quarta-feira, 12 de maio de 2021

 


Contaminação por Mercúrio:

Tudo que Você Precisa Saber

 

 


A contaminação por mercúrio, tanto do trabalhador quanto do meio ambiente, tem preocupado não somente as autoridades brasileiras, mas do mundo inteiro.

 

Apesar de ser encontrado em vários estados físicos, é na forma líquida que o mercúrio, um metal inorgânico* branco-prateado, mais tem causado danos à saúde do trabalhador, pois sua volatilização ocorre mesmo em baixas temperaturas.

 

O desgaste natural da crosta terrestre é a principal fonte do vapor de mercúrio na atmosfera terrestre. Trazido pelas águas da chuva, ao voltar para a Terra pode se transformar novamente em vapor e retornar à atmosfera, ou ser metilado pelos microrganismos presentes nos sedimentos das águas dos rios e dos mares.

 

Como metal líquido, volatiza-se e é inalado ou ingerido na forma de amálgama dentário, liberado por partículas minúsculas que se destacam, principalmente pela mastigação.

 

Embora a amálgama dentária tenha em sua composição 50% de mercúrio, e outros metais como complemento, não se tem notícia de efeitos adversos à saúde humana além de raros casos de alergia.

 

(*) Quando combinado com elementos como o cloro, enxofre ou oxigênio. No caso de um átomo de mercúrio se ligar covalentemente a pelo menos um átomo de carbono, origina compostos de mercúrio orgânico.


Onde o mercúrio é encontrado?

 

O mercúrio é encontrado em mais de dez mil produtos, como telas de computador, televisores, lâmpadas fluorescentes, termômetros, baterias etc. Como não se degrada na natureza, se apresenta com outras configurações químicas, como o metil mercúrio, contaminando plantas e animais, que intoxicam e até matam quem os consome.

 


Foi o que aconteceu no Japão nos anos 50, quando parte da população, ao consumir peixes pescados na Baia de Minamata, foram contaminados com mercúrio que uma fábrica descartava na água do riacho.

 

Centenas de pessoas ficaram doentes, com danos severos no sistema nervoso, com bebês também nascendo com deficiências físicas e mentais, já que o mercúrio ultrapassa a placenta e atinge o feto.

 

Estima-se que cerca de três mil toneladas de mercúrio são liberadas por atividades humanas, principalmente na incineração do lixo urbano e hospitalar.

 

No entanto, devido a seus processos antiquados, as indústrias de cloro-álcalis são responsáveis sozinhas por um volume significativo da contaminação do meio ambiente, utilizando toneladas de mercúrio.

 

O mercúrio também está presente nas indústrias metalúrgicas que utilizam o carvão coque, nas ourivesarias, nas indústrias de tintas aplicadas na proteção de embarcações e nas indústrias de fabricação de pesticidas, inseticidas, fungicidas.


Quais os riscos do trabalho com mercúrio?

 

Quem trabalha com mercúrio metálico está sujeito à contaminação por meio:

 

ü da pele (na forma de composto insolúvel);

ü do sistema gastrointestinal (na forma de composto solúvel);

ü das vias respiratórias (na forma de vapor).

 

Os vapores são inalados sem que a pessoa perceba, não tendo cheiro nem cor. Ao chegarem nos alvéolos pulmonares, entram na corrente sanguínea, danificando os rins, fígado, intestinos, medula óssea etc.

 

Contudo, os malefícios dessa inalação já são sentidos na parte superior do sistema respiratório, assim como na mucosa bucal e nas glândulas salivares. Posteriormente, atingem os pulmões e o cérebro.

 

Já no sistema digestivo, causam ação cáustica e geram, na fase aguda, incômodos e sérios transtornos.

 

No caso de mulheres grávidas, ao atravessar a placenta o mercúrio pode causar anomalias diversas e até um aborto.

 

Dependendo da concentração do contaminante no organismo, os efeitos são devastadores, principalmente no sistema nervoso, indo desde danos leves ao martírio de uma vida vegetativa e até à morte.

 


O que fazer em caso de acidente com mercúrio?

 

Ø Em caso de acidente com mercúrio, deve-se imediatamente:

Ø Conduzir a vítima para local fresco e ventilado;

Ø Caso a pele tenha sido atingida, lavar a área com água e sabão;

Ø Caso os olhos tenham sido atingidos, lavá-los abundantemente com água;

Ø No caso de ingestão, fazer bochecho com água repetidamente;

Ø Em todos os casos, buscar socorro médico imediato.

 

Quais são os tipos de intoxicação por mercúrio?

