QUAIS
OS ACIDENTES MAIS COMUNS NA CONSTRUÇÃO CIVIL E COMO EVITÁ-LOS?
O modo de ver e pensar o trabalho mudou ao longo dos
séculos. Nessa evolução, ele passou a ser desenvolvido por grupos, máquinas de
produção, tecnologias etc. Esse avanço traz consigo a possibilidade de
ocorrer acidentes ou existir doenças ocupacionais relacionados ao desempenho
dessas funções.
Como se sabe, os acidentes na construção civil
estão nesse hall. Por isso, é primordial ficar por dentro das normas de
segurança e prevenção. Quais são as principais causas de acidentes na
construção civil?
Na construção civil, é preciso cuidar da limpeza do
terreno, da montagem do barracão, entre tantos outros aspectos até a finalização
da obra. A utilização de pregos, estacas e tábuas é muito comum
nas edificações. Nessas poucas linhas, já é possível
perceber que o perigo e possibilidades de acidentes é muito grande.
Deslocamentos
No início da obra, os funcionários que manuseiam materiais
— sejam eles pesados ou leves — têm que prestar muita atenção a pregos não
rebatidos, obstáculos, transporte de equipamentos, levantamento de cargas
excessivas ou impróprias etc. Tudo isso se torna um risco devido ao terreno
irregular.
Exemplo
de ocorrência
Um funcionário se acidenta ao furar o pé em
um prego não rebatido, obtendo uma lesão. Esse tipo de acidente se classifica
como “Acidente Típico” (artigo 19 da Lei n 8.213/91), que é aquele sofrido
no desempenho de sua atividade laboral.
A solução é adotar, orientar e ministrar
treinamentos por meio de profissionais capacitados. Assim, agrega-se valor
ao trabalho, propiciando um ambiente laboral adequado ao desenvolvimento das
atividades.
Alergias
e complicações
Na
Construção Civil, os trabalhadores estão expostos a poeiras e cimento.
Tais materiais tem como base a argila e o calcário (Material Álcalis) e outros
compostos químicos, como:
· Óxido
de Cálcio (CaO);
· Sílica
(SiO2);
· Alumina
(Al2O3);
· Óxido
de Férrico (Fe2O3);
· Óxido
de Magnésio (MgO) etc.
O cimento é classificado como uma poeira inerte,
quando depositado em betoneiras, dispersa uma grande quantidade de poeira no
ar, pois o maior risco está no tamanho da partícula que pode ser inalado ou em
contato com pele ou os olhos.
Esses compostos, encontrados no cimento, são capazes
de gerar dermatites, irritações conjuntivas ou lesões mais graves, como a
cegueira. Para controlá-las ou minimizá-las, deve-se utilizar os
equipamentos de proteção individual, como máscara, roupas especiais e luvas.
Além disso, podemos citar outros compostos químicos
que trazem substâncias alergênicas, como o dicromato de potássio,
carba-mix e thiuram-mix, por exemplo.
A NR 9 - Programa de Prevenção de Riscos Ambientais
(PPRA) considera os riscos ambientais agentes nocivos à saúde do
trabalhador em função da sua natureza, concentração ou intensidade, além de
tempo de exposição.
Para prevenir, oriente os funcionários acerca do
uso correto dos EPI’s. Dê atenção a equipamentos específicos para lidar com
esses agentes, como as máscaras, abafadores, luvas, botas, capacetes,
protetores solares etc.
Os treinamentos também são bem-vindos, atentando a
todos sobre esse tipo de risco.
Ruídos
altos e intensos
O ruído pode ser classificado em graus diferentes:
contínuo ou intermitente e de impacto. Embora os ruídos contínuos e
intermitentes sejam colocados no mesmo patamar, há autores da Construção Civil
que defendem que no contínuo, o Nível de Pressão Sonora (NPS) varia até 3
dB num período de mais de 15 minutos.
Enquanto isso, no intermitente, o NPS varia a
partir de 3 dB em períodos de mais de 2 segundos e menos de 15
minutos.
Identificado
o ruído, é preciso controlá-lo, com ações como:
· isolamento
da fonte com cabines (chamadas isolantes);
· redução
da reverberação em um ambiente fechado;
· remoção
do trabalhador;
· mudanças
no layout etc.
Adote também controles administrativos na
conscientização dos danos causados pelo ruído, pois o trabalhador tem direito
de saber dos riscos que corre. Para proteção dele, indique e fiscalize o
uso de protetores auriculares ou auditivos.
Sons que ultrapassam os 85 decibéis podem causar
perdas auditivas permanentes ou temporárias (85 decibéis é a exposição máxima
por dia).
Evite esse problema garantindo o uso de protetores
auditivos de qualidade, além de investigar, autuar, isolar, reduzir e
remover todo tipo de ruído que possa prejudicar os funcionários.
