segunda-feira, 28 de outubro de 2024

 




 

FURADEIRA

 


A furadeira elétrica portátil é uma ferramenta muito usada tanto em ambientes profissionais quanto em projetos domésticos. Na construção civil, seu uso é indispensável para perfurar materiais como concreto, madeira, e metais, permitindo a execução de diversas tarefas, desde a fixação de estruturas até a instalação de equipamentos.

Apesar de sua versatilidade, a furadeira também apresenta riscos, especialmente em ambientes industriais, onde seu uso inadequado pode resultar em acidentes graves. Por isso, adotar medidas de segurança é fundamental para evitar lesões.

 

Principais riscos no uso de furadeiras

 

O uso da furadeira elétrica portátil, especialmente em ambientes como a construção civil, apresenta alguns riscos que precisam ser observados com atenção para evitar acidentes graves:

ü Risco de perfurações acidentais: a furadeira pode perfurar o material de forma inesperada ou descontrolada, resultando em lesões nas mãos, braços ou outras partes do corpo do operador.

ü Projeção de partículas: durante a perfuração, materiais como madeira, metal e concreto podem soltar fragmentos que, se não forem controlados, podem atingir os olhos ou a pele, causando ferimentos.

ü Riscos elétricos e de choque: se a furadeira tiver fios expostos ou estiver malconservada, pode ocorrer curto-circuito ou choque elétrico, colocando o usuário em risco.

 



Esses são os riscos mais comuns, e medidas de segurança devem ser tomadas para minimizá-los durante o uso.

 

10 medidas de segurança no uso da furadeira

 

Para garantir o uso seguro da furadeira elétrica portátil, é fundamental adotar algumas medidas preventivas:

ü Treinamento e capacitação: nunca utilize uma furadeira elétrica portátil sem o devido treinamento. Certifique-se de que está capacitado e apto para operar a ferramenta com segurança.

ü Leitura do manual do fabricante: antes de usar a furadeira, leia atentamente o manual do fabricante e siga as recomendações de segurança. Cada ferramenta pode ter instruções específicas.

ü Escolha da ferramenta adequada: utilize a furadeira correta para o tipo de trabalho que será executado, garantindo que esteja em perfeito estado de conservação e funcionamento.

ü Inspeção do equipamento antes do uso: verifique a integridade do equipamento, incluindo cabos elétricos, brocas e acessórios, antes de iniciar as atividades. Equipamentos danificados aumentam o risco de acidentes.

ü Uso de EPI’s: sempre utilize os Equipamentos de Proteção Individual adequados, como capacete, luvas de couro, óculos de segurança, protetores auriculares e máscara de proteção, conforme a tarefa a ser realizada.

ü Atenção ao vestuário: evite o uso de roupas folgadas, acessórios como colares e pulseiras, e mantenha o cabelo preso, para evitar que se enrosquem na ferramenta durante a operação.

ü Manuseio firme da ferramenta: segure a furadeira com firmeza para evitar que ela escape das mãos. Uma ferramenta mal controlada pode gerar acidentes graves.

ü Área de trabalho organizada e segura: garanta que a área de trabalho esteja limpa, sinalizada e isolada. Utilize barreiras de proteção - EPC’s para evitar a projeção de faíscas ou partículas durante o uso.

ü Ambientes perigosos: não use a furadeira na presença de vapores, gases inflamáveis ou em áreas úmidas, a menos que haja uma Permissão de Trabalho adequada e condições seguras, como o uso de plataformas isolantes.

ü Desconectar a ferramenta para ajustes: sempre desconecte a furadeira da fonte de energia antes de substituir ou apertar componentes, como a broca. Nunca utilize o cabo para movimentar ou desconectar o equipamento, e evite o uso de extensões quando possível.

Essas práticas ajudam a garantir a segurança do operador e evitar acidentes graves.

 

Manutenção e cuidados com a ferramenta

A manutenção adequada da furadeira elétrica portátil é muito importante para garantir seu desempenho e prolongar sua vida útil, além de minimizar o risco de acidentes.

Manter a ferramenta em boas condições também contribui para um ambiente de trabalho mais seguro.

