APRENDA AS MELHORES TÉCNICAS DE
RESGATE EM ESPAÇO CONFINADO
Algumas práticas laborais exigem
treinamento específico, perícia e prudência extras na hora de executar as atividades,
sob pena de colocarem em risco a saúde e a vida do funcionário. Esse é o caso
do resgate em espaços confinados. Tal ambiente não foi planejado para o
trabalho permanente e contínuo, por isso requer condições e orientações
especiais.
A Norma
Regulamentadora, NR 33 e a NBR 16.577/2017 trazem
maiores detalhes sobre o assunto. Os perigos das atividades nessas condições
são alarmantes, motivam atenção às melhores técnicas de resgate em espaço
confinado, a fim de evitar acidentes e fatalidades. Neste post, vamos trazer
mais informações sobre como funcionam os treinamentos e a sua importância
deles.
Quer saber mais sobre técnicas e
equipamentos utilizados nesses ambientes? Continue a leitura e entenda melhor o
assunto!
O que é a norma regulamentadora 33?
Trata- se de uma norma que trata
especificamente da segurança dos trabalhadores em espaço confinado. O
mapeamento de riscos desse tipo de ambiente em específico deve avaliar, por
exemplo, se a atmosfera local é explosiva ou não, a possível
existência de contaminantes e a probabilidade de asfixia dos colaboradores.
Notou a seriedade do tema? Confira outras diretrizes normativas!
Medidas técnicas de prevenção
A NR 33 elenca, além do mapeamento
de riscos químicos, físicos, ergonômicos, biológicos e mecânicos, uma série de
outras providências a serem tomadas, como: “implantação de travas, bloqueios,
alívio, lacre e etiquetagem” e o monitoramento contínuo da atmosfera, evitando
acidentes laborais.
Medidas administrativas
Dizem respeito à sinalização do espaço confinado, controle
e arquivamento da permissão de entrada (válida apenas para uma mesma
atividade) e trabalho, designação dos funcionários e descrição de suas
responsabilidades.
Medidas pessoais
Trata de questões relativas à emissão
de Atestado de Saúde Ocupacional (ASO) do colaborador, sendo necessária a
submissão a exames clínicos específicos para manter a saúde conforme a função
que vai desempenhar na empresa.
Assim, é verificada tanto
a aptidão física e mental do colaborador que irá trabalhar
como também de profissionais que executam, por exemplo, um
possível resgate. Ainda, a seção descreve as atribuições do supervisor de
entrada e do vigia, cargos essenciais ao desempenho seguro das atividades em
espaços confinados.
Outras normas
Se a NR 33 apresenta diretrizes
gerais, a NBR 16.557/2017 é mais específica. Ela determina, por
exemplo, o uso de detectores multigases ( no mínimo 04 tipos de gases
diferentes) em todos os ambientes e atesta: a ventilação mecânica é a
forma mais eficiente para o controle atmosférico em um espaço confinado.
Embora essa norma também não ensine
propriamente a elaborar um plano de resgate, até porque cada local tem suas
peculiaridades, ela oferece um checklist com os equipamentos e
tarefas mínimas necessárias. Assim, orienta o planejamento e serve como fonte
de consulta oficial para evitar acidentes laborais.
Quais as responsabilidades do empregador no
trabalho em espaço confinado?
Imagine que, durante a limpeza de um
tanque, o seu colaborador sofra um mal súbito e precise ser resgatado. Além
disso, ele pode tropeçar, machucar-se ou utilizar um produto químico que
reaja de forma inesperada dentro do ambiente confinado e que vai requerer
socorro imediato.
Avaliação de riscos
Cabe ao empregador não apenas avaliar
os riscos, como também prever e realizar o resgate do colaborador. Ele
deve identificar os espaços confinados no estabelecimento e ” também
acompanhar a implementação das medidas de segurança e saúde dos
trabalhadores das empresas contratadas”.
Elaborar plano de resgate
Ainda, é de sua alçada garantir a
existência de um plano de resgate em espaço confinado atrelado à permissão
de entrada e trabalho. Segundo a NR 33, o documento precisa conter: os perigos,
a quantidade de funcionários envolvidos na atividade, o tempo previsto para a
realização das tarefas, equipamentos de proteção individual (EPI) necessários e
também disponíveis.
Desenvolver métodos laborais seguros
Tais diretrizes são gerais, cabendo ao
empregador desenvolver ou terceirizar o desenvolvimento de técnicas e
metodologias laborais eficientes, caso alguém precise ser resgatado. Falaremos
sobre os materiais e recursos utilizados mais adiante.
Como fazer o resgate em espaços confinados?
A realização de resgates em espaços
confinados é complexa e perigosa, exige preparação minuciosa, treinamento e o
equipamento certo para garantir um resultado seguro e bem-sucedido. Essa tarefa
exige planejamento cuidadoso e a execução de treinamentos
periódicos que promovam a segurança do socorrista e da pessoa que está
sendo resgatada. Confira algumas dicas!
