quinta-feira, 31 de agosto de 2023

 






PRODUTOS PERIGOSOS: Equipamentos de Absorção

 

Absorção

Processo físico no qual uma material coleta e retém outro.

A absorção pode ser acompanhada de uma reação química;

 



Composição de Absorventes

 

Absorventes orgânicos

São geralmente conhecidos como aqueles provenientes de materiais presentes na natureza à base de carbono, tais como:

·       sabugo de milho,

·       serragem,

·       fibra de papel ,

·       algodão,

·       turfa e

·       estopa.

 

Todos estes materiais são considerados biodegradáveis.

 

Absorventes inorgânicos

São normalmente extraídos da terra e incluem:

·       argila,

·       perlita,

·       areia,

·       silicatos expandidos (vidro) e

·       mica expandida (vermiculita).

 

Estes materiais não são considerados biodegradáveis.

 

Absorventes sintéticos

São geralmente produzidos de derivados de petróleo ou materiais plásticos, tais como:

·       PU,

·       PE ou

·       PP.

 

Estes materiais absorventes não são considerados biodegradáveis ·

 

Absorventes seletivos

Contém um meio que não irá absorver alguns fluídos em particular ou não são quimicamente compatíveis com eles, e, portanto, não devem ser usados com determinados líquidos.

 

Por exemplo

·       poliolefinas não tratadas, não irão, geralmente, absorver líquidos aquosos;

·       absorventes de sílica na presença de ácido fluorídrico resultará em tetra fluoreto de silício; ou

·       absorventes de celulose se usados para conter ácido nítrico irão reagir para produzir nitrocelulose. ·

 

Absorventes Químicos ou Universais

São geralmente considerados inertes e podem ser utilizados com aproximadamente todos os líquidos. ·

 

Absorventes Específicos

São destinados a alterar o estado do líquido absorvido levando o material absorvido a um estado menos tóxico.

 

Características notáveis que devem ser consideradas para avaliar o absorvente e o fluído

 

Características de Desempenho dos materiais absorventes são classificadas de acordo com:

·       seu grau de absorção (tempo requerido para saturação),

·       volume (quantidade de líquido que um absorvente pode reter) e

·       grau de desempenho (qual a massa de líquido absorvida por massa de absorvente).

 

Geralmente, materiais absorventes com altos graus de absorção, volume e grau de desempenho são os materiais mais eficientes na absorção

Características do Fluído que afetam o desempenho de absorção incluem:

·       densidade .(massa de substância por unidade de volume),

·       viscosidade (resistência à fluir) e

·       tensão superficial ( forças intermoleculares de um líquido agindo na sua superfície para manter suas moléculas inseparáveis).

 

REAPROVEITAMENTO

Alguns absorventes mais modernos permitem que:

Boa parte do produto absorvida seja recuperada através do emprego de processos como a compactação do absorvente.

Em alguns casos é possível recuperar cerca de 90% do material que foi absorvido.

A compactação também serve para reduzir o volume do absorvente quando o mesmo for descartado.

Alguns absorventes podem até mesmo ser reaproveitados por diversas vezes, melhorando assim sua relação custo benefício.

A seletividade é uma característica que apenas alguns absorventes mais modernos apresentam.

A seletividade é a propriedade que um determinado absorvente possui de absorver um produto químico que apresenta uma característica particular e não absorver produtos que não tenham a referida característica.

Entre os absorventes utilizados em maior escala temos alguns que são hidrorepelentes, ou seja, absorvem líquidos tais como óleos e solventes (imiscíveis com a água) e não absorvem a água.

 



Principais absorventes industriais

 

A areia

Não é na verdade um absorvente, mas pode funcionar como tal.

 

Por ter deslocamento “aparentemente” fácil e custo inexpressivo, sua utilização é incentivada dentro das empresas.

 


 

A serragem

Também conhecida como pó de serra é utilizada como absorvente em muitas atividades industriais, pois é extremamente barata.

 

É leve e de fácil aplicação.

Apesar da serragem ser constituída de pequenos pedaços de madeira, com grande área de contato, a mesma não apresenta boa capacidade de absorção e não pode ser empregada para absorver produtos químicos perigosos.

 



A vermiculita

São um absorvente mineral que pode ser empregado com um bom desempenho para produtos a base de petróleo, assim como ácidos e alcalinos fortes.

 

Para produtos químicos voláteis não é muito recomendado.

 

A vermiculita tem como desvantagens:

Peso um pouco elevado e a impossibilidade de incineração, que acarreta uma disposição final mais cara.

 



A turfa

É um material absorvente de base vegetal.

Quando comparada com outros absorventes tais como serragem, areia ou vermiculita a turfa apresenta desempenho superior, além de poder ser utilizada para produtos orgânicos voláteis.

A turfa não pode ser utilizada para absorver produtos químicos perigosos tais como ácidos e alcalinos fortes.

 



A cinza vulcânica

·       é empregada como absorvente apenas para casos específicos, envolvendo óleos pesados, bem como graxas em geral, mesmo em pisos com superfície lisa.