 

Aqui estão algumas dicas importantes para manter a furadeira em perfeito estado de funcionamento:

ü Limpeza após o uso: sempre limpe a furadeira após cada utilização, removendo resíduos de pó e partículas que possam ter se acumulado durante o trabalho. O acúmulo de detritos pode prejudicar o desempenho da ferramenta e causar danos internos. Utilize um pano seco ou uma escova macia para a limpeza externa e evite o uso de líquidos que possam danificar os componentes elétricos.

ü Inspeção regular dos cabos e conectores: verifique periodicamente os cabos elétricos e plugues da furadeira para garantir que não há sinais de desgaste, como rachaduras ou fios expostos. Cabos danificados aumentam o risco de choques elétricos e curtos-circuitos. Se detectar algum problema, substitua o cabo imediatamente, conforme as orientações do fabricante.

ü Troca e verificação das brocas: as brocas desgastadas ou danificadas devem ser substituídas prontamente. Utilizar brocas em mau estado pode resultar em perfurações imprecisas e maior esforço para o motor da ferramenta, além de aumentar o risco de acidentes. Sempre escolha brocas adequadas ao tipo de material que será perfurado e siga as instruções do fabricante para instalação e remoção.

ü Lubrificação adequada: consulte o manual da ferramenta para verificar se a furadeira exige lubrificação periódica de seus componentes internos, como o mandril. A lubrificação evita o desgaste prematuro das peças móveis e mantém o equipamento funcionando suavemente.

ü Armazenamento correto: após o uso, armazene a furadeira em local seco e arejado, longe da exposição a umidade e calor excessivo. Ferramentas elétricas portáteis devem ser guardadas em caixas ou estojos próprios para evitar danos e contato com outros equipamentos que possam causar avarias.

ü Revisão periódica: para garantir a segurança do equipamento, é recomendável realizar manutenções preventivas periódicas, seguindo o cronograma estabelecido pelo fabricante no manual. Profissionais qualificados devem realizar reparos mais complexos e substituições de peças, evitando manutenções improvisadas que podem comprometer a segurança.

Ao seguir essas dicas de manutenção e cuidados, a furadeira elétrica portátil continuará operando de forma eficiente e segura, reduzindo o risco de falhas mecânicas e acidentes no ambiente de trabalho.

 

Conclusão

A furadeira elétrica portátil é uma ferramenta muito importante em diversos setores, especialmente na construção civil.

 

 

Trabalhe seguro com furadeira

Mas, seu uso requer atenção redobrada às medidas de segurança e manutenção. Ao seguir as práticas adequadas de prevenção, como o uso correto dos Equipamentos de Proteção Individual - EPI’s, a inspeção regular do equipamento e a escolha da ferramenta adequada para cada tipo de trabalho, é possível minimizar os riscos de acidentes.

Além disso, garantir a manutenção preventiva e a limpeza regular da furadeira contribui não apenas para a segurança dos operadores, mas também para a durabilidade e desempenho da ferramenta.

Investir em capacitação e treinamento dos trabalhadores também é essencial para garantir que todos saibam operar a ferramenta com segurança e eficiência.

Em suma, a segurança no uso da furadeira não é apenas responsabilidade do operador, mas de toda a equipe e da empresa, que deve fornecer as condições adequadas para um ambiente de trabalho seguro e produtivo.

 

 

 

 

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COMO TORNAR O TRANSPORTE E ARMAZENAMENTO DE SACOS E CAIXAS MAIS SEGUROS E SAUDÁVEIS?


 

Como tornar o transporte e armazenamento de sacos e caixas mais seguros e saudáveis? Vamos aprender um pouco sobre NR-11 e NR-17?

 

O transporte e armazenamento de sacos e caixas são comuns em todo tipo de comércio, dos menores aos maiores. Lojas de calçados de grande porte oferecem gôndolas cujos sapatos estão estocados na área de vendas. No meio rural, alguns produtores preferem armazenar seus grãos produzidos em sacos, e na construção civil, diversos tipos de materiais são armazenados em canteiro.

Em crescente no Brasil, hoje vemos vários atacarejos supermercadistas surgindo das tradicionais redes de supermercados e fazendo sucesso com recordes em faturamento e abertura de novas lojas. Nesse tipo de estabelecimento, em especial, os estoques estão ainda mais perto do público em geral. Acidentes podem acontecer em função de falhas de segurança. Um exemplo foi a queda de gôndolas em um atacarejos em São Luis, no Maranhão, no ano de 2020.

