pessoas, o que pode ocasionar estresse em demasia. Assim, o clima geral se torna insatisfatório e o ambiente de trabalho acaba desmotivando o funcionário, em vez de realizar o contrário.

Ainda, quando o empregado precisa se ausentar por licença médica, a empresa fica com a equipe desfalcada e, consequentemente, tem perda de produtividade. Portanto, quanto mais saudável for o ambiente, física e psicologicamente, melhor será a atuação do colaborador em seu trabalho.

Dessa forma, é importante que a organização realize ações e promova campanhas que estimulem o cuidado com a saúde, além de oferecer um ambiente propício e seguro para isso.

Por fim, caso seja possível, oferecer um plano de saúde para os funcionários é uma grande recompensa, além de ser um ótimo atrativo. Para a empresa também há benefícios, pois, o colaborador se sente mais seguro e dessa forma pode focar sua atenção e energia no trabalho.

Investir em segurança e boas condições de trabalho é imprescindível

Os equipamentos de proteção individual, ou EPIs, quando necessários, são peças importantes para garantir a saúde do trabalhador, devendo ser fornecidos pela empresa por lei. Além disso, a segurança de todos os locais de trabalho precisa ser verificada com periodicidade, a fim de garantir que os riscos para os colaboradores sejam eliminados. Para se ter ideia, o Brasil tem, em média, um acidente de trabalho a cada 45 segundos.

Nesse contexto é possível citar a manutenção correta de máquinas, computadores e outros aparatos manuseados pelos funcionários, o oferecimento de treinamentos e cursos para a boa execução de tarefas, a higiene  do ambiente de trabalho e áreas de convivência que sejam agradáveis, para que o colaborador consiga recarregar as energias em seu intervalo.

Ter cuidados com a ergonomia favorece a produtividade

Na maioria das jornadas, os colaboradores realizam a mesma tarefa de forma repetitiva e por várias horas. Dessa forma, é fundamental que a empresa tenha cuidados com a ergonomia, ou seja, com a postura corporal e conforto durante as atividades no ambiente de trabalho.

Colaboradores que carregam produtos pesados devem ser avaliados e orientados rotineiramente, assim como acompanhados por um profissional capacitado na área de ergonomia. Dessa forma, é possível garantir a melhor postura e certificar que o limite de cada indivíduo não seja ultrapassado.

Já, trabalhadores que realizam as suas funções sentados, por exemplo, devem ter a sua disposição as mesas de altura adequada e cadeiras com apoio para a coluna, evitando que posturas erradas sejam adotadas. Por fim, os funcionários que passam grande parte do dia em pé devem ter direito a pequenas pausas durante a jornada para se sentar.

É dever da empresa oferecer a eles um ambiente com assentos confortáveis para o descanso, assim como locais em que possam elevar as pernas. É importante ter em mente que as tarefas repetitivas, posturas inadequadas e o estresse formam um ambiente propício para o surgimento de problemas de saúde, o que afastou 22 mil trabalhadores no ano de 2017.

Distribuir estrategicamente o pessoal evita sobrecarga

A carga excessiva de trabalho é, sem dúvida alguma, um dos fatores que mais tem potencial para adoecer os funcionários. Isso porque além do cansaço físico para suprir toda a demanda, também existe o esgotamento da mente, o que prejudica o colaborador em vários aspectos de sua vida.

Como já falado, o muito estresse no ambiente de trabalho não é algo positivo para a produtividade. Além de se sentir pressionado nesse local, é bem possível que o funcionário leve suas preocupações para casa, o que o força a deixar de conviver com sua família e realizar atividades prazerosas, a fim de cumprir com seus compromissos no trabalho. Esse não é um comportamento saudável e não deve ser estimulado pelas empresas.

