OS RISCOS DA EXPOSIÇÃO À SÍLIC
A
longa exposição a quantidades consideráveis de sílica pode causar uma
irreversível doença denominada silicose, que atinge grande número de
trabalhadores pelo mundo. Pensando nisto, trouxemos tudo sobre a exposição
ocupacional à sílica, prevenção e malefícios.
O que é?
A sílica,
também denominada ‘dióxido de silício’, é um óxido de metal do grupo
6 que se encontra na textura cristalina ou na forma de sílica
amorfa (estrutura que não têm ordenação espacial à longa distância, como os
sólidos regulares). A sílica cristalina é quimicamente considerada o segundo
mineral mais comum na crosta terrestre, sendo um componente encontrado
em areias, rochas e alguns minérios. É, também, uma das matérias-prima
para fabricação de vidro e louças, sendo amplamente usada na indústria de base.
A
Organização Mundial da Saúde (OMS) classifica a sílica como um material
cancerígeno pertencente ao Grupo 1, ou seja, com alto teor cancerígeno para
pessoas e animais. A poeira de sílica é encontrada quando ocorrem cortes,
serragens, polimentos, o ato de moer, esmagamentos e todo ato de divisão de
sílica cristalina (quartzo e cristobalita) como a areia, concreto, certos
minérios e rochas, jateamento de areia e transferência ou manejo de certos
materiais em forma de pó.
Silicose
A
silicose é uma doença pulmonar crônica e incurável, causada pela inalação de
poeira contendo partículas finas de sílica livre e cristalina. A evolução é
progressiva e irreversível, podendo incapacitar a pessoa para o trabalho,
aumentar as chances de o paciente desenvolver tuberculose ou, até mesmo, levar
à morte.
A
silicose é uma doença ocupacional, ou seja, ligada ao tipo de trabalho que a
pessoa realiza, sendo considerada uma pneumoconiose. Estima-se que, no
Brasil, mais de 6 milhões de trabalhadores estejam expostos à sílica, sendo 4
milhões na construção civil, 500 mil na mineração e no garimpo e mais de 2
milhões nas indústrias de transformação de minerais, metalurgia, química, de
borracha, cerâmicas e de vidro.
Tipos de Silicose
Silicose
crônica simples: é a forma mais comum de silicose, resultante da exposição
a pequenas quantidades de sílica por mais de 20 anos. Os pulmões incham e a
pessoa pode apresentar linfonodos no peito. O principal sintoma é a dificuldade
em respirar.
Silicose
acelerada: acontece quando a pessoa é exposta a quantidades maiores de
sílica cristalina em um período mais curto, que pode ser de 5 a 15 anos. A
diferença da forma crônica simples é que os sintomas surgem de maneira mais
repentina.
Silicose
aguda: ocorre quando a pessoa é exposta a grande quantidade de sílica
cristalina em um curto espaço de tempo. Os pulmões inflamam e podem encher de
líquido, causando, além da dificuldade em respirar, dores e níveis baixos de
oxigênio no sangue.
Além
da divisão em tipos, a silicose pode acarretar a fibrose massiva progressiva,
que além de destruir as estruturas pulmonares, gera cicatrizes nos pulmões,
podendo ocorrer tanto na forma simples quanto na acelerada.
Sinais e Sintomas
da Silicose
O
primeiro sinal da silicose é a dificuldade em respirar. A pessoa pode ainda
apresentar febre e pele azul-arroxeada (cianose). Apesar desses sinais serem
comuns, a silicose tem 3 formas de apresentação e cada uma delas tem sintomas
específicos.
A
silicose crônica causa a formação progressiva de excesso de tecido fibroso nos
alvéolos pulmonares (fibrose). Isso acarreta dificuldade em respirar, problemas
de oxigenação no sangue, o que pode provocar tontura, fraqueza e enjoo.
Outro órgão afetado pela silicose é o coração, que precisa trabalhar de forma
mais intensa para assegurar a oxigenação do organismo. Com isso, o portador da
silicose pode desenvolver insuficiência cardíaca.
Prevenção
Em
1995, a Organização Internacional do Trabalho (OIT) e a Organização Mundial da
Saúde (OMS) lançaram um programa, em conjunto, para eliminar globalmente a
silicose. O principal objetivo da iniciativa é aplicar conhecimentos nas ações
de prevenção primária da doença. Além disso, o programa busca a colaboração dos
países membros, visando estabelecer medidas para erradicar a silicose até 2030.
E como tratar
as exposições à sílica?
Seguindo
a hierarquia prevista na NR-9:
·
Se
for uma opção, eliminar o uso de sílica;
·
Evitar
a formação de sílica no ambiente, como o jateamento de areia (proibido pela
NR-15);
·
Não
permitir a propagação de sílica no ambiente;
·
Fornecer
os EPI’s e respiradores adequados.
O
fornecimento de máscaras deverá seguir as diretrizes do Programa de
Proteção Respiratória, da Fundacentro, conforme já contamos aqui no blog,
incluindo a realização dos ensaios de vedação.
A
Analytics Brasil é o único laboratório, no Brasil, acreditado AIHA a utilizar o
método de análise de difração de raios x para análise de sílica
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amostragem, que inclui métodos ativos e métodos de amostragem passiva.
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