Faça a avaliação inicial do espaço
É necessário avaliar a situação, a
natureza da emergência, a condição do trabalhador e os perigos presentes.
Utilize as informações contidas no plano de resgate, que descreve as etapas do
procedimento, inclui as funções e responsabilidades da equipe, protocolos de
comunicação e equipamentos necessários.
Os socorristas devem usar EPI apropriado,
como capacetes, luvas, respiradores e arneses. Não esqueça de monitorar
continuamente a qualidade do ar dentro do espaço confinado em busca de
gases tóxicos, deficiência de oxigênio ou atmosferas explosivas com o auxílio
detectores de gás. Garanta ventilação adequada para remover gases perigosos e
fornecer ar fresco.
Tenha uma comunicação contínua
Utilize sistemas de comunicação
confiáveis, por exemplo, rádios ou intercomunicadores para manter contato entre
a equipe de resgate e o trabalhador que será resgatado. Prenda um arnês de
resgate e uma linha de vida ao socorrista e, se possível, à vítima.
É recomendado o uso de tripés,
guinchos e outros sistemas mecânicos de recuperação para abaixar e
levantar com segurança os socorristas e as vítimas. Além disso, tenha à
disposição um aparelho respiratório autônomo ou respiradores com fornecimento
de ar se a atmosfera for perigosa.
Faça simulações no dia a dia de trabalho
Treine regularmente os membros da
equipe de resgate em técnicas de resgate em espaços confinados. Tenha equipes
de reserva prontas para entrar caso o primeiro socorrista encontre dificuldades
dentro do ambiente de alto risco. Coordene com os serviços de
emergência locais para oferecer suporte adicional, sempre que for necessário.
Realize uma avaliação minuciosa do local
Documente os incidentes, as ações
tomadas e as lições aprendidas para melhorar futuras operações de resgate.
Conduza análises com a sua equipe para revisar cada operação
realizada para salvar colaboradores, discuta o que deu certo e identifique
quaisquer áreas que possam ser melhoradas. Verifique a possibilidade de
aplicação de novas técnicas.
Prepare as pessoas a serem resgatadas
Os socorristas precisam entrar no
espaço confinado seguindo o plano de resgate, mantendo comunicação constante
com a equipe externa. Forneça as orientações necessárias para realizar o
procedimento de forma segura se o trabalhador estiver consciente. Se for
preciso, forneça os primeiros socorros para estabilizar a condição da
vítima.
Proteja cuidadosamente o colaborador
usando um arnês de resgate e uma corda salva-vidas e, em seguida, use sistemas
de recuperação mecânica para retirá-lo do espaço confinado. Ofereça atendimento
médico imediato à vítima assim que ela estiver fora do espaço confinado.
Providencie transporte para uma instalação médica para avaliação e
tratamento adicionais.
Chame o vigia
No momento em que o fato ocorrer, o
vigia que sempre deve estar no local da atividade é acionado. Ele pode ser
chamado visualmente, por sinal luminoso de lanterna, rádio
comunicador ou, por voz. Na sequência imediata, o supervisor de entrada é
avisado e coloca o plano em ação.
Siga as normas
O resgate em espaço confinado ocorre
conforme determinação prévia, seguindo as orientações especificamente adotadas
para aquele trabalho, pautadas sempre nas normas. Talvez a instrução seja
aguardar um grupo de médicos, enfermeiros e profissionais de acesso por corda, para
a retirada do funcionário.
Use um sistema adequado
Pode constar a previsão de que o vigia
deva proceder ao socorro imediato, manipulando um sistema de resgate como
o guincho acoplado a Monopé Braço Davit ou tripé. Os
equipamentos vão ajudar a retirar o colaborador de dentro do espaço
confinado.
O resgate é facilitado pelo cabo
com gancho conectado no cinto de segurança do colaborador. Em todos os
casos, uma equipe de profissionais de saúde deve estar de prontidão para
fazer a sua parte assim que o trabalhador for resgatado do espaço confinado.
Quais as técnicas e equipamentos para resgate
em espaço confinado?
De acordo com o item 11 da NBR
16.577/2017, os resgatistas podem usar sistemas de polias com cordas,
movimentadores individuais como guinchos e outros sistemas de resgate. Cabe ao
plano de resgate em espaço confinado dizer quais e como os equipamentos
serão usados. Ele também determina se os profissionais responsáveis pelo
salvamento precisarão entrar na estrutura ou ambiente do trabalho.
Ressalta-se que esse planejamento
constará sempre na Permissão de
Entrada e Trabalho (PET). É necessário eleger o sistema de
ancoragem, de entrada horizontal e vertical, detectores de gases, tripés
entre outros detalhes. Afinal, fundações na construção civil,
fornos, dutos, tubulações, incineradores e tanques de avião são estruturas
distintas. Até poços e silos são diferentes entre si.
