INSTALAÇÕES
ELÉTRICAS E ANTIQUEDAS FEITAS DENTRO DAS NORMAS EVITAM ACIDENTES
Para evitar os acidentes de trabalho mais comuns na
construção, como quedas e choques elétricos, não basta ter trabalhadores
qualificados e conhecedores das normas de segurança. É preciso também dispor de
instalações elétricas e antiquedas bem projetadas e feitas dentro das normas
técnicas.
A recomendação é dos engenheiros José Bassili, gerente
de Segurança Ocupacional do Seconci-SP, e Gianfranco Pampalon, consultor de
Saúde e Segurança do Trabalho (SST) da entidade, por ocasião do Dia Nacional de
Prevenção de Acidentes do Trabalho (27 de julho).
Bassili e Pampalon têm realizado uma série de
palestras de conscientização nas Regionais do Seconci-SP no interior do Estado
de São Paulo, dentro da Campanha Choque Zero. Eles observaram que muitos
participantes desconhecem a aplicação da Norma Regulamentadora (NR 10 –
Segurança em Instalações e Serviços Elétricos) e as normas técnicas de
prevenção de riscos elétricos.
“Dos acidentes de origem elétrica no país, 51% são
choques e 24% são efeitos, como queimaduras, do impacto de arco elétrico ou
arco voltaico (descarga elétrica contínua de alta corrente que flui através de
um espaço de ar entre condutores). Daí a importância de um painel adequadamente
projetado e a utilização de EPI’s (Equipamentos de Proteção Individual), tais
como protetores faciais e vestimentas de proteção antitérmica”,
afirma Pampalon.
De acordo com o consultor, a maioria dos acidentes com
choques elétricos na construção atinge não os eletricistas, que adotam os
cuidados preventivos, mas pedreiros e operadores de betoneiras, ao entrarem em
contato com instalações malfeitas e fora do padrão das normas. Daí a
necessidade de boas instalações.
Prevenção
de quedas
Já em relação à prevenção de queda, responsável pela
maioria dos acidentes de trabalho na construção, é diferente. “Os participantes
das palestras da Campanha Queda Zero, que o Seconci-SP realizou no ano passado,
mostravam bom conhecimento das medidas para evitar as quedas”, comenta
Pampalon.
Segundo Bassili, a expectativa daqui para frente é de
diminuição da ocorrência de quedas, após a recente publicação, em 3 de julho,
pela ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas), de duas normas técnicas
sobre redes de segurança contra quedas e uma sobre guarda-corpos em obras.
Bassili secretariou os trabalhos da comissão de estudos da ABNT que as
elaborou.
Acidentes
em números
As estatísticas mais recentes do INSS, sobre acidentes
de trabalho notificados em 2022, mostram que a indústria da construção
registrou 3.494 acidentes não fatais no Estado de São Paulo.
Naquele ano, todos os setores econômicos juntos
somaram 612 mil acidentes no Brasil, um terço dos quais (204 mil) no Estado
paulista. Destes, a cidade de São Paulo respondeu por cerca de 50 mil (25%).
Tais acidentes provocaram 2.538 mortes no país, das
quais 592 (20%) no Estado de São Paulo. Os choques elétricos causam acidentes
fatais em 1,32% por milhão de habitantes no Estado de São Paulo – incidência
relativamente baixa, comparada ao Estado que detém o maior percentual, o Acre,
com 9,79%.
Essas estatísticas, que envolvem os episódios
notificados, incluem acidentes de trajeto, que não necessariamente têm a ver
com a situação do trabalho, alerta Pampalon. De outra parte, os números não
incluem os acidentes não notificados, da construção informal.
Segundo o consultor, o Brasil sempre é citado como
colocado entre quarto e quinto país que mais contribui com acidentes de
trabalho. “Mas as estatísticas disponíveis sempre nos comparam com países como
Estados Unidos, China, e Rússia, mas não mencionam países populosos em que há
grande subnotificação, como Índia, Indonésia, Malásia, Filipinas e Nigéria. ”
“Medidas preventivas adequadas e contínuas evitam ou
minimizam impactos negativos, para trabalhadores e empresas. O Seconci-SP está
à disposição para fazer palestras e dar orientações às construtoras, além de
oferecer treinamentos, realizar visitas técnicas e prestar diversos serviços em
SST para seus clientes”, lembram Bassili e Pampalon.
Gostou do conteúdo? Conte para gente nos comentários e
não deixe de compartilhar nas redes sociais.
Siga o Blog e Deixe seu comentário e compartilhe este
artigo em suas redes sociais para que mais pessoas se informem sobre
o tema.
Nenhum comentário:
Postar um comentário