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PRÁTICAS PARA PREVENÇÃO DE ACIDENTES E SEGURANÇA NO TRABALHO
A prevenção de acidentes é essencial para o bem-estar
dos colaboradores e para a rotina da empresa. Portanto, deve-se tomar medidas,
com base na SST, para reduzir riscos no ambiente de trabalho.
Você sabe por que as medidas de prevenção de acidentes
do trabalho são tão importantes? Nós te contamos: a cada ano, no Brasil, 700
mil pessoas sofrem acidentes de trabalho. Esses acontecimentos podem resultar
em lesões sérias, ferimentos e até mortes.
Além de prejudicar os funcionários, as empresas são
impactadas com taxas de indenizações e/ou afastamento dos colaboradores. Por
isso, a melhor forma de evitar todo esse doloroso processo é investindo em
segurança no trabalho.
Diferentes setores e funções precisam de atenção a
esse tema. Nesse sentido, algumas sugestões podem ser de grande valor para
manter parâmetros e medidas de proteção ao usuário.
O
que é previsão de acidentes no trabalho?
A prevenção de acidentes no trabalho trata-se de um
conjunto de medidas implementadas para reduzir riscos e danos aos
profissionais.
Tais medidas são baseadas nas normas de Saúde e
Segurança do Trabalho (SST) para promover um ambiente de trabalho seguro e
saudável. É papel da empresa aplicá-las, conscientizar seus colaboradores e
buscar melhorias na gestão para que haja, de fato, a prevenção desses
acidentes.
Em 27 de julho é celebrado o Dia Nacional da Prevenção
de Acidentes do Trabalho, uma data para conscientização de empresas, empregados
e toda a sociedade sobre as práticas para redução de acidentes e doenças do
trabalho.
Afinal,
o que é acidente de trabalho?
De acordo com a Consolidação das Leis do Trabalho, a
CLT, acidente de trabalho é aquele que ocorre pelo exercício do trabalho ou em
decorrência dele.
Ainda segundo a Lei nº 8.213 de 1991, os acidentes de
trabalho podem provocar lesão corporal, redução ou perda funcional, permanente
ou temporária, da capacidade para o trabalho, e até a morte do empregado.
A
CLT lista ainda três tipos de acidente de trabalho. A saber:
Acidente
de trabalho típico
O acidente de trabalho típico é aquele que ocorre
dentro do expediente do colaborador, em seu local de trabalho ou nas
dependências da empresa.
Podemos citar como exemplo aqueles acidentes ocorridos
por erro humano involuntário, defeitos em maquinários, quedas, entre outros.
Acidente
de trabalho atípico
Já o acidente de trabalho atípico está relacionado com
doenças ocupacionais, por atividades repetitivas ou contaminação por algum
agente químico, físico, biológico ou radioativo, por exemplo.
As
doenças ocupacionais, por sua vez, são divididas em duas categorias:
Ø Doenças
do trabalho: ocasionados pelas características do ambiente de trabalho ou por
condições de trabalho inadequadas.
Ø Doenças
profissionais: são aquelas relacionadas às características das atividades
exercidas por determinados profissionais.
Acidente
de trajeto
Por último, existe ainda o acidente de trajeto ou
percurso. Muita gente não sabe, mas a lei também considera acidente de trabalho
aquele ocorrido durante a rota entre a residência do colaborador e a empresa, e
vice-versa. Isso inclui também situações em que o colaborador está viajando
pela empresa.
O acidente de trajeto pode ocorrer em qualquer meio de
transporte, inclusive se o trabalhador caminha até o local de trabalho.
Qual
a importância da prevenção no ambiente de trabalho?
A prevenção de acidentes é muito importante para
manter a saúde do trabalhador e a segurança do ambiente. Inclusive, a forma
como ela é estruturada e o quanto se investe nisso, também impacta na
credibilidade da empresa perante o mercado.
Portanto, tomar as medidas de prevenção e segurança
necessárias para evitar acidentes, é benéfico para todos os envolvidos na
rotina. Dessa maneira, é importante atender aos critérios de fiscalização,
garantindo a integridade de toda a equipe.
Vale ressaltar que os procedimentos para a prevenção
de acidentes devem ser atualizados periodicamente, ou seja, é necessária uma melhoria
contínua. Isso porque sempre podem haver novos riscos e, também, alternativas
inovadoras para evitá-los.
