MEDIDAS
DE CONTROLE EM SEGURANÇA DO TRABALHO
A Segurança do Trabalho é
composta por um conjunto de medidas técnicas, educacionais, médicas e
psicológicas, que objetiva a prevenção de acidentes.
Procura-se pela eliminação dos
atos e condições inseguras no ambiente de trabalho evitar a todo custo o
acidente, pois na visão atual ele é controlável e capaz de ser totalmente
prevenido.
As empresas buscam, ou melhor,
estão sendo pressionadas pela previdência social, a através da educação,
conscientização e motivação das pessoas, a práticas preventivas constantes, ou
seja, rotineiras. Pois, seu emprego é indispensável para o desenvolvimento
efetivo e eficaz do trabalho de forma segura como se propõe a segurança do
trabalho. Haja vista, os prejuízos causados pelo acidente de trabalho, para
empresa, o trabalhador e o INSS. Desde quebra de máquinas, equipamentos, parada
da produção, processos contra a empresa, seguros-acidentes, dano físico e
emocional pelo qual passa o trabalhador e seus familiares, que por vezes são
irreparáveis.
TIPOS
DE RISCOS AOS QUAIS OS TRABALHADOR ESTÁ OCUPACIONALMENTE EXPOSTO
1)
Classificação dos Riscos Profissionais:
Os riscos profissionais são os
que decorrem das condições precárias inerentes ao ambiente ou ao próprio
processo operacional das diversas atividades profissionais. São, portanto, as
condições ambientes de insegurança do trabalho, capazes de afetar a saúde, a
segurança e o bem-estar do trabalhador.
As condições ambientes
relativas ao processo operacional, como por exemplo, máquinas desprotegidas,
ferramentas inadequadas, matérias-primas, etc., são chamadas de riscos de
acidente.
As condições ambientes
relativas ao ambiente de trabalho, como por exemplo a presença de gases,
vapores, ruído, calor, etc., são chamadas de riscos ambientais.
As condições ambientes
relativas ao conforto, postura, como por exemplo, esforços repetitivos, postura
viciosa, etc…, são chamados de riscos ergonômicos.
Os riscos profissionais
dividem-se, pois em riscos de acidente, riscos ambientais e riscos ergonômicos.
Os riscos ambientais são, então, aqueles inerentes ao ambiente de trabalho que
poderão, em condições especiais, ocasionar as doenças profissionais ou do
trabalho, ou ocupacionais.
2)
Riscos Ambientais:
Os fatores desencadeantes das
doenças do trabalho são chamados de agentes ambientais e podem ser
classificados segundo a sua natureza e forma com que atuam no organismo humano.
Essa classificação é dada a seguir:
– Riscos físicos
– Riscos químicos
– Riscos biológicos
3)
Riscos Físicos:
Os agentes físicos causadores
em potencial de doenças ocupacionais são:
– Ruído
– Vibrações
– Temperaturas
extremas (calor e frio)
– Pressões anormais
– Radiações Ionizantes (raios
x, raios alfa, raios beta, raios gama)
– Radiações não-ionizantes (infravermelha,
…)
– Umidade
– Nível de iluminamento
Ruído.
Reduz a capacidade auditiva do
trabalhador, a exposição intensa e prolongada ao ruído atua desfavoravelmente
sobre o estado emocional do indivíduo com consequências imprevisíveis sobre o
equilíbrio psicossomático.
De um modo geral, quanto mais
elevados os níveis encontrados, maior o número de trabalhadores que
apresentarão início de surdez profissional e menor será o tempo em que este e
outros problemas se manifestarão.
É aceito ainda que o ruído
elevado influi negativamente na produtividade, além de ser freqüentemente o
causador indireto de acidentes do trabalho, quer por causar distração ou mau
entendimento de instruções, quer por mascarar avisos ou sinais de alarme.
Vibrações.
As vibrações são também
relativamente frequentes na indústria, e podem ser divididas em duas
categorias: vibrações localizadas e vibrações de corpo inteiro.
Temperaturas
Extremas.
As temperaturas extremas são
as condições térmicas rigorosas, em que são realizadas diversas atividades
profissionais.
Pressões
Anormais.
As pressões anormais são
encontradas em trabalhos submersos ou realizados abaixo do nível do lençol
freático.
Radiações
Ionizantes.
Oferecem sério risco à saúde
dos indivíduos expostos. São assim chamadas pois produzem uma ionização nos
materiais sobre os quais incidem, isto é, produzem a subdivisão de partículas
inicialmente neutras em partículas eletricamente carregadas. As radiações
ionizantes são provenientes de materiais radioativos como é o caso dos raios
alfa (a), beta (b) e gama (g), ou são produzidas artificialmente em
equipamentos, como é o caso dos raios X.
Radiações
Não-ionizantes.
São de natureza
eletromagnética e seus efeitos dependerão de fatores como duração e intensidade
da exposição, comprimento de onda de radiação, região do espectro em que se
situam, etc.
Umidade.
As atividades ou operações
executadas em locais alagados ou encharcados, com umidade excessiva, capazes de
produzir danos à saúde dos trabalhadores.
Nível
de Iluminamento
A
partir da Teoria da relatividade – Albert Einstein – podemos estabelecer as
seguintes definições relacionadas à luz:
– A luz é constituída de
variados comprimentos de ondas ou de partículas que são os fótons, ou seja, tem
comportamento ondulatório ou corpuscular, manifestando-se conforme o caso.
