terça-feira, 16 de julho de 2024

 





 

OS RISCOS DA EXPOSIÇÃO À SÍLIC


 



A longa exposição a quantidades consideráveis de sílica pode causar uma irreversível doença denominada silicose, que atinge grande número de trabalhadores pelo mundo. Pensando nisto, trouxemos tudo sobre a exposição ocupacional à sílica, prevenção e malefícios.

 

O que é?

A sílica, também denominada ‘dióxido de silício’, é um óxido de metal do grupo 6 que se encontra na textura cristalina ou na forma de sílica amorfa (estrutura que não têm ordenação espacial à longa distância, como os sólidos regulares). A sílica cristalina é quimicamente considerada o segundo mineral mais comum na crosta terrestre, sendo um componente encontrado em areias, rochas e alguns minérios. É, também, uma das matérias-prima para fabricação de vidro e louças, sendo amplamente usada na indústria de base.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) classifica a sílica como um material cancerígeno pertencente ao Grupo 1, ou seja, com alto teor cancerígeno para pessoas e animais. A poeira de sílica é encontrada quando ocorrem cortes, serragens, polimentos, o ato de moer, esmagamentos e todo ato de divisão de sílica cristalina (quartzo e cristobalita) como a areia, concreto, certos minérios e rochas, jateamento de areia e transferência ou manejo de certos materiais em forma de pó.

 

Silicose

A silicose é uma doença pulmonar crônica e incurável, causada pela inalação de poeira contendo partículas finas de sílica livre e cristalina. A evolução é progressiva e irreversível, podendo incapacitar a pessoa para o trabalho, aumentar as chances de o paciente desenvolver tuberculose ou, até mesmo, levar à morte.

A silicose é uma doença ocupacional, ou seja, ligada ao tipo de trabalho que a pessoa realiza, sendo considerada uma pneumoconiose. Estima-se que, no Brasil, mais de 6 milhões de trabalhadores estejam expostos à sílica, sendo 4 milhões na construção civil, 500 mil na mineração e no garimpo e mais de 2 milhões nas indústrias de transformação de minerais, metalurgia, química, de borracha, cerâmicas e de vidro.

 

Tipos de Silicose

Silicose crônica simples: é a forma mais comum de silicose, resultante da exposição a pequenas quantidades de sílica por mais de 20 anos. Os pulmões incham e a pessoa pode apresentar linfonodos no peito. O principal sintoma é a dificuldade em respirar.

Silicose acelerada: acontece quando a pessoa é exposta a quantidades maiores de sílica cristalina em um período mais curto, que pode ser de 5 a 15 anos. A diferença da forma crônica simples é que os sintomas surgem de maneira mais repentina.

Silicose aguda: ocorre quando a pessoa é exposta a grande quantidade de sílica cristalina em um curto espaço de tempo. Os pulmões inflamam e podem encher de líquido, causando, além da dificuldade em respirar, dores e níveis baixos de oxigênio no sangue.

Além da divisão em tipos, a silicose pode acarretar a fibrose massiva progressiva, que além de destruir as estruturas pulmonares, gera cicatrizes nos pulmões, podendo ocorrer tanto na forma simples quanto na acelerada.

 

Sinais e Sintomas da Silicose

O primeiro sinal da silicose é a dificuldade em respirar. A pessoa pode ainda apresentar febre e pele azul-arroxeada (cianose). Apesar desses sinais serem comuns, a silicose tem 3 formas de apresentação e cada uma delas tem sintomas específicos.

A silicose crônica causa a formação progressiva de excesso de tecido fibroso nos alvéolos pulmonares (fibrose). Isso acarreta dificuldade em respirar, problemas de oxigenação no sangue, o que pode provocar tontura, fraqueza e enjoo.  Outro órgão afetado pela silicose é o coração, que precisa trabalhar de forma mais intensa para assegurar a oxigenação do organismo. Com isso, o portador da silicose pode desenvolver insuficiência cardíaca.

 

Prevenção

Em 1995, a Organização Internacional do Trabalho (OIT) e a Organização Mundial da Saúde (OMS) lançaram um programa, em conjunto, para eliminar globalmente a silicose. O principal objetivo da iniciativa é aplicar conhecimentos nas ações de prevenção primária da doença. Além disso, o programa busca a colaboração dos países membros, visando estabelecer medidas para erradicar a silicose até 2030.

 

E como tratar as exposições à sílica?

 

Seguindo a hierarquia prevista na NR-9:

·         Se for uma opção, eliminar o uso de sílica;

·         Evitar a formação de sílica no ambiente, como o jateamento de areia (proibido pela NR-15);

·         Não permitir a propagação de sílica no ambiente;

·         Fornecer os EPI’s e respiradores adequados.

 

O fornecimento de máscaras deverá seguir as diretrizes do Programa de Proteção Respiratória, da Fundacentro, conforme já contamos aqui no blog, incluindo a realização dos ensaios de vedação.

 

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