De
todo modo, ao investir neste cuidado, sua empresa tem vários benefícios:
Ø Colaboradores
satisfeitos;
Ø Clima
organizacional agradável;
Ø Ambiente
seguro;
Ø Preparo
adequado para lidar com imprevistos;
Ø Cumprimento
das normas regulamentadoras;
Ø Gerenciamento
de riscos;
Ø Credibilidade
no mercado;
Ø Redução
de custos com acidentes;
Ø Entre
outros.
Como já dissemos, as vantagens são inúmeras para todos
os envolvidos. Aliás, isso pode, inclusive, impactar no engajamento dos
trabalhadores para com a organização. Vamos entender melhor as
responsabilidades das companhias nesse sentido?
Qual
o papel das empresas na saúde e na segurança do trabalho?
Investir em saúde e segurança do trabalho é o primeiro
passo para prevenir acidentes de forma efetiva. Isso porque, os recursos para
evitar os imprevistos têm custos e consequências muito menores do que lidar com
tragédias.
E, certamente, não estamos falando apenas de
orçamento. As organizações também são responsáveis pelo bem-estar dos
profissionais que atuam no dia a dia. Por isso, o cuidado e o zelo com os
recursos humanos são fundamentais.
Além disso, os funcionários precisam se sentir
amparados e seguros no local de trabalho para que possam desempenhar suas
funções de maneira satisfatória. Portanto, orientá-los quanto às exigências da
legislação e da fiscalização, vai demonstrar que a empresa cumpre com os
protocolos adequadamente e, de fato, preocupa-se com as equipes.
Neste sentido, as normas regulamentadoras, elaboradas
pelo Ministério do Trabalho e do Emprego e amparadas pela Consolidação das Leis
do Trabalho, pautam as regras que devem ser seguidas nas empresas.
O conjunto de 37 NR’s, sendo 35 em vigor, atualmente,
regulam e fornecem orientações acerca da segurança do trabalho, desde a
aprovação da Portaria nº 3214, de 8 de junho de 1978.
Assim, todas as empresas brasileiras têm a
obrigatoriedade de cumprir com o disposto pelas normas. Vale destacar que há
exceções quando se refere àquelas regras que não se aplicam ao segmento de
atuação da companhia.
Agora que você já entendeu a importância da prevenção
de acidentes no trabalho e o papel das organizações nisso, vamos às dicas?
11
dicas para prevenção de acidentes e segurança do trabalho
Para usufruir de todos os benefícios que a prevenção
de acidentes no trabalho pode promover, é válido seguir algumas práticas
básicas. Por isso, selecionamos algumas ações para colocar prática no dia a
dia, da gestão ao quadro de colaboradores, com o objetivo de garantir o
bem-estar e a integridade de toda a equipe.
Confira!
1.
Preze pela atenção no trabalho
Primeiramente, todo trabalho precisa ser feito com
foco. Especialmente em cargos que envolvam riscos, é fundamental ter atenção
nos fatores do ambiente que podem torná-lo perigoso.
No entanto, com cada vez mais recursos de distração, é
importante determinar regras para a proteção do trabalhador e a prioridade com
suas obrigações. Conversas, celulares e, até mesmo, como o cansaço podem expor
o trabalhador a acidentes.
Por isso, o ideal é que esse funcionário conheça todos
os elementos que podem envolver riscos à sua integridade. Assim, no momento de
contratação de novos colaboradores e, também, em treinamentos de reciclagem, é
importante retomar todos esses aspectos.
Dessa forma, as pessoas absorvem a informação e, aos
poucos, criam o hábito de se policiar em relação às orientações dadas. Diante
disso, ao exercer seu trabalho, estabelecem práticas mais adequadas e mantêm a
atenção ao ambiente.
2.
Evite a exposição imprudente ao risco
Alguns acidentes podem acontecer por imprudência do
trabalhador. Se alguma situação próxima a você demonstra perigo iminente, não
se aproxime. Esse pensamento deve ser difundido por toda empresa para que,
assim, se torne uma ideia ampla.
Além da responsabilidade da empresa de orientar, o
funcionário também deve se preservar. Portanto, qualquer situação que possa
trazer alguma ameaça para si ou para os outros, precisa ser evitada.