 

Queda de gôndolas em “atacarejo” (São Luis/MA), no ano 2020. Fonte: G1/Reprodução

 

Outro exemplo foi a queda de uma pilha de sacos de cimento que caiu em um automóvel estacionado próximo ao local de armazenamento:

 

Queda de sacos de cimento. Fonte: D24am/Reprodução

 

Houve danos materiais, mas poderia ter ocorrido algo ainda mais sério com a integridade física dos ocupantes do local. As instabilidades de materiais armazenados podem levar a quedas de pessoas ou mesmo morte por impactos mecânicos fortes ou esmagamento.

Existem aspectos de segurança que precisam ser levados em conta no transporte e armazenamento, bem como a ergonomia durante o manuseio de mercadorias, principalmente nas tarefas manuais. Esse assunto é tema da NR 11 – Transporte, movimentação, armazenagem e manuseio de materiais – e da NR 17 – Ergonomia.

Exemplos de acidentes como vimos podem ser evitados, dentre outros vários problemas relacionados a transporte e armazenamento. Ao longo deste post, falarei um pouco mais sobre como pode ser mais segura e saudável a atividade de transporte e manuseio de materiais, principalmente manual. Ao fim, veremos como o profissional SST pode contribuir para a melhoria da saúde e segurança nessas atividades.

 

Ergonomia nas atividades de transporte e armazenamento

 

A movimentação de cargas, principalmente manual, envolve cuidados quanto:

ü Ao posicionamento do trabalhador quando acessa à carga, abaixa e levanta.

ü À realização de alongamentos e ginástica laboral antes e após o trabalho.

ü À carga máxima que pode ser erguida pelo trabalhador.

ü À distância máxima que pode ser percorrida.

ü À repetitividade de movimentos ao longo do dia.

 

Esses cuidados evitam que o trabalhador apresente doenças como lesões por esforços repetitivos – LER e distúrbios osteosmoleculares relacionados ao trabalho – DORT. Outras doenças também podem ser evitadas.

A mecanização de atividades repetitivas pode ajudar a evitar o aparecimento de doenças nos trabalhadores, entretanto, não é possível eliminá-las do dia-a-dia de trabalho. Em função disso, os cuidados ergonômicos, incluindo as Análises Ergonômicas do Trabalho - AET’s são tão importantes.

 

Como o transporte manual pode ser realizado?

 

Para falar sobre o transporte manual e como ele pode ser realizado, vou trazer alguns exemplos:

ü Uma loja de calçados cuja funcionária precisa trazer alguns modelos de mocassim e botinas a um cliente.

ü Um jardineiro que precisa levar os resíduos das plantas para a compostagem.

ü Um pedreiro levando um balde de argamassa para chumbar telhas de espigão em um telhado.

ü O trabalhador levando um saco de grãos para o armazém da fazenda.

 

Cada um desses exemplos vai ser explicado por mim a seguir.

 

Transporte com o corpo

Para a funcionária ir buscar o mocassim e as botinas, deve pegar as caixas com as duas mãos e aproximar do corpo. Para entregar ao cliente, deve se abaixar, dobrando seus joelhos para depositar as caixas no chão ou no banco da loja. Nada de se abaixar dobrando a coluna.

 

Transporte com o corpo

 

Transporte usando carrinhos

O jardineiro provavelmente iria utilizar um carrinho de mão ou outro contêiner específico para guardar os restos de folhas, galhos e terra. Além de usar luvas para evitar machucados, deve usar apenas um carrinho de mão que tiver proteções onde as mãos forem posicionadas para o transporte e armazenamento. Também deve dobrar os joelhos ao pegar e soltar os pegadores.

 

Transporte usando carrinhos

 

Transporte da carga no desnível

Para chumbar (fixar com argamassa) as telhas de espigão num telhado cerâmico, primeiro o pedreiro deve subir por meio de uma escada ao telhado, sempre usando três pontos de apoio (dois pés e uma mão ou o inverso) durante a subida. Apenas depois deve erguer o balde de argamassa ao local de trabalho com o uso de roldanas ou guinchos de coluna.