Um bom ambiente de trabalho gera melhores resultados

Quanto mais o empregado estiver satisfeito com o lugar onde trabalha, melhores serão os resultados da empresa. Sentindo-se bem no ambiente de trabalho, o colaborador se compromete mais facilmente com as metas e objetivos da organização e se empenha cada vez mais para contribuir com a companhia, conseguindo ir além do esperado. Afinal, ele se sente acolhido e quer mostrar resultados.

Assim, investir na qualidade de vida e no bem-estar do funcionário é uma prática essencial para qualquer empresa que queira se manter ativa no mercado e reter talentos. Além do aumento da produtividade, a empresa que tem um bom ambiente organizacional é mais cobiçada pelos profissionais e consegue melhorar sua imagem corporativa.


Agora que você já viu a importância do ambiente de trabalho para a produtividade dos colaboradores, queremos saber o que sua empresa tem realizado ou o que pode fazer para tornar o local ainda melhor.

Deixe seu comentário e compartilhe as suas experiências conosco!






O QUE É EXAME PSICOSSOCIAL, QUAL SUA
IMPORTÂNCIA E QUANDO REALIZÁ-LO?



Cuidar da saúde mental é tão importante quanto da saúde física. Infelizmente, quando se fala em saúde e segurança no trabalho, a primeira — e, talvez, única — coisa que vem à cabeça das pessoas são os riscos físicos. Contudo, é preciso lembrar que existem também os riscos psicológicos que merecem a mesma atenção e podem ser identificados pelo exame psicossocial.

Quer entender melhor o que é, para que serve, quais são as normas regulamentadoras que falam desse exame e muito mais sobre o assunto? É só continuar a leitura!




O que é e para que serve o exame psicossocial?

O exame psicossocial é feito por um profissional que esteja habilitado para tal, com o intuito de avaliar os colaboradores que trabalham em situações de risco, como altura, espaços confinados e manuseio de inflamáveis, tendo em vista o estresse ao qual eles se submetem para a realização de seu trabalho.

Pela necessidade de controle emocional, determinadas atividades ocupacionais exigem do profissional um grande esforço mental que tem como consequência um enorme desgaste psicológico, mas que muitas vezes não é notado pelas pessoas, sendo visto apenas como estresse ou esgotamento do trabalho. Porém, pelo exame, é possível identificar essas características e tratá-las desde o início para que não venham a se transformar em problemas maiores, como a depressão.

Qual é a importância do exame psicossocial?

Por meio desse exame, é possível identificar se o seu colaborador ainda está apto para desenvolver as suas atividades rotineiras. Com isso, vai diminuir o risco de, em algum momento de impulsividade, o trabalhador perder o controle emocional, o que pode resultar em grandes tragédias.

É importante que a avaliação psicossocial seja feita com determinada frequência, uma vez que o profissional pode desenvolver algumas patologias psicológicas com o decorrer do tempo de trabalho e passe a produzir menos e com menor qualidade.

Quando o exame é obrigatório?

Algumas Normas Regulamentadoras dissertam sobre a obrigatoriedade desse exame, são elas:

  • a NR-20, no item 20.14.6 determina que, para os integrantes da equipe de resposta a emergências, trabalhando com inflamáveis e combustíveis, é preciso considerar os riscos psicossociais;

  • a NR-34, que legisla sobre os trabalhadores em construção naval, no tópico 34.17.7 também fala sobre os exames psicossociais para os integrantes da equipe de respostas a emergências. Além disso, no item 34.2.1, ressalta a importância do empregador cuidar da integridade psíquica de seus colaboradores;

  • a NR-33, no item 33.3.4.1 fala que todo profissional que trabalha em espaço confinado precisa ser submetido ao exame psicossocial, com a emissão do ASO — Atestado de Saúde Ocupacional;

  • já a NR-35, no ponto 35.4.1.2 deixa claro que deve ser realizado exame com vistas às disfunções psicossociais, relacionadas ao trabalho em altura.


Dessa forma, se os seus colaboradores se enquadram em qualquer um dos tópicos citados, é imprescindível que sejam tomadas as devidas providências. Além do colaborador, também a empresa se beneficia ao proporcionar saúde e qualidade de vida à sua equipe, seja por evitar despesas com afastamentos de profissionais, seja para evitar multas por não-cumprimento da lei.