O risco pode ser entendido quando calculado,
fortalecendo a prevenção de acidentes. Algumas atividades profissionais
pressupõem perigos, mas, nesses casos, o trabalhador tem recursos de proteção.
Elas são exceção e não devem ser consideradas.
Não acesse locais aos quais você não tem autorização
prévia para estar ali. Evite, também, ficar próximo de áreas e equipamentos
para os quais você não tenha um treinamento qualificado. Certamente, isso pode
ter consequências graves.
Parte
inferior do formulário
3.
Mantenha o local de trabalho limpo e organizado
Muitos acidentes ocorrem por desorganização da área de
trabalho. Por exemplo, uma caixa deixada no caminho, uma ferramenta largada no
chão, algum produto vazando pelo piso e outros desleixos podem custar
caro.
Quando esses descuidos se juntam à intensidade das
rotinas de trabalho, o resultado pode ser perigoso para todos. Quanto a esse
ponto, trata-se de cuidados simples, mas que fazem toda a diferença.
O comprometimento por um local organizado é um dever
de todos os trabalhadores que o ocupam. O trabalho em equipe tem como resultado
um ambiente livre de riscos, em que todos possam transitar e atuar sem
problemas.
Cabe aos coordenadores, supervisores e gestores
reforçarem a importância do local limpo e devidamente organizado. Ao padronizar
esses processos, por exemplo, todos podem seguir os parâmetros.
4.
Exija o uso de EPI’s
Toda empresa é obrigada a fornecer, sem custo algum
para o trabalhador, todos e quaisquer EPI’s que se façam necessários na
atuação. Assim, os funcionários terão diferentes demandas de proteção para
realização de suas tarefas com segurança.
Por exemplo, cada trabalho executado tem parâmetros
que exigem EPI’s específicos. Da mesma forma, uma vez que os equipamentos
estejam em posse do colaborador, ele é obrigado a utilizá-los, assim como zelar
pela integridade deles.
Inclusive, é muito importante para a empresa e seus
colaboradores, os documentos de registro de entrega de EPI’s. A partir disso,
passa a ser responsabilidade de cada trabalhador usá-los durante a
atuação.
A empresa tem o dever de fornecer e o direito de
cobrar o uso de cada um deles. Entre esses equipamentos estão luvas, óculos,
protetor de respiração, protetor auricular, cintos antiquedas, capacetes,
botas, entre outros. É fundamental respeitar as exigências de cada atividade
exercida.
5.
Cuide de você e do seu colega de trabalho
Promover ações de prevenção é um trabalho em
equipe a todo momento. Por isso, é essencial que companheiros de trabalho
cobrem e orientem uns aos outros, para evitar acidentes e situações de
risco.
Um bom exemplo é com o uso dos EPIs. Um funcionário
deve sempre lembrar e fiscalizar o outro para criar e alimentar essa cultura.
Outra questão importante é evitar a realização de tarefas de forma isolada,
especialmente, em áreas de risco.
O acompanhamento, seja de outro colega ou de um
técnico de segurança do trabalho, é prudente e importante. Portanto, a premissa
para todos os serviços sempre deve ser um cuidando do outro.
Para que isso funcione, é importante que a questão
seja sempre abordada como uma forma de parceria entre companheiros de trabalho.
Assim, o ambiente se torna mais seguro e fortalece a cultura de prevenção de
acidentes.
6.
Comunique incidentes
Incidentes podem virar facilmente acidentes. Tudo que
acontecer fora da normalidade em suas tarefas deve ser comunicado aos
superiores, ao setor de segurança do trabalho e, principalmente, no sistema do eSocial.
Normalmente, as empresas têm seus próprios
procedimentos quanto aos registros de incidentes, então, é fundamental
segui-lo. Cada experiência servirá de alerta a outras pessoas que se
encontrarem na mesma situação.
Comunicar esses acontecimentos serve para chamar
atenção para ocorrências que podem se repetir com outros trabalhadores. Assim,
futuros problemas podem ser evitados de maneira simples, com a adoção de
práticas de correção e prevenção.
Avisar os incidentes deve ser um hábito. Inclusive,
quanto mais a empresa fica sabendo deles, mais poderá trabalhar de forma
objetiva na extinção de riscos. Esse ciclo tende a resultar em um ambiente de
trabalho cada vez mais seguro.