– A luz é uma forma de energia
radiante que se manisfeta pela capacidade de produzir a sensação da visão.
No caso da Higiene Industrial,
basta-nos o estudo da luz em seu comportamento ondulatório, uma vez que
trataremos principalmente da forma como vamos iluminar os ambientes de
trabalho.
4)
Riscos Químicos:
São os agentes ambientais
causadores em potencial de doenças profissionais devido à sua ação química
sobre o organismo dos trabalhadores. Podem ser encontrados tanto na forma
sólida, como líquida ou gasosa.
Além do grande número de
materiais e substâncias tradicionalmente utilizadas ou manufaturadas no meio
industrial, uma variedade enorme de novos agentes químicos em potencial vai
sendo encontrados, devido à quantidade sempre crescente de novos processos e
compostos desenvolvidos.
Eles podem ser classificados de diversas formas, segundo suas características tóxicas, estado físico, etc. Conforme foi observado, os agentes químicos são encontrados em forma sólida, líquida e gasosa.
Os
agentes químicos, quando se encontram em suspensão ou dispersão no ar atmosférico,
são chamados de contaminantes atmosféricos. Estes podem ser classificados em:
– Aerodispersóides
– Gases
– Vapores
Aerodispersóides
Os aerodispersóides são
partículas sólidas ou líquidas de tamanho bastante reduzido (abaixo de
100m, que podem se manter por longo tempo em suspensão no ar. Exemplos:
podeiras (são partículas sólidas, produzidas mecanicamente por ruptura de
partículas maiores), fumos (são partículas sólidas produzidas por condensação
de vapores metálicos), fumaças (sistemas de partículas combinadas com
gases que se originam em combustões incompletas), névoas (partículas
líquidas produzidas mecanicamente, como pôr em processo “spray”) e
neblinas (são partículas líquidas produzidas por condensações de vapores).
O tempo que os aerodispersóides
podem permanecer no ar depende do seu tamanho, peso específico (quanto maior o
peso específico, menor o tempo de permanência) e velocidade de movimentação do
ar. Evidentemente, quanto mais tempo o aerodispersóide permanece no ar, maior é
a chance de ser inalado e produzir intoxicações no trabalhador.
As partículas mais perigosas
são as que se situam abaixo de 10m, visíveis apenas com microscópio. Estas
constituem a chamada fração respirável pois podem ser absorvidas pelo organismo
através do sistema respiratório. As partículas maiores, normalmente ficam
retidas nas mucosas da parte superior do aparelho respiratório, de onde são
expelidas através de tosse, expectoração, ou pela ação dos cílios.
Gases.
São dispersões de moléculas no
ar, misturadas completamente com este (o próprio ar é uma mistura de gases).
Vapores.
São também dispersões de
moléculas no ar, que ao contrário dos gases, podem condensar-se para formar
líquidos ou sólidos em condições normais de temperatura e pressão. Uma outra
diferença importante é que os vapores em recintos fechados podem alcançar uma
concentração máxima no ar, que não é ultrapassada, chamada de saturação. Os
gases, por outro lado, podem chegar a deslocar totalmente o ar de um recinto.
5)
Riscos Biológicos:
São micro-organismos
causadores de doenças com os quais pode o trabalhador entrar em contato, no
exercício de diversas atividades profissionais.
Vírus, bactérias, parasitas,
fungos e bacilos são exemplos de micro-organismos aos quais frequentemente
ficam expostos médicos, enfermeiros, funcionários de hospitais, sanatórios e
laboratórios de análises biológicas, lixeiros, açougueiros, lavradores,
tratadores de animais, trabalhadores de cortume e de estações de tratamento de
esgoto, etc.
6)
Riscos Ergonômicos:
São aqueles relacionados com
fatores fisiológicos e psicológicos inerentes à execução das atividades
profissionais. Estes fatores podem produzir alterações no organismo e estado
emocional dos trabalhadores, comprometendo a sua saúde, segurança e produtividade.
São exemplos de riscos
ergonômicos: movimentos repetitivos, levantamento e transporte manual de pesos,
movimentos viciosos, trabalho de pé, esforço físico intenso, postura
inadequada, controle rígido de produtividade, desconforto acústico, desconforto
térmico, mobiliário inadequado, etc.
7)
Riscos de acidentes:
É qualquer circunstância ou
comportamento que provoque alteração da rotina normal de trabalho.
MEDIDAS
DE CONTROLE
São medidas necessárias para a
eliminação e a minimização dos riscos ocupacionais.
Quando
comprovado pelo empregador ou instituição a inviabilidade técnica da adoção de
medidas de proteção coletiva, ou quando estas não forem suficientes ou
encontrarem-se em fase de estudo, planejamento ou implantação, ou ainda em
caráter complementar ou emergencial, deverão ser adotados outras medidas,
obedecendo-se a seguinte hierarquia:
a) medidas de caráter
administrativo ou de organização do trabalho;
b) utilização de equipamento
de proteção coletiva – EPC e individual – EPI.
Todo EPI deverá apresentar, em caracteres indeléveis e bem visíveis o nome comercial da empresa fabricante ou importador, e o número do CA (Certificado de Aprovação).
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