 

A intoxicação por mercúrio pode ser classificada como aguda ou crônica. Seus principais sintomas são:

 

1) Aguda – gengivas com sangramento; vômitos, às vezes com sangue; dores profundas; sensação de sabor metálico; inflamação na cavidade bucal; dentes bambos; queda dos dentes; transtornos hepáticos graves; diarreia abundante; ardência no estomago. A intoxicação aguda pode causar morte em um ou dois dias.

 

2) Crônica – Estomatite; mau hálito; saliva excessiva; anemia; perturbação nervosa; hipertensão; problemas digestivos; inapetência.

 

Quais são as normas de segurança para trabalhos com mercúrio?

 

A Norma Regulamentadora nº 7, do Ministério do Trabalho e Emprego, determina os parâmetros para controle da exposição a substâncias químicas como o mercúrio inorgânico.

Estabeleceu-se como matriz biológica a urina, com Valor de Referência para Normalidade de até 5 microgramas de mercúrio por grama de creatinina. Como Índice Biológico Máximo Permitido, 35 microgramas de mercúrio por grama de creatinina nos trabalhadores que desenvolvem atividades diante do aludido contaminante.

 

Já a Norma Regulamentadora nº 15, que estabelece as regras para atividades e operações insalubres, define o limite do mercúrio na atmosfera de trabalho como 0,04 mg/m3 de ar, para até 48h por semana.

 

Conclusão

 

O mercúrio é um metal extremamente perigoso para a saúde humana e para o meio ambiente, mas ainda é utilizado em vários setores da indústria. Apesar das leis com relação a seu uso estarem cada vez mais rígidas, tanto nacional quanto internacionalmente, ainda é preciso cuidado.

 

Seu uso na área de saúde, por exemplo, já está proibido – como no caso dos termômetros. Ressaltamos a importância do descarte adequado de aparelhos eletrônicos e termômetros, para evitar a contaminação.

 

 

Fonte

 

https://raclite.com.br/produtos-quimicos/contaminacao-por-mercurio-tudo-que-voce-precisa-saber/

 

 

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O PERIGO DO RUÍDO NO AMBIENTE DE TRABALHO

 

 


O ouvido humano tem seu grau máximo de sensibilidade dentro de uma escala de sons baixa. Esta é a forma em que nossa espécie evoluiu: se adaptando a ouvir tanto os sons distantes dos uivos dos animais, como os tênues sussurros dos ventos sobre a vegetação.

 

Foi com o surgimento das máquinas que o homem se viu forçado a conviver com ruídos de alta intensidade. Atualmente, classificamos como ruído qualquer som que exceda os 80-85 decibéis (dB) de intensidade.

 

Como o ruído afeta a audição?

 

A capacidade do ouvido para suportar altos níveis de ruído varia de indivíduo para indivíduo, sendo impossível prever o risco da perda da audição por meio dos níveis de exposição e das percepções subjetivas da intensidade do ruído.

 

De acordo com os fonoaudiólogos, a certeza que se tem é de que os níveis elevados de ruído ocasionam danos a curto ou a longo prazo. Assim, quanto mais elevada for a intensidade do ruído e quanto mais prolongado for o tempo de exposição, maior é o perigo.

 

A perda da capacidade auditiva pelo ruído geralmente chega de forma gradual, como resultado de pequenas (porém frequentes) exposições ao ruído, ao longo de vários anos. Claro que, em casos extremos, uma única exposição a um nível muito alto pode causar surdez instantânea, um trauma acústico.

 

A explosão gerada pelo rompimento de uma mangueira de alta pressão bem perto do ouvido, por exemplo, certamente romperá o tímpano, deslocará os três ossículos (martelo, bigorna e estribo) no ouvido médio e deixará o ouvido interno exposto à surdez permanente.

 

Como nossa audição funciona?

 

Os seres humanos ouvem ao captar as ondas acústicas, transportadas até́ o tímpano pelo canal auditivo, produzindo vibrações. Estas vibrações são transmitidas para a cóclea, no ouvido interno, por meio do movimento de três ossículos: martelo, bigorna e estribo.

 

O movimento do líquido da cóclea estimula os nervos ciliados, que se expandem e se contraem à medida que decodificam a informação do som. As células nervosas transmitem esta informação ao nervo auditivo que, em seguida, a leva ao cérebro.

 

Quando nos expomos a níveis elevados de ruído, os primeiros componentes do sistema auditivo que se esgotam são as células ciliadas mais externas, as que se contraem e relaxam como músculos ao ritmo das ondas acústicas.

 

Se a exposição prolongada a níveis elevados ocorre com frequência, as células ciliadas se debilitam e se deterioram gradualmente e logo morrem.