A saúde mental é crucial para que seja desenvolvido um bom trabalho na organização. Muitas vezes, o seu trabalhador tem maior probabilidade de ter patologias mentais do que físicas. Por isso, não negligencie o exame psicossocial.


Agora que você já conhece esse exame, compartilhe com seus amigos nas redes sociais, para que eles também fiquem por dentro do assunto.








DOENÇAS OCUPACIONAIS:
O QUE É PRECISO SABER SOBRE O TEMA?


O Brasil é o quarto país com maior índice de acidentes de trabalho. Além disso, as doenças ocupacionais também se destacam como um grande problema para a saúde pública nacional e para as empresas e trabalhadores. É por isso que saúde e segurança do trabalho são elementos tão importantes para qualquer organização, afinal, é papel de todos combater essa grave situação.

Tratando especificamente das doenças ocupacionais, é importante lembrar que elas podem ser tanto físicas quanto psicológicas. Isso porque estresse, sobrecarga, insegurança e outros elementos relacionados à organização do trabalho podem desencadear problemas mentais que afetam a vida dos trabalhadores.




Inclusive, esse tipo de transtorno está crescendo em quantidade de notificações no país, devendo ser analisado juntamente com as doenças físicas. Quer saber mais sobre doenças ocupacionais e como preveni-las na sua empresa? Então, continue a leitura e descubra!

O que são doenças ocupacionais

As doenças ocupacionais são definidas como qualquer tipo de transtorno ou problema, de ordem física ou mental, que acomete os trabalhadores. Além disso, é importante lembrar que existe uma causalidade entre a atividade realizada dentro da empresa e a doença apresentada.

Assim, elas podem ser divididas em dois principais tipos:

  • doenças profissionais: causadas pela atividade realizada pelo colaborador, como movimentos repetitivos ou exposição a agentes tóxicos, por exemplo;


  • doenças do trabalho: causadas pela situação na qual o trabalho é realizado ou organizado nas atividades da empresa, como sobrecarga, ruídos excessivos, problemas de relacionamento, entre outros.


As principais doenças ocupacionais no Brasil

Para atuar na prevenção de doenças ocupacionais é essencial que você entenda que transtornos são esses que podem acometer os seus colaboradores. Confira!

LER/DORT

Apesar de serem doenças diferentes, a LER (Lesão por Esforço Repetitivo) e a DORT (Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho) estão intimamente relacionadas.

A LER é um tipo de lesão causada pela repetição de determinado movimento diversas vezes ao longo da jornada de trabalho. Ela ficou bastante conhecida por acometer muitos trabalhadores que utilizam computador para realizar as suas atividades, principalmente os funcionários de bancos. Nesse caso, há comprometimento das articulações e músculos do punho e braços, o que causa dor intensa e limitação de movimentos.

Já a DORT é uma lesão dos ossos e músculos, geralmente da coluna, causada por postura inadequada ou pelo fato do trabalhador ficar na mesma posição durante toda a jornada. Assim, LER e DORT podem aparecer juntas nos trabalhadores, uma vez que têm origem semelhante.

Logo, é importante lembrar também que, uma vez instalada, a doença não passa quando o trabalhador para de trabalhar, o que significa que ela pode acompanhar o profissional pelo resto da vida e, inclusive, levar à invalidez.

Depressão e ansiedade

A depressão e a ansiedade são dois transtornos mentais que podem ser desenvolvidos devido ao ambiente e à organização do trabalho dentro de uma empresa.

Enquanto a primeira está muito relacionada à tristeza, ausência de prazer nas atividades e perda de interesse, a ansiedade está mais ligada à preocupação excessiva, irritabilidade e, até mesmo, sintomas físicos, como taquicardia e sensação de morte iminente, mesmo sem nenhum estímulo aversivo.