DORT
e LER
DORT (Distúrbio Osteomuscular Relacionado ao
Trabalho) e LER (Lesão por Esforço Repetitivo) são corriqueiros
dentro de qualquer empresa cujo funcionário exerça sua atividade repetindo um
movimento várias vezes. Os principais causadores da DORT são:
· posturas
inadequadas;
· dupla
jornada de trabalho;
· obesidade;
· estresse.
Pode-se evitar esse problema adotando programas de
prevenção que objetivam a qualidade de vida no trabalho e atuam na
redução de doenças e estresse.
Eles podem ser aplicados por meio de palestras,
técnicas de relaxamento e atividades que resultem na diminuição da sobrecarga
física do trabalho. É importante organizar o ambiente para que o ajuste
ergonômico seja considerado.
Condutas como essas fazem o colaborador se sentir
valorizado. Assim, ele trabalha melhor e o clima organizacional é beneficiado.
Como
a segurança do trabalho atua na prevenção desses acidentes?
A atuação na construção civil, certamente, abriga
grandes perigos. Entretanto, se a organização quer ser considerada como
referência no segmento, precisa, definitivamente, focar na segurança do
trabalho.
Para isso, é necessário plicando as normas,
supervisionar e investir na saúde ocupacional (dentre outras
ações). A seguir, indicamos alguns passos simples para que você inicie os
trabalhos de prevenção de acidentes em sua instituição.
Crie
um ambiente seguro
Organize a obra. Para um funcionamento saudável, a
empresa precisa ter harmonia entre tecnologia, matéria-prima, máquinas,
manutenção, método, meio ambiente e mão de obra.
Para isso, deve-se implantar práticas seguras,
descobrindo condições de risco, conservando e mantendo a obra limpa. Além
disso, é fundamental manter a prática da metodologia 5S (ordenação,
arrumação, limpeza, higiene e autodisciplina).
Capacite
e treine a equipe
A realização do treinamento de segurança do trabalho é
uma maneira de evitar acidentes, motivando os funcionários a participarem e conhecerem
as principais medidas de segurança. O profissional tem que ser capacitado para
ministrar o treinamento.
A empresa, junto com a CIPA (Comissão interna de
acidente), organiza, planeja e apresenta temas de importância ao trabalhador na
SIPAT (Semana Interna de Prevenção de Acidentes). Assim, a equipe
fica mais engajada, beneficiando a todos na empresa.
Quando o assunto é segurança do trabalho, o papel
do empregador também é o de orientar e estimular o uso de EPI’s, enquanto
o do colaborador inclui utilizar, limpar e zelar pelo seu EPI.
Atenda
às NR’s
Tratam-se de requisitos e procedimentos obrigatórios
às empresas (sejam elas públicas ou privadas). As Normas
Regulamentadoras são de grande importância na eliminação de acidentes.
Reunidas inicialmente na CLT (Consolidação das Leis do Trabalho), elas tinham o
objetivo de reunir as leis esparsas existentes na época, consolidando os
direitos trabalhistas.
Já em 1978, foi publicada a Portaria 3.124, no Diário
Oficial da União (DOU). Assim, as NR’s foram aprovadas a fim de garantir a
segurança do trabalhador no desenvolvimento de suas atividades. A segurança é
um direito do trabalho e, portanto, um dever da empresa contratante.
Conte
com uma parceria especializada
Buscar uma consultoria em segurança do trabalho é uma
boa pedida. A empresa deve oferecer treinamentos de combate a incêndio e
planos de prevenção com um conceito voltado para a inovação. Ao contar com
profissionais qualificados, vários benefícios podem ser identificados.
Entre
eles, citamos:
· administrar
os treinamentos de planos de prevenção;
· reduzir
custos (referentes a acidentes, turnover, afastamentos etc.).
· Para
escolher a empresa ideal, considere:
· carga
horária;
· necessidade
e importância do treinamento;
· custo-benefício.
Quais
são os resultados da gestão voltada à saúde ocupacional?
Com uma equipe preocupada em prevenção, tanto
empregador quanto os empregados são beneficiados e a rotina de trabalho se
torna muito mais agradável e segura. O resultado disso se mostra na
qualidade de vida que os profissionais obtêm no exercício de sua função,
além de uma empresa saudável, um RH que não desperdiça recursos nem gere
mal os benefícios, e bom posicionamento de mercado.
Para diminuir as ocorrências de acidentes na
construção civil, as empresas devem ter em mente: o investimento na saúde do
trabalhador e nas melhorias das condições e postos de trabalho não é um custo,
e sim um investimento. A segurança do trabalho envolve diversos desafios que só
podem ser superados quando você conta com total expertise na área.
O cuidado com esse aspecto aumenta a qualidade de vida
das pessoas no trabalho e gera valor à empresa. Pensando nessa questão, é
sempre importante contar com a ajuda de especialistas, uma consultoria nesse
contexto, pode fazer toda a diferença.
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