ELETRICIDADE:
Luvas Isolantes
Luvas de segurança isolantes para proteção contrachoques
elétricos
Destinam-se a proteger o trabalhador contra a
ocorrência de choque elétrico, por contato pelas mãos, com instalações ou
partes energizadas em alta e baixa tensão.
Há luvas para vários níveis de isolamento e em vários
tamanhos, que devem ser especificados visando permitir o uso correto da luva.
Devem ser usadas em conjunto com luvas de pelica, para
proteção externa contra perfurações e outros danos.
Deve-se usar talco neutro no interior das luvas,
facilitando a colocação e retirada da mão.
Elas sempre devem estar em perfeitíssimas condições e
serem acondicionadas em sacola própria.
Antes do uso, as luvas isolantes devem sofrer vistoria
e periodicamente ensaiadas quanto ao seu isolamento.
Caso estejam furadas, mesmo que sejam microfuros, ou
rasgadas, com deformidades ou desgastes intensos, ou ainda, não passem no
ensaio elétrico, devem ser rejeitadas e substituídas.
Existem aparelhos que insuflam essas luvas e medem seu
isolamento (inaladores de luvas).
São fabricadas em seis classes:
NOTA:
Para
luvas de classe 0 e 00, a tensão máxima de uso deve ser baseada na seguinte
fórmula:
Tensão Máxima de Uso = 0,95 da tensão de ensaio – 2000
V
· Luvas
de pelica
As luvas de pelica são utilizadas como cobertura das
luvas isolantes (sobrepostas a estas) e destinam-se a protegê-las contra
perfurações e cortes originados de pontos perfurantes, abrasivos e
escoriantes.
São confeccionadas em pelica com costuras finas
para manter a máxima mobilidade dos dedos e possui um dispositivo de
aperto com presilhas para ajuste acima do punho.
· Luvas
de segurança para proteção das mãos contra agentes abrasivos e escoriantes
Confeccionadas em raspa de couro ou vaqueta e com
costuras reforçadas, destinam-se a proteger as mãos do trabalhador contra
cortes, perfurações e abrasões.
O trabalhador deve usá-las sempre que
estiver manuseando materiais genéricos abrasivos ou cortantes que não
exijam grande mobilidade e precisão de movimentos dos dedos.
· Mangas
de segurança isolantes para proteção dos braços e antebraços contrachoques
elétricos
Destinam-se a proteger o trabalhador contra a
ocorrência de contato, pelos braços e antebraços, com instalações ou
partes energizadas.
As mangas são normalmente empregadas com nível de
isolamento de até 20 kV e em
vários tamanhos.
Possuem alças e botões que as unem nas costas.
Devem ser usadas em conjunto com luvas isolantes.
Antes do uso, as mangas isolantes devem sofrer
vistoria e periodicamente ensaiadas quanto ao seu isolamento.
Obs.:
Na luva também vem uma tarja colorida que corresponde
a sua classe de isolação.
Sempre
inspecionar antes do uso
Fazer uma rigorosa inspeção visual, a luva não deverá
ser utilizada se for encontrado cortes, ou furos ou ainda materiais
incrustrados, que possam prejudicar a isolação do material.
Para inspeção visual, as luvas poderão ser infladas
com ar usando aparelho apropriado, conforme figura.
Não esticar a luva além do recomendado pelos
fabricantes.
Ensaios
periódicos das luvas isolantes
É obrigatório que as luvas sejam submetidas a ensaios periódicos conforme
determina a NR 10 no seu item 10.7.8:
“Os equipamentos, ferramentas e dispositivos isolantes
ou equipados com materiais isolantes, destinados ao trabalho em alta tensão,
devem ser submetidos a testes elétricos ou ensaios de laboratório periódicos,
obedecendo-se as especificações do fabricante, os procedimentos da empresa e na
ausência desses, anualmente”.
Sempre consultar o fabricante para saber a
periodicidade dos ensaios.
Alguns fabricantes recomendam que seja realizado ao
menos um ensaio a cada seis meses, podendo esse intervalo ser menor dependendo
das condições e frequência de uso das luvas.
O laudo com os resultados dos ensaios precisa ser
arquivado junto ao Prontuário de Instalações Elétricas.
Proteger
as luvas isolantes com as luvas de cobertura
Durante o uso, as luvas de borracha deverão ser sempre
protegidas por luvas de cobertura feitas de couro macio, (normalmente vaqueta).
É necessário que as luvas de cobertura sejam
exclusivas para essa finalidade, ou seja, não utilizar para outros trabalhos.
A luva de cobertura nunca poderá estar em contato com
o corpo do eletricista.
Conforme pode ser verificado na figura, a luva
isolante deve ter o cano sempre mais comprido que o cano da luva de cobertura.
Tipos
de Luvas Isolantes
Além
da classe, as luvas isolantes poderão ser do tipo I, ou do Tipo II:
· Tipo
I – Não resistente ao ozônio
· Tipo
II – Resistente ao ozônio
Enquanto a classe define a tensão de isolação, o tipo
depende do material de fabricação das luvas.
Limpeza
e conservação
Manter
a luva limpa.
Seguir as recomendações do fabricante para uma limpeza
correta.
Guardar em locais isentos de umidade, armazenar em
bolsa apropriada sem dobrar, enrugar ou comprimir.
A
NBR 10622 determina que as luvas devem ser armazenadas do seguinte modo:
Armazenamento:
Item 4.6 da NBR 10622
a) Acondicionada em caixa
de papelão, com o lado da etiqueta para fora;
b) Não devem ser
dobradas, enrugadas, comprimidas, ou submetidas a qualquer solicitação que
possa causar alongamento ou compressão;
c) Em locais livres de
ozônio, produtos químicos, óleos, solventes, vapores prejudiciais, fumos e
descargas elétricas;
d) Fora da ação direta e
afastada da irradiação de qualquer fonte de calor;
e) Em locais de
temperatura ambiente não superior a 35ºC;
GARANTIA
O fabricante ou fornecedor DEVE SUBSTITUIR, SEM
COBRANÇA ao comprador, as luvas NÃO USADAS que em qualquer ocasião durante um
período de 7 meses da data de recebimento do lote, deixem de ser aprovadas nos
ensaios citados na norma NBR 10622.
Esta garantia deve ser válida somente se as luvas
tiverem sido armazenadas conforme 4.6 da referida NBR e não tiverem sido
submetidas a mais do que um ensaio de recebimento original e um reensaio.
Quando do reensaio dentro do período de garantia
acima, deve-se comunicar ao fabricante com antecedência.
Recomendações
finais:
Não devemos esquecer que as luvas, assim como todo
Equipamento de proteção Individual, devem seguir as determinações da NR 6.
É obrigatório que tenham sido aprovadas pelo
Ministério do Trabalho, ou seja, precisam ter o Certificado de Aprovação (CA).
Fontes: Manual
de Auditoria Elétrica – NBR 10622/1989 – Pesquisa de Internet
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