Apesar de serem diferentes, essas duas doenças podem vir combinadas, o que intensifica os problemas que elas geram para o lado profissional e pessoal do trabalhador. Além disso, vale destacar que, mesmo quando desenvolvida devido ao ambiente de trabalho, depressão e ansiedade se estendem para outras situações da vida do trabalhador, inclusive momentos de lazer e relacionamentos com a família.

Assim, são dois transtornos extremamente graves, porém, difíceis de serem identificados e, inclusive, de se estabelecer o nexo com o trabalho, devido à complexidade dos sintomas. Além disso, são a segunda maior causa de adoecimento relacionado ao trabalho, perdendo apenas para a LER/DORT.

Estresse pós-traumático

Trata-se de um transtorno de ordem psicológica, muito comum entre profissionais que são expostos a situações de risco, como os seguranças, chamado TEPT - Transtorno de Estresse Pós-Traumático.

O TEPT é desencadeado por uma situação de risco real a que o trabalhador foi exposto ou, até mesmo, por uma ameaça. Existem registros, inclusive, de trabalhadores que desenvolveram por terem presenciado um acidente de trabalho ou escutado um determinado colega contar uma história sobre uma situação ameaçadora, sem nem ao menos ter vivenciado ou visto o caso.

Assim, as pessoas que desenvolvem TEPT têm sintomas como a revivência da situação repetidamente. Isso é mais forte do que uma simples lembrança, o que significa que o trabalhador, efetivamente, revive a passagem em sua mente diversas vezes por dia, desencadeando sofrimento psíquico e sintomas físicos, como falta de ar e taquicardia.

Dorsalgias

A dorsalgia se refere a um tipo de doença ocupacional que acomete a musculatura e a estrutura óssea das costas de trabalhadores. Ela também pode acometer as articulações e nervos ligados à coluna vertebral, causando dores de diferentes intensidades e constância.

Ainda, as atividades que causam, com maior frequência, esse tipo de problema são as relacionadas com a movimentação de cargas. É importante destacar que essa é a quinta maior causa de afastamento do trabalho por mais de 15 dias, sendo superada apenas por casos de fratura.

Dicas para prevenir doenças ocupacionais

Até aqui, vimos apenas algumas das doenças ocupacionais que podem ser desenvolvidas pelos colaboradores da sua empresa. Logo, o melhor remédio, como sempre, é a prevenção!

Descubra agora algumas dicas importantes para investir nesse aspecto dentro do seu negócio:

  • faça um diagnóstico dos riscos relacionados ao trabalho dentro da empresa, tanto físicos quanto psicossociais;

  • dê assistência para que os colaboradores procurem ajuda no caso de sinais de qualquer doença ocupacional;

  • converse com a equipe para identificar pontos críticos, relacionados ao desenvolvimento de transtornos mentais no trabalho;

  • invista em programas de qualidade de vida e de saúde do trabalho;

  • revise as normas de saúde e segurança do trabalho, principalmente as NR’s, garantindo o cumprimento de todas elas;

  • garanta a ergonomia no ambiente de trabalho;

  • conte com uma consultoria especializada para auxiliar nas ações a serem realizadas.


Agora você já sabe um pouco mais sobre o panorama das doenças ocupacionais no Brasil, quais são as principais e como iniciar o processo de prevenção. Para tanto, é essencial ter sempre a saúde e segurança do trabalho como prioridades dentro da empresa. Afinal, essa é uma responsabilidade e, inclusive, obrigação de qualquer organização.

Quer começar agora mesmo o seu programa de prevenção? Então, entre em contato com a SAFE e descubra como podemos ajudar você e seus trabalhadores!


Gostou do artigo?

Então aproveite para compartilhar o post nas suas redes sociais e alerte os seus amigos e colegas sobre a importância do cuidado com a saúde ocupacional!

    COMO ORGANIZAR UM CRONOGRAMA DE VISITAS       Para serviços de manutenção em campo, organizar um cronograma de visitas ajuda n...