7.
Informe-se sobre a CIPA em relação à prevenção de acidentes
A Comissão Interna de Prevenção de Acidentes - CIPA é
um grupo formado por representantes indicados pela direção e outros eleitos
pelos funcionários e secretários. Essa comissão tem a função de manter a
segurança no trabalho, criar regras para a empresa e acompanhar a eficácia e
cumprimento delas.
Além disso, a CIPA é quem dá apoio aos funcionários
lesionados, acompanha seu afastamento e retorno ao trabalho e determina ações
que possam isolar possíveis problemas.
A comissão cuida não só da saúde física dos
funcionários, como também da saúde mental e bem-estar, fazendo campanhas de
conscientização, feiras de saúde, promovendo atividades, gincanas e
palestras.
Procure a equipe da CIPA de sua empresa e conheça um
pouco mais sobre as ações realizadas no seu local de trabalho!
8.
Use apenas máquinas de trabalho que passaram por revisão
Máquinas adequadas são uma forma de prezar pela
prevenção de acidentes. Entretanto, nem sempre as empresas se preocupam com a
rotina de manutenção adequada.
A falta de tempo, o custo e a necessidade de usá-las
em tarefas são fatores que causam esse problema. O colaborador, no entanto, não
deve se arriscar.
Toda máquina precisa de cuidados e de revisão
frequente. Se isso não acontece, ela está suscetível a curtos e ao mau
funcionamento que podem gerar acidentes.
Nem sempre o problema se limitará a um trabalho
executado de forma ruim. As consequências podem atingir o funcionário que está
fazendo uso dela.
Ao perceber algum problema, comunique os responsáveis
sobre a necessidade de manutenção. É fundamental ter regularidade nas revisões,
já que essa negligência pode causar acidentes e gerar riscos aos trabalhadores.
9.
Abandone ferramentas em más condições
As ferramentas também são itens que podem gerar
problemas e devem entrar na rotina de prevenção de acidentes. Elas estão sujeitas
ao desgaste natural do uso e do tempo, o que também pode colocar em risco quem
as manuseia no cotidiano.
É fundamental que o colaborador deixe de usar aquelas
que estão em más condições, principalmente as expostas aos impactos e
intensidade, que podem gerar consequências.
A quebra de um cabo, por exemplo, pode fazer com que o
trabalhador perca o controle, resultando em algum choque contra seu próprio
corpo. Ferimentos de diferentes níveis podem acontecer e tirar o funcionário da
atividade.
O mais correto a ser feito é cobrar novas ferramentas
e deixar de usar as que não apresentam mais condições. Quanto à empresa, cabe
fiscalizar os equipamentos regularmente e providenciar a troca quando for
necessário.
10.
Limite-se apenas às suas funções
Trabalhadores não devem executar atividades para as
quais não são treinados, especialmente, as que envolvem riscos. Aliás, muitas
delas requerem treinamentos e cursos mais profundos, justamente o que qualifica
colaboradores para executá-las.
Em nenhuma ocasião essa prática deve ser feita. Ela é
ilegal, pode causar acidentes e prejudicar a empresa. Certamente, o empregador
não vai solicitar que um funcionário despreparado faça algo que não
saiba.
Junto a isso, cabe também ao trabalhador não se
arriscar fazendo tarefas que não são de sua competência. Esse tipo de
negligência atrapalha a prevenção de acidentes!
Caso o funcionário seja orientado a fazer algo que não
sabe, deve procurar um superior ou um técnico de segurança de trabalho para
informar que não tem a qualificação necessária.
11.
Opere máquinas com responsabilidade
As máquinas são necessárias para diversos trabalhos em
fábricas e empresas de grande porte. Portanto, a operação requer parâmetros
básicos de uso.
As boas práticas vão desde a atenção ao executar
trabalhos até o uso dos EPI’s. Muitas delas são cortantes, pesadas e têm outras
características que, se não forem respeitadas, representam sérios riscos.
É fundamental que o operador seja, primeiramente,
qualificado para trabalhar com a máquina. Além disso, ele precisa ter toda
atenção quando estiver operando, especialmente quando há outros trabalhadores
por perto. As de grande porte envolvem riscos não só para quem as controla, mas
também para quem está ao redor.
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