TESTE
DE ESTANQUEIDADE:
O
QUE É, POR QUE REALIZAR E O QUE DIZ A NBR 15.571?
Além de ser uma exigência do corpo de bombeiros, o
teste de estanqueidade serve para garantir a seguridade de uma tubulação de
gás. Realizá-lo, regularmente, é a melhor maneira de prevenir incêndios e
evitar vazamentos. Esse teste integra a NBR 15.571.
O responsável por emitir o laudo do teste de
estanqueidade é o engenheiro mecânico. No laudo, deve constar a Anotação de
Responsabilidade Técnica (ART). Com isso, o profissional assume a
responsabilidade pela segurança do sistema de gás. O teste deve ser feito a
cada doze meses, pois, com o tempo, as instalações de gás sofrem com a
deterioração, o que pode ocasionar os vazamentos.
Por
que é importante realizar o teste de estanqueidade?
É importante realizá-lo, principalmente, no sistema de
gás canalizado. Esse sistema é muito eficiente devido à economia a à
funcionalidade que apresenta. Porém, ostenta um risco muito grande em caso de
vazamento. Isso porque podem ocorrer pequenos vazamentos imperceptíveis ao
olfato humano, gerando desperdícios, ou pior, acidentes trágicos. Como a explosão
que ocorreu no Osasco Plaza Shopping.
O
que diz a NBR 15.571?
O objetivo desta norma é estabelecer condições ideais
para a realização de estanqueidade utilizando técnicas específicas. Elas são
usadas para detectar os possíveis defeitos da tubulação.
A
NBR 15.571 apresenta alguns tópicos, como:
Qualificação pessoal: o procedimento, a
execução e a supervisão do ensaio devem ser feitos por um profissional
qualificado.
Qualificação de procedimento: o procedimento tem
que seguir a norma especifica do produto e as evidências de qualificação
precisam estar disponíveis ao contratante.
Requisitos
do procedimento de estanqueidade
Fonte:
ABNT
Ø Preparação e limpeza da superfície: dependendo
de alguns requisitos, como finalidade do ensaio, processo de fabricação do
componente, sensibilidade requerida, uma ou duas técnicas de preparação da
superfície podem ser utilizadas.
Ø Análise de contaminantes: deve-se
ficar atento em que tipo de material o ensaio será realizado, devido ao teor de
contaminantes que certos materiais apresentam.
Ø Ensaio visual:
deve ser feito de acordo ABNT NBR 315, antes do teste de estanqueidade.
Ø Iluminação: o
ensaio deve ser realizado com uma iluminação de no mínimo 1 000 lux (luz
visível) e no máximo 20 lux (fluorescente).
Ø Limpeza Final: após
o ensaio, os materiais utilizados devem ser totalmente removidos e descartados
corretamente.
Ø Ensaios de formação de bolhas com
pressão positiva:
Ø Materiais: Geralmente,
o gás usado neste tipo de ensaio é o ar. Mas, gases inertes podem ser
utilizados.
Ø Aparelhagem: A
escala do vacuômetro deve estar entre 1,0 kgf/cm² a 0 kgf/cm² (pressão
relativa). O vacuômetro deve estar calibrado. A calibração precisa ser feita
anualmente.
Ø Procedimento: A
execução de ser feita com uma sobreposição mínima de 100 mm. A pressão, no
mínimo 0,14 kg/cm² abaixo da pressão atmosférica, com tempo mínimo inspeção de
10 s.
Ensaios
de formação de bolhas com pressão negativa:
Ø Materiais: São
os mesmos utilizados no ensaio de formação de bolhas com pressão positiva
Ø Aparelhagem: A
escala do vacuômetro deve estar entre – 1,0 kgf/cm² a 0 kgf/cm² (pressão
relativa). O vacuômetro deve estar calibrado. A calibração precisa ser feita
anualmente.
Ø Procedimento: A
execução de ser feita com uma sobreposição mínima de 100 mm. A pressão, no
mínimo 0,14 kg/cm² abaixo da pressão atmosférica, com tempo mínimo inspeção de
10 s.
Ensaio
de capilaridade:
Ø Materiais: O
líquido usado neste ensaio deve ter alto efeito de capilaridade. Pode ser usado
a mistura de líquido penetrante colorida ou florescente (óleo diesel ou
querosene). Recomenda-se um tempo mínimo de penetração de 24 horas.
Ø Procedimento: Deve
ser evitado preparações que possam obstruir as descontinuidades da superfície.
Durante o ensaio, a temperatura deve ser acima dos 10 °C, não ultrapassando os
52 °C.
Relatório
do ensaio:
Os resultados devem ser registrados em um sistema que
permita a identificação e a rastreabilidade do local ensaiado. Além disso, deve
conter: nome do emitente, identificação numérica do relatório, identificação da
peça, número e revisão, manômetro utilizado, pressão de ensaio, registro dos
defeitos detectados, normas e valores para interpretação, resultado positivo ou
negativo do ensaio, datas, assinatura do inspetor responsável, técnica utilizada
e consumíveis utilizados.
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