 

Os danos no ouvido interno são irreversíveis

 

A cóclea, no ouvido interno, contém entre 16.000 e 20.000 proeminências similares a pelos, que se denominam células ciliadas, cada uma delas sintonizada para receber sons que variam em timbre e frequência. O tecido do ouvido interno difere de outras partes do corpo em um aspecto vital: suas células não podem regenerar-se.

 

Por isso, todo dano no ouvido interno é irreversível. Não existem evidências científicas suficientes que sugiram que este dano interno possa ser revertido em qualquer espécie de mamíferos. Temos que nos conformar com o par de ouvidos que recebemos ao nascer.

 

A perda da capacidade auditiva causa pelo ruído pode ser aliviada com o uso de dispositivos técnicos, mas seu uso pode ser incômodo. Já os problemas de audição ocasionados por doenças, acidentes ou defeitos congênitos podem ser reparados com cirurgia, mas só nas partes externas do ouvido.

 

A luta para preservar a audição é uma batalha que deve durar a vida toda. Não temos uma segunda oportunidade. Simplesmente temos que cuidar muito bem de nossos ouvidos. Diferente de outros órgãos, eles não melhoram com estímulos ou exercícios.

 

Quais são os sinais de perda auditiva?

 

A perda da audição ocasionada pelo ruído é um processo gradual que normalmente passa despercebido. Nas etapas iniciais, a única forma de se perceber o problema é submetendo o ouvido a várias frequências de sons.

 

O primeiro sinal da perda auditiva é uma queda em forma de “V” nas frequências de 4.000 a 6.000 Hz, que representam a escala de audição mais sensível do ouvido. Mesmo que o paciente não perceba sua perda de audição, é possível que até 90% das células nervosas sintonizadas com estas frequências estejam destruídas por completo.

 

Os primeiros sinais que o paciente percebe ocorrem nos tons altos. Distinguir as consoantes pode tornar-se cada vez mais difícil.

 

Já o zumbido representa um sinal muito sério, indicando que as exposições do paciente a níveis de ruído elevados são tão frequentes que os nervos ciliados na cóclea estão em estado de fadiga pelas pressões sucessivas.

 

São sintomas que costumam desaparecer no começo, porém se a exposição ao ruído intenso continuar, o dano pode se tornar permanentemente.

 

O ruído inesperado, como o de uma arma de fogo ou de um martelo, pode ser especialmente perigoso por “pegar” o ouvido de surpresa. Pela mesma razão, aquele ruído chato constante pode ser enganoso, pois o ouvido acaba se acostumando, aceitando-o, mesmo sendo de intensidade já prejudicial.

 

Quando estamos expostos a níveis de ruídos elevados, mas só “levemente,” como costumamos justificar, estamos subestimando o perigo.

 

Proteção nunca é demais

 

A escala de decibéis pode confundir as pessoas que estão acostumadas a pensar em quilo, metro, minuto etc. Um aumento do ruído em três decibéis pode até parecer pouco, mas este valor representa a duplicação da intensidade do ruído.

 

Em média, o ouvido humano é incapaz de detectar um aumento de menos de dez decibéis. Sem dúvida, o ruído nesses níveis é superior em mais de oito vezes o nível original. Importante: o ouvido humano se mostra menos sensível num meio ruidoso.

 

 

A única forma confiável de saber a intensidade de um ruído é medindo-a. Melhor ainda é não correr riscos e evitar a exposição ao ruído alto fazendo uso de abafadores do tipo concha ou plugs de inserção.

 

É bem provável que a porcentagem de pessoas no mundo que sofrem de deficiência auditiva em um ou em ambos os ouvidos aumente no futuro.

 

Basta observarmos o número de jovens expostos a níveis de ruídos cada vez mais altos, vindos dos sons potentes nos automóveis, em casa, nos fones de ouvido, e em shows. O limite “seguro” nesses casos é sempre excedido.

 

Além disso, alguns indivíduos têm predisposição genética para perda de audição por exposição ao ruído. Para estas pessoas, o limite de 85 dB para 8h de trabalho pode ser excessivo. A opção mais segura é manter uma média de 75 dB.

 

Conclusão

 

O ruído é um dos maiores inimigos da saúde dos trabalhadores, especialmente na indústria. Esperamos que as informações trazidas nesse post tenham ajudado a conscientizar você e sua equipe sobre a importância de cuidar da audição – afinal, o primeiro passo para isso é o conhecimento.

 

Fonte

https://raclite.com.br/geral/o-perigo-do-ruido-no-ambiente-de-trabalho/

 

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