Há risco de queda em subir carregando o balde ao mesmo tempo. Além de ser instável, não é mais rápido praticar essa atitude imprudente, pois uma queda leva à necessidade de cirurgias e parada por meses, além de fisioterapia, isso quando não ocorrem consequências mais graves.

 

Empilhamento manual

O empilhamento manual de sacos é realizado em fazendas onde o uso de silos não é viável ou é pequena a quantidade de grãos a armazenar. O trabalhador precisa cuidar na montagem das pilhas para correta amarração, distanciadas das paredes e seguindo uma altura de empilhamento seguro.

 

Empilhamento manual

 

Tanto no caso de sacos, como de caixas, os cuidados de empilhamento são muito importantes pois, caso não seja bem executado, pode levar a quedas de materiais, com esmagamento e fraturas nos trabalhadores. Todo profissional precisa ser bem treinado para que as atividades se tornem seguras.

 

Papéis do profissional SST

Todos os exemplos listados representam aspectos muito importantes no transporte seguro e na ergonomia do trabalho no armazenamento dos materiais. Apesar disso, nem sempre é simples convencer empresas e trabalhadores de como deve ser realizado o trabalho.

O profissional SST, nesse caso, precisa entender quais são as formas adequadas de realização dos serviços e explicá-las a todos, de forma didática e ilustrativa. O empregador precisa dispor de prateleiras fixas ou empilhamentos adequados e exigir serviços feitos de acordo com os limites físicos dos trabalhadores. O trabalhador, por sua vez, deve saber quais as posturas adequadas e segui-las em seu dia-a-dia.

 

Consultorias

Diversas NR’s tratam de ergonomia e transporte de materiais, com destaque à NR 11 e à NR 17. Por meio de uma análise ergonômica do trabalho – AET, os profissionais SST definem quais medidas são adequadas para cada atividade laborativa, considerando porte e setor da empresa.

Problemas de ergonomia e segurança no transporte de materiais também são levantados por órgãos públicos fiscalizadores, como o Ministério Público do Trabalho. Assim como um profissional de SST vai levantar possíveis itens a serem corrigidos na empresa, outros profissionais da área precisam atuar em correções e adequações para a realização das melhorias.

Importante ressaltar que AET não é mero documento. Caso os órgãos fiscalizadores constatem existir uma AET, mas ela não seja condizente com a realidade, haverá penalização. É por isso que não só o profissional SST precisa conhecer as normas regulamentadoras, quanto ressaltar aos empregadores da importância de seguir suas prescrições.

 

Treinamentos sobre transporte e armazenamento

 

Treinamento sobre transporte e armazenamento de sacos e caixas

 

Como mencionado, tanto os empregadores como empregados precisam saber e estarem convencidos da importância de cuidados com ergonomia e adequada segurança no transporte e no armazenamento de materiais, e isso se faz com conhecimento, informações de qualidade e bem estruturadas. Há ainda os casos de profissionais que atuam na área e desejam ampliar conhecimentos. Para essas duas situações, os profissionais de SST são os mais capacitados para ministrar treinamentos e, além de nobre função, tem-se uma grande oportunidade de trabalho.

Não basta apenas explicar informalmente quando se trata de exigência legal ou algo mais específico à empresa. É preciso demonstrar de forma estruturada aquele conhecimento aos interessados. Os treinamentos ajudam muito nisso, fazendo com que os interessados aprendam de forma consistente as exigências legais.

 

Como fazer esse treinamento?

Para explicar e realizar um treinamento consistente sobre ergonomia em situações de transporte com o corpo, com recursos auxiliares, em desnível ou ainda os empilhamentos, é preciso usar recursos didáticos. Apresentações de slides, apostilas e avaliações de múltipla escolha do conhecimento adquirido são alguns desses recursos, sendo valiosos para a transmissão do conhecimento, aliando-se à bagagem do instrutor.

Apesar disso, produzir um treinamento demanda tempo, pesquisa e atualização constantes. Para um profissional SST, em seu dia-a-dia, produzir esse material, grande esforço pode ser dispendido, o que pode tornar o treinamento oneroso ao consumidor final e pode inviabilizar o desenvolvimento do trabalho de treinamento.

 

 

 

 

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