A viabilidade e o uso de maca, por
exemplo, o tipo envelope que é o mais utilizado por permitir resgates
horizontais e verticais, precisa ser previamente estudada. O resgate pode ser
feito por conexão direta ao cinto de segurança, guincho ou cordas. Existem
muitas possibilidades, várias técnicas e equipamentos à disposição do público para
fazer resgates em espaços confinados.
Como é o treinamento para resgate em espaço
confinado?
O treinamento para resgate em espaço
confinado, conforme a NR 33 é um processo detalhado e rigoroso para garantir a
segurança dos trabalhadores envolvidos em atividades nesses ambientes. Os
colaboradores precisam desenvolver habilidades e conhecimentos necessários para
identificar, avaliar e controlar os riscos associados. Veja a seguir como isso
ocorre!
Carga horária
Segundo a NR 33, a capacitação inicial
de vigias e demais funcionários ou resgatistas requisitados para o trabalho em
espaços confinados deve ter, no mínimo, 16 horas. Além de contemplar teoria,
prática e abranger o conteúdo programático obrigatório previsto
na norma, como orientações para o uso de EPIs.
O treinamento específico do
supervisor de entrada precisa durar, pelo menos, 40 horas. Ele é o responsável
pelo monitoramento e planejamento das tarefas desempenhadas ali dentro, o que
evidencia a importância de que ele seja um bom comunicador.
Conteúdo programático
Noções sobre esse procedimento e de
primeiros socorros são disciplinas obrigatórias nos cursos. A simulação de
resgate em espaço confinado também, sendo responsabilidade do empregador
promovê-la. Os estudantes precisam adquirir conhecimento das normas e
regulamentações aplicáveis, com foco na NR 33.
Outros aprendizados envolvem a
definição e identificação de espaços confinados por meio de exemplos práticos,
bem como a identificação dos principais riscos presentes, os quais podem ser
atmosféricos, físicos, biológicos, químicos, ergonômicos, entre outros. Os
colaboradores aprendem sobre medidas de controle e procedimentos para
eliminação ou controle dos perigos identificados.
As aulas abrangem os tipos, uso
adequado, inspeção e manutenção dos equipamentos de proteção individual e
coletiva (EPC). A utilização correta dos sistemas de resgate, ventilação,
medidores de gases e comunicação fazem parte do conteúdo, juntamente com o
estudo de planos e procedimentos para entrada e saída segura de espaços confinados.
Simulações práticas
Os aprendizes devem aprender as
técnicas, métodos e procedimentos de resgate para realizar a remoção segura de
vítimas. Eles são submetidos a exercícios práticos e simulações de
resgate em situações reais ou próximas da realidade. As reciclagens são
realizadas realizado periodicamente, com intervalos máximos de 12 meses ou
sempre que houver mudança nos procedimentos, nos equipamentos ou na equipe.
Avaliação e certificação
Os treinamentos podem ser ministrados
por instrutores qualificados e profissionais que tenham conhecimentos técnicos e experiência em segurança do
trabalho e resgate em espaços confinados. Os participantes devem ser
avaliados por meio de provas teóricas e práticas para verificar a assimilação
dos conteúdos. No final do treinamento, os aprovados recebem um
certificado de conclusão.
Quais as vantagens de contratar uma empresa
terceirizada?
Que tal focar no core
business de seu negócio, enquanto profissionais com alto conhecimento
técnico e experiência no mercado conferem a segurança necessária à sua
equipe? Esse é apenas um dos benefícios de uma terceirizada. Confira outras
vantagens a seguir!
Equipamentos otimizados
Os profissionais especializados da
parceira contratada podem oferecer mais do que equipamentos de proteção
como ancoragens fixas e móveis, guinchos, cordas, ventilação mecânica
e detecção de gases. Eles compartilham seus conhecimentos sobre
resgate em espaços confinados.
Customização do plano de resgate
Empresas especializadas
no trabalho em espaços confinados, sabem avaliar os contaminantes,
atmosfera e ventilação da estrutura ou ambiente, orienta e customiza o plano de resgate, que não é encontrado
pronto por aí. Ela se dedica exclusivamente para fornecer excelência no
atendimento dos seus parceiros.
Capacitação prática
Os profissionais
terceirizados com expertise neste assunto podem treinar a sua equipe
para que a sua empresa atenda a todos os requisitos legais.
Inclusive, fornecem capacitação prática, capaz de otimizar o salvamento e
prevenir graves consequências para os colaboradores que atuam em área de
risco.
Agora você já conhece as melhores
técnicas de resgate em espaço confinado. Essa atividade é uma obrigação legal e
demonstra o comprometimento da empresa com a integridade física e mental
de seus colaboradores. O bem-estar e segurança deles reflete diretamente no
funcionamento e bons resultados do negócio.
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