É um material relativamente pesado e seu custo é elevado.

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Devemos observar ainda os seguintes pontos:

·       Apresenta alta densidade, ou seja, mesmo em se tratando de pequenos volumes, o esforço físico necessário para conter um vazamento pequeno é intenso;

·       O tempo gasto para a atividade é muito longo, pois é necessário espalhar sobre a área atingida e depois recolher com processos laborais utilizando pás, enxadas e carrinhos;

 


A celulose reciclada

·       quando preparada quimicamente para atuar como material absorvente, apresenta um excelente desempenho.

É empregada na produção de barreiras e almofadas, e também é comercializada na forma de flocos (sacos com 10 quilogramas).

Facilidade de aplicação devido ao pouco peso.

É incensurável e auxilia na cogeração de energia elétrica, pois apresenta alto poder de queima, aliado a uma baixa formação de cinzas.

Grande capacidade de absorção. Por ter aplicações mais restritas, e devido à própria consistência do material, seu emprego não é tão difundido como o de outros materiais. Infelizmente este material não apresenta uma relação custo x benefício atraente.

 

Abaixo temos as principais características deste tipo de absorvente:

Apresenta rendimento próximo ao da turfa e superior a outros materiais absorventes tais como areia e pó de serra;

 



SUPERSORB

Fibras Recicladas de Poliéster com Viscose

Estas fibras recicladas e trituradas para ter homogeneidade de tamanho criam um material absorvente que oferece uma quantidade de vantagens superior a grande maioria dos outros absorventes industriais.

É fornecido na forma de tapetes, barreiras e almofadas. Entre as principais vantagens podemos indicar:

Apresenta rendimento muito satisfatório, inclusive superior a outros tipos de materiais utilizados como absorventes, podendo absorver uma quantidade de líquido maior que seu próprio peso e volume.

 



Microfibras de Polietileno

Material utilizado como absorvente, criando assim um novo conceito de absorventes de alto desempenho.

O Polietileno é um plástico (material sintético) e quando produzido na forma de microfibras e aglutinado através de processo especial cria um material absorvente que oferece uma quantidade de vantagens superior a quase qualquer outro absorvente industrial.

É fornecido na forma de tapetes, barreiras e almofadas.

Entre as principais vantagens podemos indicar:

Podendo absorver uma quantidade de líquido maior que seu próprio peso e volume.

 



Microfibras de Polipropileno

Material utilizado como absorvente, sendo contemporâneo ao polietileno e apresentando vantagens ainda maiores de absorventes de alto desempenho.

Polipropileno é um plástico (material sintético) que quando preparado como material absorvente (microfibras aglutinadas através de processo especial) oferece vantagens ímpares em relação aos outros materiais.

A exemplo dos absorventes de polietileno os absorventes confeccionados com polipropileno também são comercializados nas formas de:

Tapetes, barreiras e almofadas – Todos de diversos tamanhos e capacidades de absorção.

 



Fonte:  Manual básico de operações com Produtos Perigosos (Secretaria de Estado da Defesa Civil Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Rio de Janeiro Grupamento de Operações com Produtos Perigosos – GOPP)

 

 



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ELETRICIDADE: Luvas Isolantes

 


Luvas de segurança isolantes para proteção contrachoques elétricos

Destinam-se a proteger o trabalhador contra a ocorrência de choque elétrico, por contato pelas mãos, com instalações ou partes energizadas em alta e baixa tensão.

Há luvas para vários níveis de isolamento e em vários tamanhos, que devem ser especificados visando permitir o uso correto da luva.

Devem ser usadas em conjunto com luvas de pelica, para proteção externa contra perfurações e outros danos. 

Deve-se usar talco neutro no interior das luvas, facilitando a colocação e retirada da mão. 

Elas sempre devem estar em perfeitíssimas condições e serem acondicionadas em sacola própria. 

Antes do uso, as luvas isolantes devem sofrer vistoria e periodicamente ensaiadas quanto ao seu isolamento. 

Caso estejam furadas, mesmo que sejam microfuros, ou rasgadas, com deformidades ou desgastes intensos, ou ainda, não passem no ensaio elétrico, devem ser rejeitadas e substituídas.

Existem aparelhos que insuflam essas luvas e medem seu isolamento (inaladores de luvas).

 

São fabricadas em seis classes:



NOTA:

Para luvas de classe 0 e 00, a tensão máxima de uso deve ser baseada na seguinte fórmula:

Tensão Máxima de Uso = 0,95 da tensão de ensaio – 2000 V

 

·       Luvas de pelica

As luvas de pelica são utilizadas como cobertura das luvas isolantes (sobrepostas a estas) e destinam-se a protegê-las contra perfurações e cortes originados de pontos perfurantes, abrasivos e escoriantes.

São confeccionadas em pelica com costuras finas para manter a máxima mobilidade dos dedos e possui um dispositivo de aperto com presilhas para ajuste acima do punho.

·       Luvas de segurança para proteção das mãos contra agentes abrasivos e escoriantes

Confeccionadas em raspa de couro ou vaqueta e com costuras reforçadas, destinam-se a proteger as mãos do trabalhador contra cortes, perfurações e abrasões.

O trabalhador deve usá-las sempre que estiver manuseando materiais genéricos abrasivos ou cortantes que não exijam grande mobilidade e precisão de movimentos dos dedos.

·       Mangas de segurança isolantes para proteção dos braços e antebraços contrachoques elétricos

Destinam-se a proteger o trabalhador contra a ocorrência de contato, pelos braços e antebraços, com instalações ou partes energizadas.

As mangas são normalmente empregadas com nível de isolamento de até 20 kV e em
vários tamanhos.

Possuem alças e botões que as unem nas costas.

Devem ser usadas em conjunto com luvas isolantes.

Antes do uso, as mangas isolantes devem sofrer vistoria e periodicamente ensaiadas quanto ao seu isolamento.

 

Obs.:

Na luva também vem uma tarja colorida que corresponde a sua classe de isolação.

 



Sempre inspecionar antes do uso

Fazer uma rigorosa inspeção visual, a luva não deverá ser utilizada se for encontrado cortes, ou furos ou ainda materiais incrustrados, que possam prejudicar a isolação do material.

Para inspeção visual, as luvas poderão ser infladas com ar usando aparelho apropriado, conforme figura.

Não esticar a luva além do recomendado pelos fabricantes.

 



Ensaios periódicos das luvas isolantes
É obrigatório que as luvas sejam submetidas a ensaios periódicos conforme determina a NR 10 no seu item 10.7.8:

“Os equipamentos, ferramentas e dispositivos isolantes ou equipados com materiais isolantes, destinados ao trabalho em alta tensão, devem ser submetidos a testes elétricos ou ensaios de laboratório periódicos, obedecendo-se as especificações do fabricante, os procedimentos da empresa e na ausência desses, anualmente”.

Sempre consultar o fabricante para saber a periodicidade dos ensaios.

Alguns fabricantes recomendam que seja realizado ao menos um ensaio a cada seis meses, podendo esse intervalo ser menor dependendo das condições e frequência de uso das luvas.

O laudo com os resultados dos ensaios precisa ser arquivado junto ao Prontuário de Instalações Elétricas.

 

Proteger as luvas isolantes com as luvas de cobertura





Durante o uso, as luvas de borracha deverão ser sempre protegidas por luvas de cobertura feitas de couro macio, (normalmente vaqueta).

É necessário que as luvas de cobertura sejam exclusivas para essa finalidade, ou seja, não utilizar para outros trabalhos.

A luva de cobertura nunca poderá estar em contato com o corpo do eletricista.

Conforme pode ser verificado na figura, a luva isolante deve ter o cano sempre mais comprido que o cano da luva de cobertura.

 

Tipos de Luvas Isolantes

Além da classe, as luvas isolantes poderão ser do tipo I, ou do Tipo II:

·       Tipo I – Não resistente ao ozônio

·       Tipo II – Resistente ao ozônio

 

Enquanto a classe define a tensão de isolação, o tipo depende do material de fabricação das luvas.

 

Limpeza e conservação

 



 

Manter a luva limpa.

Seguir as recomendações do fabricante para uma limpeza correta.

Guardar em locais isentos de umidade, armazenar em bolsa apropriada sem dobrar, enrugar ou comprimir.

 

A NBR 10622 determina que as luvas devem ser armazenadas do seguinte modo:

 

Armazenamento: Item 4.6 da NBR 10622

a) Acondicionada em caixa de papelão, com o lado da etiqueta para fora;

b) Não devem ser dobradas, enrugadas, comprimidas, ou submetidas a qualquer solicitação que possa causar alongamento ou compressão;

c) Em locais livres de ozônio, produtos químicos, óleos, solventes, vapores prejudiciais, fumos e descargas elétricas;

d) Fora da ação direta e afastada da irradiação de qualquer fonte de calor;

e) Em locais de temperatura ambiente não superior a 35ºC;

 

GARANTIA 

O fabricante ou fornecedor DEVE SUBSTITUIR, SEM COBRANÇA ao comprador, as luvas NÃO USADAS que em qualquer ocasião durante um período de 7 meses da data de recebimento do lote, deixem de ser aprovadas nos ensaios citados na norma NBR 10622.

Esta garantia deve ser válida somente se as luvas tiverem sido armazenadas conforme 4.6 da referida NBR e não tiverem sido submetidas a mais do que um ensaio de recebimento original e um reensaio.

Quando do reensaio dentro do período de garantia acima, deve-se comunicar ao fabricante com antecedência.

 

Recomendações finais:

Não devemos esquecer que as luvas, assim como todo Equipamento de proteção Individual, devem seguir as determinações da NR 6.

É obrigatório que tenham sido aprovadas pelo Ministério do Trabalho, ou seja, precisam ter o Certificado de Aprovação (CA).

 

Fontes: Manual de Auditoria Elétrica – NBR 10622/1989 – Pesquisa de Internet

 

 

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